Não é um dos melhores giallos, mas vale muito mais que qualquer porcaria atual com heróis acéfalos anobalizados. A química entre Dagmar e Pistili é o que carrega os filmes. também são bacanas as tomadas feitas na Irlanda. Recomendado.
Excelente comédia com toques de drama e romance. Com cenas bem construídas de humor e outras bem reflexivas. Cybill no auge da beleza, iluminando a tela a cada segundo em que aparece. Grande entretenimento em um filme que passa voando!
Demorei anos para assisti-lo, mas valeu a pena. Filme visto durante o isolamento. Apenas eu e...eu. Denso, forte e muito atual. Se em plena contracultura de 1969, utilizava-se de uma alegoria sobre um triste e traumático Estados Unidos dos final dos anos 20 após a crise da Bolsa de Nova York, como forma de criticar um país que naufragava em conflitos civis e contra o Vietnã, imagina agora, em que estamos a beira de um mundo em colapso com uma pandemia... Mas, voltando à obra, temos o ponto de virada da carreira de Jane Fonda, nascendo sua persona ativista que permearia toda a década de 70. Um Michael Sarrazin, imensamente soturno de deprimido e uma canastrice perfeitamente desenvolvida por Gig Young. Afora, tudo isso uma profunda crítica à sociedade americana acostumada a resolver toda sua problemática com o próximo pelo instrumento da disputa. Uma sociedade que espetaculariza tudo, até mesmo a decadência de outro ser humano. Um belo detalhe e que me emocionou muito é a cena em que Susannah York surta de vez e, sentindo-se suja por ter descido ao último degrau de sua moral, banha-se de roupa e tudo em um chuveiro, com os olhos marejados, como uma criança, destruindo toda sua imagem de diva. Ela, ali, tão frágil, sem querer sair daquele local para voltar a encarar a competição, pareceu-me uma alusão à cena de banho de Anita Ekberg na Fontana di Trevi capturada magistralmente por Fellini em A Doce Vida. Ou seja, o filme é tomado de cenas incríveis que o fazem 50 anos depois de sua realização um belo soco no estômago de nossa civilização. Nota 10!
Que épico! Harris e Guiness brilham a cada momento que aparecem em cena. As cenas de batalhas, a fotografia e o som são incríveis, bem como os cenários e o figurino que apresentam essa obra até hoje atual, mesmo retratando fatos acontecidos há 400 anos. Toda a sordidez da política envolta no conceitos do que é importante para uma nação, além da justificativa "religiosa" para a violência demonstram o quanto governos e governantes usam o povo para o seus interesses. Assisti há pouco tempo e recomendo como brilhante aula de história!
Que filme! Que clima e que atores! Esqueçam o Sherlock vitaminado dos dias atuais para agradar "cinéfilos" da geração internet. Aqui, leia-se inteligência, perspicácia e atuação segura ao invés de mais um filminho de ação.
Grande elenco nesse ótimo filme dos anos 70. Assisti uma cópia ripada de um VHS que continha uma gravação do filme quando exibido (pasmem!) na Sessão da Tarde. Sinal de que nem o cinema e nem a televisão no Brasil serão as mesmas como eram nos anos 70-80 e começo dos 90!
Muito antes de Picardias Estudantis, esse filme retrata a desbundada geração dos anos 70 californiana. Mesmo que a história seja a mínima, o que importa é o clima nostálgico e puro da melhor década do século 20. As duas protagonistas além de terem aquela beleza típica dos anos 60-70, carregam muito bem a trama para que os dois protagonistas, incluindo Robert Caradine, demonstrem a utópica geração "no future". Não sei se foi impressão minha, mas praticamente todo o clima, absurdos e piadas inspiraram o filme Dazed and Confuzed, do Cameron Crowe, feito em 1993, que é outro épico dos melhores tempos para se curtir a vida. No entanto, se naquele a trilha mata a pau com clássicos do rock and roll, nesse tempos o retrato fiel e instantâneo daquele momento histórico!
Demorei para assistir, mas adorei! Que porrada na sociedade americana mostrando há 52 anos um tema que prossegue atual nos EUA, o comércio livre das armas e a doença social que o americano tem pelo "direito" de comprar e portar armas. Faz de forma magistral a transposição dos "monstros" do cinema fantástico, encarnado pelo Karloff, para os psicopatas reais. Muito bom!!
Apesar de ter uma visão maniqueísta, apontando a mulher como uma "devoradora de vidas", também retrata a utópica geração setentista que vivia o desbunde num país reprimido pela ditadura. Ou seja: pra que pensar no futuro se poderemos não ter futuro! A trama, no entanto, é bem envolvente e tem Vera Fischer no auge de sua beleza e carisma tornando-se praticamente impossível não se apaixonar por ela.
Quando Clint Eastwood enfim pegar seu cavalo e cruzar do Oeste para outro plano, posso dizer que o cinema como amamos deixará de existir! É apenas mais um encantador, engraçado, dramático e especial filme em que esse senhor de quase 90 anos nos brinda!
Que bela homenagem ao circo, aos vagabundos que cruzam um país para entreter as populações também marginalizadas... A poesia escondida nesse belo filme do Eastwood é fascinante. É o filme em que o "cowboy" sonha na verdade em ser a persona construída no cinema spaghetti pelo próprio Clint Eastwood.
Como brincar com algo tão sério e mesmo assim trazer toda a importância da questão e do debate acerca do racismo? Se em Faça a coisa certa, tínhamos essa questão centrada para o final dos anos 80 e em Verão de Sam, via-se como o "diferente" pode ser confundido como "inimigo", aqui Spike Lee ironiza até o limite para mostrar o racismo que está estampado em cada país e período da história. Além disso, tem cenas que são angustiantes porque, certamente, a sociedade está tomada de pessoas com comportamentos similares àqueles da "democrática" população americana. Nota 10!
Não dá para esperar uma nova revolução cinematográfica pelas lentes de Tarantino. O que ele fez de melhor já entrou para a história: inovações em roteiro e abordagem de uma trama sob diversas óticas; revitalização de todo um cinema estigmatizado como de exploração ou "B" pelos "intelectuóides" nos anos 60-70-80, e isso pode ser visto nas suas demonstrações de amor por filmes de artes marciais dos anos 70 (Kill Bill); Blaxploitation (Jackie Brown); montagem e estrutura fílmica da chamada "Nova Hollywood", como odes a filmes como "Mean Streets" em Cães de Aluguel e Pulp Fiction; homenagem ao western spaghetti (Django e os Oito odiados); ao cinema de exploração de sessão dupla dos drive-ins (Death Proof) e naziexploitation com os (Bastardos Inglórios)... Em "Era uma vez...", Tarantino tenta pela primeira vez se desligar dos clichês que ele mesmo construiu para sua própria trajetória no cinema. Aquela velocidade de apresentar personagens e a violência gratuita associada a diálogos nonsense se perde nesse filme. Na verdade, ele tenta encerrar sua estética já tão marcante em uma declaração de amor ao novo cinema que emergia na ensolarada Hollywood. Di Caprio e Pitt são os símbolos de quem entrou nos anos 60 sob a égide da América incontestável e glamourizada como o verdadeiro "país do futuro", perdendo espaço para símbolos pop como Sharon Tate e a própria contracultura. E assim como o velho cinema ia perdendo espaço, pois naquele mesmo ano em que se passa o filme de Tarantino, Midnight Cowboy ia desmistificar toda a imagem "alfa" dos heróis norte-americanos do velho Oeste; o próprio Charles Mason ia demonstrar que, por trás do amor utópico da era hippie, cabia um escopo de violência real e sanguinária. Assim, como declarando-se que é necessário se desvencilhar das suas marcas estéticas, o próprio Tarantino cria uma obra que serve como a tentativa de despedir-se do se filão criado com grandes obras desde os anos 90, porém ele perde a mão ao demorar para envolver quem assiste o filme aos três protagonistas. Mais lento, comedido e até mesmo retórico, "Era uma vez..." ganha um pouco das tintas empregadas ao longo dos anos por Tarantino mais para a sua parte final. No entanto, se esse for uma nova abordagem que o diretor pretende construir para suas produções, temos, sim, um filme muito bom, principalmente para quem como Tarantino ama a história e os conflitos que o próprio cinema criou ao longo de suas décadas.
Um último ponto interessante (e como não deixaria de ser) Tarantino faz justiça a outro subgênero marginal dos anos 70: o Eurocrime. Quando ele cita realizadores como Sergio Martino, entre outros, na fase em que Di Caprio vai para a Itália, não tem como não se emocionar com a homenagem. Falta agora apenas ele fazer uma menção aos giallos!
Como ser revolucionário nos anos 70 e manter autenticidade para socar todos aqueles que consomem filmes como fast food. Genial. Difícil? Sim. Mas quem disse que cinema precisa ser como um sanduba estilo globo filmes?
Importante filme para um mundo grenalizado. Afinal, todo aquele que anseia libertar o povo de suas misérias, versando em ideologias, tanto de um lado, quanto do outro, esquecerá, pelo bel prazer do elogio ao ego e, com a segurança da falsa onipotência que o poder concede, aquilo que pregava como "verdade". A revolução "libertou" o povo da miséria imposta pela exploração que a Monarquia francesa tanto exercia, porém jogou a massa e até de muitos de seus "heróis", num regime de terror, de exceção. Belíssimo e atual filme que mantém de forma muito bem documentada, um importante momento da história do mundo que, até hoje, tem seus reflexos na sociedade atual.
Senhores... que filme! Da interpretação de ambos os protagonistas ao clímax na longa sequência da batalha, o filme prende a atenção para quem aprecia filmes épicos com personagens da história. Por falar na batalha, ela é de uma beleza ímpar. Sua fotografia, o som, bem como todas as tomadas, colocam quem a assiste dentro de um sangrento embate. Excelente filme histórico!
Excelente filme de automobilismo com um drama ousado para a época. O que dizer de um cara como Paul Newman em cena? É... ainda bem que podemos rever esses filmes porque se depender do que é produzido hoje em dia pelo cinema americano teríamos como protagonista um piloto "bad boy" musculoso, com tatuagens, fumando maconha e com expressões tão artificiais quanto o cabelo do Sílvio Santos.
Quem a Viu Morrer?
3.4 16Que fotografia, que cenários e que trilha sonora. Além da magistral e carismática interpretação de Lazenby. Excelente giallo!
Fotos Proibidas
3.3 8Esse sim um excelente giallo com inúmeras reviravoltas, um grande clima de mistério e um final surpresa. Vale a pena!
A Morte Caminha à Meia-Noite
3.2 9Um bom giallo, mas gostei da outra incursão de Ercoli com a musa Lange. Mesmo assim, vale para se ter na coleção.
A Iguana da Língua de Fogo
3.0 10Não é um dos melhores giallos, mas vale muito mais que qualquer porcaria atual com heróis acéfalos anobalizados. A química entre Dagmar e Pistili é o que carrega os filmes. também são bacanas as tomadas feitas na Irlanda. Recomendado.
O Rapaz que Partia Corações
3.4 20Excelente comédia com toques de drama e romance. Com cenas bem construídas de humor e outras bem reflexivas. Cybill no auge da beleza, iluminando a tela a cada segundo em que aparece. Grande entretenimento em um filme que passa voando!
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista AgoraDemorei anos para assisti-lo, mas valeu a pena. Filme visto durante o isolamento. Apenas eu e...eu. Denso, forte e muito atual. Se em plena contracultura de 1969, utilizava-se de uma alegoria sobre um triste e traumático Estados Unidos dos final dos anos 20 após a crise da Bolsa de Nova York, como forma de criticar um país que naufragava em conflitos civis e contra o Vietnã, imagina agora, em que estamos a beira de um mundo em colapso com uma pandemia... Mas, voltando à obra, temos o ponto de virada da carreira de Jane Fonda, nascendo sua persona ativista que permearia toda a década de 70. Um Michael Sarrazin, imensamente soturno de deprimido e uma canastrice perfeitamente desenvolvida por Gig Young. Afora, tudo isso uma profunda crítica à sociedade americana acostumada a resolver toda sua problemática com o próximo pelo instrumento da disputa. Uma sociedade que espetaculariza tudo, até mesmo a decadência de outro ser humano. Um belo detalhe e que me emocionou muito é a cena em que Susannah York surta de vez e, sentindo-se suja por ter descido ao último degrau de sua moral, banha-se de roupa e tudo em um chuveiro, com os olhos marejados, como uma criança, destruindo toda sua imagem de diva. Ela, ali, tão frágil, sem querer sair daquele local para voltar a encarar a competição, pareceu-me uma alusão à cena de banho de Anita Ekberg na Fontana di Trevi capturada magistralmente por Fellini em A Doce Vida. Ou seja, o filme é tomado de cenas incríveis que o fazem 50 anos depois de sua realização um belo soco no estômago de nossa civilização. Nota 10!
Punhos de Aço: Um Lutador de Rua
3.4 40 Assista AgoraClássico da sessãoo da tarde!
Cromwell, O Homem de Ferro
3.5 15Que épico! Harris e Guiness brilham a cada momento que aparecem em cena. As cenas de batalhas, a fotografia e o som são incríveis, bem como os cenários e o figurino que apresentam essa obra até hoje atual, mesmo retratando fatos acontecidos há 400 anos. Toda a sordidez da política envolta no conceitos do que é importante para uma nação, além da justificativa "religiosa" para a violência demonstram o quanto governos e governantes usam o povo para o seus interesses. Assisti há pouco tempo e recomendo como brilhante aula de história!
Assassinato por Decreto
3.7 9Que filme! Que clima e que atores! Esqueçam o Sherlock vitaminado dos dias atuais para agradar "cinéfilos" da geração internet. Aqui, leia-se inteligência, perspicácia e atuação segura ao invés de mais um filminho de ação.
Juggernaut: Inferno em Alto Mar
3.2 10Grande elenco nesse ótimo filme dos anos 70. Assisti uma cópia ripada de um VHS que continha uma gravação do filme quando exibido (pasmem!) na Sessão da Tarde. Sinal de que nem o cinema e nem a televisão no Brasil serão as mesmas como eram nos anos 70-80 e começo dos 90!
Poder Absoluto
3.5 80 Assista AgoraQue ótimo filme do Eastwood!!! Lembra o Sem saída, mas gostei muito da trama e do trio central!
The Pom Pom Girls
2.8 4Muito antes de Picardias Estudantis, esse filme retrata a desbundada geração dos anos 70 californiana. Mesmo que a história seja a mínima, o que importa é o clima nostálgico e puro da melhor década do século 20. As duas protagonistas além de terem aquela beleza típica dos anos 60-70, carregam muito bem a trama para que os dois protagonistas, incluindo Robert Caradine, demonstrem a utópica geração "no future". Não sei se foi impressão minha, mas praticamente todo o clima, absurdos e piadas inspiraram o filme Dazed and Confuzed, do Cameron Crowe, feito em 1993, que é outro épico dos melhores tempos para se curtir a vida. No entanto, se naquele a trilha mata a pau com clássicos do rock and roll, nesse tempos o retrato fiel e instantâneo daquele momento histórico!
Na Mira da Morte
3.9 34Demorei para assistir, mas adorei! Que porrada na sociedade americana mostrando há 52 anos um tema que prossegue atual nos EUA, o comércio livre das armas e a doença social que o americano tem pelo "direito" de comprar e portar armas. Faz de forma magistral a transposição dos "monstros" do cinema fantástico, encarnado pelo Karloff, para os psicopatas reais. Muito bom!!
Anjo Loiro
3.5 8Apesar de ter uma visão maniqueísta, apontando a mulher como uma "devoradora de vidas", também retrata a utópica geração setentista que vivia o desbunde num país reprimido pela ditadura. Ou seja: pra que pensar no futuro se poderemos não ter futuro! A trama, no entanto, é bem envolvente e tem Vera Fischer no auge de sua beleza e carisma tornando-se praticamente impossível não se apaixonar por ela.
A Mula
3.6 354 Assista AgoraQuando Clint Eastwood enfim pegar seu cavalo e cruzar do Oeste para outro plano, posso dizer que o cinema como amamos deixará de existir! É apenas mais um encantador, engraçado, dramático e especial filme em que esse senhor de quase 90 anos nos brinda!
Bronco Billy
3.3 34 Assista AgoraQue bela homenagem ao circo, aos vagabundos que cruzam um país para entreter as populações também marginalizadas... A poesia escondida nesse belo filme do Eastwood é fascinante. É o filme em que o "cowboy" sonha na verdade em ser a persona construída no cinema spaghetti pelo próprio Clint Eastwood.
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraComo brincar com algo tão sério e mesmo assim trazer toda a importância da questão e do debate acerca do racismo? Se em Faça a coisa certa, tínhamos essa questão centrada para o final dos anos 80 e em Verão de Sam, via-se como o "diferente" pode ser confundido como "inimigo", aqui Spike Lee ironiza até o limite para mostrar o racismo que está estampado em cada país e período da história. Além disso, tem cenas que são angustiantes porque, certamente, a sociedade está tomada de pessoas com comportamentos similares àqueles da "democrática" população americana. Nota 10!
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraNão dá para esperar uma nova revolução cinematográfica pelas lentes de Tarantino. O que ele fez de melhor já entrou para a história: inovações em roteiro e abordagem de uma trama sob diversas óticas; revitalização de todo um cinema estigmatizado como de exploração ou "B" pelos "intelectuóides" nos anos 60-70-80, e isso pode ser visto nas suas demonstrações de amor por filmes de artes marciais dos anos 70 (Kill Bill); Blaxploitation (Jackie Brown); montagem e estrutura fílmica da chamada "Nova Hollywood", como odes a filmes como "Mean Streets" em Cães de Aluguel e Pulp Fiction; homenagem ao western spaghetti (Django e os Oito odiados); ao cinema de exploração de sessão dupla dos drive-ins (Death Proof) e naziexploitation com os (Bastardos Inglórios)...
Em "Era uma vez...", Tarantino tenta pela primeira vez se desligar dos clichês que ele mesmo construiu para sua própria trajetória no cinema. Aquela velocidade de apresentar personagens e a violência gratuita associada a diálogos nonsense se perde nesse filme. Na verdade, ele tenta encerrar sua estética já tão marcante em uma declaração de amor ao novo cinema que emergia na ensolarada Hollywood. Di Caprio e Pitt são os símbolos de quem entrou nos anos 60 sob a égide da América incontestável e glamourizada como o verdadeiro "país do futuro", perdendo espaço para símbolos pop como Sharon Tate e a própria contracultura.
E assim como o velho cinema ia perdendo espaço, pois naquele mesmo ano em que se passa o filme de Tarantino, Midnight Cowboy ia desmistificar toda a imagem "alfa" dos heróis norte-americanos do velho Oeste; o próprio Charles Mason ia demonstrar que, por trás do amor utópico da era hippie, cabia um escopo de violência real e sanguinária. Assim, como declarando-se que é necessário se desvencilhar das suas marcas estéticas, o próprio Tarantino cria uma obra que serve como a tentativa de despedir-se do se filão criado com grandes obras desde os anos 90, porém ele perde a mão ao demorar para envolver quem assiste o filme aos três protagonistas. Mais lento, comedido e até mesmo retórico, "Era uma vez..." ganha um pouco das tintas empregadas ao longo dos anos por Tarantino mais para a sua parte final. No entanto, se esse for uma nova abordagem que o diretor pretende construir para suas produções, temos, sim, um filme muito bom, principalmente para quem como Tarantino ama a história e os conflitos que o próprio cinema criou ao longo de suas décadas.
Um último ponto interessante (e como não deixaria de ser) Tarantino faz justiça a outro subgênero marginal dos anos 70: o Eurocrime. Quando ele cita realizadores como Sergio Martino, entre outros, na fase em que Di Caprio vai para a Itália, não tem como não se emocionar com a homenagem. Falta agora apenas ele fazer uma menção aos giallos!
O Outro Lado do Vento
3.6 36 Assista AgoraComo ser revolucionário nos anos 70 e manter autenticidade para socar todos aqueles que consomem filmes como fast food. Genial. Difícil? Sim. Mas quem disse que cinema precisa ser como um sanduba estilo globo filmes?
Danton: O Processo da Revolução
3.8 73Importante filme para um mundo grenalizado. Afinal, todo aquele que anseia libertar o povo de suas misérias, versando em ideologias, tanto de um lado, quanto do outro, esquecerá, pelo bel prazer do elogio ao ego e, com a segurança da falsa onipotência que o poder concede, aquilo que pregava como "verdade". A revolução "libertou" o povo da miséria imposta pela exploração que a Monarquia francesa tanto exercia, porém jogou a massa e até de muitos de seus "heróis", num regime de terror, de exceção. Belíssimo e atual filme que mantém de forma muito bem documentada, um importante momento da história do mundo que, até hoje, tem seus reflexos na sociedade atual.
Waterloo
3.9 26Senhores... que filme! Da interpretação de ambos os protagonistas ao clímax na longa sequência da batalha, o filme prende a atenção para quem aprecia filmes épicos com personagens da história.
Por falar na batalha, ela é de uma beleza ímpar. Sua fotografia, o som, bem como todas as tomadas, colocam quem a assiste dentro de um sangrento embate. Excelente filme histórico!
500 milhas
3.1 5Excelente filme de automobilismo com um drama ousado para a época. O que dizer de um cara como Paul Newman em cena? É... ainda bem que podemos rever esses filmes porque se depender do que é produzido hoje em dia pelo cinema americano teríamos como protagonista um piloto "bad boy" musculoso, com tatuagens, fumando maconha e com expressões tão artificiais quanto o cabelo do Sílvio Santos.
Os 3 Infernais
2.7 143 Assista AgoraPisada na bola feia...Vale apenas pelo começo e pela trilha sonora...
O Candidato
3.6 17 Assista AgoraManual básico de como um cidadão se "desvirtua" facilmente com as engrenagens da política partidária.