O movimento de câmera, o movimento dos corpos, o movimento de libertação feminina... Retratos deste que é considerado o primeiro filme feminista da América do Sul. Obra prima do cinema brasileiro, tão pouco conhecida; A admirável Vera de Figueiredo, apesar de perseguições, conseguiu levar adiante seus ideais, em um filme inovador que transborda semiótica.
O livro é ótimo. O começo é especialmente atrativo, já o li várias vezes. Fiquei contente ao descobrir o filme. Gostei da adaptação. Vale a pena ser vista.
"Em uma guerra não se matam milhares de pessoas. Mata-se alguém que adora espaguete, outro que é gay, outro que tem uma namorada. Uma acumulação de pequenas memórias..." Cristian Boltanski
A ideologia é péssima, claro, mas, em termos históricos e artísticos o filme é muito bom. Como mais uma estratégia de propagando do regime, foi feito para ser grandioso e transmitir a grandeza na qual Hitler se encontrava, se tornando um excelente documento. Também gostei dos recursos da filmagem, toda a perspectiva, os travelings, o trabalho com os planos, cenas como as imagens de confraternização, a música, o geral no gigantesco exército em movimento e depois parado, em uma enorme atenção, tão bem demonstrada pelos closes. Leni está de parabéns por sua estética.
Somente a ousadia de Kieslowski para associar, neste primeiro filme da trilogia das cores, a dita liberdade ao sentimento da dor provocado pela perda. A trajetória de Julie (Juliette Binoche) em sua busca pelo desprendimento é triste e curiosa aos olhos de quem vê. A fotografia de Slavomir Idziak abusa na demonstração dos tons azulados e transpira melancolia. A música de Zbigniew fala alto. Todas as referências de Krzysztof são ótimas! A cena do tribunal é marcante para quem se interessa pela trilogia. Quando o preto total invade a tela uma profundidade de sentimentos o acompanha. A forma que os planos são trabalhados, desde as primeiras cenas, é excelente. O humanismo transmito pela obra torna-a ainda mais incrível e intensa.
Ao se enveredar por caminhos que eu não esperava para este filme, Coutinho me surpreendeu. Sua habilidade para conseguir declarações tão íntimas dessas pessoas, contraditoriamente tão próximas e tão distantes, tão diferentes e, ao mesmo tempo, semelhantes em sua condição humana é fabulosa. Por meio das narrativas dos moradores, o telespectador cria imagens mentais para diversos acontecimentos e se deixa invadir por meio da identificação. Tive a impressão de que o cineasta prendeu o público a princípio pelo riso, logo após se enveredou por um lado que poderia ser mais dramático. É interessante que ele traça uma imagem de Copacabana sem recorrer a imagens clássicas de cartões postais, ao mesmo tempo em que temos uma imagem da transformação do modo de vida do modo de vida que ocorreu no prédio, isso foi muito inteligente e reforçou muito a proposta dele. Cenas dos corredores, de acontecimentos que ocorreram durante a filmagem e para a filmagem, no trabalho da equipe, são intercaladas com as entrevistas deixando tudo ainda mais dinâmico e interessante. Várias cenas marcantes... a da TV transmitindo a câmera do elevador foi um marco para mim. As entrevistas são riquíssimas. A liberdade que o entrevistado recebe para falar e o humanismo relacionado são muito bons. Um filme, como dito no cartaz, sobre pessoas como nós para ser avaliado sob o ponto de vista cinematográfico, bem como - ao falar sobre diversidade, comportamento, solidão, entre outros - uma fonte para estudos do homem e da sociedade.
O tema tolerância, abordado nos mais diferentes contextos, vem sempre a calhar. Aqui, tal tema está presente no roteiro e na recepção do filme. Apesar da idéia não ser tão chamativa para muitos dos mais críticos creio que o filme foi bem planejado, dentro da proposta. Além disso defendo o direito dos cineastas abordarem o assunto que desejam; Uma comédia simples, despretensiosa, que, baseada no livro "Palmeiras, um Caso de Amor", de Mário Prata, torna-se criativa ao retratar o conflito entre famílias fanáticas por dois dos maiores clubes de futebol do Brasil. O desenrolar é previsível, mas não me importo com isso quando acho o trabalho simpático. Bom também o fato de a música não ter focado o esporte: Los Hermanos ficou bonito. As atuações são boas também e enriquecem o projeto. Até os não amantes da bola são capazes de "sentir o drama" transmitido por eles.
Com um dedo na comédia e algum acontecimento previsível, este parece não ser o filme da trilogia de Kieslowski que mais agrada a crítica. Não obstante, para mim, retratando a vida comum e a referida igualdade, ao seu modo, ele tem diversas características que o tornam fabuloso: a música impecável de Zbigniew Preisner, as referências, as atuações, o enredo envolvente e perturbador... Hábil fotografia de Edward Klosinski, ótima direção de arte de Halina Dobrowolska, câmeras que se fecham reforçando a emoção dos personagens, inclusive na cena final... A cena final é uma aula de cinema. Fala tudo e emociona profundamente, sem verbalizar. Obra sensacional! Bravo!
Não representa, em minha opinião, uma evolução positiva de Lasse Hallström, mas tem pontos positivos. O romance se desenvolve em um contexto novo e mais atual de guerra e as cenas das trocas de cartas ficaram muito bonitas. As histórias paralelas (relacionamentos familiares e entre amigos, autismo, moedas) enriquecem o roteiro, talvez poderiam até mesmo terem sido melhor exploradas, não sei. Richard Jenkins realmente muito bom como coadjuvante. Músicas leves, assim como o filme, em seu desenrolar.
Inspirar-se em um videogame para criar um filme, como já observado em outros casos, é uma tarefa que exige a criação de um roteiro que pelo menos justifique o desenrolar de fatos, e não apenas meras fugas e perseguições. Aqui, como complemento, a história segue aquela linha "clássica": possui um humor característico dos filmes norte-americanos atuais; cenas esperadas e certas reviravoltas; lição de moral e um toque à emoção do público. Misto de aventura com ação, o filme visa o entretenimento de toda a família e não exagera nas cenas de violência, deixando um maior destaque à fuga e aos saltos, em detrimento às lutas com armas brancas, embora estas sempre ocorram. Como esperado neste tipo de filme, até mesmo pela possibilidades dada pelo orçamento milionário, se preocupa bastante em ganhar muitos pontos com o público por meio do deslumbramento visual, com bons efeitos especiais, bons figurinos e assim por diante. Enfim, segue a fórmula de um filme que ainda que não seja profundo, e nem tenha pretensão para sê-lo, pode entreter o telespectador por duas horas na poltrona, aguardando o final.
Um filme meio sei lá... Não esperem a revelação das causas da viagem no tempo com uma explicação de ordem física para tal, o que o filme e personagem principal buscam é revelar o assassino de certos crimes e a ligação entre as vítimas. Ele só participa da saga pelas sucessivas viagens passado-presente, pela perturbação psicológica característica dos protagonistas e para ser mais chamativo ao público, pois a história é solta para uma melhor ligação. Foi bom tê-lo visto para ter minha própria visão e ela não foi muito boa.
Feminino Plural
3.5 7O movimento de câmera, o movimento dos corpos, o movimento de libertação feminina... Retratos deste que é considerado o primeiro filme feminista da América do Sul. Obra prima do cinema brasileiro, tão pouco conhecida; A admirável Vera de Figueiredo, apesar de perseguições, conseguiu levar adiante seus ideais, em um filme inovador que transborda semiótica.
Vinte e Quatro Olhos
4.4 15Fascinante.
O Retrato do Artista Quando Jovem
3.3 2O livro é ótimo. O começo é especialmente atrativo, já o li várias vezes.
Fiquei contente ao descobrir o filme. Gostei da adaptação. Vale a pena ser vista.
A Última Dança
3.1 58Foi muito bom ouvir uma música em português; bonita, por sinal.
Delicatessen
3.8 278 Assista AgoraAdoro a montagem e o desenho de som.
Abril Despedaçado
4.2 673Como não ser fã desse "Menino", do começo ao fim do filme?
Um Olhar do Paraíso
3.7 2,7K Assista AgoraUma montagem ótima que só acrescenta.
Amarelo Manga
3.8 542 Assista AgoraCâmeras ótimas e inquietas. Gostei do filme. Muito válido.
Nós que Aqui Estamos Por Vós Esperamos
4.3 416Ousado, criativo, sensível... É linda essa abordagem da humanidade em cada um.
"Em uma guerra não se matam milhares de pessoas. Mata-se alguém que adora espaguete, outro que é gay, outro que tem uma namorada. Uma acumulação de pequenas memórias..." Cristian Boltanski
A Faca na Água
3.8 69 Assista AgoraEnquadramentos fabulosos.
Maria Cheia de Graça
3.7 138 Assista AgoraIncrível a cena no avião e a emoção que ela transmite. Em cada movimento uma agonia.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraAdoro, por exemplo, a forma como os ruídos se transformam em música.
Pingue-Pongue da Mongólia
3.9 11Aquele final é simplesmente ótimo!
O que Resta do Tempo
3.8 30Maravilha; tenho que dizer.
Persépolis
4.5 754Muito, muito bem trabalhado. Persépolis me encantou.
O Triunfo da Vontade
3.8 95 Assista AgoraA ideologia é péssima, claro, mas, em termos históricos e artísticos o filme é muito bom. Como mais uma estratégia de propagando do regime, foi feito para ser grandioso e transmitir a grandeza na qual Hitler se encontrava, se tornando um excelente documento. Também gostei dos recursos da filmagem, toda a perspectiva, os travelings, o trabalho com os planos, cenas como as imagens de confraternização, a música, o geral no gigantesco exército em movimento e depois parado, em uma enorme atenção, tão bem demonstrada pelos closes. Leni está de parabéns por sua estética.
A Liberdade é Azul
4.1 650 Assista AgoraSomente a ousadia de Kieslowski para associar, neste primeiro filme da trilogia das cores, a dita liberdade ao sentimento da dor provocado pela perda. A trajetória de Julie (Juliette Binoche) em sua busca pelo desprendimento é triste e curiosa aos olhos de quem vê. A fotografia de Slavomir Idziak abusa na demonstração dos tons azulados e transpira melancolia. A música de Zbigniew fala alto. Todas as referências de Krzysztof são ótimas! A cena do tribunal é marcante para quem se interessa pela trilogia. Quando o preto total invade a tela uma profundidade de sentimentos o acompanha. A forma que os planos são trabalhados, desde as primeiras cenas, é excelente. O humanismo transmito pela obra torna-a ainda mais incrível e intensa.
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraAo se enveredar por caminhos que eu não esperava para este filme, Coutinho me surpreendeu. Sua habilidade para conseguir declarações tão íntimas dessas pessoas, contraditoriamente tão próximas e tão distantes, tão diferentes e, ao mesmo tempo, semelhantes em sua condição humana é fabulosa. Por meio das narrativas dos moradores, o telespectador cria imagens mentais para diversos acontecimentos e se deixa invadir por meio da identificação. Tive a impressão de que o cineasta prendeu o público a princípio pelo riso, logo após se enveredou por um lado que poderia ser mais dramático. É interessante que ele traça uma imagem de Copacabana sem recorrer a imagens clássicas de cartões postais, ao mesmo tempo em que temos uma imagem da transformação do modo de vida do modo de vida que ocorreu no prédio, isso foi muito inteligente e reforçou muito a proposta dele. Cenas dos corredores, de acontecimentos que ocorreram durante a filmagem e para a filmagem, no trabalho da equipe, são intercaladas com as entrevistas deixando tudo ainda mais dinâmico e interessante. Várias cenas marcantes... a da TV transmitindo a câmera do elevador foi um marco para mim. As entrevistas são riquíssimas. A liberdade que o entrevistado recebe para falar e o humanismo relacionado são muito bons. Um filme, como dito no cartaz, sobre pessoas como nós para ser avaliado sob o ponto de vista cinematográfico, bem como - ao falar sobre diversidade, comportamento, solidão, entre outros - uma fonte para estudos do homem e da sociedade.
O Idiota
4.2 31 Assista AgoraEsses atores têm vivacidade no olhar e ela foi bem aproveitada pelas câmeras. Kurosawa foi competente ao adaptar o livro para o cinema.
O Casamento de Romeu e Julieta
2.7 249 Assista AgoraO tema tolerância, abordado nos mais diferentes contextos, vem sempre a calhar. Aqui, tal tema está presente no roteiro e na recepção do filme. Apesar da idéia não ser tão chamativa para muitos dos mais críticos creio que o filme foi bem planejado, dentro da proposta. Além disso defendo o direito dos cineastas abordarem o assunto que desejam;
Uma comédia simples, despretensiosa, que, baseada no livro "Palmeiras, um Caso de Amor", de Mário Prata, torna-se criativa ao retratar o conflito entre famílias fanáticas por dois dos maiores clubes de futebol do Brasil. O desenrolar é previsível, mas não me importo com isso quando acho o trabalho simpático. Bom também o fato de a música não ter focado o esporte: Los Hermanos ficou bonito. As atuações são boas também e enriquecem o projeto. Até os não amantes da bola são capazes de "sentir o drama" transmitido por eles.
A Igualdade é Branca
4.0 366 Assista AgoraCom um dedo na comédia e algum acontecimento previsível, este parece não ser o filme da trilogia de Kieslowski que mais agrada a crítica. Não obstante, para mim, retratando a vida comum e a referida igualdade, ao seu modo, ele tem diversas características que o tornam fabuloso: a música impecável de Zbigniew Preisner, as referências, as atuações, o enredo envolvente e perturbador... Hábil fotografia de Edward Klosinski, ótima direção de arte de Halina Dobrowolska, câmeras que se fecham reforçando a emoção dos personagens, inclusive na cena final... A cena final é uma aula de cinema. Fala tudo e emociona profundamente, sem verbalizar. Obra sensacional! Bravo!
Querido John
3.3 2,4K Assista AgoraNão representa, em minha opinião, uma evolução positiva de Lasse Hallström, mas tem pontos positivos. O romance se desenvolve em um contexto novo e mais atual de guerra e as cenas das trocas de cartas ficaram muito bonitas. As histórias paralelas (relacionamentos familiares e entre amigos, autismo, moedas) enriquecem o roteiro, talvez poderiam até mesmo terem sido melhor exploradas, não sei. Richard Jenkins realmente muito bom como coadjuvante. Músicas leves, assim como o filme, em seu desenrolar.
Gostei do final em aberto.
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo
3.3 2,0K Assista AgoraInspirar-se em um videogame para criar um filme, como já observado em outros casos, é uma tarefa que exige a criação de um roteiro que pelo menos justifique o desenrolar de fatos, e não apenas meras fugas e perseguições. Aqui, como complemento, a história segue aquela linha "clássica": possui um humor característico dos filmes norte-americanos atuais; cenas esperadas e certas reviravoltas; lição de moral e um toque à emoção do público. Misto de aventura com ação, o filme visa o entretenimento de toda a família e não exagera nas cenas de violência, deixando um maior destaque à fuga e aos saltos, em detrimento às lutas com armas brancas, embora estas sempre ocorram. Como esperado neste tipo de filme, até mesmo pela possibilidades dada pelo orçamento milionário, se preocupa bastante em ganhar muitos pontos com o público por meio do deslumbramento visual, com bons efeitos especiais, bons figurinos e assim por diante. Enfim, segue a fórmula de um filme que ainda que não seja profundo, e nem tenha pretensão para sê-lo, pode entreter o telespectador por duas horas na poltrona, aguardando o final.
Efeito Borboleta: Revelação
2.7 607Um filme meio sei lá... Não esperem a revelação das causas da viagem no tempo com uma explicação de ordem física para tal, o que o filme e personagem principal buscam é revelar o assassino de certos crimes e a ligação entre as vítimas. Ele só participa da saga pelas sucessivas viagens passado-presente, pela perturbação psicológica característica dos protagonistas e para ser mais chamativo ao público, pois a história é solta para uma melhor ligação. Foi bom tê-lo visto para ter minha própria visão e ela não foi muito boa.