Este filme sequer estava na minha lista de "Quero Ver"... E foi uma mais do que grata surpresa. A ideia de contar histórias baseadas em jornada me atraem, porém, tinha o receio de que, uma vez que o cenário fosse uma trilha tão afastada, direcionasse toda a narrativa para uma série de reflexões (nada contra!), mas os flash backs e os encontros da protagonista durante a trilha deram o tom perfeito em diálogos simples e cheios de significado. Destaque para a edição de som... Ouvir as músicas cantaroladas e os pensamentos foi uma sacada de mestre da direção e roteiro, colocando-nos dentro da cabeça da personagem. Wild ganhou espaço de destaque em minha DVDteca dos filmes produzidos em 2014, enquanto eu ganhei novas e fascinantes reflexões sobre como interpretar as facetas do que chamo de vida...
Divertido e reflexivo, apesar de alguns exageros no roteiro, e interpretações duvidosas, o filme traz uma mensagem interessante, propondo que sejamos mais reflexivos sobre nossas próprias vidas, especialmente no cuidado com os julgamentos aos demais... As transformações dos personagens são bastante orgânicas e denotam nossas dificuldade de assumir a responsabilidade sobre nossas próprias decisões. Bom para uma noite de quinta-feira...
Uma história simples, humana e com incrível potencial de apresentar uma lição fantástica, porém, sem moralismo. Este filme é a oportunidade perfeita para bater aquele papo com crianças e até mesmo com adultos...
Sim, eu gostei, apesar de sentir um pouco falta de uma trilha sonora que embalasse algumas cenas e do exagero em alguns momentos pelo excessivo consumo de drogas, o que, sem falso moralismo, fez-me distanciar da identificação com os personagens. O roteiro é muito bom, corajoso no ponto em que se baseia em diálogos exploratórios, intimamente inconveniente e realistas. Quisera eu mesmo tivesse a oportunidade de ter a metade destes diálogos... Outro ponto que me ganhou foi a dispersão do "protagonismo", pois a história trabalha tão bem os personagens de Chris New e Tom Cullen que o "papel principal" da narrativa parece transitar entre um e outro, mudando até mesmo a perspectiva de quem assisti. O final me pareceu perfeito, de uma perspectiva factível e realista, com um toque de inspiração, capaz de fazer quem o assistiu criar toda uma história, vislumbrando o que pode ter acontecido com os personagens após aquela última cena. Confesso, fiquei feliz de o ter selecionado para um domingo à noite, pois me inspirou para uma boa conversa e uma semana de reflexões...
O filme é bom e divertido, pena que abriram mão de seguir a proposta até o fim... A história começa com uma ideia extraordina, além do mundo comum dos relacionamentos, num envolvimento maduro, dando uma lição aos amigos, demonstrando uma verdadeira parceria no cuidado e educação de um filho. De repente, infelizmente, o relacionamento maduro cai no clichê... Nada contra, porém, volta ao "mundo comum", deixando de lado as possibilidades expostas no início do filme. Uma pena. Confesso que esperava um pouquinho mais de Jennifer Westfeldt, depois de "Beijando Jéssica Stein. Ainda o filme valeu pelas risadas e pela reflexão do que pode ser um relacionamento entre dois adultos, quando exploramos novas formas para além daquelas que a socidade e os amigos nos obrigam a encaixar... Uma oportunidade para rever suas crenças e valores...
Corajosamente realista, o filme consegue retratar os desafios da sinceridade pura entre amigos, resgatando histórias possíveis, de personagens factíveis, cada qual com seus segredos e desejos humanos. Fiquei surpreso com os argumentos do roteiro, pela sutileza como apresentou cada uma das micro-tramas, que se assemelham ao cotidiano de nossas relações. O filme propõe uma reflexão sobre nossa capacidade de ouvir e de dizer o que é preciso ser dito para ser compreendido, exaltando que no fim qualquer forma de ressentimento é como "beber veneno esperando que o outro morra"... A relação entre a profundidade do se em comparação à imagem de um iceberg, resgatando a reflexão de Ernest Hemingway dá um toque lírico, muito bem empregado à narrativa que abre e fecha o filme, sem falar sobre a curiosidade fomentada pela escrita do romance... Um filme que vale por duas dezenas de sessões de terapia, um lição para todos os grupos de amigos e casais, porque não (!?).
Uma história bem contada, que surpreende pela maneira como explora os diversos personagens, sem tirar o brilho de seu protagonista. A moral da história se apresenta de forma orgânica, e há mais de uma moral, mais de uma lição bem trabalhada pelo roteiro, tanto vendo com o olhar de uma criança quanto na forma pedagógica do adulto. A ideia de se explorar o máximo potencial de desenvolvimento do conhecimento, o cuidado com o outro, os conceitos de vingança, família e amizade, tudo é exposto de maneira dinâmica, sem clichês... Destaque para a construção do personagem do robô, no melhor estilo que Asimov poderia ter inspirado... Eu gostei do filme e vou querer te-lo para um dia mostrar aos meus filhos.
Mais do que um filme romântico, ou de crítica às políticas separatistas, "Além da Fronteira" parece-me um pedido de socorro, demonstrando como vidas humanas podem se perder pela creça daqueles que acreditam defender algo sem perceber tudo o que colocam a perder. São dois homens, mas poderiam ser duas mulheres, um homem e uma mulher, dois amigos ou cientistas trabalhando por um cura... A verdade é que o filme retrata o que perdemos de nosso potencial enquanto criamos muros que nos separam. Chamou-me a atenção a cena do jantar na casa dos pais (isso não é spoiler, apenas um recado para que se de ainda mais atenção - rs), o diálogo com o pai é fantástico, ainda que curto e simples, explorando sua memória sobre a guerra e seus significados. Um filme humano, belo e que ainda lhe faz desejar escrever centenas de finais diferentes...
Apesar da trama simples, o filme ganhou meu respeito pela profundidade dos personsagens e pela forma como explorou as diversas relações da comunidade em que se passa a história. A linguagem, que num primeiro momento parece exageradamente "chula", traz uma série de significados da identidade do lugar de onde os personsagens surgem, cada qual contando sua própria história. As interpretações marcantes de Philip Seymour Hoffman e Robert De Niro dão ao filme um toque de humanidade e seriedade às cenas mais profundas do filme. Com um final que pode parecer cichê, acredito que muito mais do que uma "moral", o filme entrega uma lição bastante real sobre as diferenças!
O filme é interessante por sua provocação reflexiva. Compreendo as pessoas que dizem não ter gostado, porém, imagino que as reações adversas dizem respeito à personagem e sua jornada. Comentar este filme é falar sobre a história de sua protagonista. Engraçado como foi fácil reconhecer diversos fatos que já presenciei, e até mesmo o perfil de pessoas com as quais me relacionamento diariamente. Pessoas que temem a solidão, sem saber lidar com o "silêncio" (tema da tese da protagonista que poderia ser muito melhor explorado no filme) e que se baseiam nos "conselhos" e interpretações de amigos e familiares para tomar decisões que, por fim, demonstram ser prelúdios de verdadeiras catástrofes. Fico em dúvida se desejaria um final diferente, ou se toda a história poderia ser melhor explorada. Acredito que o que me incomodou foi o perfil de anti-heroína da protagonista, que tinha tudo para dar a volta por cima. Sobre o filme, de fato, alguns personagens forma desnecessários, enquanto outros foram pouco explorados. O roteiro teve divesas pontas soltas e a trilha sonora com pouco identidade. Se você deve ou não assistir ao filme!? Em minha humilde opinião, ele deve ser assistido, pois acaba sendo uma lição de como não tornar sua própria vida numa história em que a protagonista parece mais uma coadjuvante.
Intenso, crítico e com interpretações que me surpreenderam! A ambientação, produção e música criaram uma experiência extraordinária para eu que estava curioso apenas em relação à história. Este é um filme que pode tirar o fôlego, mesmo para quem já tenha lido a biografia dos seus protagonistas.
Divertido, engenhoso e cativante! Cada personagem consegue contar um pouco de sua história sem criar diálogos pedantes ou cansativos. Tenho mesmo pouco a falar do filme, apenas que adorei cada detalhe, resultado de uma proposta verdadeiramente dedicada a resgatar o brilhantismo dos quadrinhos.
Impressionante pelo realismo e pela coragem de abordar tantas realidades diversas de maneira tão natural, com o cuidado de demonstrar o lado humano, mais do que meros fetiches. Confesso que desejaria ver algumas histórias um pouco mais exploradas, porém, o trabalho realizado no tempo de filme proposto merece que tiremos o chapéu. Quaisquer outras considerações que eu fizesse aqui, talvez já não estaria mais falando do filme, mas das histórias que ele retrata, baseadas em vidas reais, como posso imaginar, portanto, muito além do meu poder ou direito de crítica. Um filme para quem deseja conhecer ou reconhecer melhor a natureza humana!
A expectativa é a mãe da desilusão... Exagero!? Talvez! Mas o trailer trazia uma ideia muito mais original, com diálogos que parecia mais empolgantes, diferente do que vi no filme. E o pior foi que eu comprei o DVD (risos). Tudo bem que o início da história cativa, mas percebi todos os personagens (todos) sendo mal explorados. Uma pena, com certeza, pois havia muito mais a oferecer. Ainda assim, assisti até o fim, e destaco que minha personagem favorita, ainda que anônima, foi a narradora, fantástica do início ao fim! Um bom filme para tardes de férias...
Divertido, leve e romântico, com excelente tempero entre os atores, sem exagerar no açúcar nem na manteiga. O tipo de filme que lhe deixar com água na boca, literalmente, com uma vontade louca de cozinhar, o que fiz logo que terminei de assisti-lo. Nada demais, apenas algumas brusquetas ao molho especial de gorgonzola (receita para quem quiser, envio por mensagem!). Fantástico como conseguiram contar uma boa história real, com lirismo, muita "licença poética", mas sem perder a veracidade. Destaque às interpretações de Meryl Streep e Stanley Tucci, bárbaros numa sinergia que parecia mais uma dança do que apenas cenas... Ok, admito, o filme me ganhou e tornou a noite de sábado numa experiência mais saborosa, no sofá de casa!
Ok, o filme é lindo, a fotografia e direção são extraordinários, uma história contada através de gestos e olhares, mas devo dizer que senti falta de mais diálogos. A forma de comunicação é linda, mas confesso que fiquei montando diálogos (sem falatório) em cada sequência do silêncio cortante entre os dois atores. Considero fantástico estas películas que conseguem resgatar a dimensão humana nas relações, explorando o que se sente, muito mais do que aquilo que simplesmente se deseja. Mas ainda queria mais diálogo... (rs)
Confesso que quis muito escrever imediatamente sobre o filme, mas faltavam palavras... Uma história humana, pois reflete a vida de tantas personagens da vida real, tanto pelo desafio da busca pela realização, o enfrentamento da descreça daqueles que negaram a si mesmos o direito de sonhar e, por fim, a incrível ingenuidade de alguém que, descobrindo o amor, não compreende seus desencontros. O filme traz uma temática humana, para além de quaisquer rótulos, alinhado a uma trilha sonora fantástica e uma direção de arte exuberante, que conseguiu guiar o olhar do espectador com o movimento de cada um dos bailarinos. Terminei o filme sentindo-me ainda mais apaixonado pela vida, lembrando que a inocência do amor não se perde, apenas a esquecemos, e se a esquecemos depende apenas de nós a reencontrar... O filme me tocou, não pela história de um protagonista, mas por todas as histórias que a filme nos revela.
Poxa, sem querer meramente criticar, porém, a ideia era boa e quase original, mas o roteiro perdeu diversas e excelentes oportunidades de explorar elementos fantásticos. É fato que tenho aversão aos filmes que se baseiam exclusivamente em esteriótipos para dar corpo à trama e aos diálogos, mas no caso deste filme a ideia seria aceitável. Ainda assim tive de lhe dar uma estrela e meia, pois vi o potencial da ideia minguar num roteiro cheio de rodopios. Uma pena...
Não consigo compara-lo aos dois primeiros, pois me pareceu mesmo um filme diferente, mas ainda com algo que me prendeu... Talvez, por mais que eu me esforce, seja impossível para mim comentar o filme sem vislumbrar todo o universo criado por Tolkien e recriado por Peter Jackson, brindando-nos com mais do que uma adaptação, mas sua visão apaixonada da história. Vale assisti-lo, nem que seja para imaginarmos como nós mesmos terminaríamos a história de Bilbo, ou escreveríamos nossas próprias aventuras...
Ah os bons diálogos e a sinergia de dois personagens, e atores, que se completam! Filmes românticos se tornam muito chatos, ou ainda clichês, quando você percebe, por quase duas horas, um esforço imenso na conexão dos protagonistas de uma história de amor... Em "What If" a sinergia surge na primeira "crítica ácida" ao amor que abre o diálogo entre os dois personagens. Esta "acidez", e até mesmo um pouco de escatologia, criticada por alguns "críticos de cinema" (o que eles fazem mesmo!? - rs) é, na minha humilde opinião, o que há de mais extraordinário neste fantástico filme sobre a vida de quem ama, sem divisar o que são "defeitos" ou "virtudes" no outro. Situações factíveis, personagens bem humanos e uma dose acertada de melancolia e lirismo, como a vida de todo mundo merece ser... Eu adorei, ri e desejei voltar no tempo também... para fazer tudo de novo na minha própria história. Se me perguntassem o que minha vida precisava para ser quase perfeita, desejaria que os três roteiristas escrevessem, diariamente, a fala das pessoas com quem eu converso!
As produções suecas sempre me surpreendem, e esta não deixou nada a desejar. Um filme descoberto em meio a centenas de capas, numa prateleira de locadora... uma grata surpresa. A história consegue ser divertida e extremamente humana, explorando aspectos de nossa natureza ansiosa, desejosa e cheia de preconceitos. A paternidade é vista por um novo prisma, não mais pela vontade de se ser pai, mas pela importância de se oferecer uma família àqueles que precisam. Um drama divertido que expõe uma visão quase lírica de nossas relações e de como a empatia pode ser a chave para nossa própria humanidade. Exagero? Assista e experimente.
O filme me cativou, desde o roteiro até as atuações, de maneira simples, uma ficção científica humanista, muito bem construída, explorando mais das relações humanas factíveis do que alguns pretensos dramas. A parte científica, ainda que com suas licenças poéticas, foi muito bem dosada, sem tirar o foco da trama central em momento algum. O debate moral por detrás da história também foi bem estrutura, provocante, sem se tornar clichê. Talvez eu pareça "só elogios", mas confesso que saí do cinema desperto, querendo conversar, desejando perguntar: "e se você você!?". Um filme para fazer refletir. Intenso.
Efeitos interessantes e uma releitura que conseguiu sair do óbvio. Gosto de roteiros e diretores com esta coragem de mostrar suas facetas e as da própria história. Pecou um pouco ao final, com uma abordagem que exagerou na mensagem "queremos que haja uma continuidade..." Divertido e levemente moralista. Fiquei curioso sobre a insulina tomada por João (rs).
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraEste filme sequer estava na minha lista de "Quero Ver"... E foi uma mais do que grata surpresa.
A ideia de contar histórias baseadas em jornada me atraem, porém, tinha o receio de que, uma vez que o cenário fosse uma trilha tão afastada, direcionasse toda a narrativa para uma série de reflexões (nada contra!), mas os flash backs e os encontros da protagonista durante a trilha deram o tom perfeito em diálogos simples e cheios de significado.
Destaque para a edição de som... Ouvir as músicas cantaroladas e os pensamentos foi uma sacada de mestre da direção e roteiro, colocando-nos dentro da cabeça da personagem.
Wild ganhou espaço de destaque em minha DVDteca dos filmes produzidos em 2014, enquanto eu ganhei novas e fascinantes reflexões sobre como interpretar as facetas do que chamo de vida...
RG
Depressão Entre Amigos
3.0 15Divertido e reflexivo, apesar de alguns exageros no roteiro, e interpretações duvidosas, o filme traz uma mensagem interessante, propondo que sejamos mais reflexivos sobre nossas próprias vidas, especialmente no cuidado com os julgamentos aos demais...
As transformações dos personagens são bastante orgânicas e denotam nossas dificuldade de assumir a responsabilidade sobre nossas próprias decisões.
Bom para uma noite de quinta-feira...
RG
Afinado no Amor
3.3 316 Assista AgoraLeve e despretensioso, uma comédia para pensar nas facetas do amor e relembrar hits dos anos 80 e 90!
RG
O Gigante de Ferro
4.1 507 Assista AgoraUma história simples, humana e com incrível potencial de apresentar uma lição fantástica, porém, sem moralismo.
Este filme é a oportunidade perfeita para bater aquele papo com crianças e até mesmo com adultos...
RG
Final de Semana
3.9 518 Assista AgoraSim, eu gostei, apesar de sentir um pouco falta de uma trilha sonora que embalasse algumas cenas e do exagero em alguns momentos pelo excessivo consumo de drogas, o que, sem falso moralismo, fez-me distanciar da identificação com os personagens.
O roteiro é muito bom, corajoso no ponto em que se baseia em diálogos exploratórios, intimamente inconveniente e realistas. Quisera eu mesmo tivesse a oportunidade de ter a metade destes diálogos...
Outro ponto que me ganhou foi a dispersão do "protagonismo", pois a história trabalha tão bem os personagens de Chris New e Tom Cullen que o "papel principal" da narrativa parece transitar entre um e outro, mudando até mesmo a perspectiva de quem assisti.
O final me pareceu perfeito, de uma perspectiva factível e realista, com um toque de inspiração, capaz de fazer quem o assistiu criar toda uma história, vislumbrando o que pode ter acontecido com os personagens após aquela última cena.
Confesso, fiquei feliz de o ter selecionado para um domingo à noite, pois me inspirou para uma boa conversa e uma semana de reflexões...
Solteiros Com Filhos
3.1 403 Assista AgoraO filme é bom e divertido, pena que abriram mão de seguir a proposta até o fim...
A história começa com uma ideia extraordina, além do mundo comum dos relacionamentos, num envolvimento maduro, dando uma lição aos amigos, demonstrando uma verdadeira parceria no cuidado e educação de um filho.
De repente, infelizmente, o relacionamento maduro cai no clichê... Nada contra, porém, volta ao "mundo comum", deixando de lado as possibilidades expostas no início do filme. Uma pena.
Confesso que esperava um pouquinho mais de Jennifer Westfeldt, depois de "Beijando Jéssica Stein.
Ainda o filme valeu pelas risadas e pela reflexão do que pode ser um relacionamento entre dois adultos, quando exploramos novas formas para além daquelas que a socidade e os amigos nos obrigam a encaixar...
Uma oportunidade para rever suas crenças e valores...
Grandes Amigos
3.4 6 Assista AgoraCorajosamente realista, o filme consegue retratar os desafios da sinceridade pura entre amigos, resgatando histórias possíveis, de personagens factíveis, cada qual com seus segredos e desejos humanos.
Fiquei surpreso com os argumentos do roteiro, pela sutileza como apresentou cada uma das micro-tramas, que se assemelham ao cotidiano de nossas relações.
O filme propõe uma reflexão sobre nossa capacidade de ouvir e de dizer o que é preciso ser dito para ser compreendido, exaltando que no fim qualquer forma de ressentimento é como "beber veneno esperando que o outro morra"...
A relação entre a profundidade do se em comparação à imagem de um iceberg, resgatando a reflexão de Ernest Hemingway dá um toque lírico, muito bem empregado à narrativa que abre e fecha o filme, sem falar sobre a curiosidade fomentada pela escrita do romance...
Um filme que vale por duas dezenas de sessões de terapia, um lição para todos os grupos de amigos e casais, porque não (!?).
RG
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraUma história bem contada, que surpreende pela maneira como explora os diversos personagens, sem tirar o brilho de seu protagonista.
A moral da história se apresenta de forma orgânica, e há mais de uma moral, mais de uma lição bem trabalhada pelo roteiro, tanto vendo com o olhar de uma criança quanto na forma pedagógica do adulto.
A ideia de se explorar o máximo potencial de desenvolvimento do conhecimento, o cuidado com o outro, os conceitos de vingança, família e amizade, tudo é exposto de maneira dinâmica, sem clichês...
Destaque para a construção do personagem do robô, no melhor estilo que Asimov poderia ter inspirado...
Eu gostei do filme e vou querer te-lo para um dia mostrar aos meus filhos.
RG
Além da Fronteira
3.8 440 Assista AgoraMais do que um filme romântico, ou de crítica às políticas separatistas, "Além da Fronteira" parece-me um pedido de socorro, demonstrando como vidas humanas podem se perder pela creça daqueles que acreditam defender algo sem perceber tudo o que colocam a perder.
São dois homens, mas poderiam ser duas mulheres, um homem e uma mulher, dois amigos ou cientistas trabalhando por um cura... A verdade é que o filme retrata o que perdemos de nosso potencial enquanto criamos muros que nos separam.
Chamou-me a atenção a cena do jantar na casa dos pais (isso não é spoiler, apenas um recado para que se de ainda mais atenção - rs), o diálogo com o pai é fantástico, ainda que curto e simples, explorando sua memória sobre a guerra e seus significados.
Um filme humano, belo e que ainda lhe faz desejar escrever centenas de finais diferentes...
RG
Ninguém é Perfeito
3.7 149 Assista AgoraApesar da trama simples, o filme ganhou meu respeito pela profundidade dos personsagens e pela forma como explorou as diversas relações da comunidade em que se passa a história.
A linguagem, que num primeiro momento parece exageradamente "chula", traz uma série de significados da identidade do lugar de onde os personsagens surgem, cada qual contando sua própria história.
As interpretações marcantes de Philip Seymour Hoffman e Robert De Niro dão ao filme um toque de humanidade e seriedade às cenas mais profundas do filme.
Com um final que pode parecer cichê, acredito que muito mais do que uma "moral", o filme entrega uma lição bastante real sobre as diferenças!
RG
Lola Contra o Mundo
3.3 174O filme é interessante por sua provocação reflexiva. Compreendo as pessoas que dizem não ter gostado, porém, imagino que as reações adversas dizem respeito à personagem e sua jornada.
Comentar este filme é falar sobre a história de sua protagonista. Engraçado como foi fácil reconhecer diversos fatos que já presenciei, e até mesmo o perfil de pessoas com as quais me relacionamento diariamente. Pessoas que temem a solidão, sem saber lidar com o "silêncio" (tema da tese da protagonista que poderia ser muito melhor explorado no filme) e que se baseiam nos "conselhos" e interpretações de amigos e familiares para tomar decisões que, por fim, demonstram ser prelúdios de verdadeiras catástrofes.
Fico em dúvida se desejaria um final diferente, ou se toda a história poderia ser melhor explorada. Acredito que o que me incomodou foi o perfil de anti-heroína da protagonista, que tinha tudo para dar a volta por cima.
Sobre o filme, de fato, alguns personagens forma desnecessários, enquanto outros foram pouco explorados. O roteiro teve divesas pontas soltas e a trilha sonora com pouco identidade.
Se você deve ou não assistir ao filme!? Em minha humilde opinião, ele deve ser assistido, pois acaba sendo uma lição de como não tornar sua própria vida numa história em que a protagonista parece mais uma coadjuvante.
RG
Versos de um Crime
3.6 666 Assista AgoraIntenso, crítico e com interpretações que me surpreenderam!
A ambientação, produção e música criaram uma experiência extraordinária para eu que estava curioso apenas em relação à história.
Este é um filme que pode tirar o fôlego, mesmo para quem já tenha lido a biografia dos seus protagonistas.
RG
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraDivertido, engenhoso e cativante! Cada personagem consegue contar um pouco de sua história sem criar diálogos pedantes ou cansativos.
Tenho mesmo pouco a falar do filme, apenas que adorei cada detalhe, resultado de uma proposta verdadeiramente dedicada a resgatar o brilhantismo dos quadrinhos.
RG
Shortbus
3.7 548Impressionante pelo realismo e pela coragem de abordar tantas realidades diversas de maneira tão natural, com o cuidado de demonstrar o lado humano, mais do que meros fetiches.
Confesso que desejaria ver algumas histórias um pouco mais exploradas, porém, o trabalho realizado no tempo de filme proposto merece que tiremos o chapéu.
Quaisquer outras considerações que eu fizesse aqui, talvez já não estaria mais falando do filme, mas das histórias que ele retrata, baseadas em vidas reais, como posso imaginar, portanto, muito além do meu poder ou direito de crítica.
Um filme para quem deseja conhecer ou reconhecer melhor a natureza humana!
RG
Adorável Professora
2.9 103 Assista AgoraA expectativa é a mãe da desilusão... Exagero!? Talvez! Mas o trailer trazia uma ideia muito mais original, com diálogos que parecia mais empolgantes, diferente do que vi no filme. E o pior foi que eu comprei o DVD (risos).
Tudo bem que o início da história cativa, mas percebi todos os personagens (todos) sendo mal explorados. Uma pena, com certeza, pois havia muito mais a oferecer.
Ainda assim, assisti até o fim, e destaco que minha personagem favorita, ainda que anônima, foi a narradora, fantástica do início ao fim!
Um bom filme para tardes de férias...
RG
Julie & Julia
3.6 1,1K Assista AgoraDivertido, leve e romântico, com excelente tempero entre os atores, sem exagerar no açúcar nem na manteiga.
O tipo de filme que lhe deixar com água na boca, literalmente, com uma vontade louca de cozinhar, o que fiz logo que terminei de assisti-lo. Nada demais, apenas algumas brusquetas ao molho especial de gorgonzola (receita para quem quiser, envio por mensagem!).
Fantástico como conseguiram contar uma boa história real, com lirismo, muita "licença poética", mas sem perder a veracidade.
Destaque às interpretações de Meryl Streep e Stanley Tucci, bárbaros numa sinergia que parecia mais uma dança do que apenas cenas...
Ok, admito, o filme me ganhou e tornou a noite de sábado numa experiência mais saborosa, no sofá de casa!
RG
Havaí
3.7 198Ok, o filme é lindo, a fotografia e direção são extraordinários, uma história contada através de gestos e olhares, mas devo dizer que senti falta de mais diálogos.
A forma de comunicação é linda, mas confesso que fiquei montando diálogos (sem falatório) em cada sequência do silêncio cortante entre os dois atores.
Considero fantástico estas películas que conseguem resgatar a dimensão humana nas relações, explorando o que se sente, muito mais do que aquilo que simplesmente se deseja.
Mas ainda queria mais diálogo... (rs)
RG
Five Dances
3.6 49Confesso que quis muito escrever imediatamente sobre o filme, mas faltavam palavras...
Uma história humana, pois reflete a vida de tantas personagens da vida real, tanto pelo desafio da busca pela realização, o enfrentamento da descreça daqueles que negaram a si mesmos o direito de sonhar e, por fim, a incrível ingenuidade de alguém que, descobrindo o amor, não compreende seus desencontros.
O filme traz uma temática humana, para além de quaisquer rótulos, alinhado a uma trilha sonora fantástica e uma direção de arte exuberante, que conseguiu guiar o olhar do espectador com o movimento de cada um dos bailarinos.
Terminei o filme sentindo-me ainda mais apaixonado pela vida, lembrando que a inocência do amor não se perde, apenas a esquecemos, e se a esquecemos depende apenas de nós a reencontrar...
O filme me tocou, não pela história de um protagonista, mas por todas as histórias que a filme nos revela.
RG
G.B.F.
3.1 185Poxa, sem querer meramente criticar, porém, a ideia era boa e quase original, mas o roteiro perdeu diversas e excelentes oportunidades de explorar elementos fantásticos.
É fato que tenho aversão aos filmes que se baseiam exclusivamente em esteriótipos para dar corpo à trama e aos diálogos, mas no caso deste filme a ideia seria aceitável. Ainda assim tive de lhe dar uma estrela e meia, pois vi o potencial da ideia minguar num roteiro cheio de rodopios.
Uma pena...
RG
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraNão consigo compara-lo aos dois primeiros, pois me pareceu mesmo um filme diferente, mas ainda com algo que me prendeu...
Talvez, por mais que eu me esforce, seja impossível para mim comentar o filme sem vislumbrar todo o universo criado por Tolkien e recriado por Peter Jackson, brindando-nos com mais do que uma adaptação, mas sua visão apaixonada da história.
Vale assisti-lo, nem que seja para imaginarmos como nós mesmos terminaríamos a história de Bilbo, ou escreveríamos nossas próprias aventuras...
RG
Será Que?
3.5 913 Assista AgoraAh os bons diálogos e a sinergia de dois personagens, e atores, que se completam!
Filmes românticos se tornam muito chatos, ou ainda clichês, quando você percebe, por quase duas horas, um esforço imenso na conexão dos protagonistas de uma história de amor... Em "What If" a sinergia surge na primeira "crítica ácida" ao amor que abre o diálogo entre os dois personagens.
Esta "acidez", e até mesmo um pouco de escatologia, criticada por alguns "críticos de cinema" (o que eles fazem mesmo!? - rs) é, na minha humilde opinião, o que há de mais extraordinário neste fantástico filme sobre a vida de quem ama, sem divisar o que são "defeitos" ou "virtudes" no outro.
Situações factíveis, personagens bem humanos e uma dose acertada de melancolia e lirismo, como a vida de todo mundo merece ser...
Eu adorei, ri e desejei voltar no tempo também... para fazer tudo de novo na minha própria história.
Se me perguntassem o que minha vida precisava para ser quase perfeita, desejaria que os três roteiristas escrevessem, diariamente, a fala das pessoas com quem eu converso!
RG
Patrick, Idade 1,5
4.0 492As produções suecas sempre me surpreendem, e esta não deixou nada a desejar. Um filme descoberto em meio a centenas de capas, numa prateleira de locadora... uma grata surpresa.
A história consegue ser divertida e extremamente humana, explorando aspectos de nossa natureza ansiosa, desejosa e cheia de preconceitos.
A paternidade é vista por um novo prisma, não mais pela vontade de se ser pai, mas pela importância de se oferecer uma família àqueles que precisam.
Um drama divertido que expõe uma visão quase lírica de nossas relações e de como a empatia pode ser a chave para nossa própria humanidade. Exagero? Assista e experimente.
RG
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraO filme me cativou, desde o roteiro até as atuações, de maneira simples, uma ficção científica humanista, muito bem construída, explorando mais das relações humanas factíveis do que alguns pretensos dramas.
A parte científica, ainda que com suas licenças poéticas, foi muito bem dosada, sem tirar o foco da trama central em momento algum.
O debate moral por detrás da história também foi bem estrutura, provocante, sem se tornar clichê. Talvez eu pareça "só elogios", mas confesso que saí do cinema desperto, querendo conversar, desejando perguntar: "e se você você!?".
Um filme para fazer refletir. Intenso.
RG
João e Maria: Caçadores de Bruxas
3.2 2,8K Assista AgoraEfeitos interessantes e uma releitura que conseguiu sair do óbvio. Gosto de roteiros e diretores com esta coragem de mostrar suas facetas e as da própria história.
Pecou um pouco ao final, com uma abordagem que exagerou na mensagem "queremos que haja uma continuidade..."
Divertido e levemente moralista.
Fiquei curioso sobre a insulina tomada por João (rs).
Rg