Está abaixo da crítica, obviamente, mas o elenco de frente tem um carisma inegável, irresistível para o público adolescente q elevou o status desse filme limitado para um fenômeno mundial de proporção épica. Mas isso vai passar e outra modinha vai tomar conta da opinião pública em algum momento. Pode não ser muito melhor, mas pelo menos varia um pouco o assunto. É claro q um vampiro com "chifres" ñ se vê todos os dias!
O quarto filme da série não foi ruim, levando em consideração a proposta inicial dessa produção, mas este foi desenvolvido com uma competência ligeiramente superior, como se a franquia tivesse recuperado o fôlego após o auge de sua existência com o projeto espetacular que fechou a trilogia com chave de ouro. É claro que o terceiro filme continua sendo o melhor. O roteiro da série foi perdendo criatividade e um sentido lógico ao longo dos anos, como se os estúdios estivessem improvisando histórias a esmo apenas para não perder a fidelidade da legião de fans que representa uma bilheteria lucrativa em um período de resseção como o nosso, mas no geral temos aqui um bom filme de ação que involuntariamente consegue superar as modestas expectativas do gênero que representa. Sem contar que Milla Jovovich é a heroína mais gostosa da história do cinema mundial! Por mais apelativo que possa parecer, admito que expor uma atriz desse porte semi-nua em 3D, ou colocá-la para flutuar em cena enquanto ensaia coreografias marciais exibindo seus modelitos S/M exalando uma fúria sexual avassaladora por todos os poros do seu belo corpo é uma receita que garante vida longa para uma franquia que na realidade já deveria ter concluído seus trabalhos a muito tempo se quisesse manter certa relevância. De qualquer forma, é um bom entretenimento.
O roteiro é meio difuso, mas o texto é interessante, as atuações são vibrantes e a direção é espetacular. O apelo visual é um ponto forte do filme, sendo que rodado em PB a produção ganha um plus com a atmosfera nostálgica imposta pela ambiguidade do seu círculo cromática.
O longa retrata o cotidiano insólito de um poeta marginal que tem como principal referência de vida um idealismo utópico que representa a base cultura do universo underground.
Contudo o protagonista simbólico do filme é mesmo o peso da direção por trás das câmeras refletido nos pontos cardeais da história conseguindo a proeza de se destacar mais até do que a nudez frontal das personagens explorada sem parcimônia. A obra é um belo manifesto da liberdade que serve para ratificar o olhar crítico de pessoas esclarecidas sobre o controverso modo de vida capitalista de uma sociedade fútil e superficial, mas soaria menos redundante, e causaria um impacto maior de conscientização, em uma parcela significativa da população brasileira que infelizmente não tem acesso fácil a expressões artísticas de qualidade.
As pessoas costumam extravasar certa empolgação com os adjetivos escolhidos para compor os comentários referentes aos efeitos especiais inovadores que expressavam a qualidade técnica mais alta que os estúdios contavam na época da produção desse longa. Contudo, o que as pessoas não exploram muito através de uma analise precisa é a qualidade artística de um roteiro profundo no sentido de fazer uma crítica contundente ao modelo cultural reacionário e retrógrado imposto por uma sociedade superficial e consumista ao extremo da razão. Eu não me lembro de ter visto em outro projeto uma metáfora que retratasse com tanta fidelidade a alienação que reside no inconsciente coletivo de uma população submissa a um sistema corrupto que propaga uma moral hipócrita com a intenção de desviar a atenção da massa dos verdadeiros problemas sociais e pessoais enfrentados pelo homem moderno no mundo contemporâneo. É uma pena que as sequências não deram "sequência" à atmosfera inebriante sustentado por esse trabalho concepcionista.
Admito que a premissa de uma história pautada na frustração de casais presos à vida conjugal medíocre não me empolga muito... Uma vez que não compartilho da opinião imposta pelos padrões sociais, que estabeleceram um modelo de relacionamento afetivo burocrático disfarçado de estabilidade, idealizado pela maioria que se ilude com fantasias românticas, mas que na prática não funciona tão bem assim. De qualquer forma, o fato é que esse nível simplório define bem o contraste que equilibra a história, permitindo a valorização merecida da delicadeza sutil nos detalhes que flertam com a poesia da alma humana em busca da verdadeira felicidade que encontramos nas camadas mais profundas da obra. O roteiro é razoável, as interpretações são satisfatórias, as locações são ótimas e a direção é brilhante. Fernando Meirelles conseguiu conduzir a direção de uma maneira que as histórias, teoricamente paralelas, se entrelaçam de maneira coerente, concatenando as imagens que estabelecem a visão panorâmica que o espectador tem do filme, mas sem perder a identidade de cada elemento que da forma a esse círculo de emoções vibrantes. A sequência defendida por Maria flor e Anthony Hopkins rouba a cena e é de longe o ponto alto do filme. Só por ela o ingresso já vale a pena. Contudo, na média, entre altos e baixos, o longa mantém uma dignidade muito importante para o cinema mundial em um ano repleto de "grandes" produções irrelevantes até o momento.
É um filminho... Para quem não está impregnado com as referências da primeira versão, que também não é lá essas coisas, mas pelo menos é original, vai se distrair com um razoável filme de ação. Além do mais, Colin Farrell é muito melhor do que Arnold Schwarzenegger, em todos os "aspectos". Mas o fato é que para espectadores mais exigentes o filme vai soar incompleto. Afinal, tanto investimento em algo que já foi produzido geralmente tem como única finalidade obter lucro fácil e rápido, desprezando a importância dos valores da arte, cultura etc. É um filme superficial, mas oferece ao público o que promete. Quem for assistir sabe exatamente o que vai encontrar.
Com uma boa fotografia, um ótimo roteiro e uma excelente direção, o filme apresenta uma técnica cinematográfica limpa e segura, proporcionando as condições ideais para o desenvolvimento de um roteiro que conseguiu ser original mesmo tendo como base um tema discutido exaustivamente ao longo de uma fasta filmografia relacionada. A precisão cirúrgica que a direção da obra cobiçou durante o delicado processo de desenvolvimento do comportamento que traçaria o perfil psicológico das personagens que defendem a história parece seguir uma linha coerente com a realidade que lhe serviu de inspiração e isso consegue sustentar uma credibilidade respeitável durante a revelação do longa diante dos nossos olhos. Acredito que nenhuma forma de arte pode ser maculada pelo caos nazista, contudo esse espetáculo sangrento protagonizado pela elite de uma "classe" que se considerara uma raça superior e teve que se curvar diante da realidade de se tornar vítima da própria loucura nos dá uma noção melhor do show de horrores que foi o terceiro reich. Quero dizer, esse jogo de mentiras e traições, suicídios em massa e pais assassinando seus filhos com as próprias mãos nos aproxima melhor da degeneração humana que sustentava essa ideologia e de uma forma mais concreta até do que a exploração apelativa do bárbaro cotidiano judeu nos campos de concentração proposto por muitos projetos anteriores. O filme conseguiu a proeza de trabalhar de uma maneira responsável com esse material indigesto, ignorando os clichês e contribuindo racionalmente para a reflexão que ratifica nossa posição contrária a esse período controverso da nossa história recente.
O melhor filme brasileiro da temporada 2012 até o momento, tanto na parte técnica quanto artística, e algo me diz que este ano provavelmente não teremos outro melhor para contar a estória. É claro que nem todos podem ver o que existe por trás do que enxergamos... Mas isso é um mérito do filme, pois, como todo filme "cult", o que ele tem de melhor só pode ser apreciado por quem possui elementos específicos para absorver sua energia renovadora. Não entendo como uma produção que defende um roteiro tão audacioso conseguir recursos para penetrar num mercado "morno" como o que estamos vivendo. É claro que "morno" é um eufemismo. De qualquer forma, é saudável ter consciência que ainda existem artistas no meu país que querem discutir "assuntos" através da suas arte e que se preocupam em não contribuir para a imbecilização da massa como acontece com boa parte das produções contemporâneas.
Eu sou pacifista, avesso a toda e qualquer forma de violência, mas acredito que através da arte pessoas eruditas encontram a oportunidade de extravasar de uma maneira racional os instintos selvagens que reprimimos em nome de uma convivência social no mínimo civilizada. Tarantino é sem dúvida o diretor da atualidade que melhor consegue entender os horrores do lado sombrio da mente humana e expressá-lo de uma maneira poética, adulta, cativante, impiedosa, honesta e criativa. Ele se destaca num cenário onde a maioria consegue apenas reproduzir sequências arbitrarias de violência gratuita e ensaios sexuais da degradação humana disfarçados de longas-metragens. Bastardos Inglórios, metaforicamente, vinga, de uma maneira romântica, todos aqueles que já se sentiram alguma vez, diretamente ou indiretamente, vítimas desse regime opressor que conseguiu a "proeza" de entrelaçar todos os preconceitos conhecidos concatenando um sistema sanguinolento que serve perfeitamente como referência para a descrição do inferno idealizado pelos religiosos e que inexplicavelmente sobrevive até hoje na periferia cultural da nossa sociedade. Obrigado, Tarantino!
Fazendo uma leitura geral, o filme não foi ruim... Boa direção, boas sequências de efeitos especiais e contou com atuações vibrantes sustentadas por um ótimo texto. Houve pequenas falhas de execução, mas o grande pecado do filme foi o roteiro fraco e pouco criativo que apresentou. O mesmo blá blá blá de sempre: uma ameaça alienígena que quer dominar o planeta, fazer de todos seus escravos etc etc... Mas tudo bem, esperar originalidade de um produto concebido com a única finalidade de cumprir uma meta comercial na industria hollywoodiana é pedir de mais até mesmo para mim. Admito que o filme defendeu bem o papel que se comprometeu representar com seu desempenho nas bilheterias que superou todas as expectativas. Mas tudo isso é irrelevante. O que me intriga realmente é esse fenômeno bizarro onde produtos inspirados em histórias em quadrinho, super-heróis e releituras de fábulas infantis monopolizam a atenção de espectadores em todas as salas de cinemas do planeta como se fosse algo precioso e inovador. Definitivamente não era esse o cenário artístico que eu esperava encontrar no terceiro milênio. Quero dizer, tanto avanço cientifico e tecnológico, quando nas práticas sociais, em média, o psicológico humano continua refletindo a imagem de uma criança assustada diante das próprias possibilidades infinitas de se desenvolver culturalmente.
Este filme está abaixo da crítica, obviamente, mas eu acho importante ressaltar a importância de ter um produto "nacional" que conquiste público suficiente à ponto de garantir uma continuação nas salas de cinema. Por pior que seja, projetos desse tipo contribuem na capitalização de recursos que posteriormente podem ser investidos em filmes mais pretensiosos e elaborados que não são tão rendáveis, pelo forte caráter de conscientização que vai muito além de um mero entretenimento gratuito, mas que são fundamentais no equilíbrio de uma sociedade confusa durante o processo sangrento de conversão de valores anacrônicos para similares coerentes com nossa realidade contemporânea.
Almodóvar é absolutamente genial! Dificilmente outro artista conseguiria manipular com tanta destreza um material explosivo como esse sem se perder no meio do caminho. Somente com o talento, delicadeza,sensibilidade, audácia e competência de um gênio é possível obter esse resultado impressionante de uma qualidade arrebatadora a despeito de toda repercussão negativa que as polêmicas relacionadas ao tema poderia eventualmente gerar. É extremamente importante ter no mundo artistas que colocam a qualidade do seu trabalho acima de qualquer conceito moralista e que rompem com o grilhões da hipocrisia movidos pela ambição de fornecer informação suficiente para o expectador desenvolver um pensamento próprio.
Não sei se foi por minhas expectativas exageradas ou pela competência moderada da produção do filme, o fato é que eu achei o resultado no mínimo redutivo. As ingênuas sequências de caráter apelativo compiladas às cenas alegóricas de efeitos especiais que moldavam um enredo defendido por personagens que poderiam migrar facilmente, sem grandes modificações, para uma obra da "Disney" não foram o suficiente para me empolgar tanto quanto eu esperava. Contudo, o filme, indiretamente, auxilia na reflexão sobre o momento cultural delicado pelo qual nossa sociedade passa, onde os artistas, em trabalhos voltados para o grande público, não têm liberdade de abordar temas mais complexos, como drogas, sexo, política, religião... A menos que queiram sofrer retalhações de uma forte opressão moral que tenta a todo custo estrangular a capacidade do homem comum de desenvolver pensamentos criativos. Milhões de dólares para produzir um imenso e imponente "NADA"!
Interessante... Por causa da temática delicada, considerada polêmica pela opinião pública, geralmente os diretores tentam minimizar os efeitos devastadores da exposição de um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo com uma narrativa emblemática que pode parecer pueril para quem não encara roteiros similares com o olhar crítico de um protestante. De qualquer forma, não deixa de ser um filme que manteve um certo bom gosto.
surpreendentemente, bom! Tudo bem, não é nenhuma "obra-prima". Mas para quem esperava um filminho adolescente com a Kristen Stewart até que dá para o gasto. É importante enfatizar o desempenho bem sucedido na elaboração competente de um roteiro ousado que propõe uma reflexão sobre o tema delicado da sexualidade amoral e sem culpa que se esconde nas sombras da hipocrisia de uma sociedade extremamente mal resolvida.
Apesar de ostentar uma fachada do estereótipo de comedia, sem dúvida este filma apresenta uma complexidade e até certa melancolia a medida q mergulhamos em sua essência. Através de histórias entrelaçadas, Woody Allen recria o cotidiano medíocre de pessoas comuns vivendo em uma sociedade q defende valores morais ultrapassados e retrógrados. Usando o humor, talvez a única maneira de derrubar os incansáveis muros da hipocrisia, ele retrata o desespero, a carência e a fraqueza de personagens q são forçados pelas circunstâncias a viver uma vida burocrática, sacrificando suas fantasias mais íntimas para conseguir isso. O mais curioso e sua exploração do adultério ao longo do filme, abrindo mão de todos os valores estabelecido para promover sutilmente o questionamento sobre o fato de q um modelo monogâmico talvez não seja a solução para nossos problemas amorosos e sim a causa.
É curioso q ainda hoje, século 21, terceiro milênio, 2012... estejamos discutindo sobre igualdade. Apesar de todos os nossos avanços científicos e tecnológicos, no campo dos relacionamentos interpessoais o ser humano continua apresentando focos dos vícios selvagens herdados de nossos ancestrais primitivos. Mesmo aqui, num espaço destinados para amantes da arte, onde esperamos encontrar pessoas com o mínimo de cultura e informação absorvida das obras de grandes artistas, nos decepcionamos com alguns comentário grosseiros e absolutamente ridículos em todos os seus aspectos. Não convêm generalizar, todavia é lastimável q ainda hoje a intolerância seja a moeda de troca para os ignorantes q não conseguem lidar com aquilo q não têm capacidade de compreender por estar além de suas possibilidades finitas. Espero q a arte, um fenômeno q costuma ampliar os horizontes da sociedade após cada geração, através de um trabalho de conscientização realmente consiga minimizar os efeitos da degradação moral de uma cultura hipócrita persistente. Para isso é necessário criadores com a ousadia de discutir temas polêmicos com a responsabilidade q eles merecem. "MILK - A VOZ DA IGUALDADE", certamente é um ótimo exemplo para representar isso.
Pra variar, o livro é muito melhor. Não tem nem comparação. Esse filme é apenas um pálido reflexo da genialidade que Gabriel Garcia Márquez nos brindou em mais um dos seus brilhantes trabalhos no universo da literatura. Uma pena. Mas valeu a tentativa.
Fome Animal
3.9 877O filme mais engraçado que já assisti!!!
Crepúsculo
2.5 4,1K Assista AgoraEstá abaixo da crítica, obviamente, mas o elenco de frente tem um carisma inegável, irresistível para o público adolescente q elevou o status desse filme limitado para um fenômeno mundial de proporção épica. Mas isso vai passar e outra modinha vai tomar conta da opinião pública em algum momento. Pode não ser muito melhor, mas pelo menos varia um pouco o assunto. É claro q um vampiro com "chifres" ñ se vê todos os dias!
Juízo Final
2.7 225 Assista AgoraAdoro mulheres no "controle"!
Os Mercenários
3.2 1,9K Assista AgoraQue bobagem, meu Deus!
Resident Evil 5: Retribuição
2.9 3,0K Assista AgoraO quarto filme da série não foi ruim, levando em consideração a proposta inicial dessa produção, mas este foi desenvolvido com uma competência ligeiramente superior, como se a franquia tivesse recuperado o fôlego após o auge de sua existência com o projeto espetacular que fechou a trilogia com chave de ouro. É claro que o terceiro filme continua sendo o melhor.
O roteiro da série foi perdendo criatividade e um sentido lógico ao longo dos anos, como se os estúdios estivessem improvisando histórias a esmo apenas para não perder a fidelidade da legião de fans que representa uma bilheteria lucrativa em um período de resseção como o nosso, mas no geral temos aqui um bom filme de ação que involuntariamente consegue superar as modestas expectativas do gênero que representa.
Sem contar que Milla Jovovich é a heroína mais gostosa da história do cinema mundial! Por mais apelativo que possa parecer, admito que expor uma atriz desse porte semi-nua em 3D, ou colocá-la para flutuar em cena enquanto ensaia coreografias marciais exibindo seus modelitos S/M exalando uma fúria sexual avassaladora por todos os poros do seu belo corpo é uma receita que garante vida longa para uma franquia que na realidade já deveria ter concluído seus trabalhos a muito tempo se quisesse manter certa relevância.
De qualquer forma, é um bom entretenimento.
Dredd
3.6 1,4K Assista Agora"O espetacular Dredd" , "Dredd, o cavaleiro das trevas ressurge". Impressionante e surpreendente! Melhor filme de ação até o momento.
Febre do Rato
4.0 657O roteiro é meio difuso, mas o texto é interessante, as atuações são vibrantes e a direção é espetacular. O apelo visual é um ponto forte do filme, sendo que rodado em PB a produção ganha um plus com a atmosfera nostálgica imposta pela ambiguidade do seu círculo cromática.
O longa retrata o cotidiano insólito de um poeta marginal que tem como principal referência de vida um idealismo utópico que representa a base cultura do universo underground.
A obra é um belo manifesto da liberdade que serve para ratificar o olhar crítico de pessoas esclarecidas sobre o controverso modo de vida capitalista de uma sociedade fútil e superficial, mas soaria menos redundante, e causaria um impacto maior de conscientização, em uma parcela significativa da população brasileira que infelizmente não tem acesso fácil a expressões artísticas de qualidade.
Matrix
4.3 2,5K Assista AgoraAs pessoas costumam extravasar certa empolgação com os adjetivos escolhidos para compor os comentários referentes aos efeitos especiais inovadores que expressavam a qualidade técnica mais alta que os estúdios contavam na época da produção desse longa. Contudo, o que as pessoas não exploram muito através de uma analise precisa é a qualidade artística de um roteiro profundo no sentido de fazer uma crítica contundente ao modelo cultural reacionário e retrógrado imposto por uma sociedade superficial e consumista ao extremo da razão. Eu não me lembro de ter visto em outro projeto uma metáfora que retratasse com tanta fidelidade a alienação que reside no inconsciente coletivo de uma população submissa a um sistema corrupto que propaga uma moral hipócrita com a intenção de desviar a atenção da massa dos verdadeiros problemas sociais e pessoais enfrentados pelo homem moderno no mundo contemporâneo.
É uma pena que as sequências não deram "sequência" à atmosfera inebriante sustentado por esse trabalho concepcionista.
360
3.4 928 Assista AgoraAdmito que a premissa de uma história pautada na frustração de casais presos à vida conjugal medíocre não me empolga muito... Uma vez que não compartilho da opinião imposta pelos padrões sociais, que estabeleceram um modelo de relacionamento afetivo burocrático disfarçado de estabilidade, idealizado pela maioria que se ilude com fantasias românticas, mas que na prática não funciona tão bem assim. De qualquer forma, o fato é que esse nível simplório define bem o contraste que equilibra a história, permitindo a valorização merecida da delicadeza sutil nos detalhes que flertam com a poesia da alma humana em busca da verdadeira felicidade que encontramos nas camadas mais profundas da obra.
O roteiro é razoável, as interpretações são satisfatórias, as locações são ótimas e a direção é brilhante. Fernando Meirelles conseguiu conduzir a direção de uma maneira que as histórias, teoricamente paralelas, se entrelaçam de maneira coerente, concatenando as imagens que estabelecem a visão panorâmica que o espectador tem do filme, mas sem perder a identidade de cada elemento que da forma a esse círculo de emoções vibrantes.
A sequência defendida por Maria flor e Anthony Hopkins rouba a cena e é de longe o ponto alto do filme. Só por ela o ingresso já vale a pena. Contudo, na média, entre altos e baixos, o longa mantém uma dignidade muito importante para o cinema mundial em um ano repleto de "grandes" produções irrelevantes até o momento.
O Vingador do Futuro
3.0 1,6K Assista AgoraÉ um filminho... Para quem não está impregnado com as referências da primeira versão, que também não é lá essas coisas, mas pelo menos é original, vai se distrair com um razoável filme de ação. Além do mais, Colin Farrell é muito melhor do que Arnold Schwarzenegger, em todos os "aspectos". Mas o fato é que para espectadores mais exigentes o filme vai soar incompleto. Afinal, tanto investimento em algo que já foi produzido geralmente tem como única finalidade obter lucro fácil e rápido, desprezando a importância dos valores da arte, cultura etc. É um filme superficial, mas oferece ao público o que promete. Quem for assistir sabe exatamente o que vai encontrar.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 777Com uma boa fotografia, um ótimo roteiro e uma excelente direção, o filme apresenta uma técnica cinematográfica limpa e segura, proporcionando as condições ideais para o desenvolvimento de um roteiro que conseguiu ser original mesmo tendo como base um tema discutido exaustivamente ao longo de uma fasta filmografia relacionada. A precisão cirúrgica que a direção da obra cobiçou durante o delicado processo de desenvolvimento do comportamento que traçaria o perfil psicológico das personagens que defendem a história parece seguir uma linha coerente com a realidade que lhe serviu de inspiração e isso consegue sustentar uma credibilidade respeitável durante a revelação do longa diante dos nossos olhos.
Acredito que nenhuma forma de arte pode ser maculada pelo caos nazista, contudo esse espetáculo sangrento protagonizado pela elite de uma "classe" que se considerara uma raça superior e teve que se curvar diante da realidade de se tornar vítima da própria loucura nos dá uma noção melhor do show de horrores que foi o terceiro reich. Quero dizer, esse jogo de mentiras e traições, suicídios em massa e pais assassinando seus filhos com as próprias mãos nos aproxima melhor da degeneração humana que sustentava essa ideologia e de uma forma mais concreta até do que a exploração apelativa do bárbaro cotidiano judeu nos campos de concentração proposto por muitos projetos anteriores.
O filme conseguiu a proeza de trabalhar de uma maneira responsável com esse material indigesto, ignorando os clichês e contribuindo racionalmente para a reflexão que ratifica nossa posição contrária a esse período controverso da nossa história recente.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraO melhor filme brasileiro da temporada 2012 até o momento, tanto na parte técnica quanto artística, e algo me diz que este ano provavelmente não teremos outro melhor para contar a estória. É claro que nem todos podem ver o que existe por trás do que enxergamos... Mas isso é um mérito do filme, pois, como todo filme "cult", o que ele tem de melhor só pode ser apreciado por quem possui elementos específicos para absorver sua energia renovadora. Não entendo como uma produção que defende um roteiro tão audacioso conseguir recursos para penetrar num mercado "morno" como o que estamos vivendo. É claro que "morno" é um eufemismo. De qualquer forma, é saudável ter consciência que ainda existem artistas no meu país que querem discutir "assuntos" através da suas arte e que se preocupam em não contribuir para a imbecilização da massa como acontece com boa parte das produções contemporâneas.
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraEu sou pacifista, avesso a toda e qualquer forma de violência, mas acredito que através da arte pessoas eruditas encontram a oportunidade de extravasar de uma maneira racional os instintos selvagens que reprimimos em nome de uma convivência social no mínimo civilizada.
Tarantino é sem dúvida o diretor da atualidade que melhor consegue entender os horrores do lado sombrio da mente humana e expressá-lo de uma maneira poética, adulta, cativante, impiedosa, honesta e criativa. Ele se destaca num cenário onde a maioria consegue apenas reproduzir sequências arbitrarias de violência gratuita e ensaios sexuais da degradação humana disfarçados de longas-metragens.
Bastardos Inglórios, metaforicamente, vinga, de uma maneira romântica, todos aqueles que já se sentiram alguma vez, diretamente ou indiretamente, vítimas desse regime opressor que conseguiu a "proeza" de entrelaçar todos os preconceitos conhecidos concatenando um sistema sanguinolento que serve perfeitamente como referência para a descrição do inferno idealizado pelos religiosos e que inexplicavelmente sobrevive até hoje na periferia cultural da nossa sociedade.
Obrigado, Tarantino!
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraFazendo uma leitura geral, o filme não foi ruim... Boa direção, boas sequências de efeitos especiais e contou com atuações vibrantes sustentadas por um ótimo texto. Houve pequenas falhas de execução, mas o grande pecado do filme foi o roteiro fraco e pouco criativo que apresentou. O mesmo blá blá blá de sempre: uma ameaça alienígena que quer dominar o planeta, fazer de todos seus escravos etc etc...
Mas tudo bem, esperar originalidade de um produto concebido com a única finalidade de cumprir uma meta comercial na industria hollywoodiana é pedir de mais até mesmo para mim. Admito que o filme defendeu bem o papel que se comprometeu representar com seu desempenho nas bilheterias que superou todas as expectativas.
Mas tudo isso é irrelevante. O que me intriga realmente é esse fenômeno bizarro onde produtos inspirados em histórias em quadrinho, super-heróis e releituras de fábulas infantis monopolizam a atenção de espectadores em todas as salas de cinemas do planeta como se fosse algo precioso e inovador. Definitivamente não era esse o cenário artístico que eu esperava encontrar no terceiro milênio. Quero dizer, tanto avanço cientifico e tecnológico, quando nas práticas sociais, em média, o psicológico humano continua refletindo a imagem de uma criança assustada diante das próprias possibilidades infinitas de se desenvolver culturalmente.
Se Eu Fosse Você
3.1 861Este filme está abaixo da crítica, obviamente, mas eu acho importante ressaltar a importância de ter um produto "nacional" que conquiste público suficiente à ponto de garantir uma continuação nas salas de cinema. Por pior que seja, projetos desse tipo contribuem na capitalização de recursos que posteriormente podem ser investidos em filmes mais pretensiosos e elaborados que não são tão rendáveis, pelo forte caráter de conscientização que vai muito além de um mero entretenimento gratuito, mas que são fundamentais no equilíbrio de uma sociedade confusa durante o processo sangrento de conversão de valores anacrônicos para similares coerentes com nossa realidade contemporânea.
Má Educação
4.2 1,1K Assista AgoraAlmodóvar é absolutamente genial! Dificilmente outro artista conseguiria manipular com tanta destreza um material explosivo como esse sem se perder no meio do caminho. Somente com o talento, delicadeza,sensibilidade, audácia e competência de um gênio é possível obter esse resultado impressionante de uma qualidade arrebatadora a despeito de toda repercussão negativa que as polêmicas relacionadas ao tema poderia eventualmente gerar. É extremamente importante ter no mundo artistas que colocam a qualidade do seu trabalho acima de qualquer conceito moralista e que rompem com o grilhões da hipocrisia movidos pela ambição de fornecer informação suficiente para o expectador desenvolver um pensamento próprio.
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2KMagnífico!
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraNão sei se foi por minhas expectativas exageradas ou pela competência moderada da produção do filme, o fato é que eu achei o resultado no mínimo redutivo. As ingênuas sequências de caráter apelativo compiladas às cenas alegóricas de efeitos especiais que moldavam um enredo defendido por personagens que poderiam migrar facilmente, sem grandes modificações, para uma obra da "Disney" não foram o suficiente para me empolgar tanto quanto eu esperava. Contudo, o filme, indiretamente, auxilia na reflexão sobre o momento cultural delicado pelo qual nossa sociedade passa, onde os artistas, em trabalhos voltados para o grande público, não têm liberdade de abordar temas mais complexos, como drogas, sexo, política, religião... A menos que queiram sofrer retalhações de uma forte opressão moral que tenta a todo custo estrangular a capacidade do homem comum de desenvolver pensamentos criativos. Milhões de dólares para produzir um imenso e imponente "NADA"!
Verão em L.A.
2.7 73Interessante... Por causa da temática delicada, considerada polêmica pela opinião pública, geralmente os diretores tentam minimizar os efeitos devastadores da exposição de um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo com uma narrativa emblemática que pode parecer pueril para quem não encara roteiros similares com o olhar crítico de um protestante. De qualquer forma, não deixa de ser um filme que manteve um certo bom gosto.
Na Estrada
3.3 1,9Ksurpreendentemente, bom! Tudo bem, não é nenhuma "obra-prima". Mas para quem esperava um filminho adolescente com a Kristen Stewart até que dá para o gasto. É importante enfatizar o desempenho bem sucedido na elaboração competente de um roteiro ousado que propõe uma reflexão sobre o tema delicado da sexualidade amoral e sem culpa que se esconde nas sombras da hipocrisia de uma sociedade extremamente mal resolvida.
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista AgoraApesar de ostentar uma fachada do estereótipo de comedia, sem dúvida este filma apresenta uma complexidade e até certa melancolia a medida q mergulhamos em sua essência. Através de histórias entrelaçadas, Woody Allen recria o cotidiano medíocre de pessoas comuns vivendo em uma sociedade q defende valores morais ultrapassados e retrógrados. Usando o humor, talvez a única maneira de derrubar os incansáveis muros da hipocrisia, ele retrata o desespero, a carência e a fraqueza de personagens q são forçados pelas circunstâncias a viver uma vida burocrática, sacrificando suas fantasias mais íntimas para conseguir isso. O mais curioso e sua exploração do adultério ao longo do filme, abrindo mão de todos os valores estabelecido para promover sutilmente o questionamento sobre o fato de q um modelo monogâmico talvez não seja a solução para nossos problemas amorosos e sim a causa.
Milk: A Voz da Igualdade
4.1 878É curioso q ainda hoje, século 21, terceiro milênio, 2012... estejamos discutindo sobre igualdade. Apesar de todos os nossos avanços científicos e tecnológicos, no campo dos relacionamentos interpessoais o ser humano continua apresentando focos dos vícios selvagens herdados de nossos ancestrais primitivos. Mesmo aqui, num espaço destinados para amantes da arte, onde esperamos encontrar pessoas com o mínimo de cultura e informação absorvida das obras de grandes artistas, nos decepcionamos com alguns comentário grosseiros e absolutamente ridículos em todos os seus aspectos. Não convêm generalizar, todavia é lastimável q ainda hoje a intolerância seja a moeda de troca para os ignorantes q não conseguem lidar com aquilo q não têm capacidade de compreender por estar além de suas possibilidades finitas. Espero q a arte, um fenômeno q costuma ampliar os horizontes da sociedade após cada geração, através de um trabalho de conscientização realmente consiga minimizar os efeitos da degradação moral de uma cultura hipócrita persistente. Para isso é necessário criadores com a ousadia de discutir temas polêmicos com a responsabilidade q eles merecem. "MILK - A VOZ DA IGUALDADE", certamente é um ótimo exemplo para representar isso.
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9KBrilhante!!!!!!!!!
O Amor nos Tempos do Cólera
3.5 288Pra variar, o livro é muito melhor. Não tem nem comparação. Esse filme é apenas um pálido reflexo da genialidade que Gabriel Garcia Márquez nos brindou em mais um dos seus brilhantes trabalhos no universo da literatura. Uma pena. Mas valeu a tentativa.