Últimas opiniões enviadas
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Os dois atores são muito bons e a personagem feminina é um exemplo a ser seguido, sendo tão simpática quanto combativa/resistente. Porém, o roteiro pé clicheroso e entulhado de clichês. Apela para a fórmula fácil dos 'flashbacks' e possui um desfecho que não completa todas as firulas despejadas ao longo dos diálogos. Ainda assim, agrada e enternece: sem muitas expectativas, conquista-nos pela leveza dramática. Genérico, mas sumamente bem intencionado! (WPC)
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A cada novo filme desta diretora que eu descubro, gosto mais e mais dela: o interessante é como ela consegue nos fazer empatizar com pessoas (ricas e eventualmente entendidas ou culpadas) que, noutro contexto, causar-nos-ia irritação. A opção por equalizar os cotidianos de mais de um personagem - ao invés de apenas focar na ótima protagonista - foi mui acertado: fiquei apaixonado pela irmã! Os diálogos atualizam aquilo que, antes, admirávamos em Woody Allen, por exemplo, mas numa vertente mais abrangente, feminina, dócil, otimista em seu ímpeto ressignificador. É muito engraçado ao não titubear perante as tristezas do dia a dia, tornando-as matéria-prima de uma reflexão agridoce e graciosa sobre as "mentiras piedosas" que contamos e as conseqüências das mesmas - às vezes, não tão bondosas quanto intencionadas. Elenco excelente, progressão da narrativa respeitosa e entretenedora. Amo a Nicole Holofcener, ela merece ser descoberta pelo grande público - nem que seja como proporcionadora de filmes de auto-ajuda (para os aquisitivamente favorecidos) com elogiáveis qualidades! (WPC>)
Últimos recados
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Bruno Silvestre Silva de Souza
Caro amigo Wesley PC, mais uma vez você nos brindou com uma crítica de uma análise fílmica, que nos sempre deixa entusiasmados a ir às telonas. Quem poderia imaginar que um filme brasileiro no gênero thriller psicológico estralado pro Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini poderia ser uma grata surpresa? No mesmo dia assisti A Primeira Profecia (2024) que explica a origem de Damien do clássico A Primeira Profecia (1976), por esse mês de abril de 2024 já esgotei minha dose de suspense/terror mensal de forma brilhante.
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Bruno Silvestre Silva de Souza
Caro amigo Wesley PC, há dois anos você falou da sua predileção pelo filme A Profecia (1976) de Richard Donner, coincidentemente está nos cinemas A Primeira Profecia (2024) com Sônia Braga, que é uma espécie de prequel do clássico setentista. Cace-o urgentemente.
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Tadeu Nascimento
Falar pra você. Seus comentários são os que levo mais em conta atualmente. É bom ler seus escritos.
Não conhecia esta diretora e, num filme quiçá hiperestimado pela crítica, deparei-me com uma versão feminina do Denys Arcand: seus registros são muito parecidos, no que tange à exposição dos preconceitos inassumidos da 'intelligentsia' canadense francófona. A beleza de Pierre-Yves Cardinal chama muito a atenção, de modo que, em diversos momentos, colocamo-nos ao lado da protagonista: o que faríamos, no lugar dela? A diretora, que também aparece como coadjuvante, demonstra-se francamente simpática à personagem, e entremeia bem a sua comédia de costumes, ainda que a montagem acelerada incomode, por vezes: é como se ela soubesse se expressar apenas através dos jogos de 'zoom' nos planos e contraplanos. Até que percebemos a inteligência dos enquadramentos fotográficos, que metonimizam as "distâncias" emocionais entre os personagens. O reflexo dos estados de espírito da protagonista nas aulas que leciona é uma ótima sacada, bem como o uso da canção dos Scorpions. Não esperava muita coisa, mas até que curti. Rola um 'mea culpa' em vários instantes! (risos) - WPC>