O roteiro é bem estruturado, mas o clímax não atinge as expectativas criadas pelo resto do filme. Sobre os outros aspectos é tudo feio e parece barato. A arte, a foto, a direção, a colorização são feitas da maneira mais genérica possível.
O filme é muito bem estruturado. Ele leva seu tempo para apresentar os personagens, seus conflitos e as dinâmicas das relações. TUDO que tem uma importância narrativa, seja grande ou pequena, é estabelecido antes, as vezes de maneira extremamente sútil e é muito bom ver aquele detalhe que você percebeu umas cenas atrás, fazendo sentido quando os eventos acontecem. Além disso, todas as ações e decisões tomadas pelos personagens condizem com o que nos foi apresentado, então a suspensão de descrença nunca é quebrada. A maneira como ele retrata o relacionamento abusivo e a manipulação que a personagem sofre é muito sútil e real. O filme deixa claro a mensagem e te faz criar empatia por ela a partir desses momentos em que é doloroso ver o padrão de comportamento sustentado na relação. Os temas da história estão o tempo todo conversando entre si, e acontecimentos da vida da protagonista retornam de maneiras diferentes em diversos momentos do filme, com personagens secundários, ou com os eventos que ela presencia na comunidade. Isso é um roteiro muito bem pensado. As áreas estão alinhadas para criar um visual lindo demais, que contradiz com os elementos de horror. O que contribui para essa sensação de estranhamento a partir da experimentação de uma cultura diferente da sua. A montagem executa cortes que não te deixam respirar, sempre sabendo quando deixar planos longos e quando cortar rápido. Os cortes de transição são sempre conectados com os elementos que virão a seguir, ou que vieram antes, a partir de sons, correspondência de movimento ou de personagens. Um corte na cena inicial me marcou muito. Fora isso a representação catártica dos momentos ritualísticos foram muito reais e da para ver que houve uma pesquisa feita ali , apesar das liberdades tomadas.
A maneira como o Tarkovski utiliza de convenções e tramas de um genero cinematográfico, com a finalidade de criar algo totalmente seu, a partir da quebra de expectativas é incrível. Um diretor em completo domínio da linguagem cinematográfica.
Eu me lembro da primeira vez que assisti Possessão e comecei achando que era unicamente um filme sobre o esgotamento de um relacionamento amoroso. Eu já estava imerso naquela história, notando que havia algo de diferente sobre ela. Mas, de repente, a trama entra em uma espiral de surrealismo incrível, que proporcionou uma das minhas melhores experiências com um filme. Com um conjunto de atuações maravilhosas, trabalho de câmera hipnótico, direção de arte deslumbrante o filme prende, mesmo que sua narrativa não seja tão fácil de acompanhar. Mesmo depois de ter revisto, sei que ainda existem muitas camadas nele para desvendar.
Esse filme é simplesmente perfeito em todos os aspectos. É incrível ver como os departamentos estão em sintonia com o tema e com a história, principalmente, a arte, a direção e a montagem. Em relação à montagem, eu realmente considero ser o filme mais bem montado da história do cinema. A edição fragmentada, funciona como um quebra-cabeças, que só faz sentido completo, quando você consegue compreender os acontecimentos da história. Ícone atemporal!
Esse filme é uma experiencia onírica, com uma atmosfera muito inquietante. Percebemos que existe algo de errado, sem conseguir apontar ao certo o que. Segunda vez que assisto e ainda sinto que tem muito para ser descoberto.
2018 e ainda entregam um slahser sem levantar um dedo para trazer algo diferente. Nenhuma morte é engenhosa ou divertida, os personagens não são nenhum pouco empáticos, os momentos de suspense são todos iguais e única coisa interessante que poderiam ter explorado, a personagem da Laurie, preferiram deixar de lado para focar em um drama adolescente/familiar sem graça. Infelizmente, a melhor parte desse filme é o fan service
Esse é um dos filmes que eu mais me identifiquei na minha vida e da pra sentir que foi feito com muita paixão e empenho pelos realizadores. Os conflitos internos e externos pelos quais a personagem passa são muito bem explorados e desenvolvidos. O filme transita para a comédia e, as vezes, para momentos de tensão na medida certa, mantendo o apelo de seu drama. O único ponto fraco do filme foi a iluminação, que parece não ter sido bem planejada. Mas, ainda assim, o trabalho dos atores e a decupagem são claramente pensados para causar um efeito relacionado à proposta da narrativa
Esse roteiro é basicamente tudo o que você não deve fazer pra escrever um roteiro. As personagens falam o que pensam e reafirmam o que estão fazendo o tempo todo, não tem motivação em grande parte das ações e ele não se importa com a suspensão da descrença. Além disso tem uns planos patéticos com drone.
A câmera na mão que acompanha sempre o protagonista junto com o trabalho excelente de som tornam o filme quase uma experiência em primeira pessoa brutal. É um dos poucos casos em que uma câmera tremida funciona em cenas de luta, contribuindo para a tensão que percorre o filme todo.
Apesar de algumas questões, Paul Schrader se mostra, de novo, como um mestre no desenvolvimento de personagem e entrega um filme bastante introspectivo e reflexivo.
Abre com citação do Lovecraft, mas não atingiu essa expectativa. O filme estava com muito mais potencial enquanto as coisas eram mais sugestivas e suspeitas, mas a partir de certo ponto acabou virando um sci-fi com brisas temporais qualquer, com alguns diálogos meio sofríveis, deixando de lado o caminho de horror cósmico que ele parecia seguir no começo.
É tão bom assistir um filme em que sua equipe sabe que o maior impacto do cinema está em suas imagens. É cada composição, de se admirar e pouco diálogo expositivo, explorando as motivações por meio de ação e emoção, e ,deixando espaço para a audiência colocar suas próprias percepções no todo da obra.
O filme começa muito bem ao apresentar o mundo da historia de uma maneira muito convincente e dinâmica. Mas ai começa cometer falhas, a falta de diálogos falados são apenas substituídos por exposições em libras ou sussurros, o que poderia ter sido explorado por ação em quadro de uma maneira muito mais original. Fora isso, as cenas começam a ficar repetitivas, o que, junto com os vários jumpscares do filme acaba cansando. A abordagem em relação aos monstros, também, cai durante o filme, uma vez que ele substitui uma filosofia de mostrar menos para impactar mais por mostrar a caricatura o tempo inteiro.
Mais uma vez, Nicolas Roeg explora a degradação pscicologica como em Don't Look Now, mas dessa vez , ela é resultante da obsessão pelo outro. A estrutura do filme é incrível, nos leva a diferentes momentos desse relacionamento toxico, teletransportando nos no tempo e espaço, ao mesmo tempo que monta um quebra cabeças para o final marcante, vale destacar a montagem nesse quesito que aplica transições e falsos raccords ótimos. Além disso o trabalho com os atores é excelente, você realmente sente o desejo e o mal estar e a exaustão emocional proveniente de sua relação.
Essa é uma das piores representações de ficção científica dos últimos anos. Basicamente o filme é construído por diálogos expositivos tão óbvios e rasos que chega a ser doloroso de ver, além de ter inúmeras ocasiões em que o que se fala é o mesmo que a ação da cena mostra. As personagens, que o filme diz em alto e bom tom serem extremamente inteligentes são imbecis e nem um pouco empáticas, sem profundidade alguma, apenas um amontoado de esteriótipos. Fora a computação gráfica que parece de videogame da geração passada.
O filme começa muito forte ao estabelecer uma distopia incrivelmente bela, porém, acaba se perdendo uma vez que a trama passa a se desenrolar. Muitas ideias que poderiam ter tornado a historia apelativa e empática são apresentadas e deixadas por isso mesmo, como o desejo materno da Jill, a questão existencial do March 13 e o comentário feito pelo mundo da história. Além disso, da para notar que ele tenta desenvolver uma protagonista feminina que escape do padrão vitimizado de filmes slasher, no entanto acaba tomando decisões erradas ao proceder com essa ideia. É um bom filme, visualmente lindo e com boas aprestações previas de fatores que serão cruciais no roteiro, só que poderia ter sido muito mais.
Os temas politico e social do filme são muito relevantes, mas o que mais me chamou atenção é direção. Spielberg não desperdiça um movimento, é tudo motivado pela ação. Ele utiliza muito bem de técnicas que incorporam o frenesi de um editorial gerando cenas com uma cinética absurda e em outros momentos, cenas bem atmosféricas, quando o filme desenrola suas partes de espionagem.
Vou Morrer Amanhã
2.6 60 Assista Agora"Every creature on earth dies alone."
Terror nas Trevas
3.6 132Esse filme tem um espancamento com correntes, uma crucificação e uma desfiguração química.
Só é só a abertura...
The Beach House
2.8 63O roteiro é bem estruturado, mas o clímax não atinge as expectativas criadas pelo resto do filme. Sobre os outros aspectos é tudo feio e parece barato. A arte, a foto, a direção, a colorização são feitas da maneira mais genérica possível.
Eu só queria um bom filme de horror cósmico...
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraO filme é muito bem estruturado. Ele leva seu tempo para apresentar os personagens, seus conflitos e as dinâmicas das relações. TUDO que tem uma importância narrativa, seja grande ou pequena, é estabelecido antes, as vezes de maneira extremamente sútil e é muito bom ver aquele detalhe que você percebeu umas cenas atrás, fazendo sentido quando os eventos acontecem. Além disso, todas as ações e decisões tomadas pelos personagens condizem com o que nos foi apresentado, então a suspensão de descrença nunca é quebrada.
A maneira como ele retrata o relacionamento abusivo e a manipulação que a personagem sofre é muito sútil e real. O filme deixa claro a mensagem e te faz criar empatia por ela a partir desses momentos em que é doloroso ver o padrão de comportamento sustentado na relação.
Os temas da história estão o tempo todo conversando entre si, e acontecimentos da vida da protagonista retornam de maneiras diferentes em diversos momentos do filme, com personagens secundários, ou com os eventos que ela presencia na comunidade. Isso é um roteiro muito bem pensado.
As áreas estão alinhadas para criar um visual lindo demais, que contradiz com os elementos de horror. O que contribui para essa sensação de estranhamento a partir da experimentação de uma cultura diferente da sua.
A montagem executa cortes que não te deixam respirar, sempre sabendo quando deixar planos longos e quando cortar rápido. Os cortes de transição são sempre conectados com os elementos que virão a seguir, ou que vieram antes, a partir de sons, correspondência de movimento ou de personagens. Um corte na cena inicial me marcou muito.
Fora isso a representação catártica dos momentos ritualísticos foram muito reais e da para ver que houve uma pesquisa feita ali , apesar das liberdades tomadas.
Solaris
4.2 368 Assista AgoraA maneira como o Tarkovski utiliza de convenções e tramas de um genero cinematográfico, com a finalidade de criar algo totalmente seu, a partir da quebra de expectativas é incrível. Um diretor em completo domínio da linguagem cinematográfica.
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraQueria que o Thanos estalasse os dedos e acabasse com essa história de universo compartilhado, ou acabasse com a Disney
Possessão
3.9 587Eu me lembro da primeira vez que assisti Possessão e comecei achando que era unicamente um filme sobre o esgotamento de um relacionamento amoroso. Eu já estava imerso naquela história, notando que havia algo de diferente sobre ela. Mas, de repente, a trama entra em uma espiral de surrealismo incrível, que proporcionou uma das minhas melhores experiências com um filme.
Com um conjunto de atuações maravilhosas, trabalho de câmera hipnótico, direção de arte deslumbrante o filme prende, mesmo que sua narrativa não seja tão fácil de acompanhar.
Mesmo depois de ter revisto, sei que ainda existem muitas camadas nele para desvendar.
Inverno de Sangue em Veneza
3.7 208Esse filme é simplesmente perfeito em todos os aspectos. É incrível ver como os departamentos estão em sintonia com o tema e com a história, principalmente, a arte, a direção e a montagem.
Em relação à montagem, eu realmente considero ser o filme mais bem montado da história do cinema. A edição fragmentada, funciona como um quebra-cabeças, que só faz sentido completo, quando você consegue compreender os acontecimentos da história.
Ícone atemporal!
Picnic na Montanha Misteriosa
3.8 175 Assista AgoraEsse filme é uma experiencia onírica, com uma atmosfera muito inquietante. Percebemos que existe algo de errado, sem conseguir apontar ao certo o que. Segunda vez que assisto e ainda sinto que tem muito para ser descoberto.
Halloween
3.4 1,1K2018 e ainda entregam um slahser sem levantar um dedo para trazer algo diferente.
Nenhuma morte é engenhosa ou divertida, os personagens não são nenhum pouco empáticos, os momentos de suspense são todos iguais e única coisa interessante que poderiam ter explorado, a personagem da Laurie, preferiram deixar de lado para focar em um drama adolescente/familiar sem graça.
Infelizmente, a melhor parte desse filme é o fan service
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraEsse é um dos filmes que eu mais me identifiquei na minha vida e da pra sentir que foi feito com muita paixão e empenho pelos realizadores.
Os conflitos internos e externos pelos quais a personagem passa são muito bem explorados e desenvolvidos. O filme transita para a comédia e, as vezes, para momentos de tensão na medida certa, mantendo o apelo de seu drama.
O único ponto fraco do filme foi a iluminação, que parece não ter sido bem planejada. Mas, ainda assim, o trabalho dos atores e a decupagem são claramente pensados para causar um efeito relacionado à proposta da narrativa
O Que Nos Mantêm Vivos
2.8 155 Assista AgoraEsse roteiro é basicamente tudo o que você não deve fazer pra escrever um roteiro.
As personagens falam o que pensam e reafirmam o que estão fazendo o tempo todo, não tem motivação em grande parte das ações e ele não se importa com a suspensão da descrença. Além disso tem uns planos patéticos com drone.
Prece ao Nascer do Dia
3.7 74A câmera na mão que acompanha sempre o protagonista junto com o trabalho excelente de som tornam o filme quase uma experiência em primeira pessoa brutal.
É um dos poucos casos em que uma câmera tremida funciona em cenas de luta, contribuindo para a tensão que percorre o filme todo.
Fé Corrompida
3.7 375 Assista AgoraApesar de algumas questões, Paul Schrader se mostra, de novo, como um mestre no desenvolvimento de personagem e entrega um filme bastante introspectivo e reflexivo.
A Field in England
3.2 29A beleza desse filme é que ele não se importa com o que você pensa.
O Culto
3.2 200 Assista AgoraAbre com citação do Lovecraft, mas não atingiu essa expectativa.
O filme estava com muito mais potencial enquanto as coisas eram mais sugestivas e suspeitas, mas a partir de certo ponto acabou virando um sci-fi com brisas temporais qualquer, com alguns diálogos meio sofríveis, deixando de lado o caminho de horror cósmico que ele parecia seguir no começo.
Destino Especial
3.3 159É tão bom assistir um filme em que sua equipe sabe que o maior impacto do cinema está em suas imagens.
É cada composição, de se admirar e pouco diálogo expositivo, explorando as motivações por meio de ação e emoção, e ,deixando espaço para a audiência colocar suas próprias percepções no todo da obra.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraO filme começa muito bem ao apresentar o mundo da historia de uma maneira muito convincente e dinâmica. Mas ai começa cometer falhas, a falta de diálogos falados são apenas substituídos por exposições em libras ou sussurros, o que poderia ter sido explorado por ação em quadro de uma maneira muito mais original.
Fora isso, as cenas começam a ficar repetitivas, o que, junto com os vários jumpscares do filme acaba cansando.
A abordagem em relação aos monstros, também, cai durante o filme, uma vez que ele substitui uma filosofia de mostrar menos para impactar mais por mostrar a caricatura o tempo inteiro.
Bad Timing: Contratempo
3.6 18Mais uma vez, Nicolas Roeg explora a degradação pscicologica como em Don't Look Now, mas dessa vez , ela é resultante da obsessão pelo outro.
A estrutura do filme é incrível, nos leva a diferentes momentos desse relacionamento toxico, teletransportando nos no tempo e espaço, ao mesmo tempo que monta um quebra cabeças para o final marcante, vale destacar a montagem nesse quesito que aplica transições e falsos raccords ótimos.
Além disso o trabalho com os atores é excelente, você realmente sente o desejo e o mal estar e a exaustão emocional proveniente de sua relação.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraEssa é uma das piores representações de ficção científica dos últimos anos. Basicamente o filme é construído por diálogos expositivos tão óbvios e rasos que chega a ser doloroso de ver, além de ter inúmeras ocasiões em que o que se fala é o mesmo que a ação da cena mostra.
As personagens, que o filme diz em alto e bom tom serem extremamente inteligentes são imbecis e nem um pouco empáticas, sem profundidade alguma, apenas um amontoado de esteriótipos.
Fora a computação gráfica que parece de videogame da geração passada.
Hardware: O Destruidor do Futuro
3.2 67O filme começa muito forte ao estabelecer uma distopia incrivelmente bela, porém, acaba se perdendo uma vez que a trama passa a se desenrolar. Muitas ideias que poderiam ter tornado a historia apelativa e empática são apresentadas e deixadas por isso mesmo, como o desejo materno da Jill, a questão existencial do March 13 e o comentário feito pelo mundo da história.
Além disso, da para notar que ele tenta desenvolver uma protagonista feminina que escape do padrão vitimizado de filmes slasher, no entanto acaba tomando decisões erradas ao proceder com essa ideia.
É um bom filme, visualmente lindo e com boas aprestações previas de fatores que serão cruciais no roteiro, só que poderia ter sido muito mais.
Assassinos por Natureza
4.0 1,1K Assista AgoraQue trilha maravilhosa <3
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraOs temas politico e social do filme são muito relevantes, mas o que mais me chamou atenção é direção. Spielberg não desperdiça um movimento, é tudo motivado pela ação. Ele utiliza muito bem de técnicas que incorporam o frenesi de um editorial gerando cenas com uma cinética absurda e em outros momentos, cenas bem atmosféricas, quando o filme desenrola suas partes de espionagem.
Munique
3.8 252 Assista AgoraSpielberg mostra como ele domina a arte na direção desse filme.