Últimas opiniões enviadas
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Duck Butter
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Comecei esse filme sem saber direito do que se tratava… eu havia lido a sinopse, mas apenas isso, e como tem que ser, tive as primeiras sensações verdadeiras e livres…
É curioso como esse filme já começa abordando o cinema, como ele já começa mostrando pra gente o que há por trás, antes de mostrar o que vem pela frente
Ele é seco, cru, simples, amarelo e branco…
Ele começa falando sobre como na vida a gente deve ser genuíno, deve ser aberto… ele mostra que tudo tem que ser leve, tem que se deixar levar… nos primeiros minutos ele dá essa aula, mostrando o fazer cinematográfico antes mesmo de mostrar a personagem… sem a gente saber que na verdade, era ela mesma - tem algo mais metalinguistico do que isso?!
O filme continua e vai um pouco rápido… me peguei imersa em um universo de início de sensibilidade sem nem ao menos me apegar nas personagens
Mas acredito que deveria ser assim, por quê a gente tem que viver o mesmo que elas, sentir o mesmo que elas… mas a gente não tá ali dentro, a gente só espia pela fresta da porta, tão longe e tão perto
Assim como elas.
Algumas das minhas partes favoritas são as de mais toque e intimidade…
É sempre naquele “quase lá”… e me peguei vendo como as mãos falam mais do que as próprias personagens
Como tudo se traduz naquele toque simples, como das teclas de um piano, e assim você entende tudo que elas estão sentindo… gostei das partes em que elas não precisavam falar nada!
Metaforizadas nos olhares, ângulos e… toques.
Gosto que o que vc percebe, os personagens explicam um pouco depois… é na fala de gente de fora, como diretores, mães… que a gente entende o que tá rolando
É nesses diálogos intermináveis que a gente percebe os detalhes da intimidade… e como isso favorece aquele desconforto tímido que vai nascendo
É como se a liberdade do desconhecido fosse embora… e você finalmente perde a ilusão da ideia de alguém e de você.
Esse desconforto atinge a gente ali do outro lado da porta, e você sente crescendo mas não sabe da onde que vem… até que te prende e te sufoca… até ela abrir a janela, e foi na mesma hora em que eu mesma teria feito isso…
Eles mostram de uma forma até mesmo “cômica” tudo no final… mas vi como algo tipo “olha, esse é o meu pior, me mostra você! Mesmo que seja ruim também, mostra!!!”
E tudo sai num grito, ou pela porta da frente… no final a gente percebe que tudo é sobre tempo, e eu fui pega e arremessada por ele… tipo viver uma vida inteira de uma vez…
Ela fecha
Abre por 24 horas
Fecha…
E finalmente pode descansar.[/spoiler]
[spoiler]
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Filme perfeito para aquele finzinho de noite em que você tá completamente entediada e não sabe o que assistir... eu gostei do final e da mensagem que ele passou, superou um pouco as minhas expectativas. Não é aquele filme que você passa horas pensando em como voltar ao normal depois de assistir... mas deixou meu coração quentinho e me fez ter muita vontade de correr atrás do que eu quero (e de dançar!).
Últimos recados
- Nenhum recado para Rafaela Luiza.
Essa série é tão seca e fria, que quase causa certos incômodos ao assistir. Tudo é visto nos olhos, seja pequenos momentos, pequenas sensações, seja as tensões mais fortes na mais simples jogada.
Sempre fui apaixonada por xadrez, e agora saio ainda mais.
Com certeza me conquistou fácil, tudo é tão bonito e tão calculado… é como se fôssemos a própria câmera, olhando tudo de longe e tentando captar cada detalhe.
Um amor especial pela trilha sonora!
Fazia um bom tempo que piano + olhares não me prendiam desse jeito.
Gostei muito.