Tá aí a prova de que não é preciso esguichar sangue a esmo na tela para termos a real dimensão do horror que é não ter controle sobre o próprio corpo e a própria história. O filme tem uma atmosfera de fábula e aborda assuntos bem espinhosos com sutiliza, sem deixar de ser visceral, literalmente. Assisti sem muita expectativa e foi uma ótima surpresa!
Clássico impecável e precursor dos filmes sobre paranormalidade que volta e meia aparecem para nos assombrar com seus excessivos jumpcares para agradar a geração Z. Tem efeitos visuais muito bons para a época analógica e é super fiel ao livro, que é ótimo também. E pensar que é baseado em fatos reais, meda!
Como bem disse um comentário aqui, o Ethan Hawke tá se tornando o novo Nicolas Gage, pegando qualquer trabalho, mesmo que seu personagem esteja muito aquém de sua capacidade dramática. O vilão sempre é um dos meus personagens favoritos por ser mais complexo do que os mocinhos e geralmente tem um passado complicado, como no caso do Coringa. Aqui se resume a uma máscara. Roteiro preguiçoso demais. Só se salva a ambientação anos 70.
Sob a aparente estética de um filme de zumbi, "Sadness" tem um subtexto construído para ilustrar com muito gore o efeito nocivo das fake news nas redes sociais. Na tela, e em ano eleitoral, um vírus estimula a raiva e perversão em quem é contaminado e o efeito é devastador. Bela analogia ao discurso de ódio que se dissemina mais rapidamente do que a gripe e contamina as disputas políticas onde o que menos interessa é resolver os problemas estruturais de um país, mas apenas criar hordas de gente espumando de ódio.
Que filmaço! Tão bom que nem vi o tempo passar, apesar das 2h30 de duração. Uma construção de atmosfera que beira a perfeição. O começo meio trágico, meio cômico, como só os coreanos são capazes de fazer. E ao longo da narrativa, a trama intrigante te prende na tela como um mosquito num para-brisas. E aquela chuvarada permanente aumenta a sensação de desolação e impotência diante daquilo que não tem explicação e te põe numa encruzilhada impossível de escapar. 10 com louvor.
É impossível não se render ao fenômeno que arrebatou não só sua geração, mas cada roqueiro que veio depois dele. No especial para TV de 1968, disponível no youtube, Elvis volta aos palcos para mostrar que ainda tinha muito café naquele bule, se tornando referência para os acústicos que virariam moda nos anos 90. Qdo ele faleceu eu tinha 7 anos e sua triste figura vendia muita revista de fofocas, enquanto seus filmes passavam na sessão da tarde. Só na adolescência conheci sua obra e comprei minha primeira jaqueta de couro usada, inspirada no ícone que peitava os caretas com sua dança lasciva. E qdo se pensava que este legado tinha ficado no passado, uma mente abençoada ousa contar sua saga de outro ponto de vista. Valeu, sétima arte :)
O evento poderia ter acontecido num café da tarde da bancada do PL de SC, liderada por aquela deputada com tiara de Oktoberfest, fantoche da bancada da bala, que votou contra a equiparação salarial entre homens e mulheres. Amei a premissa fofinha por fora e podre por dentro e o jeito que a coisa escalonou, mostrando, graças aos deuses e deusas, como os reacionários são burros e limitados. Ainda bem que estamos nos livrando da desgraça que reinou o Brasil nos últimos anos. O problema é que a serpente pariu vários ovinhos...
Demorei anos para conseguir assistir a esta obra e ainda bem que não me decepcionou. O roteiro é singular e já começa com uma sequência de fatos tão WTF que te deixa cabreiro sobre o que teremos pela frente, mas o devir não vem de pronto e daí a nos deixar tão agoniados. O fato do filme ser de terror e se passar totalmente de dia já desconstrói a estética do gênero e conta pontos para quem está cansado de tanto filme de casa abandonada, possessão, serial killer, etc. A protagonista está ótima, tão jovem e tão talentosa. Nunca mais vou conseguir assistir aos cultos pagãos sem ficar com um pé atrás. Valeu, Ari Aster!
A gente percebe que está assistindo um filme de arte qdo nota em cada take, diálogo, sequência e linha de raciocínio o cérebro por trás daquele conjunto de elementos que unidos se transformam numa obra com a personalidade do autor. Nem sempre Jordan Peele acerta, mas qdo acerta é uma beleza de assistir. Vejo nele o potencial para ser um novo Quentin Tarantino, tal seu amor pelo cinema e compromisso com suas bandeiras.
Concordo com a Isabela Boscov: a Mia Goth é realmente a nova cara do cinema de terror, com seu jeito blasé e equivocadamente ingênuo. Já tinha chamado a atenção no remake de "Suspiria" e em parceria com o diretor Ti West protagoniza cenas que já entraram para os anais da sétima arte, como a cena final de Pearl, tentando desesperadamente parecer normal. "X" também é maneiro, mas "Pearl" dá um upgrade na trilogia com um toque de surrealismo sobre a saga da garota caipira meia bolada das ideias que, embevecida pelo cinema, sonha em sair do inferno que vive. Apesar de todo colorido da fotografia, o clima de terror é palpável e de uma fofura bizarra. Amei.
Eu sou fã do Dogma 95, um manifesto feito por jovens cineastas da Dinamarca nos anos 90, desde que assisti "Festa de Família", do mesmo diretor de "Druk". Depois veio "Dançando no Escuro" do Lars Von Trier com a fenomenal Bjork. A premissa é fazer cinema intimista centrado nas relações humanas, sem pirotecnia, nem iluminação de efeito. O resultado são obras tão simples qto profundas e extremamente sensíveis. "Druk" aborda a questão do álcool sem falso moralismo, mas sem ignorar os riscos e tragédias que causam; e me emocionou particularmente por também estar passando pela crise da meia idade, qdo as amizades são fundamentais pra gente não cair no abismo .
Impossível ficar impassível diante de genocídios. A experiência já é traumática para quem assiste uma parte da história, imagina para quem viveu na China durante o período da lei do filho único, quando pais e mães tinham que matar suas bebês para não terem a casa destruída. Ninguém que ainda seja humano sai ileso deste filme. Ninguém.
Eu adorei, tem tudo que eu gosto: mete o pau no capitalismo, suas contradições e criação de personagens perdulários, inúteis e vazios, a superficialidade dos relacionamentos mediados por likes, a banalidade do mal, a consciência de classe que brota da necessidade e a inversão de papéis onde ter dinheiro se torna irrelevante.
Levei 4 anos para assistir e foi além das minhas expectativas. Christian Bale praticamente some, não só pela maquiagem sutil e naturalista, como pelo excelente estudo do personagem real que ele encarnou, de poucas palavras e ações com consequências muito além do território yankee. Só fico imaginando, do jeito que é obsessivo, qtas horas de entrevista do cara ele assistiu. O roteiro é irreverente sem passar da conta, o teor crítico e sarcástico conduz muito bem a história e o plot twist me ganhou de vez.
É uma pena que não pude assistir na tela grande, elevaria a experiência a um outro nível, bem mais imersivo. O roteiro é deliciosamente bizarro, me fazia rir de nervoso toda hora, com algumas pitadas de escatologia, teatro do absurdo, recheado de referências a filmes como Matrix, Simpson, Ratatouille e Karatê Kid. Um caleidoscópio ultracolorido e muito divertido. O único senão foi a duração, um pouco longo, mas vc não consegue piscar sem perder alguma coisa. Só fico pensando na loucura que foi editar e quantidade de croquis e storyboard para tanto figurino e roteiros alternativos. Excelente.
Gente, que bomba! Um amontoado de clichês, histórias mal contadas, protagonista que não convence, roteiro preguiçoso, falas previsíveis, plot twist incoerente, enfim, pura perda de tempo. E eu que fui assistir depois de uma crítica favorável da Isabela...pô diva aí não
Não se deixem influenciar pela nota baixa. A proposta do roteiro é mostrar a angústia de quem não está vendo os acontecimentos, e para isso funcionar, precisa de uma atriz visceral, como é o caso da Naomi Watts. Aliás, é preciso ter preparo pra viver esse personagem, viu! Só quem já foi refém do King Kong e saiu ilesa de um tsunami possui essas credenciais. Lembra aquele filme canadense sobre uma epidemia zumbi, onde a ação é mais sonora do que visual, Pontypool, que faz referência ao pânico gerado por Orson Welles numa estação de rádio, ao narrar uma invasão alienígena.
Não aguento mais ver comentários do tipo "achei o filme arrastado". Pô, será que tudo deve virar um triller de ação coreano? Uma história bem contada, uma direção de atores delicada, tom sóbrio como o assunto exige e interpretações precisas tem o seu lugar na dramaturgia. Ainda mais num drama baseado num horrendo caso real. A vida não é um videogame.
Gostei muito. Ótimo para assistir numa tarde chuvosa, lembrando dos contos de Edgard Allan Poe que eu lia na faculdade, nos anos 80, numa época em que as redes sociais não absorviam todo o nosso tempo e ainda era possível contemplar. Quem tem a alma melancólica se identifica com a narrativa mais lenta, os silêncios, como cada momento é sentido em profundidade. O ator que faz o protagonista é muito bom também. Vale a pena conferir.
Acho genial como com poucos recursos, uma ótima direção e interpretações precisas um filme pode criar uma atmosfera de pânico tão claustrofóbica qto o caso do Orson Welles e sua narração de "Guerra dos Mundos" na rádio, que levou o povo à loucura em 1938. E também ao atual período pandêmico, em que vivemos enclausurados com receio de sermos contaminados por pessoas próximas. A sacada de associar a infecção à linguagem já tinha resultado no ótimo disco da Laurie Andersen nos anos 80. "Language is a virus" se encaixa perfeitamente numa época em que estamos submersos em mentiras que 'viralizam' nas redes sociais mais do que os fatos, um lodaçal pegajoso que corrói nossas mentes e nos impede de discernir o real da pura propaganda insidiosa, gerando uma nova geração de zumbis. Valeu a dica, Getro!
Devorar
3.7 367 Assista AgoraTá aí a prova de que não é preciso esguichar sangue a esmo na tela para termos a real dimensão do horror que é não ter controle sobre o próprio corpo e a própria história. O filme tem uma atmosfera de fábula e aborda assuntos bem espinhosos com sutiliza, sem deixar de ser visceral, literalmente. Assisti sem muita expectativa e foi uma ótima surpresa!
O Enigma do Mal
3.4 126Clássico impecável e precursor dos filmes sobre paranormalidade que volta e meia aparecem para nos assombrar com seus excessivos jumpcares para agradar a geração Z. Tem efeitos visuais muito bons para a época analógica e é super fiel ao livro, que é ótimo também. E pensar que é baseado em fatos reais, meda!
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraComo bem disse um comentário aqui, o Ethan Hawke tá se tornando o novo Nicolas Gage, pegando qualquer trabalho, mesmo que seu personagem esteja muito aquém de sua capacidade dramática. O vilão sempre é um dos meus personagens favoritos por ser mais complexo do que os mocinhos e geralmente tem um passado complicado, como no caso do Coringa. Aqui se resume a uma máscara. Roteiro preguiçoso demais. Só se salva a ambientação anos 70.
A Tristeza
3.4 230Sob a aparente estética de um filme de zumbi, "Sadness" tem um subtexto construído para ilustrar com muito gore o efeito nocivo das fake news nas redes sociais. Na tela, e em ano eleitoral, um vírus estimula a raiva e perversão em quem é contaminado e o efeito é devastador. Bela analogia ao discurso de ódio que se dissemina mais rapidamente do que a gripe e contamina as disputas políticas onde o que menos interessa é resolver os problemas estruturais de um país, mas apenas criar hordas de gente espumando de ódio.
O Lamento
3.9 431 Assista AgoraQue filmaço! Tão bom que nem vi o tempo passar, apesar das 2h30 de duração. Uma construção de atmosfera que beira a perfeição. O começo meio trágico, meio cômico, como só os coreanos são capazes de fazer. E ao longo da narrativa, a trama intrigante te prende na tela como um mosquito num para-brisas. E aquela chuvarada permanente aumenta a sensação de desolação e impotência diante daquilo que não tem explicação e te põe numa encruzilhada impossível de escapar. 10 com louvor.
Elvis
3.8 759É impossível não se render ao fenômeno que arrebatou não só sua geração, mas cada roqueiro que veio depois dele. No especial para TV de 1968, disponível no youtube, Elvis volta aos palcos para mostrar que ainda tinha muito café naquele bule, se tornando referência para os acústicos que virariam moda nos anos 90. Qdo ele faleceu eu tinha 7 anos e sua triste figura vendia muita revista de fofocas, enquanto seus filmes passavam na sessão da tarde. Só na adolescência conheci sua obra e comprei minha primeira jaqueta de couro usada, inspirada no ícone que peitava os caretas com sua dança lasciva. E qdo se pensava que este legado tinha ficado no passado, uma mente abençoada ousa contar sua saga de outro ponto de vista. Valeu, sétima arte :)
Soft & Quiet
3.5 243O evento poderia ter acontecido num café da tarde da bancada do PL de SC, liderada por aquela deputada com tiara de Oktoberfest, fantoche da bancada da bala, que votou contra a equiparação salarial entre homens e mulheres. Amei a premissa fofinha por fora e podre por dentro e o jeito que a coisa escalonou, mostrando, graças aos deuses e deusas, como os reacionários são burros e limitados. Ainda bem que estamos nos livrando da desgraça que reinou o Brasil nos últimos anos. O problema é que a serpente pariu vários ovinhos...
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraDemorei anos para conseguir assistir a esta obra e ainda bem que não me decepcionou. O roteiro é singular e já começa com uma sequência de fatos tão WTF que te deixa cabreiro sobre o que teremos pela frente, mas o devir não vem de pronto e daí a nos deixar tão agoniados. O fato do filme ser de terror e se passar totalmente de dia já desconstrói a estética do gênero e conta pontos para quem está cansado de tanto filme de casa abandonada, possessão, serial killer, etc. A protagonista está ótima, tão jovem e tão talentosa. Nunca mais vou conseguir assistir aos cultos pagãos sem ficar com um pé atrás. Valeu, Ari Aster!
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraA gente percebe que está assistindo um filme de arte qdo nota em cada take, diálogo, sequência e linha de raciocínio o cérebro por trás daquele conjunto de elementos que unidos se transformam numa obra com a personalidade do autor. Nem sempre Jordan Peele acerta, mas qdo acerta é uma beleza de assistir. Vejo nele o potencial para ser um novo Quentin Tarantino, tal seu amor pelo cinema e compromisso com suas bandeiras.
Pearl
3.9 992Concordo com a Isabela Boscov: a Mia Goth é realmente a nova cara do cinema de terror, com seu jeito blasé e equivocadamente ingênuo. Já tinha chamado a atenção no remake de "Suspiria" e em parceria com o diretor Ti West protagoniza cenas que já entraram para os anais da sétima arte, como a cena final de Pearl, tentando desesperadamente parecer normal. "X" também é maneiro, mas "Pearl" dá um upgrade na trilogia com um toque de surrealismo sobre a saga da garota caipira meia bolada das ideias que, embevecida pelo cinema, sonha em sair do inferno que vive. Apesar de todo colorido da fotografia, o clima de terror é palpável e de uma fofura bizarra. Amei.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraEu sou fã do Dogma 95, um manifesto feito por jovens cineastas da Dinamarca nos anos 90, desde que assisti "Festa de Família", do mesmo diretor de "Druk". Depois veio "Dançando no Escuro" do Lars Von Trier com a fenomenal Bjork. A premissa é fazer cinema intimista centrado nas relações humanas, sem pirotecnia, nem iluminação de efeito. O resultado são obras tão simples qto profundas e extremamente sensíveis. "Druk" aborda a questão do álcool sem falso moralismo, mas sem ignorar os riscos e tragédias que causam; e me emocionou particularmente por também estar passando pela crise da meia idade, qdo as amizades são fundamentais pra gente não cair no abismo .
Ondas do Destino
4.2 335 Assista AgoraLars von trier nos tempos em que era fofo. E que trilha sonora! Simplesmente Irresistível.
One Child Nation
4.1 75Impossível ficar impassível diante de genocídios. A experiência já é traumática para quem assiste uma parte da história, imagina para quem viveu na China durante o período da lei do filho único, quando pais e mães tinham que matar suas bebês para não terem a casa destruída. Ninguém que ainda seja humano sai ileso deste filme. Ninguém.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraEu adorei, tem tudo que eu gosto: mete o pau no capitalismo, suas contradições e criação de personagens perdulários, inúteis e vazios, a superficialidade dos relacionamentos mediados por likes, a banalidade do mal, a consciência de classe que brota da necessidade e a inversão de papéis onde ter dinheiro se torna irrelevante.
Vice
3.5 488 Assista AgoraLevei 4 anos para assistir e foi além das minhas expectativas. Christian Bale praticamente some, não só pela maquiagem sutil e naturalista, como pelo excelente estudo do personagem real que ele encarnou, de poucas palavras e ações com consequências muito além do território yankee. Só fico imaginando, do jeito que é obsessivo, qtas horas de entrevista do cara ele assistiu. O roteiro é irreverente sem passar da conta, o teor crítico e sarcástico conduz muito bem a história e o plot twist me ganhou de vez.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraÉ uma pena que não pude assistir na tela grande, elevaria a experiência a um outro nível, bem mais imersivo. O roteiro é deliciosamente bizarro, me fazia rir de nervoso toda hora, com algumas pitadas de escatologia, teatro do absurdo, recheado de referências a filmes como Matrix, Simpson, Ratatouille e Karatê Kid. Um caleidoscópio ultracolorido e muito divertido. O único senão foi a duração, um pouco longo, mas vc não consegue piscar sem perder alguma coisa. Só fico pensando na loucura que foi editar e quantidade de croquis e storyboard para tanto figurino e roteiros alternativos. Excelente.
Órfã 2: A Origem
2.7 773 Assista AgoraGente, que bomba! Um amontoado de clichês, histórias mal contadas, protagonista que não convence, roteiro preguiçoso, falas previsíveis, plot twist incoerente, enfim, pura perda de tempo. E eu que fui assistir depois de uma crítica favorável da Isabela...pô diva aí não
A Hora do Desespero
2.7 104 Assista AgoraNão se deixem influenciar pela nota baixa. A proposta do roteiro é mostrar a angústia de quem não está vendo os acontecimentos, e para isso funcionar, precisa de uma atriz visceral, como é o caso da Naomi Watts. Aliás, é preciso ter preparo pra viver esse personagem, viu! Só quem já foi refém do King Kong e saiu ilesa de um tsunami possui essas credenciais. Lembra aquele filme canadense sobre uma epidemia zumbi, onde a ação é mais sonora do que visual, Pontypool, que faz referência ao pânico gerado por Orson Welles numa estação de rádio, ao narrar uma invasão alienígena.
O Enfermeiro da Noite
3.4 401 Assista AgoraNão aguento mais ver comentários do tipo "achei o filme arrastado". Pô, será que tudo deve virar um triller de ação coreano? Uma história bem contada, uma direção de atores delicada, tom sóbrio como o assunto exige e interpretações precisas tem o seu lugar na dramaturgia. Ainda mais num drama baseado num horrendo caso real. A vida não é um videogame.
Argentina, 1985
4.3 334Nazifascismo, nunca mais!
Home of the Brave: A Film by Laurie Anderson
4.1 2Clássico de minha juventude de cinéfila de cinema cult dos anos 80! Laurie Anderson é diva demais!
O Telefone do Sr. Harrigan
2.8 216 Assista AgoraGostei muito. Ótimo para assistir numa tarde chuvosa, lembrando dos contos de Edgard Allan Poe que eu lia na faculdade, nos anos 80, numa época em que as redes sociais não absorviam todo o nosso tempo e ainda era possível contemplar. Quem tem a alma melancólica se identifica com a narrativa mais lenta, os silêncios, como cada momento é sentido em profundidade. O ator que faz o protagonista é muito bom também. Vale a pena conferir.
A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
3.5 751Sabe quando a gente só quer ver um filminho de terror despretensioso no sábado à noite e tem uma grata surpresa? Curti!
Pontypool
3.1 222 Assista AgoraAcho genial como com poucos recursos, uma ótima direção e interpretações precisas um filme pode criar uma atmosfera de pânico tão claustrofóbica qto o caso do Orson Welles e sua narração de "Guerra dos Mundos" na rádio, que levou o povo à loucura em 1938. E também ao atual período pandêmico, em que vivemos enclausurados com receio de sermos contaminados por pessoas próximas. A sacada de associar a infecção à linguagem já tinha resultado no ótimo disco da Laurie Andersen nos anos 80. "Language is a virus" se encaixa perfeitamente numa época em que estamos submersos em mentiras que 'viralizam' nas redes sociais mais do que os fatos, um lodaçal pegajoso que corrói nossas mentes e nos impede de discernir o real da pura propaganda insidiosa, gerando uma nova geração de zumbis. Valeu a dica, Getro!