O filme é tão bom que até em cinema ruim e dublado foi uma experiência sensacional, emocionante a arte por trás da homenagem feita à mitologia chinesa no final.
Quando vi a citação de Camus fiquei com medo do filme decepcionar, mas não. Absurdidade, existencialismo e poesia dominam e o resultado final é filme a arte na sua forma mais crua.
Que ano foi 2019 para o cinema! "O Tradutor" é tudo que aquele aborto de "O Milagre da Cela 7" não é e nunca será - não vi e me recuso a assistir a um filme tão raso. O filme conta o impacto sofrido na vida do protagonista, letrado em russo, e em sua família quando o governo cubado o força a servir de tradutor para as famílias e as vítimas do acidente nuclear de Chernobyl, levadas a Cuba para tratamento. Desde a primeira cena e durante a construção do primeiro ato, fiquei torcendo para o filme manter a qualidade, pois muitos longas começam bem, mas chegam no meio do segundo ou até do terceiro ato e desandam totalmente. Felizmente, isto não ocorre aqui. Mostra-se primeiro o bom relacionamento de pai/filho e marido/esposa para depois desconstruí-los e reconstruí-los como redenção das personagens no final da película. Redenção esta que funciona muito bem, já que o filme nunca utiliza de clichês para emocionar gratuitamente o expectador e a profundidade das personagens reflete nas atuações dos atores. Importante ressaltar a depressão que assola a personagem principal no começo do segundo ato, ao ver que não tem escapatória e que deve acatar a ordem superior. Isto resulta em dois aspectos: primeiro, numa desconstrução da personagem e de sua bela reinvenção, quando percebe que é capaz de interagir com as crianças e de influenciar no seu tratamento - também é desenvolvido o seu relacionamento profissional com a enfermeira do setor infantil, além de se fazer um paralelo emotivo-parental com um pai cuidadoso e com uma mãe alcoólatra de duas das vítimas. segundo aspecto, é a construção da relação mãe/filho - que em outros filmes seria, possivelmente, esquecida. Cabe a mãe o papel de cuidar o tempo todo do filho, já que o protagonista utiliza todo o seu tempo e energia para lidar com as vítimas e não com a sua própria família. Aqui vale outra observação importante. Além de cuidar do filho, a mãe precisa ainda lidar o seu lado profissional e artístico, já que está há poucos dias de estrear sua nova exposição de arte. Algo que, ironicamente, é negligenciado pelo protagonista, ao mesmo tempo que este usa da arte para acolher e dar voz e esperança às crianças em tratamento. Um filme comum já teria desandado há muito tempo. Entretanto, com a chegada do terceiro ato, também há chegado a hora da redenção e união da família - algo realizado com sutileza, simplicidade e com eficácia satisfatória. Como se tudo isso não fosse o suficiente, o filme ainda tem espaço de trabalhar a infraestrutura precária da ilha e sua influência no desenvolvimento das personagens. Destaque deve ser feito com relação ao diretor de fotografia que é bastante competente em contrastar a beleza e as cores quentes e vivas da ilha tropical com a palidez e frieza quase morta das paredes do hospital. Vale comentar por fim, sobre o design de produção que faz um trabalho excepcional na construção da casa do protagonista que quase "ganha vida", tamanha a riqueza de detalhes.
2019 não para, que ano para o cinema! O filme acompanha a investigação do relator Daniel Jones (Adam Driver) e sua luta para publicar o tal relatório - de tortura - do título. Tal documento comprova que o método experimental chamado de TMI (Técnicas Melhoradas de Interrogatório) aplicadas no interrogatório de mais de 119 presos - que número irônico - não funcionaram. Particularmente, já gostava dos roteiros do aqui estreante na direção Scott Z. Burns, mas neste filme ele vai além. Combinando direção, roteiro e edição, ele intercala as cenas de investigação com flashbacks que detalham o que está sendo narrado no tempo "presente" da trama - técnica didática, mas que funciona muito bem e acaba por se tornar central para ilustrar os fatos e construir a narrativa, além da simpatia do expectador pelo arco do protagonista. Os flashbacks funcionam também para ilustrar as técnicas brutais de tortura aplicada nos suspeitos, presos a partir de provas rasas e, até mesmo, falsas que não resultam em revelar novas informações ou apenas reforçam as que a agência de inteligência já sabia, através de agentes de campo e de suas fontes. Dado um momento do filme, a própria inteligência acaba por emitir um relatório interno e ultra secreto, confirmando que tais torturas são inúteis. Mesmo assim, parar a tortura seria admitir o erro, portanto, a sua utilização continua. As outras personagens também são muito bem desenvolvidas, graças ao roteiro e grandes atuações de todo o elenco. Com uma pegada de telefilme, o diretor não tem pressa em desenvolver os atos, relação e disputas de poder entre as personagens, o que valoriza o desenrolar da trama, a contação da história e o produto final. Fica bastante claro o interesse de Obama e sua staff de postergar a publicação do relatório, visando aprovar no congresso o Obamacare e novas políticas de imigração, evitando, portanto, a sua retalhação nas eleições ou no seu próximo mandato - o que se concretizou, visto que mesmo ganhando as eleições e tendo maioria Democrata no Senado, o mesmo não aconteceu na Câmara dos Deputados e acabou por obstruir a aprovação de seus projetos de governo. O relatório acabou sendo publicado com 500 do total de 7 mil páginas, das quais o roteiro foi inteiramente baseado.
Mais um exemplo de como 2019 foi um ótimo ano cinematográfico. Dividido, basicamente, em 4 atos, o filme desenvolve a trama, respeitando a história e trabalhando muito bem suas personagens. No primeiro ato, conhecemos a protagonista e de forma simples, porém satisfatória, entendemos e compramos sua motivação de informar o público sobre a tentativa dos governos estadunidenses e ingleses de pressionar os representantes de alguns países, sem cadeira cativa no Conselho de Segurança da ONU, a votarem a favor de uma investida militar contra o Iraque - os eventos históricos ajudam nesta construção, já que hoje sabemos que nunca houve prova alguma de armas de destruição em massa no Iraque. Surpreendentemente, o segundo ato é focado somente no arco do jornalista e na sua jornada para publicar a matéria. Esta abordagem é inusitada, porém muito bem vinda e funciona como um mini episódio dentro do filme. O terceiro ato trabalha as consequências do vazamento e publicação das informações na vida da protagonista e ainda consegue, competentemente, introduzir o trio de advogados que irá defendê-la no tribunal. Vale ressaltar aqui o passing cadenciado e contínuo da trama que em nenhum momento se preocupa em chegar logo ao final, algo que encurtaria e prejudicaria a história e, consequentemente, o filme. Este é um ponto positivo, pois o roteiro e a edição deixam o expectador respirar e absorver o filme com um didatismo que não insulta a sua inteligência. Antes de falar sobre o quarto ato, gostaria de ressaltar o trabalho da mixagem de som. Levei um susto com o volume e qualidade sonora quando o primeiro bombardeio no Iraque acontece. Costumo assistir filmes com volume alto e dificilmente os cineastas aproveitam para trabalhar a variação do volume - o mesmo pode ser dito na mixagem de álbuns musicais. "Felizmente", parecia que eu havia acabado de acordar com a minha casa em chamas. No final do terceiro, começo do quarto e último ato, o jornalista, que parecia descartado e esquecido, volta para fechar o seu arco e contribuir na construção da defesa da personagem principal. Para quem gosta de thrillers políticos e filmes baseados em fatos reais, "Segredos Oficiais" é um must watch.
Definitivamente Wes está na minha lista de melhores diretores. Não queria que este filme acabasse, nunca. O seu fim dói tanto quanto o término de um relacionamento ou a leitura da última página de um livro bom. Um luto longo, doloroso e nostálgico.
Como é bom ser surpreendido depois de tanto tempo de espera. Ver todos na sala de cinema rindo, torcendo, vibrando e realmente se divertindo com esse longa foi uma experiência incrível - sim, foi a mesma sensação de quando assisti ao primeiro Vingadores. Finalmente a DC acertou o tom do filme. A paleta de cores e enquadramentos que remetem aos quadrinhos e aos desenhos - vai dizer que a cena inicial com o Batman não te levou direto ao desenho dos anos 90 ou às HQs do herói? - combinados com as piadas pontuais e uma ameaça séria, mas não supervalorizada, garantiram ao universo DC nos cinemas o equilíbrio do qual estava precisando - e procurando a algum tempo.
Um ponto forte do filme que precisa ser ressaltado é o equilíbrio entre ação, drama e humor - principalmente este último. Tirando uma ou duas piadas idiotas, em nenhum momento o filme insere uma piada fora de contexto ou inoportuna. Isso valoriza os pequenos momentos de alívio cômico, tornando as piadas extremamente eficientes, resultando em gargalhadas e risadas sinceras da platéia na esmadora maioria delas. Fica a dica para Casa das Ideias com suas piadas de tiozão ;).
Outro destaque é a trilha sonora de Danny Elfman. Confesso que num primeiro momento torci o nariz, mas nunca fiquei tão feliz em estar errado. Ele conseguiu unir os temas clássicos de Batman e Superman e salvar a barulheira sonora que Junkie XL e Hans Zimmer inventaram para a Mulher-Maravilha. Esta é a primeira trilha sonora de super-herói marcante desde Batman do Tim Burton. Que ironia!
Entretanto, não dá para engolir efeitos especiais porcos que fazem os brinquedinhos do Batman parecerem de plástico, CGI de fundo parecendo Hermes e Renato, e que transformam as cenas do vilão em uma cut scene do Diablo II - sim, eu disse DOIS! Até o Ultron ficou super real e convincente! Cadê a Weta Studios, parceira de longa data da Warner para caprichar nesses efeitos, hein?
Enfim, o resultado é bastante positivo e é melhor a Marvel continuar acertando a mão, como em Guerra Civil, porque agora, uma vez acertando e tomando gosto pelo bem feito, a DC vai lutar com unhas e dentes para concorrer pau a pau com sua rival. Bom, assim espero, né!
Outro detalhe que me chamou a atenção foi a construção do roteiro em mostrar o quão superior o Superman é perante ao Lobo da Estepe. Tal construção é fundamental, tanto no desenvolvimento da personagem - para o seu auto-conhecimento -, quanto na relação com futuras ameaças bem mais poderosas e importantes do universo da DC, como Darkseid ou Brainiac, que exigirão muito mais sacrifício do herói.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista AgoraO filme é tão bom que até em cinema ruim e dublado foi uma experiência sensacional, emocionante a arte por trás da homenagem feita à mitologia chinesa no final.
Grey Gardens
4.3 105Gatilhos por toda parte.
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2.7 116 Assista AgoraQue filme nojento
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraQuando vi a citação de Camus fiquei com medo do filme decepcionar, mas não. Absurdidade, existencialismo e poesia dominam e o resultado final é filme a arte na sua forma mais crua.
O Tradutor
3.8 89 Assista AgoraQue ano foi 2019 para o cinema! "O Tradutor" é tudo que aquele aborto de "O Milagre da Cela 7" não é e nunca será - não vi e me recuso a assistir a um filme tão raso. O filme conta o impacto sofrido na vida do protagonista, letrado em russo, e em sua família quando o governo cubado o força a servir de tradutor para as famílias e as vítimas do acidente nuclear de Chernobyl, levadas a Cuba para tratamento. Desde a primeira cena e durante a construção do primeiro ato, fiquei torcendo para o filme manter a qualidade, pois muitos longas começam bem, mas chegam no meio do segundo ou até do terceiro ato e desandam totalmente. Felizmente, isto não ocorre aqui. Mostra-se primeiro o bom relacionamento de pai/filho e marido/esposa para depois desconstruí-los e reconstruí-los como redenção das personagens no final da película. Redenção esta que funciona muito bem, já que o filme nunca utiliza de clichês para emocionar gratuitamente o expectador e a profundidade das personagens reflete nas atuações dos atores. Importante ressaltar a depressão que assola a personagem principal no começo do segundo ato, ao ver que não tem escapatória e que deve acatar a ordem superior. Isto resulta em dois aspectos: primeiro, numa desconstrução da personagem e de sua bela reinvenção, quando percebe que é capaz de interagir com as crianças e de influenciar no seu tratamento - também é desenvolvido o seu relacionamento profissional com a enfermeira do setor infantil, além de se fazer um paralelo emotivo-parental com um pai cuidadoso e com uma mãe alcoólatra de duas das vítimas. segundo aspecto, é a construção da relação mãe/filho - que em outros filmes seria, possivelmente, esquecida. Cabe a mãe o papel de cuidar o tempo todo do filho, já que o protagonista utiliza todo o seu tempo e energia para lidar com as vítimas e não com a sua própria família. Aqui vale outra observação importante. Além de cuidar do filho, a mãe precisa ainda lidar o seu lado profissional e artístico, já que está há poucos dias de estrear sua nova exposição de arte. Algo que, ironicamente, é negligenciado pelo protagonista, ao mesmo tempo que este usa da arte para acolher e dar voz e esperança às crianças em tratamento. Um filme comum já teria desandado há muito tempo. Entretanto, com a chegada do terceiro ato, também há chegado a hora da redenção e união da família - algo realizado com sutileza, simplicidade e com eficácia satisfatória. Como se tudo isso não fosse o suficiente, o filme ainda tem espaço de trabalhar a infraestrutura precária da ilha e sua influência no desenvolvimento das personagens. Destaque deve ser feito com relação ao diretor de fotografia que é bastante competente em contrastar a beleza e as cores quentes e vivas da ilha tropical com a palidez e frieza quase morta das paredes do hospital. Vale comentar por fim, sobre o design de produção que faz um trabalho excepcional na construção da casa do protagonista que quase "ganha vida", tamanha a riqueza de detalhes.
O Relatório
3.5 111 Assista Agora2019 não para, que ano para o cinema! O filme acompanha a investigação do relator Daniel Jones (Adam Driver) e sua luta para publicar o tal relatório - de tortura - do título. Tal documento comprova que o método experimental chamado de TMI (Técnicas Melhoradas de Interrogatório) aplicadas no interrogatório de mais de 119 presos - que número irônico - não funcionaram. Particularmente, já gostava dos roteiros do aqui estreante na direção Scott Z. Burns, mas neste filme ele vai além. Combinando direção, roteiro e edição, ele intercala as cenas de investigação com flashbacks que detalham o que está sendo narrado no tempo "presente" da trama - técnica didática, mas que funciona muito bem e acaba por se tornar central para ilustrar os fatos e construir a narrativa, além da simpatia do expectador pelo arco do protagonista. Os flashbacks funcionam também para ilustrar as técnicas brutais de tortura aplicada nos suspeitos, presos a partir de provas rasas e, até mesmo, falsas que não resultam em revelar novas informações ou apenas reforçam as que a agência de inteligência já sabia, através de agentes de campo e de suas fontes. Dado um momento do filme, a própria inteligência acaba por emitir um relatório interno e ultra secreto, confirmando que tais torturas são inúteis. Mesmo assim, parar a tortura seria admitir o erro, portanto, a sua utilização continua. As outras personagens também são muito bem desenvolvidas, graças ao roteiro e grandes atuações de todo o elenco. Com uma pegada de telefilme, o diretor não tem pressa em desenvolver os atos, relação e disputas de poder entre as personagens, o que valoriza o desenrolar da trama, a contação da história e o produto final. Fica bastante claro o interesse de Obama e sua staff de postergar a publicação do relatório, visando aprovar no congresso o Obamacare e novas políticas de imigração, evitando, portanto, a sua retalhação nas eleições ou no seu próximo mandato - o que se concretizou, visto que mesmo ganhando as eleições e tendo maioria Democrata no Senado, o mesmo não aconteceu na Câmara dos Deputados e acabou por obstruir a aprovação de seus projetos de governo. O relatório acabou sendo publicado com 500 do total de 7 mil páginas, das quais o roteiro foi inteiramente baseado.
Segredos Oficiais
3.7 89 Assista AgoraMais um exemplo de como 2019 foi um ótimo ano cinematográfico. Dividido, basicamente, em 4 atos, o filme desenvolve a trama, respeitando a história e trabalhando muito bem suas personagens. No primeiro ato, conhecemos a protagonista e de forma simples, porém satisfatória, entendemos e compramos sua motivação de informar o público sobre a tentativa dos governos estadunidenses e ingleses de pressionar os representantes de alguns países, sem cadeira cativa no Conselho de Segurança da ONU, a votarem a favor de uma investida militar contra o Iraque - os eventos históricos ajudam nesta construção, já que hoje sabemos que nunca houve prova alguma de armas de destruição em massa no Iraque. Surpreendentemente, o segundo ato é focado somente no arco do jornalista e na sua jornada para publicar a matéria. Esta abordagem é inusitada, porém muito bem vinda e funciona como um mini episódio dentro do filme. O terceiro ato trabalha as consequências do vazamento e publicação das informações na vida da protagonista e ainda consegue, competentemente, introduzir o trio de advogados que irá defendê-la no tribunal. Vale ressaltar aqui o passing cadenciado e contínuo da trama que em nenhum momento se preocupa em chegar logo ao final, algo que encurtaria e prejudicaria a história e, consequentemente, o filme. Este é um ponto positivo, pois o roteiro e a edição deixam o expectador respirar e absorver o filme com um didatismo que não insulta a sua inteligência. Antes de falar sobre o quarto ato, gostaria de ressaltar o trabalho da mixagem de som. Levei um susto com o volume e qualidade sonora quando o primeiro bombardeio no Iraque acontece. Costumo assistir filmes com volume alto e dificilmente os cineastas aproveitam para trabalhar a variação do volume - o mesmo pode ser dito na mixagem de álbuns musicais. "Felizmente", parecia que eu havia acabado de acordar com a minha casa em chamas. No final do terceiro, começo do quarto e último ato, o jornalista, que parecia descartado e esquecido, volta para fechar o seu arco e contribuir na construção da defesa da personagem principal. Para quem gosta de thrillers políticos e filmes baseados em fatos reais, "Segredos Oficiais" é um must watch.
O Pintassilgo
3.3 111 Assista AgoraO filme é tão mediano quanto o livro. Nem sei como ganho o Pulitzer...
A Grande Mentira
3.4 126Um dos piores filmes que já vi
Meu Nome é Dolemite
3.8 361 Assista AgoraMuito mais uma homenagem ao cinema que somente ao legado de Dolemite, sensacional!
Viagem a Darjeeling
3.8 430 Assista AgoraDefinitivamente Wes está na minha lista de melhores diretores. Não queria que este filme acabasse, nunca. O seu fim dói tanto quanto o término de um relacionamento ou a leitura da última página de um livro bom. Um luto longo, doloroso e nostálgico.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraUma das coisas mais lindas que já vi na vida...
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraJoaquim Phoenix é o melhor ator da história do cinema. Isso que essa nem é a melhor atuação de sua carreira.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraJames Gray e toda sua mediocridade
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3.7 1,7K Assista AgoraMashup bem vindo de Thor, Avatar, roteiro de Black Panther, King Arthur, Atlantis e, para quem pegou a referência, de Lost.
Vá e Veja
4.5 755 Assista AgoraO melhor filme de guerra da história.
Durante a Tormenta
4.0 901 Assista AgoraSenta lá, "Efeito Borboleta"
Ele Está de Volta
3.8 681Análise de política, discurso e metalinguagem impecáveis
O Convite
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3.6 990 Assista AgoraMommy e daddy issues elevados a outro nível
O Castelo de Cagliostro
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Crash: No Limite
3.9 1,2KSério que isso ganhou de Melhor Filme em cima de Munich???
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraComo é bom ser surpreendido depois de tanto tempo de espera. Ver todos na sala de cinema rindo, torcendo, vibrando e realmente se divertindo com esse longa foi uma experiência incrível - sim, foi a mesma sensação de quando assisti ao primeiro Vingadores. Finalmente a DC acertou o tom do filme. A paleta de cores e enquadramentos que remetem aos quadrinhos e aos desenhos - vai dizer que a cena inicial com o Batman não te levou direto ao desenho dos anos 90 ou às HQs do herói? - combinados com as piadas pontuais e uma ameaça séria, mas não supervalorizada, garantiram ao universo DC nos cinemas o equilíbrio do qual estava precisando - e procurando a algum tempo.
Um ponto forte do filme que precisa ser ressaltado é o equilíbrio entre ação, drama e humor - principalmente este último. Tirando uma ou duas piadas idiotas, em nenhum momento o filme insere uma piada fora de contexto ou inoportuna. Isso valoriza os pequenos momentos de alívio cômico, tornando as piadas extremamente eficientes, resultando em gargalhadas e risadas sinceras da platéia na esmadora maioria delas. Fica a dica para Casa das Ideias com suas piadas de tiozão ;).
Outro destaque é a trilha sonora de Danny Elfman. Confesso que num primeiro momento torci o nariz, mas nunca fiquei tão feliz em estar errado. Ele conseguiu unir os temas clássicos de Batman e Superman e salvar a barulheira sonora que Junkie XL e Hans Zimmer inventaram para a Mulher-Maravilha. Esta é a primeira trilha sonora de super-herói marcante desde Batman do Tim Burton. Que ironia!
Entretanto, não dá para engolir efeitos especiais porcos que fazem os brinquedinhos do Batman parecerem de plástico, CGI de fundo parecendo Hermes e Renato, e que transformam as cenas do vilão em uma cut scene do Diablo II - sim, eu disse DOIS! Até o Ultron ficou super real e convincente! Cadê a Weta Studios, parceira de longa data da Warner para caprichar nesses efeitos, hein?
Enfim, o resultado é bastante positivo e é melhor a Marvel continuar acertando a mão, como em Guerra Civil, porque agora, uma vez acertando e tomando gosto pelo bem feito, a DC vai lutar com unhas e dentes para concorrer pau a pau com sua rival. Bom, assim espero, né!
Outro detalhe que me chamou a atenção foi a construção do roteiro em mostrar o quão superior o Superman é perante ao Lobo da Estepe. Tal construção é fundamental, tanto no desenvolvimento da personagem - para o seu auto-conhecimento -, quanto na relação com futuras ameaças bem mais poderosas e importantes do universo da DC, como Darkseid ou Brainiac, que exigirão muito mais sacrifício do herói.
A Paisagem Mental de Alan Moore
4.3 38"You can't be something you're not" - Pantera