Realmente é um filme muito naturilista, simples, que traduz o cotidiado, e, somente por isso, já seria interessante. Mas, por outro lado, não traz um enredo que "justifique" um longa-metragem. A abrupta e inesperada finalização, sem que nada fique claro ou subentendido, é um absurdo. Fica a sensação que faltou ideia ao roterista. Enfim, uma história que não diz a que veio, apesar de sua condução inicial, repito, interessante.
Tema interessante, atuação impecável de Sally Field. Na verdade, nem sei se ela se encaixou perfeitamente ao papel ou o papel a ela. Enfim, deu muito certo para o perfil dela. Os outros atores, contudo, principalmente os que fazem o Matthew e o Barry, achei muito fracos. E o ritmo do roteiro não "pega" nem nos momentos de leveza nem aproveita a fundo o potencial dramático. Sei lá, mas acho que um diretor melhor teria extraído mais humor de algumas situações, até para dosar melhor o peso do enredo. No geral, contudo, um filme que vale a pena ver, que mostra respeito pela postura de cada um diante da morte.
Apesar de nada original e de não economizar nos clichês, o roteiro não provoca empatia ou envolvimento. Anna Paquin está artificialíssima, e Luke Wilson parece pertencer a outra história. Enfim, nada funciona, embora a temática até seja interessante, e o menino Charles até chegue a cativar.
Narrativa que flui, situações extremamente clichês e atuações medianas. Além do mais, a protagonista é uma genérica da Anne Hathaway, o que me deu uma "saudade" permanente de ver uma atriz de verdade conduzindo o enredo. No mais, é até agradável, mas longe do patamar de um bom filme.
Enredo muito agradável. A atuação de François Cluzet é, como sempre, incrível, destaca-se fácil entre os demais. Interessante também ver a Marion Cotillard em um papel despretencioso e o Jean Dujardin antes de ganhar o Oscar. Só achei que o roteiro poderia ter suprimido o personagem do apaixonado (como era mesmo o nome dele?), bem como sua Juliette, pois não acrescentaram em nada à trama ou à "mensagem do filme" e são muito entediantes. Além disso, achei muito piegas a mensagem do "pescador de ostras", dando "sermão" na turma, como se só houvesse uma forma digna de "ser amigo": a dele, segundo a qual tudo tem que ficar explícito, para que o silêncio não contamine a sinceridade e a profundidade da amizade... Porém, no todo, considero um ótimo filme, até favoritei.
A personagem Hushpuppy é realmente muito intensa, convence, sem deixar de ser criança, e a atuação da atriz mirim é perfeita. Interessante também a possível alusão aos moradores de Belo Monte, os nativos que têm suas razões para se oporem ao progresso do país e à contrução de hidrelétricas. Mas também acho que o filme está sendo superestimado e que não dá para deduzir de onde saem os recursos, em meio a tanta miséria, para se conseguir tanta bebida. Ou ainda, se o apego àquela terra é tão premente e se ali é o lugar onde encontram sentido para a vida, por que viver entorpecidos pelo álcool?
Cresci com a música de Gonzaguinha e Gonzagão sempre por perto, e a paisagem sertaneja também me é muito familiar, de modo que estas identificações imediatas tanto poderiam me ligar ao filme, como provocar repulsa dele, caso o enredo ou as interpretações (e a prosódia) soassem artificiais. No entanto, as cenas são lindas, Claudio Jaborandy e Cyria Coentro estão muito naturais, engraçadíssimos, e o carisma de Nivaldo Expedito é incrível! A emoção que provoca é um bônus, e o ritmo do enredo não cansa. Enfim, destaco especialmente a cena do show sobre a lage do cinema: "Eu só quero um xodó" é um clássico não apenas do baião/forró, mas da música popular brasileira genuína.
Embora concorde que as cenas de luta ficaram muito escuras e confusas e que algumas passagens de tempo foram muito bruscas e inexploradas (notadamente a chegada de Lincoln à Presidência, como em um passe de mágica), achei um programa bem interessante ver este filme no cinema e em 3D. Se não foi a experiência mais bem executada neste formato, também não dá para dizer que está ruim. Pelo contário, os efeitos são bonitos, constantes e dentro do contexto. As interpretações também me convenceram, e o enredo, apesar de deixar algumas pontas soltas (a Guerra da Secessão, por exemplo, fica muito mal explicada), não compromete o conjunto. Aliás, sempre gosto muito da mistura entre ficção e realidade que o cinema possibilita como nenhuma outra arte. E é porque não sou fã, nem de longe, de filmes de vampiros. Enfim, um filme que, apesar de passar ao largo da genialidade, é muito bom.
Não assisti ao original e gostei muito deste. Enredo interessante e efeitos muito bem feitos. O final poderia ser mais surpreendente, mas, no geral, como não nutria expectativa alguma pelo filme, achei um programinha legal.
Excelente filme. Não senti tanto suspense quanto imaginava, até porque o enredo já foi usado à exaustão em novelas e séries. Mas a maneira como é desenvolvido o roteiro, para meu gosto de mero espectador, beira a perfeição. Embora simples, a trama se desenvolve sem pontas soltas, com personagens convincentes como devem ser em toda história. Só 2 pontos acho que poderiam ter sido mais bem desenvolvidos:
1. Não ficou muito crível a Marlene perceber a pista da casa do médico apenas pela presença dos sinos na foto. Sem a lupa, ela mal teria visto. 2. Como é que, na hora H, a Claire subtamente se cura da asma para salvar os filhos e o Solomon? Poderiam ter achado outra saída para a cena? Também senti falta da confirmação da paraplegia de Michael, mas isso tudo bem, fica subentendido...
Realmente o filme é longo e, por contar muitas informações intrincadas, fica também cansativo. A interpretação de Hopkins e os flashbacks dando as deixas para o complexo de inferioridade que construíram a casca de sanguinário e inflexível de Nixon, bem como suas queixas de Kennedy e J. Edgar dão uma tônica interessante ao relato histórico "revisitado" por Stone. Enfim, um presidente que não sabe quem é nem o que verdadeiramente quer, mas persegue com determinação o que acha que querem dele, embora isso não o torne amado pelo povo que duas vezes o elegeu. Uma vida vitoriosa, mas equivocada.
Um filme muito simples e certamente barato, mas com uma abordagem de um ponto de vista inusitado (a vida sexual e afetiva de um casal de 60 anos) para uma situação clichê (a vida sexual e afetiva de qualquer casal com pitadinhas de comédia previsível). As interpretações honestas, humanas, precisas e sem pudor de Meryl e Tommy Lee Jones tornam, porém, a história encantadora. É uma delícia ver um enredo se desenrolar de forma tão fluida, natural, sem pressa ou solavancos. Meryl Streep realmente merece ganhar um Oscar a cada ano.
Primeiramente, o título em português é uma "fraude"! Pelo contrário, o envolvimento entre os protagonistas é plenamente possível, previsível e até conveniente para ambos!
Apesar da fotografia bonita e da simpatia natural que Ewan McGregor e Emily Blunt despertam, além da presença sempre interessante de Kristin Scott Thomas, é um filme absolutamente dispensável!
O romance não convence, não há comédia, não há suspense, não há uma trama surpreendente ou tocante. Enfim, ????????
Para quem é pai e conhece um pouquinho do interior do NE, o apelo do roteiro é imediato. Apesar de clichê, é linda a maneira com que o Duda capacita o João a ser pai. O enredo não tem pontas soltas, nada sobra, nada falta, explora-se até a última gota do potencial da ideia. O que não se explica nos diálogos (que filme pouco verborrágico!), vê-se nos olhos do João Miguel, da Dira, nas frases do caminhão da frente, nas letras do Roberto. Desde Central do Brasil, eu não via um road movie (brasileiro ou não) com personagens tão envolventes, fotografia tão limpa e caprichada. Enfim, o que esperar mais de um filme?
Realmente Eve se tornou o molde sobre o qual se forjaram as Claras, Floras, Lauras da teledramaturgia: um referencial acabado da ambição e da dissimulação. Atuações perfeitas de Anne Baxter e Bette Davis. Depois de uns 10min, nem dá para lembrar que é em preto e branco.
Achei um filme muito mediano para ter ganho o oscar de melhor filme em 77! Não imagino o que se passava na Academia na época, tampouco sei do impacto que ele pode ter tido na linguagem contemporânea, mas, vendo-o hoje, não consigo perceber sua superioridade a O Sonho de Cassandra ou Match Point, por exemplo, os quais, do meu ponto de vista, são muito superiores. Enfim, contém tiradas interessantes e sempre inteligentes, mas não a narrativa não gera envolvimento, e, por isso talvez, a história chegue a ficar tediosa. Além do mais, o título em português não tem nada a ver, até porque o "noivo" realmente é neurótico, mas a Annie Hall está longe de ser "nervosa"!
Somente agora assisto a este filme, e justamente após acabar de ver a série Roma. Por isso mesmo, impressionaram-me os cenários, o figurino, a direção de arte incrível. A beleza de Liz Taylor, em seu auge (apesar de coincidir com seu período de mais frágil saúde), também é inconteste: ela nem precisava interpretar tão bem mesmo. Os vacilos na história, em prol da lógica dramática, porém, incomodaram-me. E também tive a sensação de que o Marco Antônio merecia uma interpretação mais rica do Richard Burton, já que é um personagem com tantas nuanças paradoxas: tolo, infantil, vulgar, bêbado e, ao mesmo tempo, tão amado pelo povo por seu carisma e liderança militar. Enfim, não dá para acreditar que ele tivesse estas características todas a partir do trabalho de Burton. Quanto à criticada duração do filme, acho extremamente necessária. Na verdade, não me surpreende que Mankiewiscz tentasse convencer a Fox a fazer duas seqüências de 3 horas. Muitos desdobramentos importantes foram omitidos para que ele coubesse em "apenas" 4h.
Sempre nutri curiosidade para ver este filme. Afinal, um único personagem composto ao mesmo tempo por Cate Blancett, Christian Bale, Richard Gere e Heath Ledger deveria ser incrível! E as interpretações realmente valem o esforço, principalmente Cate, no papel da faceta drogada do mito. No mais, uma ideia brilhante de fazer um filme muito confuso, sem ordem cronológica ou qualquer outro instrumento que torne o enredo compreensível para alguém que não conheça previamente a obra E a vida de Bob Dylan. Enfim, sem "estudar" antes, um programa muito cansativo e frustrante!
Um bom filme, mantém o suspense de uma forma contínua, mas tem
[spoiler][/spoiler] um final muito clichê, que desperdiça ótimo enredo ao não explorar o eventual julgamento de Julian ou o caminho que a investigação venha a tomar para incriminar o verdadeiro assassino.
Ótima oportunidade de ver Robert De Niro, Meryl Steep e Chistopher Walken jovens, mas também acho que não eram necessárias 03 horas para contar a história e gerar envolvimento. Por outro lado, o vínculo de amizade convence bem, e as cenas da roleta vietcongue dão mesmo nos nervos. Enfim, um bom filme, mas não entendi por que tanta aclamação a ele.
Há muito tinha o DVD em casa, mas resistia a assistir. Apesar de ter adorado Bartardos Inglórios, não consegui me envolver com Pulp Ficton. Mas este Kill Bill 2 realmente é uma obra-prima. Incrível como o Tarantino mistura filme sobre faoreste, kung fu, drama, comédia e deixa tudo conectado. Prefiro este 2 ao 1, pois aqui estão as respostas, lá as perguntas. Continuo me perguntando, porém, por que a Noiva resolveu trabalhar para Bill, de onde terá surgido sua vocação assassina. Mas isso não compromete todo o resto. Realmente Tarantino só dá as respostas que quer, enxuga tudo, não há nada sobrando no roteiro, por isso ele é incrível. Técnica e dramaticamente impecável. Uma anti-heroína para ficar na galeria junto com a Lisbeth Salander, minha musa. E eu nem sabia que a Daryl Hannah sabia atuar bem! Entre os diálogos, antológica a comparação entre a natureza do Superman e a da Beatrix Kiddo, bem como a discussão entre aposentadoria X arrependimento X alívio.
Vale pela reflexão de que é fácil unir jovens feridos ou sem rumo sob a capitania de um líder com pretensões de pai, que, na verdade, geralmente não passa de tarado manipulador. Estas seitas "convencem" seus seguidores, patéticos "idealistas" em busca de se contraporem à maioria (estará a maioria sempre errada?), fornecendo-lhes drogas e "carinho", vendendo a ideia de que o que está posto não necessariamente é o certo, relativizando crimes (roubar de quem tem muito não tem problema; matar alguém também não, porque esta é apenas uma forma de existência...). Enfim, a loucura produzida por tamanha manipulação de conceitos traz somente uma certeza: o lugar seguro é somente o da família, da responsabilidade, aquele sobre o qual se pode jogar luzes sem temor.
Realmente interessante a crítica social ao atual momento de recessão da Espanha e à fugacidade dos interesses da mídia, que movimenta o interesse das pessoas e pode colocar ou tirar de foco qualquer fato, importante ou não. Também achei oportuno questionar os valores morais contemporâneos, que dão justificativas e aceitam como naturais comportamentos antiéticos ou amorais. Mas nem gostei da atuação da Salma Hayek e achei hipócrita o final do filme. Afinal, a pretensa "dignidade" da memória do Roberto (que logo será esquecido) vale mesmo mais para a família do que garantir os estudos dos filhos e lhe dar alguma estabilidade (pagando a hipoteca da casa, por exemplo)? Esta dignidade é coerente com o caráter do "morto", que julgava morrer realizado por cumprir seu papel de "provedor" da família? Enfim, os questionamentos são muito válidos, principalmente por estarem emoldurados por uma comédia leve, porém o tom politicamente correto demais dado ao desfecho me pareceu piegas e distante da realidade que o próprio filme se propunha a retratar.
Poderia ter mais suspense, já que o argumento é realmente muito interessante, e o casamento entre o que é loucura e o que é realidade sempre rende bons filmes.
Poderia também ser um drama mais intenso, já que a ideia de que é preciso afastar-se para proteger dá muito pano pra manga.
Enfim, não é o drama que poderia ser, tampouco traz o suspense que promete. Mas também não deixa de ser um bom filme, porque Ethan Hawke e Kristin Scott Thomas convencem muito bem.
A Guerra dos Winters
2.8 14Realmente é um filme muito naturilista, simples, que traduz o cotidiado, e, somente por isso, já seria interessante. Mas, por outro lado, não traz um enredo que "justifique" um longa-metragem. A abrupta e inesperada finalização, sem que nada fique claro ou subentendido, é um absurdo. Fica a sensação que faltou ideia ao roterista. Enfim, uma história que não diz a que veio, apesar de sua condução inicial, repito, interessante.
Duas Semanas
3.2 30 Assista AgoraTema interessante, atuação impecável de Sally Field. Na verdade, nem sei se ela se encaixou perfeitamente ao papel ou o papel a ela. Enfim, deu muito certo para o perfil dela. Os outros atores, contudo, principalmente os que fazem o Matthew e o Barry, achei muito fracos. E o ritmo do roteiro não "pega" nem nos momentos de leveza nem aproveita a fundo o potencial dramático. Sei lá, mas acho que um diretor melhor teria extraído mais humor de algumas situações, até para dosar melhor o peso do enredo. No geral, contudo, um filme que vale a pena ver, que mostra respeito pela postura de cada um diante da morte.
Tudo em Família
2.9 85Apesar de nada original e de não economizar nos clichês, o roteiro não provoca empatia ou envolvimento. Anna Paquin está artificialíssima, e Luke Wilson parece pertencer a outra história. Enfim, nada funciona, embora a temática até seja interessante, e o menino Charles até chegue a cativar.
A V!da Acontece
3.1 106 Assista AgoraNarrativa que flui, situações extremamente clichês e atuações medianas. Além do mais, a protagonista é uma genérica da Anne Hathaway, o que me deu uma "saudade" permanente de ver uma atriz de verdade conduzindo o enredo. No mais, é até agradável, mas longe do patamar de um bom filme.
Até a Eternidade
4.0 278Enredo muito agradável. A atuação de François Cluzet é, como sempre, incrível, destaca-se fácil entre os demais. Interessante também ver a Marion Cotillard em um papel despretencioso e o Jean Dujardin antes de ganhar o Oscar.
Só achei que o roteiro poderia ter suprimido o personagem do apaixonado (como era mesmo o nome dele?), bem como sua Juliette, pois não acrescentaram em nada à trama ou à "mensagem do filme" e são muito entediantes.
Além disso, achei muito piegas a mensagem do "pescador de ostras", dando "sermão" na turma, como se só houvesse uma forma digna de "ser amigo": a dele, segundo a qual tudo tem que ficar explícito, para que o silêncio não contamine a sinceridade e a profundidade da amizade...
Porém, no todo, considero um ótimo filme, até favoritei.
Indomável Sonhadora
3.8 1,2KA personagem Hushpuppy é realmente muito intensa, convence, sem deixar de ser criança, e a atuação da atriz mirim é perfeita.
Interessante também a possível alusão aos moradores de Belo Monte, os nativos que têm suas razões para se oporem ao progresso do país e à contrução de hidrelétricas.
Mas também acho que o filme está sendo superestimado e que não dá para deduzir de onde saem os recursos, em meio a tanta miséria, para se conseguir tanta bebida. Ou ainda, se o apego àquela terra é tão premente e se ali é o lugar onde encontram sentido para a vida, por que viver entorpecidos pelo álcool?
Gonzaga: De Pai pra Filho
3.8 781 Assista AgoraCresci com a música de Gonzaguinha e Gonzagão sempre por perto, e a paisagem sertaneja também me é muito familiar, de modo que estas identificações imediatas tanto poderiam me ligar ao filme, como provocar repulsa dele, caso o enredo ou as interpretações (e a prosódia) soassem artificiais.
No entanto, as cenas são lindas, Claudio Jaborandy e Cyria Coentro estão muito naturais, engraçadíssimos, e o carisma de Nivaldo Expedito é incrível!
A emoção que provoca é um bônus, e o ritmo do enredo não cansa.
Enfim, destaco especialmente a cena do show sobre a lage do cinema: "Eu só quero um xodó" é um clássico não apenas do baião/forró, mas da música popular brasileira genuína.
Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros
3.0 2,2K Assista AgoraEmbora concorde que as cenas de luta ficaram muito escuras e confusas e que algumas passagens de tempo foram muito bruscas e inexploradas (notadamente a chegada de Lincoln à Presidência, como em um passe de mágica), achei um programa bem interessante ver este filme no cinema e em 3D.
Se não foi a experiência mais bem executada neste formato, também não dá para dizer que está ruim. Pelo contário, os efeitos são bonitos, constantes e dentro do contexto. As interpretações também me convenceram, e o enredo, apesar de deixar algumas pontas soltas (a Guerra da Secessão, por exemplo, fica muito mal explicada), não compromete o conjunto. Aliás, sempre gosto muito da mistura entre ficção e realidade que o cinema possibilita como nenhuma outra arte. E é porque não sou fã, nem de longe, de filmes de vampiros.
Enfim, um filme que, apesar de passar ao largo da genialidade, é muito bom.
O Vingador do Futuro
3.0 1,6K Assista AgoraNão assisti ao original e gostei muito deste. Enredo interessante e efeitos muito bem feitos. O final poderia ser mais surpreendente, mas, no geral, como não nutria expectativa alguma pelo filme, achei um programinha legal.
A Mão que Balança o Berço
3.7 899 Assista AgoraExcelente filme. Não senti tanto suspense quanto imaginava, até porque o enredo já foi usado à exaustão em novelas e séries. Mas a maneira como é desenvolvido o roteiro, para meu gosto de mero espectador, beira a perfeição. Embora simples, a trama se desenvolve sem pontas soltas, com personagens convincentes como devem ser em toda história. Só 2 pontos acho que poderiam ter sido mais bem desenvolvidos:
1. Não ficou muito crível a Marlene perceber a pista da casa do médico apenas pela presença dos sinos na foto. Sem a lupa, ela mal teria visto.
2. Como é que, na hora H, a Claire subtamente se cura da asma para salvar os filhos e o Solomon? Poderiam ter achado outra saída para a cena?
Também senti falta da confirmação da paraplegia de Michael, mas isso tudo bem, fica subentendido...
Nixon
3.4 38 Assista AgoraRealmente o filme é longo e, por contar muitas informações intrincadas, fica também cansativo. A interpretação de Hopkins e os flashbacks dando as deixas para o complexo de inferioridade que construíram a casca de sanguinário e inflexível de Nixon, bem como suas queixas de Kennedy e J. Edgar dão uma tônica interessante ao relato histórico "revisitado" por Stone. Enfim, um presidente que não sabe quem é nem o que verdadeiramente quer, mas persegue com determinação o que acha que querem dele, embora isso não o torne amado pelo povo que duas vezes o elegeu. Uma vida vitoriosa, mas equivocada.
Um Divã Para Dois
3.5 755 Assista AgoraUm filme muito simples e certamente barato, mas com uma abordagem de um ponto de vista inusitado (a vida sexual e afetiva de um casal de 60 anos) para uma situação clichê (a vida sexual e afetiva de qualquer casal com pitadinhas de comédia previsível).
As interpretações honestas, humanas, precisas e sem pudor de Meryl e Tommy Lee Jones tornam, porém, a história encantadora.
É uma delícia ver um enredo se desenrolar de forma tão fluida, natural, sem pressa ou solavancos.
Meryl Streep realmente merece ganhar um Oscar a cada ano.
Amor Impossível
3.2 352 Assista AgoraPrimeiramente, o título em português é uma "fraude"! Pelo contrário, o envolvimento entre os protagonistas é plenamente possível, previsível e até conveniente para ambos!
Apesar da fotografia bonita e da simpatia natural que Ewan McGregor e Emily Blunt despertam, além da presença sempre interessante de Kristin Scott Thomas, é um filme absolutamente dispensável!
O romance não convence, não há comédia, não há suspense, não há uma trama surpreendente ou tocante. Enfim, ????????
À Beira do Caminho
3.8 310Para quem é pai e conhece um pouquinho do interior do NE, o apelo do roteiro é imediato. Apesar de clichê, é linda a maneira com que o Duda capacita o João a ser pai.
O enredo não tem pontas soltas, nada sobra, nada falta, explora-se até a última gota do potencial da ideia. O que não se explica nos diálogos (que filme pouco verborrágico!), vê-se nos olhos do João Miguel, da Dira, nas frases do caminhão da frente, nas letras do Roberto.
Desde Central do Brasil, eu não via um road movie (brasileiro ou não) com personagens tão envolventes, fotografia tão limpa e caprichada.
Enfim, o que esperar mais de um filme?
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraRealmente Eve se tornou o molde sobre o qual se forjaram as Claras, Floras, Lauras da teledramaturgia: um referencial acabado da ambição e da dissimulação. Atuações perfeitas de Anne Baxter e Bette Davis. Depois de uns 10min, nem dá para lembrar que é em preto e branco.
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
4.1 1,1K Assista AgoraAchei um filme muito mediano para ter ganho o oscar de melhor filme em 77! Não imagino o que se passava na Academia na época, tampouco sei do impacto que ele pode ter tido na linguagem contemporânea, mas, vendo-o hoje, não consigo perceber sua superioridade a O Sonho de Cassandra ou Match Point, por exemplo, os quais, do meu ponto de vista, são muito superiores. Enfim, contém tiradas interessantes e sempre inteligentes, mas não a narrativa não gera envolvimento, e, por isso talvez, a história chegue a ficar tediosa. Além do mais, o título em português não tem nada a ver, até porque o "noivo" realmente é neurótico, mas a Annie Hall está longe de ser "nervosa"!
Cleópatra
4.0 309 Assista AgoraSomente agora assisto a este filme, e justamente após acabar de ver a série Roma. Por isso mesmo, impressionaram-me os cenários, o figurino, a direção de arte incrível. A beleza de Liz Taylor, em seu auge (apesar de coincidir com seu período de mais frágil saúde), também é inconteste: ela nem precisava interpretar tão bem mesmo.
Os vacilos na história, em prol da lógica dramática, porém, incomodaram-me. E também tive a sensação de que o Marco Antônio merecia uma interpretação mais rica do Richard Burton, já que é um personagem com tantas nuanças paradoxas: tolo, infantil, vulgar, bêbado e, ao mesmo tempo, tão amado pelo povo por seu carisma e liderança militar. Enfim, não dá para acreditar que ele tivesse estas características todas a partir do trabalho de Burton.
Quanto à criticada duração do filme, acho extremamente necessária. Na verdade, não me surpreende que Mankiewiscz tentasse convencer a Fox a fazer duas seqüências de 3 horas. Muitos desdobramentos importantes foram omitidos para que ele coubesse em "apenas" 4h.
Não Estou Lá
3.9 497 Assista AgoraSempre nutri curiosidade para ver este filme.
Afinal, um único personagem composto ao mesmo tempo por Cate Blancett, Christian Bale, Richard Gere e Heath Ledger deveria ser incrível! E as interpretações realmente valem o esforço, principalmente Cate, no papel da faceta drogada do mito.
No mais, uma ideia brilhante de fazer um filme muito confuso, sem ordem cronológica ou qualquer outro instrumento que torne o enredo compreensível para alguém que não conheça previamente a obra E a vida de Bob Dylan.
Enfim, sem "estudar" antes, um programa muito cansativo e frustrante!
Gigolô Americano
3.2 66 Assista AgoraUm bom filme, mantém o suspense de uma forma contínua, mas tem
[spoiler][/spoiler] um final muito clichê, que desperdiça ótimo enredo ao não explorar o eventual julgamento de Julian ou o caminho que a investigação venha a tomar para incriminar o verdadeiro assassino.
O Franco Atirador
4.0 356 Assista AgoraÓtima oportunidade de ver Robert De Niro, Meryl Steep e Chistopher Walken jovens, mas também acho que não eram necessárias 03 horas para contar a história e gerar envolvimento. Por outro lado, o vínculo de amizade convence bem, e as cenas da roleta vietcongue dão mesmo nos nervos. Enfim, um bom filme, mas não entendi por que tanta aclamação a ele.
Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista AgoraHá muito tinha o DVD em casa, mas resistia a assistir. Apesar de ter adorado Bartardos Inglórios, não consegui me envolver com Pulp Ficton. Mas este Kill Bill 2 realmente é uma obra-prima.
Incrível como o Tarantino mistura filme sobre faoreste, kung fu, drama, comédia e deixa tudo conectado.
Prefiro este 2 ao 1, pois aqui estão as respostas, lá as perguntas.
Continuo me perguntando, porém, por que a Noiva resolveu trabalhar para Bill, de onde terá surgido sua vocação assassina. Mas isso não compromete todo o resto. Realmente Tarantino só dá as respostas que quer, enxuga tudo, não há nada sobrando no roteiro, por isso ele é incrível.
Técnica e dramaticamente impecável. Uma anti-heroína para ficar na galeria junto com a Lisbeth Salander, minha musa. E eu nem sabia que a Daryl Hannah sabia atuar bem!
Entre os diálogos, antológica a comparação entre a natureza do Superman e a da Beatrix Kiddo, bem como a discussão entre aposentadoria X arrependimento X alívio.
Martha Marcy May Marlene
3.4 269Vale pela reflexão de que é fácil unir jovens feridos ou sem rumo sob a capitania de um líder com pretensões de pai, que, na verdade, geralmente não passa de tarado manipulador. Estas seitas "convencem" seus seguidores, patéticos "idealistas" em busca de se contraporem à maioria (estará a maioria sempre errada?), fornecendo-lhes drogas e "carinho", vendendo a ideia de que o que está posto não necessariamente é o certo, relativizando crimes (roubar de quem tem muito não tem problema; matar alguém também não, porque esta é apenas uma forma de existência...). Enfim, a loucura produzida por tamanha manipulação de conceitos traz somente uma certeza: o lugar seguro é somente o da família, da responsabilidade, aquele sobre o qual se pode jogar luzes sem temor.
A Centelha da Vida
3.5 12Realmente interessante a crítica social ao atual momento de recessão da Espanha e à fugacidade dos interesses da mídia, que movimenta o interesse das pessoas e pode colocar ou tirar de foco qualquer fato, importante ou não.
Também achei oportuno questionar os valores morais contemporâneos, que dão justificativas e aceitam como naturais comportamentos antiéticos ou amorais. Mas nem gostei da atuação da Salma Hayek e achei hipócrita o final do filme. Afinal, a pretensa "dignidade" da memória do Roberto (que logo será esquecido) vale mesmo mais para a família do que garantir os estudos dos filhos e lhe dar alguma estabilidade (pagando a hipoteca da casa, por exemplo)? Esta dignidade é coerente com o caráter do "morto", que julgava morrer realizado por cumprir seu papel de "provedor" da família? Enfim, os questionamentos são muito válidos, principalmente por estarem emoldurados por uma comédia leve, porém o tom politicamente correto demais dado ao desfecho me pareceu piegas e distante da realidade que o próprio filme se propunha a retratar.
Estranha Obsessão
2.3 123 Assista AgoraComo o filme é curto, não o achei entediante não.
Poderia ter mais suspense, já que o argumento é realmente muito interessante, e o casamento entre o que é loucura e o que é realidade sempre rende bons filmes.
Poderia também ser um drama mais intenso, já que a ideia de que é preciso afastar-se para proteger dá muito pano pra manga.
Enfim, não é o drama que poderia ser, tampouco traz o suspense que promete. Mas também não deixa de ser um bom filme, porque Ethan Hawke e Kristin Scott Thomas convencem muito bem.