É um filme lindo de se ver e repleto de simbolismos, e os últimos quinze minutos fazem um dos finais mais memoráveis que eu vi no cinema recente. Mas às vezes ele é tão lento que chega a ser comatoso. Seus visuais remetem a algo visto em um sonho, mas por mais bonitos que sejam, às vezes parecem repelir o espectador ao invés de envolvê-lo. Super vou entender quem não gostar, embora no final, pesando todos os prós e contras, eu tenha gostado.
O suspense é capaz de levar qualquer um ao estado de coma. A trama é uma reciclagem de todos os filmes de espionagem ever made, e as cenas de sexo são tão eróticas quanto ir ao dentista.
Eu amo este filme. Eu amo como os personagens usam a INTELIGÊNCIA para resolver problemas (ao contrário de outros filmes do Ridley Scott, como Prometheus, no qual as situações se desenrolam porque os personagens são burros),e como eles unem suas respectivas inteligências para um bem comum. Tudo bem que o final dá uma escorregada, mas adoro os diálogos, as atuações, a maneira como a ciência é apresentada, o otimismo e, principalmente, o humor. Tem gente que acha que o humor é um recurso besta, mas eu sempre achei que o humor bem feito é prova de inteligência.
Realmente, desta vez o Nolan se superou fazendo o filme mais insípido da sua carreira. Todos os seus piores traços estão presentes: personagens que tem o carisma de uma margarina light sem sal, um desinteresse gritante sobre histórias que falem sobre pessoas, colocando acima de tudo um conceito que é interessante, mas muito mal conduzido, saturado de diálogos expositivos que acrescentam pouco à uma trama que não engaja. Complexidade e confusão são coisas diferentes: complexidade produz sentido. E Tenet produz muito pouco (ah sim, eu imagino que têm muitas teorias "explicando" e "descomplicando" o filme, mas e daí? se o longa não consegue engajar no âmbito mais básico, se ele não tem nada a dizer, de que adianta assistir um vídeo para tentar compreendê-lo?) . Mesmo em termos técnicos também não é seu melhor filme: o departamento da edição de som pecou feio, e a trilha sonora é um belíssimo indutor de enxaqueca. O Nolan tem essa mania de usar a música o mais alto possível, como uma muralha de som, pra trazer intensidade à cena. Mas esse recurso só é necessário porque ele não consegue criar engajamento com a própria história. Até porque não há necessariamente uma história, há? Só um conceito.
É interessante pensar que nós, como espectadores, costumamos ficar bem irritados quando um filme é condescendente e nos chama de idiotas. "Veja, veja, está claro? Vou deixar mais explícito". E nós pensamos "tá, tá, eu já entendi, não sou idiota". Então, vez ou outra, e cada vez mais raramente, vem um filme que é o oposto disso. Que nos diz "ah, é? se você é tão inteligente, então monte esse quebra-cabeças sozinho, porque eu não vou te ajudar". E aí o filme é difícil, maçante e incompreensível, como eu vi MUITA gente aqui falar. Bom, é um filme adulto. E ser adulto não significa apenas ter sexo ou violência, embora este tenha sua cota de ambos: significa também não ser condescendente com o espectador, obrigá-lo a prestar atenção e, além, apresentá-lo a uma certa ambiguidade ou complexidade moral, um mundo que não é preto no branco e sim cinza (mas não 50 Tons de Cinza). O Espião que Sabia Demais é um filme ADULTO. Ele não tem heróis, nem final feliz. Na verdade é uma tragédia. Uma tragédia, devo dizer, muito elegantemente filmada, muito bem atuada, lindamente orquestrada e firmemente dirigida. Esqueça 007. Este é um filme de espionagem para gente crescida. E provavelmente o melhor já feito.
Nunca gostei muito de histórias de gangster, salvo um ou outro caso. Este sempre foi o meu favorito, disparado. Talvez porque não seja uma história de gangsteres e sim uma história sobre paternidade. Mas não é só a história que o distingue, é toda a maneira como ele é filmado. É um filme... delicado, eu acho. Sem grandes acordes, mais parecendo um poema. Toda a técnica parece ser voltada para esse efeito: a fotografia sublime de Conrad L. Hall, a trilha sonora melódica de Thomas Newman, a maneira como o diretor Sam Mendes constrói uma cena e a deixa se desenrolar, e, é claro, as atuações de um elenco maravilhoso. Tom Hanks, sempre perfeito, Paul Newman dando show, Jude Law, perverso e maravilhoso, Stanley Tucci e Daniel Craig fazendo ótimas aparições, e Tyler Hoechlin como o protagonista, trazendo uma carga dramática que raramente vemos em atores mirins. É um filme lindo, feito de puro cinema.
Tem algumas ideias interessantes. O começo, um prólogo de quase 25 minutos, é bem ousado e impactante. Mas, depois dele, o filme se perde. Parece desconjuntado tentando articular muitos elementos em uma coisa só. O miolo é muuuuuuuuuito arrastado, e eu quase gostei do fim, se ele não fosse tão cheio de estilo. Imagino que a história merecesse um final um pouco mais pungente e direto. Quase bom, quase. Faltou uma mão mais firme na direção e um texto melhor.
Eu... eu não consigo com este filme. Não consigo entender por que as pessoas acham ele tão incrível e profundo. Qual é a real? Sério? Por onde eu começo, antes de ir pros spoilers? Falando que o filme é longo e arrastado, não desenvolve de forma satisfatória os dramas dos personagens, que são extraordinariamente burros em diversos momentos das 2h49 agonizantes deste troço que no final passa uma mensagem dúbia e tem um terceiro ato apressado? Beleza, missão cumprida. Agora vamos aos spoilers.
Então o Coop é um piloto extremamente qualificado que no começo do filme descobre, "por acidente", uma instalação que planeja uma missão espacial pra SALVAR A HUMANIDADE e em nenhum momento nos últimos, sei lá, oito anos, os caras pensaram "hm, tem um piloto super qualificado que mora aqui pertinho, vamos usá-lo", ou "precisamos procurar por possíveis pilotos super qualificados para esta missão." Ao invés disso, quando ele chega lá, eles dizem "ah, que legal, vamos aproveitar esse piloto super qualificado que caiu de paraquedas aqui pra essa missão que é SALVAR A HUMANIDADE". Sério? Aí temos uma missão tripulada por 4 pessoas, sendo que a única mulher é uma idiota que faz com que o colega seja morto e eles fiquem presos no planeta onde o tempo passa super devagar porque desobedeceu uma ordem direta. Nossa, isso é super inteligente, de fato, e muito bom em termos de representatividade feminina. Só. Que. Não. Prosseguindo. Depois desse fracasso, eles vão pro planeta onde encontram o Matt Damon que era o ÚNICO tripulante de uma missão MEGA IMPORTANTE PRA DESCOBRIR PLANETAS HABITÁVEIS PARA A RAÇA HUMANA. Hm. Meio que uma responsa grande pruma pessoa só, considerando-se que esta é uma missão na qual MUITA COISA PODE DAR ERRADO, mas tudo bem. Aí o cara pira, mata outro astronauta, foge, não sabe como funciona uma escotilha apesar de ser o cientista mais brilhante da face do universo, quase todo mundo morre, o Coop entra num buraco negro, vê a filha através da estante do quarto dela, faz um paradoxo, é resgatado, troca 3 palavras com a filha que agora tá velha e tchau (aliás, o filho que se dane). Super profundo. E vamos combinar uma coisa: qual era o plano do velho interpretado pelo Michael Cane ao mandar aqueles 4 pro espaço afinal? Reconstruir a humanidade com 4 pessoas? Todo mundo ia engravidar a Anne Hathaway e depois ia rolar uns incestos que nem na Bíblia? Meu. Deus. Do céu. Mas, para completar, por conta do paradoxo que o herói criou, a filha dele descobre a solução mágica para o "problema da gravidade" que vai levar os humanos pra outro planeta, sendo que essa informação foi dada por... humanos...do...futuro. Porque não botar outro paradoxo, não é mesmo? O que nós leva à mensagem: o que o filme quer passar, no fim (além de que o amor resolve tudo, yei) é de que nós, humanos, esgotamos todos os recursos naturais do nosso mundo então, fazer o quê, né? Ir prum outro planeta fazer a mesma coisa. Amazing.
Ok, fim dos spoilers. Que mais eu posso dizer? Que o filme é lindo, a fotografia é ótima, a trilha sonora do Hans Zimmer é legal, exceto quando ele pega no sono em cima do órgão, o buraco negro é visualmente bem realista ao que tudo indica, e beleza. Vistoso, bonito, prepotente para um caralho. Ok, eu consigo concordar com tudo isso. Mas profundo este filme não é.
Um dos raros filmes que eu conheço que fala sobre fracasso. Normalmente esperamos que os heróis se saiam bem no final, fiquem com a mocinha e que o mal seja derrotado pela força da luz. Não é o caso aqui. Isso deve ter frustrado muita gente. Mas o que mais frustra o espectador é como o filme (e o livro no qual ele é baseado - curioso como se esquecem disso) é projetado pra subverter suas expectativas. Há toda uma apresentação dos elementos clássicos de faroeste: o "mocinho" meio anti-herói, o vilão, o xerife. O dinheiro perdido, a perseguição. Tudo leva a crer que ele vai por um caminho, mas lá no terço final ele vai por outro totalmente diferente - mas se você prestou atenção no monólogo inicial, isso não deve ser uma surpresa tão grande. Tudo bem que eu assisti várias vezes pra entender isso, mas me lembro de quando ele passou no cinema e quando acabou as pessoas ficaram mudas por um instante e depois começaram dizer "como assim o filme acabou DESSE jeito?" Lembro que eu pensei a mesma coisa na época e que aquilo me perturbou. Agora que já vi de novo e de novo e pude apreciar as nuances, a qualidade dos textos e das performances, e a mensagem que ele passa, penso que se me perturbou, então é porque o filme foi bem sucedido. Eis a questão. Se você se sentiu frustrado com o desfecho da história, é porque era essa a ideia o tempo todo. Um puta roteiro não se faz necessariamente entregando de bandeja aquilo que você quer. É o caso aqui, porque ele é uma subversão do faroeste tradicional. É necessário assisti-lo com olhos mais abertos, e pensar que a frustração que ele causa é deliberada.
Estranho. Todos os elementos para compor um bom filme estão presentes, mas por algum motivo ele nunca alça voo. É difícil até de apontar o quê. O elenco é de primeiríssimo calibre, mas a direção parece não extrair o que ele tem de oferecer de melhor. É bem filmado, mas nada estupendo. A trilha sonora às vezes funciona como uma distração. Outra coisa que funciona como uma distração é a narração: aqui neste caso eu sinto que o impacto dramático das situações seria maior se não houvesse um narrador onisciente conduzindo o espectador (coisa que não acontece, por exemplo, em filmes como Um Sonho de Liberdade ou O Assassinato de Jesse James). A maneira como as histórias dos personagens se conectam é interessante à princípio, mas depois você percebe como tudo vai acabar e isso tira muito da tensão do filme. E o aspecto religioso, embora sempre presente, não tem a complexidade moral de, por exemplo, algo escrito pelo Cormac McCarthy. É uma pena. Embora não seja RUIM, não é algo que se destaque em um panteão de obras com temáticas semelhantes, mas sim uma história que evoca a lembrança de filmes melhores.
Tentei deixar a resenha o mais spoiler free possível, mas quem quiser ler, que o faça com uma certa cautela (ainda mais se você gostou do filme).
A "força" que a franquia Star Wars tem no coração das pessoas e do meu explica muitas das reações do público e da crítica ao último filme, A Ascensão Skywalker, nono e último episódio da franquia mais importante dos últimos 40 anos, e a minha dificuldade em expressar em palavras o que foi ver este filme na pré-estreia à meia noite de quarta-feira. Algum tempo atrás li uma matéria sobre Stranger Things, falando que a série era prova cabal de que nós, fãs de cultura pop, não queremos novas histórias e sim histórias familiares e reconfortantes. Se mais nada, a última trilogia da saga comprova que a aquela matéria tinha razão. O primeiro filme, Despertar da Força, foi uma cópia barata de Uma Nova Esperança, introduzindo alguns personagens interessantes, mas sem nunca ter tempo para desenvolvê-los de qualquer forma significativa, por causa da correria, correria, correria, umas X-Wings pintadas de forma diferente e uma Estrela da Morte maior. Yei. Mas os fãs adoraram, pois era o que eles queriam: um filme "novo" sem nada de novo para provocá-los ou "ofendê-los". Já nos Últimos Jedi eu esperava algo parecido e me deparei com um filme imperfeito, mas contemporâneo, ousado, que tentava fazer algo diferente, projetado para não ser o que você esperava. Tinha uma discussão interessante sobre os Jedi, personagens femininas em destaque, focado nos heróis e seus arcos de desenvolvimento, e não só em ação, ação, ação. Amei, e não apenas amei, como senti que ele capturou o espírito de Star Wars como nenhum outro filme da franquia desde o Império Contra-Ataca. Fiquei chocado quando os fãs odiaram com tamanha força, mas depois pensei que fazia sentindo: fãs não querem algo novo, ou de qualquer modo surpreendente, ou provocador, ainda mais se esse algo novo tiver personagens femininas com algo a ensinar para os seus colegas homens - e se uma delas for não-branca, pior ainda. Bom, os fanboys venceram. A Ascensão Skywalker é tudo o que eles queriam que fosse: morno, desprovido de paixão e brilho, sem um pingo de originalidade, sem nada novo ou profundo a acrescentar. Só que isso não é o bastante, é? Não ofender ninguém não é sinônimo de ser amado por todos. Mas em alguns pontos, este último capítulo pode ser considerado ofensivo, sim. Nos primeiros dois terços de seus 142 minutos, ao menos, o filme parece só um show de fantoches no qual você enxerga todos os fios: tem um ritmo bacana, tem momentos engajantes, um ou dois que até parecem emocionalmente genuínos, mas no geral é burocrático, sem inspiração, dizendo para você "ria aqui, chore aqui". Nem sempre funciona. O último terço, porém, é uma catástrofe de proporções galácticas, tão aterradora que a única opção é assistir, impotente e descrente, enquanto a coisa se desenrola até os créditos rolarem - e então sair o mais rápido possível do cinema. É como se J.J. Abrams e Inc. tivessem assinado um termo de admissão de incompetência criativa. É surreal. And it gets worse, se você começa a pensar no filme mais a fundo. Uma das melhores mensagens dos Últimos Jedi, é que você não precisa ter sobrenome Skywalker para ser importante na luta contra o Império, ou Primeira ou a Segunda Ordem, ou o que quer que seja. Pessoas fazem a rebelião, e elas podem vir de qualquer lugar: rebelião é um estado de espírito, e não obra de um destino maior. Plus, não é missão da Rey encontrar respostas sobre os pais dela, porque o que ela precisa está dentro de si. Amei essas mensagens, achei que são muito mais profundas do que se ela fosse filha do Luke, como se esperava, ou qualquer coisa do tipo. Well, forget about it, pois boa parte do filme novo é dedicado a "corrigir" os caminhos tomados por seu predecessor. Sem spoilers, mas a pergunta que permanece é: o que aconteceu com suas bolas, J.J., elas caíram? Ah sim, pode crer. O filme só não é mais covarde por falta de tempo. Mas o pior de tudo, o PIOR, de tudo, é o que fizeram com a Rose. Muita raiva foi direcionada à ela e à atriz após o lançamento de os Último Jedi, misoginia e racismo disfarçados de indignação pelas decisões criativas do Rian Johnson e Inc. Foi uma grande mancha no coração da comunidade de fãs de Star Wars, e a solução encontrada pelos produtores foi rebaixar a personagem ao status de figurante, onde ela tem pouquíssimas falas e não pode incomodar ninguém. Honestamente, a solução encontrada foi dizer aos fãs racistas e misóginos "vocês tem razão"? Novamente: não ofender ninguém não é garantia de sucesso, mas esse cinismo foi um pouco demais pra mim e muito ofensivo, sim. A Acensão Skywalker não é só um atestado de incompetência criativa, é prova de que a franquia foi colocada nas mãos de uma parcela de fãs que deveria ser ignorada e forçada a repensar seus conceitos. Eles queriam ser os donos da galáxia, e assim o são. É tarde demais para se redimir, agora.
Bom, este filme comprova 3 coisas. 1. Chris Pine sabe atuar. 2. Taylor Sheridan é um dos roteiristas mais interessantes de Hollywood no momento. 3. Western Contemporâneo, quando bem feito, é um dos gêneros cinematográficos que mais se comunicam com a situação atual do nosso mundo. Adorei do começo ao fim. Filme inteligente, bem produzido e econômico.
Fiquei positivamente impressionado com o final de Jogos Vorazes. O filme é meio arrastado no começo, mas tem muita confiança no material que lhe conferido. Também é um dos blockbusters mais sombrios da história recente, começando no fundo do poço e indo laderia abaixo a partir daí, exceto por um breve momento de esperança no fim. É um filme que se recusa a aceitar que existe algo de romântico ou poético acerca da guerra, é uma história que por trás de sua superfície tem algo a dizer sobre o nosso mundo e que é silenciosamente devastadora em suas conjecturas.
Mad Max: Estrada da Fúria é um triunfo da ficção científica feminista e um triunfo de imaginação. Mergulhado em um certo ceticismo de que ele poderia não fazer jus aos filmes originais, talvez seja a melhor surpresa de 2015.
É um filme imperfeito. Um épico que nem sempre alcança as alturas que seu diretor e astro, Ben Stiller, gostaria que ele alcançasse. Porém, é um filme surpreendentemente caloroso. E eu adorei ele.
The Rover, um conto australiano sobre desintegração da sociedade, usa de seu aspecto contemplativo para melhor descrever um mundo devastado por um colapso econômico. No entanto, apesar de contar com boas atuações de Guy Pearce e Robert Pattinson, o filme parece um tanto desconexo: repleto de boas ideias que não são necessariamente bem desenvolvidas. Ainda assim, este noir australiano bebe da fonte de filmes como Filhos da Esperança e A Estrada, para criar uma reflexão sobre o bem e o mal, e o que acontece com a humanidade quando seus laços sociais são desfeitos. Se ao menos ele tivesse sido um pouco menos contemplativo e um pouco mais comunicativo.
Uma surpreendente produção, que impressiona pelos seus aspectos humanos e implicações morais. Confiram a resenha completa no link ;) http://whosgeek.com/planeta-dos-macacos-o-confronto/
Tem, talvez, uma reviravolta a mais do que o necessário, ou do que faria com que este filme não caísse na fórmula de outros suspenses já filmados. Mas a direção precisa de Soderbergh e as boas atuações, principalmente de Jude Law e Rooney Mara, somadas à trilha sonora hipnotizante de Thomas Newman tornam Terapia de Risco um suspense, não ultra-original, mas ultra-eficiente.
Ousado e nem um pouco tímido. É um pouco cansativo e a estrutura narrativa permite pouco desenvolvimento dos personagens: cada ator fica apenas alguns minutos em cena, embora causem impactos distintos e marcantes. O filme se sustenta em boas atuações e um ótimo trabalho de fotografia. Filmes ambiciosos assim costumam ter problemas, mas O Lugar em Que Tudo Termina consegue ser profundo e emocionante de sua própria maneira.
O Projeto Adam
3.3 457 Assista AgoraFofíssimo.
Licorice Pizza
3.5 598Doce, solar e ingênuo, é o filme mais otimista da carreira do Paul Thomas Anderson, e um de seus mais acessíveis.
A Lenda do Cavaleiro Verde
3.6 475 Assista AgoraÉ um filme lindo de se ver e repleto de simbolismos, e os últimos quinze minutos fazem um dos finais mais memoráveis que eu vi no cinema recente. Mas às vezes ele é tão lento que chega a ser comatoso. Seus visuais remetem a algo visto em um sonho, mas por mais bonitos que sejam, às vezes parecem repelir o espectador ao invés de envolvê-lo. Super vou entender quem não gostar, embora no final, pesando todos os prós e contras, eu tenha gostado.
Um Ratinho Encrenqueiro
3.0 324 Assista AgoraGoste ou não do filme, não dá pra negar que a trilha sonora do Alan Silvestri é simplesmente um espetáculo.
Operação Red Sparrow
3.3 598 Assista AgoraO suspense é capaz de levar qualquer um ao estado de coma. A trama é uma reciclagem de todos os filmes de espionagem ever made, e as cenas de sexo são tão eróticas quanto ir ao dentista.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraEu amo este filme. Eu amo como os personagens usam a INTELIGÊNCIA para resolver problemas (ao contrário de outros filmes do Ridley Scott, como Prometheus, no qual as situações se desenrolam porque os personagens são burros),e como eles unem suas respectivas inteligências para um bem comum. Tudo bem que o final dá uma escorregada, mas adoro os diálogos, as atuações, a maneira como a ciência é apresentada, o otimismo e, principalmente, o humor. Tem gente que acha que o humor é um recurso besta, mas eu sempre achei que o humor bem feito é prova de inteligência.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraRealmente, desta vez o Nolan se superou fazendo o filme mais insípido da sua carreira. Todos os seus piores traços estão presentes: personagens que tem o carisma de uma margarina light sem sal, um desinteresse gritante sobre histórias que falem sobre pessoas, colocando acima de tudo um conceito que é interessante, mas muito mal conduzido, saturado de diálogos expositivos que acrescentam pouco à uma trama que não engaja. Complexidade e confusão são coisas diferentes: complexidade produz sentido. E Tenet produz muito pouco (ah sim, eu imagino que têm muitas teorias "explicando" e "descomplicando" o filme, mas e daí? se o longa não consegue engajar no âmbito mais básico, se ele não tem nada a dizer, de que adianta assistir um vídeo para tentar compreendê-lo?) . Mesmo em termos técnicos também não é seu melhor filme: o departamento da edição de som pecou feio, e a trilha sonora é um belíssimo indutor de enxaqueca. O Nolan tem essa mania de usar a música o mais alto possível, como uma muralha de som, pra trazer intensidade à cena. Mas esse recurso só é necessário porque ele não consegue criar engajamento com a própria história. Até porque não há necessariamente uma história, há? Só um conceito.
A Casa da Rússia
3.1 37 Assista AgoraFilmão. Lindo, romântico, divertido, inteligente e entre as melhores adaptações da obra de John Le Carré.
O Espião que Sabia Demais
3.4 744 Assista AgoraÉ interessante pensar que nós, como espectadores, costumamos ficar bem irritados quando um filme é condescendente e nos chama de idiotas. "Veja, veja, está claro? Vou deixar mais explícito". E nós pensamos "tá, tá, eu já entendi, não sou idiota". Então, vez ou outra, e cada vez mais raramente, vem um filme que é o oposto disso. Que nos diz "ah, é? se você é tão inteligente, então monte esse quebra-cabeças sozinho, porque eu não vou te ajudar". E aí o filme é difícil, maçante e incompreensível, como eu vi MUITA gente aqui falar. Bom, é um filme adulto. E ser adulto não significa apenas ter sexo ou violência, embora este tenha sua cota de ambos: significa também não ser condescendente com o espectador, obrigá-lo a prestar atenção e, além, apresentá-lo a uma certa ambiguidade ou complexidade moral, um mundo que não é preto no branco e sim cinza (mas não 50 Tons de Cinza). O Espião que Sabia Demais é um filme ADULTO. Ele não tem heróis, nem final feliz. Na verdade é uma tragédia. Uma tragédia, devo dizer, muito elegantemente filmada, muito bem atuada, lindamente orquestrada e firmemente dirigida. Esqueça 007. Este é um filme de espionagem para gente crescida. E provavelmente o melhor já feito.
Estrada para Perdição
3.9 401Nunca gostei muito de histórias de gangster, salvo um ou outro caso. Este sempre foi o meu favorito, disparado. Talvez porque não seja uma história de gangsteres e sim uma história sobre paternidade. Mas não é só a história que o distingue, é toda a maneira como ele é filmado. É um filme... delicado, eu acho. Sem grandes acordes, mais parecendo um poema. Toda a técnica parece ser voltada para esse efeito: a fotografia sublime de Conrad L. Hall, a trilha sonora melódica de Thomas Newman, a maneira como o diretor Sam Mendes constrói uma cena e a deixa se desenrolar, e, é claro, as atuações de um elenco maravilhoso. Tom Hanks, sempre perfeito, Paul Newman dando show, Jude Law, perverso e maravilhoso, Stanley Tucci e Daniel Craig fazendo ótimas aparições, e Tyler Hoechlin como o protagonista, trazendo uma carga dramática que raramente vemos em atores mirins. É um filme lindo, feito de puro cinema.
O Mensageiro do Último Dia
2.6 164 Assista AgoraTem algumas ideias interessantes. O começo, um prólogo de quase 25 minutos, é bem ousado e impactante. Mas, depois dele, o filme se perde. Parece desconjuntado tentando articular muitos elementos em uma coisa só. O miolo é muuuuuuuuuito arrastado, e eu quase gostei do fim, se ele não fosse tão cheio de estilo. Imagino que a história merecesse um final um pouco mais pungente e direto. Quase bom, quase. Faltou uma mão mais firme na direção e um texto melhor.
Quero Matar Meu Chefe 2
3.2 461 Assista AgoraHorrível em todos os sentidos. Mas eu chorei de rir.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraEu... eu não consigo com este filme. Não consigo entender por que as pessoas acham ele tão incrível e profundo. Qual é a real? Sério? Por onde eu começo, antes de ir pros spoilers? Falando que o filme é longo e arrastado, não desenvolve de forma satisfatória os dramas dos personagens, que são extraordinariamente burros em diversos momentos das 2h49 agonizantes deste troço que no final passa uma mensagem dúbia e tem um terceiro ato apressado? Beleza, missão cumprida. Agora vamos aos spoilers.
Então o Coop é um piloto extremamente qualificado que no começo do filme descobre, "por acidente", uma instalação que planeja uma missão espacial pra SALVAR A HUMANIDADE e em nenhum momento nos últimos, sei lá, oito anos, os caras pensaram "hm, tem um piloto super qualificado que mora aqui pertinho, vamos usá-lo", ou "precisamos procurar por possíveis pilotos super qualificados para esta missão." Ao invés disso, quando ele chega lá, eles dizem "ah, que legal, vamos aproveitar esse piloto super qualificado que caiu de paraquedas aqui pra essa missão que é SALVAR A HUMANIDADE". Sério? Aí temos uma missão tripulada por 4 pessoas, sendo que a única mulher é uma idiota que faz com que o colega seja morto e eles fiquem presos no planeta onde o tempo passa super devagar porque desobedeceu uma ordem direta. Nossa, isso é super inteligente, de fato, e muito bom em termos de representatividade feminina. Só. Que. Não. Prosseguindo. Depois desse fracasso, eles vão pro planeta onde encontram o Matt Damon que era o ÚNICO tripulante de uma missão MEGA IMPORTANTE PRA DESCOBRIR PLANETAS HABITÁVEIS PARA A RAÇA HUMANA. Hm. Meio que uma responsa grande pruma pessoa só, considerando-se que esta é uma missão na qual MUITA COISA PODE DAR ERRADO, mas tudo bem. Aí o cara pira, mata outro astronauta, foge, não sabe como funciona uma escotilha apesar de ser o cientista mais brilhante da face do universo, quase todo mundo morre, o Coop entra num buraco negro, vê a filha através da estante do quarto dela, faz um paradoxo, é resgatado, troca 3 palavras com a filha que agora tá velha e tchau (aliás, o filho que se dane). Super profundo. E vamos combinar uma coisa: qual era o plano do velho interpretado pelo Michael Cane ao mandar aqueles 4 pro espaço afinal? Reconstruir a humanidade com 4 pessoas? Todo mundo ia engravidar a Anne Hathaway e depois ia rolar uns incestos que nem na Bíblia? Meu. Deus. Do céu. Mas, para completar, por conta do paradoxo que o herói criou, a filha dele descobre a solução mágica para o "problema da gravidade" que vai levar os humanos pra outro planeta, sendo que essa informação foi dada por... humanos...do...futuro. Porque não botar outro paradoxo, não é mesmo? O que nós leva à mensagem: o que o filme quer passar, no fim (além de que o amor resolve tudo, yei) é de que nós, humanos, esgotamos todos os recursos naturais do nosso mundo então, fazer o quê, né? Ir prum outro planeta fazer a mesma coisa. Amazing.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraUm dos raros filmes que eu conheço que fala sobre fracasso. Normalmente esperamos que os heróis se saiam bem no final, fiquem com a mocinha e que o mal seja derrotado pela força da luz. Não é o caso aqui. Isso deve ter frustrado muita gente. Mas o que mais frustra o espectador é como o filme (e o livro no qual ele é baseado - curioso como se esquecem disso) é projetado pra subverter suas expectativas. Há toda uma apresentação dos elementos clássicos de faroeste: o "mocinho" meio anti-herói, o vilão, o xerife. O dinheiro perdido, a perseguição. Tudo leva a crer que ele vai por um caminho, mas lá no terço final ele vai por outro totalmente diferente - mas se você prestou atenção no monólogo inicial, isso não deve ser uma surpresa tão grande. Tudo bem que eu assisti várias vezes pra entender isso, mas me lembro de quando ele passou no cinema e quando acabou as pessoas ficaram mudas por um instante e depois começaram dizer "como assim o filme acabou DESSE jeito?" Lembro que eu pensei a mesma coisa na época e que aquilo me perturbou. Agora que já vi de novo e de novo e pude apreciar as nuances, a qualidade dos textos e das performances, e a mensagem que ele passa, penso que se me perturbou, então é porque o filme foi bem sucedido. Eis a questão. Se você se sentiu frustrado com o desfecho da história, é porque era essa a ideia o tempo todo. Um puta roteiro não se faz necessariamente entregando de bandeja aquilo que você quer. É o caso aqui, porque ele é uma subversão do faroeste tradicional. É necessário assisti-lo com olhos mais abertos, e pensar que a frustração que ele causa é deliberada.
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraEstranho. Todos os elementos para compor um bom filme estão presentes, mas por algum motivo ele nunca alça voo. É difícil até de apontar o quê. O elenco é de primeiríssimo calibre, mas a direção parece não extrair o que ele tem de oferecer de melhor. É bem filmado, mas nada estupendo. A trilha sonora às vezes funciona como uma distração. Outra coisa que funciona como uma distração é a narração: aqui neste caso eu sinto que o impacto dramático das situações seria maior se não houvesse um narrador onisciente conduzindo o espectador (coisa que não acontece, por exemplo, em filmes como Um Sonho de Liberdade ou O Assassinato de Jesse James). A maneira como as histórias dos personagens se conectam é interessante à princípio, mas depois você percebe como tudo vai acabar e isso tira muito da tensão do filme. E o aspecto religioso, embora sempre presente, não tem a complexidade moral de, por exemplo, algo escrito pelo Cormac McCarthy. É uma pena. Embora não seja RUIM, não é algo que se destaque em um panteão de obras com temáticas semelhantes, mas sim uma história que evoca a lembrança de filmes melhores.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraTentei deixar a resenha o mais spoiler free possível, mas quem quiser ler, que o faça com uma certa cautela (ainda mais se você gostou do filme).
A "força" que a franquia Star Wars tem no coração das pessoas e do meu explica muitas das reações do público e da crítica ao último filme, A Ascensão Skywalker, nono e último episódio da franquia mais importante dos últimos 40 anos, e a minha dificuldade em expressar em palavras o que foi ver este filme na pré-estreia à meia noite de quarta-feira. Algum tempo atrás li uma matéria sobre Stranger Things, falando que a série era prova cabal de que nós, fãs de cultura pop, não queremos novas histórias e sim histórias familiares e reconfortantes. Se mais nada, a última trilogia da saga comprova que a aquela matéria tinha razão. O primeiro filme, Despertar da Força, foi uma cópia barata de Uma Nova Esperança, introduzindo alguns personagens interessantes, mas sem nunca ter tempo para desenvolvê-los de qualquer forma significativa, por causa da correria, correria, correria, umas X-Wings pintadas de forma diferente e uma Estrela da Morte maior. Yei. Mas os fãs adoraram, pois era o que eles queriam: um filme "novo" sem nada de novo para provocá-los ou "ofendê-los". Já nos Últimos Jedi eu esperava algo parecido e me deparei com um filme imperfeito, mas contemporâneo, ousado, que tentava fazer algo diferente, projetado para não ser o que você esperava. Tinha uma discussão interessante sobre os Jedi, personagens femininas em destaque, focado nos heróis e seus arcos de desenvolvimento, e não só em ação, ação, ação. Amei, e não apenas amei, como senti que ele capturou o espírito de Star Wars como nenhum outro filme da franquia desde o Império Contra-Ataca. Fiquei chocado quando os fãs odiaram com tamanha força, mas depois pensei que fazia sentindo: fãs não querem algo novo, ou de qualquer modo surpreendente, ou provocador, ainda mais se esse algo novo tiver personagens femininas com algo a ensinar para os seus colegas homens - e se uma delas for não-branca, pior ainda. Bom, os fanboys venceram. A Ascensão Skywalker é tudo o que eles queriam que fosse: morno, desprovido de paixão e brilho, sem um pingo de originalidade, sem nada novo ou profundo a acrescentar. Só que isso não é o bastante, é? Não ofender ninguém não é sinônimo de ser amado por todos. Mas em alguns pontos, este último capítulo pode ser considerado ofensivo, sim. Nos primeiros dois terços de seus 142 minutos, ao menos, o filme parece só um show de fantoches no qual você enxerga todos os fios: tem um ritmo bacana, tem momentos engajantes, um ou dois que até parecem emocionalmente genuínos, mas no geral é burocrático, sem inspiração, dizendo para você "ria aqui, chore aqui". Nem sempre funciona. O último terço, porém, é uma catástrofe de proporções galácticas, tão aterradora que a única opção é assistir, impotente e descrente, enquanto a coisa se desenrola até os créditos rolarem - e então sair o mais rápido possível do cinema. É como se J.J. Abrams e Inc. tivessem assinado um termo de admissão de incompetência criativa. É surreal. And it gets worse, se você começa a pensar no filme mais a fundo. Uma das melhores mensagens dos Últimos Jedi, é que você não precisa ter sobrenome Skywalker para ser importante na luta contra o Império, ou Primeira ou a Segunda Ordem, ou o que quer que seja. Pessoas fazem a rebelião, e elas podem vir de qualquer lugar: rebelião é um estado de espírito, e não obra de um destino maior. Plus, não é missão da Rey encontrar respostas sobre os pais dela, porque o que ela precisa está dentro de si. Amei essas mensagens, achei que são muito mais profundas do que se ela fosse filha do Luke, como se esperava, ou qualquer coisa do tipo. Well, forget about it, pois boa parte do filme novo é dedicado a "corrigir" os caminhos tomados por seu predecessor. Sem spoilers, mas a pergunta que permanece é: o que aconteceu com suas bolas, J.J., elas caíram? Ah sim, pode crer. O filme só não é mais covarde por falta de tempo. Mas o pior de tudo, o PIOR, de tudo, é o que fizeram com a Rose. Muita raiva foi direcionada à ela e à atriz após o lançamento de os Último Jedi, misoginia e racismo disfarçados de indignação pelas decisões criativas do Rian Johnson e Inc. Foi uma grande mancha no coração da comunidade de fãs de Star Wars, e a solução encontrada pelos produtores foi rebaixar a personagem ao status de figurante, onde ela tem pouquíssimas falas e não pode incomodar ninguém. Honestamente, a solução encontrada foi dizer aos fãs racistas e misóginos "vocês tem razão"? Novamente: não ofender ninguém não é garantia de sucesso, mas esse cinismo foi um pouco demais pra mim e muito ofensivo, sim. A Acensão Skywalker não é só um atestado de incompetência criativa, é prova de que a franquia foi colocada nas mãos de uma parcela de fãs que deveria ser ignorada e forçada a repensar seus conceitos. Eles queriam ser os donos da galáxia, e assim o são. É tarde demais para se redimir, agora.
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraBom, este filme comprova 3 coisas. 1. Chris Pine sabe atuar. 2. Taylor Sheridan é um dos roteiristas mais interessantes de Hollywood no momento. 3. Western Contemporâneo, quando bem feito, é um dos gêneros cinematográficos que mais se comunicam com a situação atual do nosso mundo. Adorei do começo ao fim. Filme inteligente, bem produzido e econômico.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraFiquei positivamente impressionado com o final de Jogos Vorazes. O filme é meio arrastado no começo, mas tem muita confiança no material que lhe conferido. Também é um dos blockbusters mais sombrios da história recente, começando no fundo do poço e indo laderia abaixo a partir daí, exceto por um breve momento de esperança no fim. É um filme que se recusa a aceitar que existe algo de romântico ou poético acerca da guerra, é uma história que por trás de sua superfície tem algo a dizer sobre o nosso mundo e que é silenciosamente devastadora em suas conjecturas.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraMad Max: Estrada da Fúria é um triunfo da ficção científica feminista e um triunfo de imaginação. Mergulhado em um certo ceticismo de que ele poderia não fazer jus aos filmes originais, talvez seja a melhor surpresa de 2015.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraÉ um filme imperfeito. Um épico que nem sempre alcança as alturas que seu diretor e astro, Ben Stiller, gostaria que ele alcançasse. Porém, é um filme surpreendentemente caloroso. E eu adorei ele.
The Rover: A Caçada
3.3 355 Assista AgoraThe Rover, um conto australiano sobre desintegração da sociedade, usa de seu aspecto contemplativo para melhor descrever um mundo devastado por um colapso econômico. No entanto, apesar de contar com boas atuações de Guy Pearce e Robert Pattinson, o filme parece um tanto desconexo: repleto de boas ideias que não são necessariamente bem desenvolvidas. Ainda assim, este noir australiano bebe da fonte de filmes como Filhos da Esperança e A Estrada, para criar uma reflexão sobre o bem e o mal, e o que acontece com a humanidade quando seus laços sociais são desfeitos. Se ao menos ele tivesse sido um pouco menos contemplativo e um pouco mais comunicativo.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraUma surpreendente produção, que impressiona pelos seus aspectos humanos e implicações morais. Confiram a resenha completa no link ;) http://whosgeek.com/planeta-dos-macacos-o-confronto/
Terapia de Risco
3.6 1,0K Assista AgoraTem, talvez, uma reviravolta a mais do que o necessário, ou do que faria com que este filme não caísse na fórmula de outros suspenses já filmados. Mas a direção precisa de Soderbergh e as boas atuações, principalmente de Jude Law e Rooney Mara, somadas à trilha sonora hipnotizante de Thomas Newman tornam Terapia de Risco um suspense, não ultra-original, mas ultra-eficiente.
O Lugar Onde Tudo Termina
3.7 857 Assista AgoraOusado e nem um pouco tímido. É um pouco cansativo e a estrutura narrativa permite pouco desenvolvimento dos personagens: cada ator fica apenas alguns minutos em cena, embora causem impactos distintos e marcantes. O filme se sustenta em boas atuações e um ótimo trabalho de fotografia. Filmes ambiciosos assim costumam ter problemas, mas O Lugar em Que Tudo Termina consegue ser profundo e emocionante de sua própria maneira.