Animação digitalizada que emula foco ultrarraso e câmera na mão, elementos que a encaixam em seu tempo. Mas não foge disso e fica longe de se firmar como algo relevante.
Precursor dos videoclipes da década de 80, Santiago Álvarez se inspira no estilo de Marker e dos documentários de Resnais para, por meio de fotos e vídeos reais, construir uma obra que cresce junto com a montagem e culmina na conclusão de intenso impacto.
Já nota-se a sutileza e a esperteza de Rohmer para com os relacionamentos amorosos. Fora a emoção de ver algo tão simples que lembra os grandes filmes do cineasta.
Afora talvez a extemporaneidade do último plano, o gênio de Edwin S. Porter não inovou em uma técnica específica com o “O Grande Roubo do Trem”, mas esse é o primeiro do que pode se chamar filmaço da História.
Palpáveis fraquezas narrativas e de ritmo disfarçadas com algumas metáforas visuais, assemelhando-se assim a “5 Centímetros por Segundo”. Porém, ainda sem o apuro com os desenhos dessa e de outras obras posteriores do diretor.
Filme de época em que a câmera é posicionada na altura do joelho dos personagens, buscando melhor aproveitar a espacialidade da cena e o enquadramento dos elementos. Ainda, dá o primeiro passo para o contracampo.
Aprende com os cinemas de Méliès e dos Lumière. E usa possivelmente pela primeira vez a montagem alternada, intercalando internas e externas, o que privilegia o tempo narrativo, não o espaço (no youtube, não encontrei a versão em que há essa técnica).
O surgimento do close no cinema, ainda utilizado sob a premissa de amplificação de objetos a partir de uma lupa, não apenas para mostrar algo em detalhe ao público.
Um beijo apaixonado no escuro do trem enquanto este passa pelo túnel em phantom ride. Segundo Mark Cousins, a primeira tentativa do cinema dizer “enquanto isso”.
Cinema sem falas que observa. Olhar que não julga para aquele amálgama de classes sociais, representadas pela câmara municipal, pelo clube rico da cidade e pelo encontro da população de periferia. A crítica ao papel da polícia poderia ser mais discreta.
A construção do caminho do ônibus, variando um olhar interno e externo (inclusive com quebras de eixo), para a conclusão fatalista, em que sons de um tumulto são intercalados com flashes da imagem. Agora, os dizeres na pichação no final eram descartáveis.
Objetiva grande-angular para captar o panorama urbano em destaque. A câmera entrando nas demolições enriquece o olhar, dá vida à imagem, juntamente com a trilha sonora que traz suspense e drama. Só uma ressalva, algumas sequências amadoras eram evitáveis.
Entre entrevistas, planos-detalhe e canção à moda de Coutinho, o olhar do mundo para o bairro através de planos de passagem (semelhante a Ozu). Só teve um erro: querer englobar muito tempo histórico por meio de uma narração em off que vem para incomodar.
Narrativa pobre de fábula, pois a narração em off não presta e os diálogos são todos óbvios. Estética pouco explorada (por exemplo, belos planos simétricos, mas que não configuram qualquer importância). Além das atuações infames e da maquiagem ridícula.
Algo como um grito confuso de um adolescente contra a sociedade, através de um cinema de pseudo-gênero e falsamente evoluído esteticamente (signos imagéticos e técnicas pós-modernas de linguagem que não conseguem estabelecer contato conceitual).
O amor, que era para surgir em qualquer lugar, jamais o faz. Não devido às atuações, mas pela falta de sensibilidade no trato que a câmera dá aos personagens, apesar de intentar com a proximidade por planos-detalhe e com o som. Carinho não correspondido.
A Casa é Escura
4.2 37 Assista AgoraImportância inquestionável do argumento. Mas vai além da simples descrição, atinge total sinceridade com a poesia e com os planos pictóricos.
Piper: Descobrindo o Mundo
4.5 259 Assista AgoraAnimação digitalizada que emula foco ultrarraso e câmera na mão, elementos que a encaixam em seu tempo. Mas não foge disso e fica longe de se firmar como algo relevante.
Viagem Através do Impossível
4.1 17O fogo, o ar, a água e a terra parecem reafirmar que viajar com o cinema de Méliès até hoje é maravilhoso.
Now!
4.4 7Precursor dos videoclipes da década de 80, Santiago Álvarez se inspira no estilo de Marker e dos documentários de Resnais para, por meio de fotos e vídeos reais, construir uma obra que cresce junto com a montagem e culmina na conclusão de intenso impacto.
Charlotte e seu Bife
3.5 11Já nota-se a sutileza e a esperteza de Rohmer para com os relacionamentos amorosos. Fora a emoção de ver algo tão simples que lembra os grandes filmes do cineasta.
O Grande Roubo do Trem
3.8 185Afora talvez a extemporaneidade do último plano, o gênio de Edwin S. Porter não inovou em uma técnica específica com o “O Grande Roubo do Trem”, mas esse é o primeiro do que pode se chamar filmaço da História.
Vozes de uma Estrela Distante
3.5 54Palpáveis fraquezas narrativas e de ritmo disfarçadas com algumas metáforas visuais, assemelhando-se assim a “5 Centímetros por Segundo”. Porém, ainda sem o apuro com os desenhos dessa e de outras obras posteriores do diretor.
O Assassinato do Duque de Guise
3.5 7Filme de época em que a câmera é posicionada na altura do joelho dos personagens, buscando melhor aproveitar a espacialidade da cena e o enquadramento dos elementos. Ainda, dá o primeiro passo para o contracampo.
A Vida de um Bombeiro Americano
4.0 15Aprende com os cinemas de Méliès e dos Lumière. E usa possivelmente pela primeira vez a montagem alternada, intercalando internas e externas, o que privilegia o tempo narrativo, não o espaço (no youtube, não encontrei a versão em que há essa técnica).
The Corbett-Fitzsimmons Fight
3.0 4O primeiro widescreen do cinema, feito com uma bitola de 63mm. Visionário?
A Fada do Repolho
3.6 14Segundo Mark Cousins: "talvez o primeiro filme com roteiro". Sim, antes de Méliès. Inclusive, a autora Alice Guy tinha estilo semelhante ao dele.
O Gatinho Doente
3.9 13G.A. Smith, um dos mais inovadores de seu tempo, aqui estreia o close puro, que tem o objetivo de mostrar em detalhe algo ao espectador.
Grandma's Reading Glass
3.7 8O surgimento do close no cinema, ainda utilizado sob a premissa de amplificação de objetos a partir de uma lupa, não apenas para mostrar algo em detalhe ao público.
O Beijo no Túnel
4.1 9Um beijo apaixonado no escuro do trem enquanto este passa pelo túnel em phantom ride. Segundo Mark Cousins, a primeira tentativa do cinema dizer “enquanto isso”.
Traffic Crossing Leeds Bridge
3.8 19Primeiro registro de imagens em movimento na História.
Sexta na Praça
3.0 1Cinema sem falas que observa. Olhar que não julga para aquele amálgama de classes sociais, representadas pela câmara municipal, pelo clube rico da cidade e pelo encontro da população de periferia. A crítica ao papel da polícia poderia ser mais discreta.
Linha 58
3.5 1A construção do caminho do ônibus, variando um olhar interno e externo (inclusive com quebras de eixo), para a conclusão fatalista, em que sons de um tumulto são intercalados com flashes da imagem. Agora, os dizeres na pichação no final eram descartáveis.
Demolições
4.0 1Objetiva grande-angular para captar o panorama urbano em destaque. A câmera entrando nas demolições enriquece o olhar, dá vida à imagem, juntamente com a trilha sonora que traz suspense e drama. Só uma ressalva, algumas sequências amadoras eram evitáveis.
Izabel
3.5 1Entre entrevistas, planos-detalhe e canção à moda de Coutinho, o olhar do mundo para o bairro através de planos de passagem (semelhante a Ozu). Só teve um erro: querer englobar muito tempo histórico por meio de uma narração em off que vem para incomodar.
A Caça
3.2 1Narrativa pobre de fábula, pois a narração em off não presta e os diálogos são todos óbvios. Estética pouco explorada (por exemplo, belos planos simétricos, mas que não configuram qualquer importância). Além das atuações infames e da maquiagem ridícula.
F de Confraria
2.8 1Comédia inserida em um vídeo promocional. Algumas risadas, mas no fim a sensação é de tempo perdido.
O Desgosto dá mais Lenha pra Pensar
2.5 1Algo como um grito confuso de um adolescente contra a sociedade, através de um cinema de pseudo-gênero e falsamente evoluído esteticamente (signos imagéticos e técnicas pós-modernas de linguagem que não conseguem estabelecer contato conceitual).
Ele Tirou Sua Pele Por Mim
4.0 95Grotesco e sensível. O vermelho vem para sujar o branco; e a união, o companheirismo, danifica a liberdade? Viver seria se entregar?
O Amor que Não Ousa Dizer Seu Nome
3.4 5O amor, que era para surgir em qualquer lugar, jamais o faz. Não devido às atuações, mas pela falta de sensibilidade no trato que a câmera dá aos personagens, apesar de intentar com a proximidade por planos-detalhe e com o som. Carinho não correspondido.