A série é incrível demais! Maratonei em uma madrugada e não me arrependi. Tem uma qualidade ótima, uma trilha sonora sensacional e o contexto é muito bem trabalhado, mas acho que faltou um je ne sais quoi em algumas atuações, um plus a mais (o que, obviamente, não sei aplica ao Seu Jorge, pois puta que pariu, o cara é um monstro). De qualquer forma, tô no aguardo da segunda temporada.
Talvez um dos motivos de eu ter demorado tanto pra assistir essa série seja devido a minha predisposição em sempre ficar com um pé atrás em relação às produções da Netflix por causa do hype inicial que elas costumam causar (e que, na maioria das vezes, não consigo achar tudo isso), mas mermão, digo sem medo que When They See Us foi uma das melhores produções da Netflix.
A série vai muito além de uma condenação movida pelo racismo estrutural estadunidense. Ela coloque em xeque a incompetência das autoridades locais, as condições subumanas das prisões, as falhas grotescas presentes no sistema prisional, o viés político em volta de uma acusação capciosa, as relações sociais antes e após o período de encarceramento, entre outros fatores.
Não há como almejar um bom funcionamento do sistema judiciário se o próprio sistema está corrompido. Não é à toa as chances de um negro ser preso nos Estados Unidos é de 1 em 3. Não é à toa que homens negros formem cerca de 6.5% da população estadunidense, mas são quase metade dos que estão encarcerados nas prisões norte americanas. Não é à toa que a maior população carcerária do mundo é a do país do Tio Sam, com mais de 2 milhões de presos. Nada disso é coincidência. A abolição da escravidão ocorreu há mais de 150 anos, mas a população negra estadunidense ainda sofre com os resquícios de uma sociedade totalmente preconceituosa.
Cada episódio te proporciona um misto de sentimentos. Não teve UM ep em que eu não tenha ficado com os olhos marejados. Foi um verdadeiro soco no estômago. A atuação do Jharrel Jerome foi algo surreal, puta que pariu. Infelizmente eu fiz a besteira de assistir a série toda de uma vez e terminei totalmente devastado e abalado, sem conseguir digerir tudo que tinha visto. Sinceramente, merece todas as indicações que lhe foram atribuídas.
When They See Us já ultrapassou a barreira de uma série necessária; é obrigatória.
No início, eu fiquei imaginando como que uma série em que o tema central era simplesmente a retirada de um homem de um presídio de segurança máxima iria sobreviver por tanto tempo. Achei que no decorrer das demais temporadas, a série ficaria chata, clichê e desnecessária, mas vejo que me enganei. A primeira temporada (como costuma ser com a maioria das séries) é excelente; serve como uma espécie de "sinopse de personagens". Passamos a conhecer pouco a pouco a vida de cada um e começamos a nos identificar com eles (particularmente, eu sempre gostei da sagacidade e do cinismo de T-Bag, isso fazia dele - apesar de todos os podres que ele já havia cometido - um personagem engraçado). A segunda temporada é uma das minhas preferidas. O surgimento de Mahone (o meu personagem favorito) deu um gás à temporada, fazendo o telespectador ficar dividido entre as duas mentes mais brilhantes da série. Já a terceira temporada é algo que merece ser apagada. Achei totalmente arrastada, fraca, dando a impressão de que foi feita as pressas. Cheguei à quarta temporada com aquele sentimento de tristeza, pois sabia que a série estava chegando ao fim. Alguns pontos desta temporada me fizeram refletir profundamente sobre como as pessoas mudam diante das suas necessidades:
1º - A mudança de Bellick. Quem o via nos primeiros episódios nunca poderia imaginar que ele se tornaria uma pessoa confiável (mesmo que o seu medo de ser pego pelas autoridades fizesse com que várias vezes ele tentasse fazer a cabeça de Sucre) a ponto de se sacrificar para que todos pudessem dar continuidade ao plano de Michael de invadir o prédio da Companhia.
2º A lealdade de Sucre. É incrível o laço de amizade que ele criou com Michael, a forma que eles entendiam a necessidade um do outro e como eles faziam uma boa dupla (algumas vezes eu já cheguei a imaginar que a relação de amizade entre eles superava a relação de irmão que Lincoln tinha com Michael). Por várias vezes Sucre desistiu dos planos de seu antigo colega de cela, entretanto, em nenhum momento ele dedurou Michael. Ele soube aguentar toda a pressão, todas as agressões e todas as ameaças, colocando em risco a vida da própria mulher e da sua família. Sempre que ele falava que era hora de parar pois queria encontrar Maricruz e seguir a sua vida, eu torcia para que ele desistisse e ajudasse Michael até o fim, pois sempre achei que ambos formavam uma dupla sensacional.
3º A história/inteligência de T-Bag. Tá, ok, já sabemos das inúmeras mortes que ele causou após sair de Fox River e das demais atrocidades que ele cometeu antes mesmo de ir para a prisão. Mas convenhamos que a história dele é comovente. Imagina o que se passa na mente de um ser humano que foi gerado pela própria irmã (e como se isso não bastasse, sofreu abusos quando era criança)... Porém, apesar disso tudo, Theodore se mostrou inteligente no decorrer da série. Mesmo abandonado pelo resto do bando e com apenas uma mão, soube se virar mesmo com a polícia o caçando, soube se adaptar à Sona; tirou proveito da queda de Lechero; provocou um incêndio na prisão para que pudesse escapar; se infiltrou na GATE com uma identidade falsa; se juntou ao General para ficar fora do seu radar e como se isso tudo não bastasse, ao voltar para a prisão, ainda era temido pelos demais prisioneiros. Apesar disso tudo, ele é um personagem a ser admirado (sem contar o seu humor ácido que nos arrancou várias risadas).
4º A mente brilhante de Michael. Obviamente essa foi a temporada de mais surpresas para Scofield (3 descobertas já provam isso: o tumor na sua cabeça, a descoberta que a mãe estava viva e que Lincoln, de fato, não era seu irmão de verdade). Mesmo assim, ele sempre planejava tudo, passo a passo, sempre prevendo qualquer ação inimiga e tomando as dores dos outros. Se tornou responsável por quase todos a sua volta. Porém, uma das melhores decisões que ele tomou foi salvar Sara e Lincoln ao mesmo tempo (mesmo depois de saber que Lincoln não era seu irmão).
5º A volta do agente Kellerman. Eu achei realmente muito bacana ele ressurgir com aquele ar de "dei a volta por cima" para ajudar os irmãos. Foi o empurrão que a série estava precisando para se finalizar sem que se tornasse totalmente clichê.
Enfim, Prison Break foi uma ótima série. Eu até poderia dizer que estou triste com o seu fim, mas não adiantaria prolongar algo que não tivesse mais conteúdo para se apresentar (fazendo com que a série ficasse enjoativa e apelativa). A única coisa que eu posso afirmar é que valeu a pena perder dias e mais dias assistindo-a do começo ao fim.
Prefiro a 1ª temporada, mas esta não deixa a desejar. Várias reviravoltas, como já era previsto. O que me deixou profundamente irritado foi o fato do Rick começar a achar que mandava em tudo. Tomava todas as decisões, fazia todas as estratégias e sempre achava que estava certo. Não conseguia enxergar a realidade dos fatos. E puta que pariu, como o Carl pôde passar de um garoto irrelevante para uma pessoa completamente desprezível?
Principalmente depois que levou o tiro. Após recobrar a consciência, começou a achar que estava crescido, maduro o suficiente para ajudar a combater o perigo.
Gostei muito da atuação do Normal (Daryl) nesta temporada. Ganhou um pouco mais de destaque, tornando-se o personagem favorito de muitas pessoas.
Irmandade (1ª Temporada)
4.0 159 Assista AgoraA série é incrível demais! Maratonei em uma madrugada e não me arrependi. Tem uma qualidade ótima, uma trilha sonora sensacional e o contexto é muito bem trabalhado, mas acho que faltou um je ne sais quoi em algumas atuações, um plus a mais (o que, obviamente, não sei aplica ao Seu Jorge, pois puta que pariu, o cara é um monstro). De qualquer forma, tô no aguardo da segunda temporada.
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraTalvez um dos motivos de eu ter demorado tanto pra assistir essa série seja devido a minha predisposição em sempre ficar com um pé atrás em relação às produções da Netflix por causa do hype inicial que elas costumam causar (e que, na maioria das vezes, não consigo achar tudo isso), mas mermão, digo sem medo que When They See Us foi uma das melhores produções da Netflix.
A série vai muito além de uma condenação movida pelo racismo estrutural estadunidense. Ela coloque em xeque a incompetência das autoridades locais, as condições subumanas das prisões, as falhas grotescas presentes no sistema prisional, o viés político em volta de uma acusação capciosa, as relações sociais antes e após o período de encarceramento, entre outros fatores.
Não há como almejar um bom funcionamento do sistema judiciário se o próprio sistema está corrompido. Não é à toa as chances de um negro ser preso nos Estados Unidos é de 1 em 3. Não é à toa que homens negros formem cerca de 6.5% da população estadunidense, mas são quase metade dos que estão encarcerados nas prisões norte americanas. Não é à toa que a maior população carcerária do mundo é a do país do Tio Sam, com mais de 2 milhões de presos. Nada disso é coincidência. A abolição da escravidão ocorreu há mais de 150 anos, mas a população negra estadunidense ainda sofre com os resquícios de uma sociedade totalmente preconceituosa.
Cada episódio te proporciona um misto de sentimentos. Não teve UM ep em que eu não tenha ficado com os olhos marejados. Foi um verdadeiro soco no estômago. A atuação do Jharrel Jerome foi algo surreal, puta que pariu. Infelizmente eu fiz a besteira de assistir a série toda de uma vez e terminei totalmente devastado e abalado, sem conseguir digerir tudo que tinha visto. Sinceramente, merece todas as indicações que lhe foram atribuídas.
When They See Us já ultrapassou a barreira de uma série necessária; é obrigatória.
Prison Break (4ª Temporada)
4.1 435No início, eu fiquei imaginando como que uma série em que o tema central era simplesmente a retirada de um homem de um presídio de segurança máxima iria sobreviver por tanto tempo. Achei que no decorrer das demais temporadas, a série ficaria chata, clichê e desnecessária, mas vejo que me enganei. A primeira temporada (como costuma ser com a maioria das séries) é excelente; serve como uma espécie de "sinopse de personagens". Passamos a conhecer pouco a pouco a vida de cada um e começamos a nos identificar com eles (particularmente, eu sempre gostei da sagacidade e do cinismo de T-Bag, isso fazia dele - apesar de todos os podres que ele já havia cometido - um personagem engraçado). A segunda temporada é uma das minhas preferidas. O surgimento de Mahone (o meu personagem favorito) deu um gás à temporada, fazendo o telespectador ficar dividido entre as duas mentes mais brilhantes da série. Já a terceira temporada é algo que merece ser apagada. Achei totalmente arrastada, fraca, dando a impressão de que foi feita as pressas. Cheguei à quarta temporada com aquele sentimento de tristeza, pois sabia que a série estava chegando ao fim. Alguns pontos desta temporada me fizeram refletir profundamente sobre como as pessoas mudam diante das suas necessidades:
1º - A mudança de Bellick. Quem o via nos primeiros episódios nunca poderia imaginar que ele se tornaria uma pessoa confiável (mesmo que o seu medo de ser pego pelas autoridades fizesse com que várias vezes ele tentasse fazer a cabeça de Sucre) a ponto de se sacrificar para que todos pudessem dar continuidade ao plano de Michael de invadir o prédio da Companhia.
2º A lealdade de Sucre. É incrível o laço de amizade que ele criou com Michael, a forma que eles entendiam a necessidade um do outro e como eles faziam uma boa dupla (algumas vezes eu já cheguei a imaginar que a relação de amizade entre eles superava a relação de irmão que Lincoln tinha com Michael). Por várias vezes Sucre desistiu dos planos de seu antigo colega de cela, entretanto, em nenhum momento ele dedurou Michael. Ele soube aguentar toda a pressão, todas as agressões e todas as ameaças, colocando em risco a vida da própria mulher e da sua família. Sempre que ele falava que era hora de parar pois queria encontrar Maricruz e seguir a sua vida, eu torcia para que ele desistisse e ajudasse Michael até o fim, pois sempre achei que ambos formavam uma dupla sensacional.
3º A história/inteligência de T-Bag. Tá, ok, já sabemos das inúmeras mortes que ele causou após sair de Fox River e das demais atrocidades que ele cometeu antes mesmo de ir para a prisão. Mas convenhamos que a história dele é comovente. Imagina o que se passa na mente de um ser humano que foi gerado pela própria irmã (e como se isso não bastasse, sofreu abusos quando era criança)... Porém, apesar disso tudo, Theodore se mostrou inteligente no decorrer da série. Mesmo abandonado pelo resto do bando e com apenas uma mão, soube se virar mesmo com a polícia o caçando, soube se adaptar à Sona; tirou proveito da queda de Lechero; provocou um incêndio na prisão para que pudesse escapar; se infiltrou na GATE com uma identidade falsa; se juntou ao General para ficar fora do seu radar e como se isso tudo não bastasse, ao voltar para a prisão, ainda era temido pelos demais prisioneiros. Apesar disso tudo, ele é um personagem a ser admirado (sem contar o seu humor ácido que nos arrancou várias risadas).
4º A mente brilhante de Michael. Obviamente essa foi a temporada de mais surpresas para Scofield (3 descobertas já provam isso: o tumor na sua cabeça, a descoberta que a mãe estava viva e que Lincoln, de fato, não era seu irmão de verdade). Mesmo assim, ele sempre planejava tudo, passo a passo, sempre prevendo qualquer ação inimiga e tomando as dores dos outros. Se tornou responsável por quase todos a sua volta. Porém, uma das melhores decisões que ele tomou foi salvar Sara e Lincoln ao mesmo tempo (mesmo depois de saber que Lincoln não era seu irmão).
5º A volta do agente Kellerman. Eu achei realmente muito bacana ele ressurgir com aquele ar de "dei a volta por cima" para ajudar os irmãos. Foi o empurrão que a série estava precisando para se finalizar sem que se tornasse totalmente clichê.
The Walking Dead (2ª Temporada)
4.2 2,3K Assista AgoraPrefiro a 1ª temporada, mas esta não deixa a desejar. Várias reviravoltas, como já era previsto. O que me deixou profundamente irritado foi o fato do Rick começar a achar que mandava em tudo. Tomava todas as decisões, fazia todas as estratégias e sempre achava que estava certo. Não conseguia enxergar a realidade dos fatos. E puta que pariu, como o Carl pôde passar de um garoto irrelevante para uma pessoa completamente desprezível?
Principalmente depois que levou o tiro. Após recobrar a consciência, começou a achar que estava crescido, maduro o suficiente para ajudar a combater o perigo.
Gostei muito da atuação do Normal (Daryl) nesta temporada. Ganhou um pouco mais de destaque, tornando-se o personagem favorito de muitas pessoas.