Demorei a opinar sobre este filme, mas antes tarde do que nunca, lembro muito bem que fui ao cinema querendo ver qualquer coisa para passar o tempo, e só tinha este aqui disponível, não sou fã do Fábio Porchat e nem dos filmes que ele faz, então minhas expectativas estavam bem baixas, e então a surpresa veio, o filme é ótimo! Quem diria que uma história escrita pelo próprio Porchat seria tão profunda e traria temas tão relevantes?
O roteiro tem uma grande metáfora por trás, e apesar de seu desenvolvimento simples e linear, quem o analisar irá perceber que há várias questões pertinentes por detrás dele, como egoísmo, depressão e exclusão social, e também apreciei muito o fato de não ser um filme explícito, os problemas sofridos pelo protagonista Bruno nunca chegam a ser explicados (o real motivo de seu divórcio, o porquê das pessoas estarem se tornando invisíveis), mas pistas são dadas ao longo do caminho, cabendo ao próprio espectador criar suas teorias.
O drama e a comédia andam de mãos dadas durante a película, a condição misteriosa de Bruno é causadora diversas situações engraçadas e trágicas, e apreciei ver que as partes cômicas vinham de forma muito natural, fugindo do padrão besteirol que os filmes de comédia geralmente tem, e os momentos dramáticos são muito bem dirigidos, realmente é possível sentir o desespero do protagonista (nunca considerei o Porchat um bom ator, mas sua atuação aqui é bem coordenada).
O elenco é bom e tem química, descobri posteriormente que todos saíram do Porta dos Fundos, o que explica o entrosamento entre si.
Depois desta pérola digo que espero que Porchat se aventure mais por diferentes gêneros, ele provou para mim que se sai bem fora da comédia e quero ver o que mais ele é capaz de fazer.
Apesar de não me considerar um fã da turma de “Peanuts” já li muitas tirinhas deles e até assisti o desenho, e não pude deixar de conferir este filme, e como eu esperava, havia um número considerável maior de adultos do que crianças na sessão.
Para alguém que não sabia o que esperar deste filme achei ele uma grata surpresa, é leve e gostoso de se assistir, a história é bem simples e inocente, e isso acaba sendo uma grande qualidade dele, ser encantador com sua simplicidade, não há pretensão de algo épico e grandioso.
A escolha da animação em 3D, ao contrário do tradicional 2D que é a marca dos Peanuts, foi muito boa, ao mesmo tempo que atualizou a animação para os dias atuais ainda assim respeitou os traços clássicos do autor Charles M. Schultz, todos os personagens continuam com suas características dos quadrinhos, a essência deles foi preservada.
Snoopy e o passarinho Woodstock são ótimos alívios cômicos, contudo acho que exageraram um pouco na sua aventura contra o Barão Vermelho, no início era divertido ver as cenas de perseguição, mas logo se tornou cansativo, acho que isso poderia ter sido dispensado ou pelo menos ter ocupado um tempo menor.
Esse filme até tinha potencial, mas acabou não vingando, os dois pontos positivos dele são os efeitos especiais incríveis (a magia é demonstrada de uma maneira visualmente bela) e a dinâmica entre Nicolas Cage e Alfred Molina, que estão bem a vontade em seus papeis, porém isto não é suficiente para salvar o filme de ser chato.
Apesar de conter um pouco de tudo (comédia, ação e romance) nada empolga de fato, a história é cheia de clichês, o que não é necessariamente um ponto negativo, pois se clichês forem trabalhados da maneira correta podem funcionar, mas aqui isso não ocorre, não consegui me sentir cativado pelo protagonista bobão e sem graça de Jay Baruchel (que além de não ser nem um pouco carismático é péssimo ator) e nem torcer pelo seu romance com a mocinha (Teresa Palmer), até os momentos cômicos não são engraçados de verdade. Creio que o ponto alto do filme seja a batalha dos heróis com o mago chinês e o dragão, porém, mais uma vez, graças aos efeitos especiais belos.
O Aprendiz de Feiticeiro é um filme bem medíocre que falha em entreter o público a que se destina.
Antes de escrever qualquer coisa sobre este filme eu preciso dizer que estou ciente do quanto os leitores da saga Percy Jackson odeiam essa adaptação pelo fato de ser extremamente infiel ao material de origem e ter deturpado totalmente a trama do jovem semideus, mas, mesmo após ter lido o livro que o inspirou eu não consigo “desgostar” do filme, assisti ele em minha adolescência e lembro o quanto adorei assisti-lo na época, aliás, continuo gostando até hoje, tem um lugarzinho especial em meu coração para ele, e apesar de ser um desastre como adaptação, como filme é excelente, e é assim que pretendo avalia-lo.
A direção é de Chris Columbus, que conquistou minha admiração por ter dirigido os dois primeiros (excelentes) filmes da saga Harry Potter, e ele foi a escolha perfeita para este filme, tendo em vista a sua experiência com aventuras infanto-juvenis, ele criou um filme voltado ao público jovem e cheio de referencias à cultura pop.
A abordagem da mitologia grega durante a película é fascinante, foi um filme que me fez ter mais curiosidade por deuses gregos. Na história existe um equilíbrio muito bom entre as cenas de ação e a comédia, tudo na dose certa, o desenvolvimento é feito de forma ágil e sem enrolação, o que foi uma decisão sensata em minha opinião, já que na trama os personagens estão correndo contra o tempo para resgatar o raio-mestre de Zeus e a mãe de Percy, e o ritmo dinâmico passa a impressão de urgência no espectador. Os efeitos especiais também são muito bons, as criaturas mitológicas são críveis, e as cenas que se passam fora do mundo humano (como o Tártaro, por exemplo) enchem os olhos de tão lindas.
A escolha do elenco foi muito competente, cada ator se envolveu bem com o seu personagem, dou destaque para Uma Thruman como Medusa, o trio principal tem muita química juntos, o ator Logan Lerman é muito carismático e é impossível não se comover com a história trágica que ele transmitiu com Percy, também adorei Alexandra Daddario, que interpreta Annabeth, uma personagem forte, astuta e inteligente, Grover é o alivio cômico do trio, sempre fazendo piadas espirituosas em momentos de tensão. Percy Jackson e o Ladrão de Raios é um filme juvenil muito bom, com boas doses de emoção, comédia e ação, agradará qualquer um que não leu o livro, ou que esteja disposto a ignorar que leu (como eu fiz).
Este é um filme que vi sem nenhuma expectativa e acabou me surpreendendo bastante, sinceramente não conseguia imaginar como uma história que gira em torno de baleias poderia ser interessante, mas surpreendentemente acabei considerando o filme muito bom.
A trama é trágica do início ao fim, acompanhamos o dia a dia de uma tripulação que tem a missão de caçar baleias para conseguir óleo, porém, no decorrer da viagem, muitos infortúnios acontecem, e os marinheiros são levados aos limites da sanidade ao serem confrontados por situações que eu só seria capaz de imaginar nos meus piores pesadelos. A jornada de provações vivida pelos personagens faz o expectador refletir sobre o quanto o corpo e a mente humana são capazes de suportar antes de finalmente sucumbirem.
O elenco do filme é excelente, mas quero dar destaque a dois atores em especial, primeiramente Chris Hemsworth, que nunca havia cativado com suas atuações com o passar dos anos, mas admito que aqui ele se destacou e conseguiu me agradar, entretanto, eu penso que ele poderia arriscar um pouco mais e sair da sua zona de conforto, já que ele sempre acaba interpretando homens durões e destemidos que sempre enfrentam o perigo sem hesitar. Além de Chris, quem tem um bom destaque é Tom Holland, o futuro Homem Aranha do universo Marvel, que já mostra que é bem talentoso e segura a barra que é representar o marujo mais jovem no meio de uma tripulação de adultos.
Apesar do elenco talentoso, eu gostaria que os conflitos apresentados tivessem sido explorados de forma mais profunda, o roteiro mostra uma variedade de subtramas (como o atrito entre o comandante e o primeiro imediato e a vida trágica do órfão Thomas), mas acaba não se aprofundando muito em nada, no fim só o que importa é a caça as baleias, e como consequência os personagens acabaram ficando muito rasos. No que o roteiro errou os efeitos especiais compensaram, eles são o ponto forte do filme, as cenas de caça às baleias e os ataques da famigerada baleia branca são extraordinários, deu pra perceber que tiveram o cuidado de tornar essas cenas críveis para os olhos humanos, e em nenhum momento achei que elas pareciam artificiais.
Honestamente, achei meio fraco, esse filme definitivamente não é algo que eu esperava, a história seguiu um rumo estranho e eu não gostei muito. Como nos filmes anteriores a animação continua muito boa e as batalhas empolgantes, apesar de um pouco confusas em alguns momentos. A relação entre Shinji e Kaworu também é bem interessante de se acompanhar. Acho que o maior defeito desta sequência é o fato de se focar demais no Shinji, que já não é um protagonista muito bom, e deixar todos os outros personagens de lado (com exceção de Kaworu), depois do ótimo desenvolvimento do trio Shinji-Asuka-Rey tudo foi por agua abaixo aqui. Mari continua sendo uma incógnita, ela conseguiu aparecer ainda menos do que no 2.22 e não faço ideia do motivo dela existir.
Asuka está mais chata do que nunca, por algum motivo ela acha que Shinji deveria saber de tudo o que aconteceu no período de 14 anos, apesar de ele estar preso dentro do EVA 01, e Rey, que não é a mesma Rey dos filmes anteriores, é novamente uma boneca sem sentimentos, ou eu deveria dizer Rey II?
A história é confusa, o que não é algo inédito no universo de Evangelion, mas ao contrário da série e do filme End of Evangelion, onde apesar da confusão tudo era muito envolvente, eu me senti apenas frustrado, somos jogados em um universo muito diferente e não fazemos ideia do que ocorreu direito ou de como os personagens chegaram no ponto em que estão. Espero que o último filme seja superior e encerre a quadrilogia com chave de ouro, ao contrário do que aconteceu na série.
Definitivamente ouvi muitas opiniões ruins sobre este filme, então estava com um pé atrás quando o assisti, contudo não o achei ruim como diziam, apesar dos seus defeitos (no roteiro, por exemplo) está longe de ser a bomba do ano.
Sem dúvidas o ponto alto do filme são os dois protagonistas, James McVoy sempre se entrega de corpo e alma aos seus papeis, e como era de se esperar ele entrega a melhor atuação da película, e Daniel Radcliffe acabou me surpreendendo bastante, apesar de estar marcado pelo resto da vida em minha mente como o bruxo Harry Potter ele conseguiu fazer uma atuação sólida e logo deixei de lado a lembrança do menino bruxo. As interações entre Victor e Igor durante o filme são ótimas, os dois tem muita química, os seus diálogos são definitivamente os mais interessantes.
Outro acerto fica por conta da caracterização da Londres antiga e dos personagens, que ficaram impecáveis, sem falar que a fotografia é maravilhosa, várias cenas são de encher os olhos pela maneira como foram bem construídas. Visualmente falando posso dizer que o filme é muito bonito. Um detalhe muito criativo usado no filme são os gráficos mostrando a anatomia do ser humano, no meu ponto de vista isso combinou muito bem com o filme e deveria ter sido usado com um pouco mais de frequência.
O roteiro tem um ritmo bem dinâmico, não perde tempo com enrolação, o que é bom na maior parte do tempo, porém, isso se mostra uma faca de gumes e acaba afetando o resultado final, pois algumas partes exigiam um tempo maior para serem bem desenvolvidas, vez ou outra tive o sentimento de que houve uma evolução demasiadamente rápida e não natural da trama e dos seus personagens. Também acho que os conflitos internos de Victor e Igor poderiam ter sido melhor explorados, os dois personagens são interessantes e mereciam um tratamento melhor. A presença do detetive Roderick Turpin pareceu desnecessária para mim, o filme poderia ter transcorrido normalmente sem ele, parecia que enfiaram o personagem ali só para existir um antagonista na trama.
Apesar dos pesares o filme entretêm e eu recomendo.
OBS: Se tiver oportunidade assista legendado, infelizmente a dublagem do falecido Caio César é carente de qualquer emoção e atrapalha na imersão do filme.
Posso até fazer polêmica ao falar disso, mas, ao contrário de "Our War Game", onde tanto a versão japonesa quanto a brasileira são excelentes (na minha opinião), acho que este filme funcionou muito mais na versão cortada e resumida de "Digimon: O Filme", pois ele é anticlimático do começo ao fim, nada empolga, as batalhas são tediosas, e nada é explicado, na versão nacional, alteraram a trilha sonora para dar mais emoção nas cenas, e até inventaram algumas coisas para dar sentido a trama, pois na versão original nada é explicado.
Afinal, porque o digimon do Wallace ficou mal? Como Angemon e Angewomon conseguiram evoluir tão fácil para a fase extrema? Já que conseguiram evoluir porque simplesmente não lutaram contra o inimigo invés de invocar aqueles Digi Ovos? O que são aqueles Digi Ovos dourados? Acho que nunca saberemos.
Sem falar que as cenas cortadas não fazem muita falta, já que são apenas enrolação. Enfim, prefiro reassistir a versão brasileira do que esta aqui.
Excelente, apesar de gostar muito da versão brasileira, essa não fica atrás, mesmo sem a dublagem que todos amamos a qualidade permanece, e é interessante ver que algumas cenas e informações foram cortadas na versão nacional, aqui fica mais fácil entender a história, sem falar que a diferença na trilha sonora na evolução final muda totalmente o tom do filme.
Eu diria que apesar desta comédia ser bastante previsível ela tem momentos muito engraçados, como o carro da Albânia parece algo que saiu de um desenho animado, com seus botões indecifráveis que realizam ações malucas, o bullying entre os irmãos, as várias participações especiais
(poucos filmes me fazem gargalhar assim). Além da comédia também há algumas discussões sobre a importância da família que funcionam bem (algo raro em filmes desse genêro).
Não acho o Ed Helms carismático o suficiente para carregar um filme sozinho, não vou muito com a cara dele, mas com tantos personagens em tela (cada um com o seu momento para brilhar) e mais a encantadora Christina Applegate isso não me incomodou durante o filme, todo o elenco teve muita química. Definitivamente recomendo.
Apesar de ter achado o primeiro filme da franquia bem razoável decide dar um voto de confiança nesta sequência, porém o filme mantém o nível do anterior.
Hotel Transilvânia 2 é um filme que funciona muito bem para as crianças, mas não chega a ser muito interessante para os adultos, muitas das piadas são bem forçadas (o momento em que Drácula e seu neto dançam Break é um deles), apenas algumas delas chegam a fazer efeito, tive a impressão de que o filme queria desesperadamente arrancar risadas do público (uma característica que o primeiro não tinha), também senti que o início do filme foi excessivamente rápido.
Apesar de tudo, existem alguns detalhes que são bem interessantes no roteiro, como a interação dos monstros com o mundo moderno e sua tecnologia atual, esse conflito de épocas acaba por gerar situações bem interessantes, enquanto a maioria dos monstros se adequam bem aos humanos e seus costumes e vice versa, alguns não gostam muito dessa mistura, a trilha sonora é muito boa também, composta de uma seleção de músicas dançantes e alegres. A discussão com relação ao preconceito também foi bem colocada, o grande problema é que o desfecho para essa questão foi o pior possível
(como manter o papo de que não importa ser vampiro, humano, unicórnio, se Dennis consegue afinal se tornar vampiro).
Resumindo, apesar de ser agradável, não espere muito dessa animação.
OBS: Sabe a cena que a Mavis aparece nas câmeras de segurança da loja? Aquilo não seria um furo no roteiro? Nos filmes os vampiros não aparecem em espelhos, não deveria ser a mesma coisa com as câmeras?
Se tem uma palavra que resume esse filme é: desnecessário. Sempre achei aqueles episódios especiais que resumiam a história de uma série/anime totalmente irrelevantes, é muito mais prazeroso assistir o anime inteiro do que um simples resumo sobre ele. O pior é no momento que a recapitulação termina, os créditos sobem, e depois tem um intervalo de 5 minutos (???) e então a meia hora inicial do filme The End of Evangelion. Ora, porque eu iria assistir essa meia hora se eu posso simplesmente pegar/baixar o filme completo e assistir de uma vez? Mesmo sendo fã do universo de Evangelion não consigo achar motivos para assistir esse filme novamente ou achá-lo relevante para entender melhor a trama.
Definitivamente melhor do que o primeiro Rebuild, enquanto aquele servia mais uma homenagem ao anime, já que era um resumo dos 6 primeiros episódios, este aqui começa a seguir rumos diferentes, e sua trama vai aos poucos de distanciando da original, devo dizer que o que mais gostei nesse filme foi o desenvolvimento dos personagens, Asuka foi suavizada e agora está mais aberta para as outras pessoas, Rei está mais humana, não é mais uma simples boneca sem emoções, agora ela se preocupa com seus amigos,
achei a atitude dela de convidar todos para um jantar muito fofo,
e até Shinji estava com um pouco mais de atitude e ousado. As lutas com os anjos continuam espetaculares, dou um destaque para a batalha contra Sahaquiel, que foi minha favorita, o trabalho em equipe dos 3 pilotos foi emocionante. Só não dou uma nota mais alta pois dois grandes momentos do filme foram arruinados pela trilha sonora tosca escolhida,
estes momentos seriam quando a Unidade 01 destrói a unidade 03 e na hora que Shinji salva Rei de dentro do anjo,
ainda não consigo aceitar que destruíram momentos tão intensos com músicas tão ruins (quando vocês assistirem vocês irão entender). Apesar dos defeitos citados, o filme com certeza é muito bom e merece ser assistido pelos fãs de Evangelion.
Apesar de que no filme tudo é mais corrido do que na série, devido ao tempo, definitivamente vale a pena ser visto, assistir Evangelion com essa qualidade aprimorada é de encher os olhos, tudo foi melhorado de forma significativa, os anjos estão melhores do jamais estiverem e as batalhas foram deslumbrantes. Porém, o filme serve apenas como um resumo dos 6 primeiros episódios, então eu recomendo não ir com muitas expectativas em cima dele.
A primeira característica que me vem na mente na hora de abordar este filme são os efeitos especiais, que são um verdadeiro show, cenas realmente grandiosas guiam o filme do início ao fim, um verdadeiro espetáculo visual, se no filme anterior de 2006 uma grande reclamação foi a falta de cenas de ação, aqui tem de sobra. As cenas de lutas são muito bem coreografadas e são muito brutas, não esperava ver tanta violência em um filme do Superman.
Em segundo lugar devo dizer que o visual dessaturado e levemente sombrio do filme foram uma boa escolha (até mesmo o uniforme do herói é diferente, mais discreto, moderno), afinal todos estamos acostumados a ver o universo do Homem de Aço como algo muito colorido, tanto é que todos os filmes baseado nele (tanto os do Christopher Reeve quanto o do Brandon Routh) e até mesmo a série Smallville seguem essa visão, em minha opinião abordar este universo de uma forma diferente foi uma boa escolha.
A maneira como contam a trajetória do personagem também é interessante, logo depois de conhecer o planeta Krypton e presenciar a sua destruição, a trama dá um salto e passamos a acompanhar a vida do protagonista já adulto, e conforme a história transcorre vemos flashbacks de alguns momentos da infância de Clark que foram importantes para moldar a sua personalidade, como por exemplo a sua relação com seus pais adotivos e os valores morais passados a ele, assim vemos toda a história do personagem de forma resumida e dinâmica sem perder tempo com enrolação, porém, algumas vezes essas transições bruscas entre o passado e o presente atrapalham na criação da atmosfera do filme, visto que nos flashbacks eles optaram por dar um ritmo mais calmo e dramático, enquanto que no presente tudo é mais acelerado.
Algo que me incomodou foi a personagem Lois Lane, que foi encaixada de maneira desleixada e forçada na trama, parece que quiseram dar um grande destaque para ela e em favor disso criaram alguns argumentos fracos e situações forçadas para justificar a presença dela em grande parte do filme.
Devo dizer que todos os atores estão excelentes em seus papeis, e que Henry Cavill conseguiu convencer mais como Superman do que o seu antecessor Brandon Routh, que mantinha um semblante imperturbavelmente sereno o filme inteiro, enquanto que Cavill consegue brilhar em seus momentos dramáticos e raivosos, porém, espero que nos próximos filmes ele consiga passar aos espectadores aquela sensação de deslumbramento que o Superman possui.
Aviso: esta crítica é destinada especialmente para aquelas pessoas que já lerem o livro A Hospedeira e desejam conhecer a minha opinião sobre a adaptação, pois a análise que eu farei dela será feita através de comparações com a obra, então se você procura uma crítica que analise unicamente o filme, sem comparações com o livro, este texto provavelmente não agradará você.
Quando eu descobri que o livro A Hospedeira seria adaptado para os cinemas eu não fiquei nem um pouco feliz, tive medo que destruíssem uma das melhores obras que eu já li na vida, um livro que mescla romance e ficção científica na medida certa, que tem personagens marcantes e carismáticos e que contém muitas reflexões sobre o amor e a humanidade, e a ideia de transportar um livro que é tão denso e complexo pros cinemas não me agradava, já que seria uma tarefa muito difícil e os grandes estúdios hoje em dia não são exatamente reconhecidos por seu grande zelo e cuidado nas adaptações de livros que chegam aos cinemas, e como a obra é de autoria de Stephenie Meyer, havia o perigo de a tratarem apenas como um “Crepúsculo com alienígenas”, e criar um filme com apenas muito romance para agradar as meninas pré-adolescentes, mas eu confesso a todos vocês que felizmente as minhas más previsões não se cumpriram.
Quando o filme iniciou-se eu tinha as piores expectativas possíveis, eu realmente não esperava que nada de positivo viesse dele, mas de acordo com que ele era projetado ele foi me conquistando aos pouquinhos, assim como ocorreu com o livro, e quando ele terminou eu cheguei à seguinte conclusão: ela não foi uma adaptação perfeita, mas conseguiu trazer de volta a maior parte das emoções que eu senti quando li o livro.
Saoirse Ronan, assim como eu já esperava, se saiu muitíssimo bem como a protagonista, mas isso não foi surpresa afinal ela é uma atriz talentosíssima e até foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante quando tinha 13 anos pelo filme Desejo e Reparação, então eu sabia que ela faria um bom trabalho com um personagem tão difícil quanto Melanie/Peregrina, mesmo não possuindo o físico da personagem descrito no livro. William Hurt não se parece nada com o Jeb que eu imaginei, mas assim como ocorreu com Saoirse isso não foi um problema, o seu desempenho nesse papel foi ótimo e totalmente fiel ao personagem. Jake Abel foi uma surpresa, eu não simpatizava com o ator e nem esperava que ele conseguisse me conquistar da maneira como Ian conseguiu no livro, mas ele estava especialmente carismático neste filme e obteve êxito em mostrar a amabilidade infinita do personagem, ganhou o meu respeito.
O roteiro conseguiu resumir os eventos do livro de maneira satisfatória, mesmo com vários acontecimentos e personagens deixados de lado o resultado final foi contentador, ele não se limitou em apenas cortar cenas, mas também em adicionar algumas para que os espectadores tenham uma visão mais ampla do universo criado por Meyer e para incluir um pouco da ação que não podemos presenciar no livro devido ao tipo de narrativa optado pela autora em seu livro, por exemplo: as cenas da perseguição implacável da Buscadora, devido a narração em primeira pessoa nós ficamos limitados ao ponto de vista de Peregrina/Melanie, então só podemos presenciar o que ela vivencia, mas no filme não temos este tipo de limitação então podemos acompanhar de perto a busca incansável da Buscadora (interpretada de forma perfeita por Diane Kruger).
Um detalhe que chamou a minha atenção foi o fato de que a maioria dos diálogos foi extraída diretamente do livro, acho que eu nunca vi uma adaptação que tivesse feito algo assim, geralmente boa parte das falas dos personagens se perde durante o processo de adaptação, mas cerca de uns 70% dos diálogos originais estava lá, e creio que este foi o principal detalhe que auxiliou na minha imersão no filme, afinal não é isso que todo leitor deseja, ter trechos inteiros do seu livro preferido copiados na íntegra em sua adaptação.
Encontrei poucos defeitos na película, o principal deles foi a aparência das Almas, que eram excessivamente brilhante e pouco reais, nem pareciam seres vivos de verdade, eu preferia que o visual escolhido fosse menos espalhafatoso. Em segundo lugar, não é possível criar um vínculo emocional tão grande com os todos os personagens da trama da mesma forma como ocorre no livro, nele, tínhamos todo o tempo do mundo para construir um sentimento de amor ou ódio por cada um deles, mas devido ao tempo limitado do filme isso não ocorreu, então Kyle, que eu tanto odiei no livro acabou passando despercebido na adaptação, e Ian e Jeb, que são meus personagens preferidos, não têm tanto destaque.
Eu poderia escrever muito mais neste texto sobre as minhas impressões, mas acredito que já falei os tópicos mais importantes e não quero deixar essa crítica com aparência de uma monografia, espero que tenham entendido o meu ponto de vista.
Unindo uma trama inteligente com personagens engraçados e carismáticos Os Croods é garantia de diversão
Da minha lista de filmes mais aguardados deste ano Os Croods com certeza era o que mais criava ansiedade em mim, eu tinha a impressão de que ele seria um dos melhores filmes do ano, porém, devido ao grande número de filmes que eu queria ver no mês de Abril quase que eu perco a minha oportunidade de vê-lo no cinema, mas felizmente a sorte decidiu ficar do meu lado e eu o vi quando estava quase saindo de cartaz, eu o apreciei e gostei muito da mensagem por detrás de seu roteiro, mas não consegui deixar de ficar um pouquinho decepcionado pois esperava mais.
Assim como já era possível constatar no trailer e na sinopse do filme o enredo tem como inspiração o Conto da Caverna do filósofo Platão, aquele em que pessoas vivem presas em uma caverna e tem uma opinião equivocada do mundo externo, até que um deles consegue escapar e conhecer o mundo como ele realmente é, mas quando volta para contar para os seus amigos a sua descoberta corria o perigo de ser ignorado e até assassinado, obviamente a história foi adaptada para ter um tom mais leve e infantil e possuir um desfecho feliz, mas mesmo assim a mensagem principal do conto continua lá, o que já foi suficiente para fazer o filme ganhar a minha simpatia, pois é justamente isso que o cinema precisa, de filmes com conteúdo.
Todos os integrantes da família Crood são adoráveis, é impossível não criar algum afeto por eles, e apesar de alguns membros serem mais explorados e desenvolvidos no decorrer da história do que outros, todos tem a sua personalidade bem delineada, e assim como em toda família eles possuem muitas diferenças, o que geralmente causa, para o nosso deleite, vários conflitos entre eles, já que todas essas brigas são hilárias.
O mundo pré-histórico criado para o filme pode causar estranheza em algumas pessoas devido aos seus animais e cenários coloridos e peculiares, claramente a equipe de arte do filme optou por não seu fiel a realidade e recriaram tudo do zero, o que é bom pois em minha visão isso deixará tanto as crianças quanto os adultos tão interessados e fascinados por aquele mundo novo quanto a família Crood ficou quando o encontrou.
O filme é divertido e bem leve, mas depois de assisti-lo senti que faltou alguma coisa, devido as minhas expectativas e as críticas que li sobre ele esperava um filme marcante e que entrasse para a minha lista de favoritos, o que não ocorreu, mas da mesma maneira o recomendo para todos.
Um filme com uma história fraca, mas que se salva por causa de seu humor e suas grandiosas batalhas
Uma das maiores tendências do mundo cinematográfico atualmente é a de adaptar contos de fadas, Jack o Caçador de Gigantes é a terceira adaptação de histórias infantis que chegou aos cinemas este ano, logo depois de Oz e João e Maria. Esta moda ganhou força em 2010 quando Alice no País das Maravilhas de Tim Burton alcançou a incrível marca de 1 bilhão de dólares em bilheteria, e como o estúdios não perdem uma chance de ganhar dinheiro todos eles se apressaram para elaborar o seu próprio filme baseado em um conto de fadas. Apesar de ter gostado das versões que criaram para estes contos até agora, tenho que concordar que o mercado já está saturado com elas, foram muitos filmes deste tipo lançados em pouco tempo, e apesar de todos terem sido bons nenhum foi espetacular ou marcante para mim ou para a história do cinema, e esse Jack não foge da regra.
Minhas primeiras impressões sobre o filme não foras as melhores, achei o roteiro fraco e um pouco tedioso, apesar da trama do conto original ter sido estendida e ter sofrido alterações para torná-la mais detalhada não parecia que havia muito com o que trabalhar, sem falar que ele tem aquele clima dos filmes que passam à tarde na televisão aberta, Jack é o típico herói que deseja conquistar a garota que ama, mas infelizmente existem alguns empecilhos na sua frente, como o fato dela já ter sido prometida para outro homem e dela viver em uma realidade totalmente diferente da dele.
Assim como o protagonista nenhum dos outros personagens conseguiu ser surpreendente ou fugir dos clichês que se esperam dos filmes deste gênero, com exceção da princesa, que em minha opinião merece ser citada, ela foge daquele estereotipo da princesa indefesa e obediente, mas também não chega a se encaixar na moda atual das mocinhas destemidas, como a Merida de Valente ou a Katniss de Jogos Vorazes, ela é um meio termo.
Logo a história dá uma guinada quando os infames gigantes entram em cena, todas as risadas que dei durante a exibição do filme foram por causa deles, sem falar que eles acrescentaram mais ação e agilidade no enredo, o que dá até pra disfarçar a trama fraca. No início eu achei o visual deles muito estranho, mas logo percebi que eles foram criados daquela maneira rudimentar para dar ênfase no quanto eles são primitivos quando comparados aos humanos, como se eles estivessem milênios atrasados na evolução das espécies. O clímax do filme é realmente bom, o conflito entre os gigantes e os humanos é muito empolgante e enche os olhos, então no fim valeu a pena tê-lo assistido.
Resumindo, o filme é divertido e vale a pena ver com o seu grupo de amigos, mas não espere muito dele.
Criar sequências ou prelúdios para filmes clássicos do cinema é sempre perigoso, na maioria das vezes isso ocorre porque o estúdio quer ganhar um dinheiro fácil devido à fama do filme e o resultado acaba não sendo positivo, então vocês me compreendem se eu disser que estava um pouco temeroso com este filme, mas ele acabou atingindo as minhas expectativas.
O início dele, assim como no filme O Mágico de Oz de 1939, é sem cores, a diferença é que nele optaram pelo uso do formato preto e branco enquanto que no filme clássico é usado o sépia, mas o uso dos dois formatos tem o mesmo objetivo segundo a minha interpretação, salientar a grande diferença que existe entre o nosso mundo e o reino de Oz, e eu confesso que não esperava gostar tanto desta falta de cores, apesar de me considerar cinéfilo ainda não me aventurei muito pelos filmes em preto e branco, mas neste filme achei que esse formato ficou realmente charmoso, depois de alguns minutos até me esqueci da total ausência de cores, mas depois dos 20 minutos iniciais somos apresentados à super colorida terra de Oz com seus habitantes peculiares.
Um dos detalhes que me preocupava antes de assistir este filme eram os seus efeitos visuais, em minha opinião efeitos espetaculares não salvam um filme do fracasso, mas mesmo assim gosto quando eles são criados cuidadosamente, e nos trailers existentes eles pareciam estranhamente mal feitos, como se ainda não estivessem finalizados, mas enquanto assistia ao filme eu pensei que esse era o objetivo do estúdio, esses efeitos poucos reais e um tanto caricatos dão ênfase no quanto Oz é um lugar surreal.
O roteiro e os personagens são superficiais, mas isto não é algo ruim no caso deste filme, tudo o que ele pretende ser é uma fábula de fantasia agradável ao público infanto-juvenil, sem ter uma história muito densa ou personagens muitos profundos, e ele cumpriu o seu objetivo, os personagens são totalmente unidimensionais, mas verdadeiramente encantadores, como Michelle Willians, cuja personagem lembra aquelas fadas madrinhas dos contos infantis, enquanto que Mila Kunis e Rachel Weisz se assemelham demais com as bruxas más destes mesmos contos. O Mágico de Oz é o único que foi criado com mais cautela (afinal ele é protagonista), ele tem a sua personalidade bem delineada com muitos defeitos e qualidades, e James Franco se encaixou como uma luva neste papel.
Caso você tenha grandes expectativas para este filme ou por acaso tenha preferência por roteiros mais profundos e inteligentes provavelmente não irá gostar deste filme, mas caso você seja mais flexível e goste de filmes com conteúdo mais infantil com certeza irá apreciá-lo
Um filme com efeitos especiais e figurinos impecáveis, mas com um roteiro medíocre e atores sem talento.
Avatar: A Lenda Aang é com certeza um dos meus animes americanos preferidos, ele tem um lugar reservado no meu coração e sempre que assisto algum de seus episódios sinto muita nostalgia e lembro-me da minha adolescência, e quando descobri que ele ganharia um filme em live-action fiquei muito ansioso para conferir o resultado, infelizmente o filme não atingiu as minhas expectativas e nem ao menos conseguiu ter uma qualidade razoável, pois além de não conseguir adaptar de forma satisfatória os acontecimentos do anime ele não conseguiu transmitir a adrenalina e a emoção que o outro conseguia.
Esta adaptação conseguiu ter êxito em apenas dois quesitos: os figurinos e os efeitos visuais, a equipe não economizou dinheiro e criaram cenários e roupas que são idênticos aos que vemos no programa, uma pena que eles não se esforçaram da mesma maneira para encontrar atores competentes, Noah Ringer é fisicamente perfeito para o papel de Aang, mas a sua interpretação é muito fraca, o mesmo se aplica a Jackson Rathbone (Sokka) e Nicole Peltz (Katara), Dev Patel era o único que parecia ter uma chance de se destacar e surpreender, afinal ele esteve ótimo como o protagonista de Quem Quer Ser um Milionário, mas ele estava muito inexpressivo na pele de Zuko, talvez o ator se saia bem apenas em filmes de drama, e obviamente eu não poderia deixar de citar Cliff Curtis como O Senhor do Fogo Ozai, que foi sem dúvida alguma a atuação mais pífia do filme inteiro, ele não conseguiu demonstrar nem dez por cento da arrogância, do poder e da grandiosidade do personagem.
O roteiro da obra é superficial demais, ao contrário do anime que possui um enredo grande e complexo, e creio que este tenha sido o problema, ele possui muitas informações para serem adaptadas para a tela, então muitos eventos ficaram de fora, sem falar que o ritmo com que os fatos se sucedem é muito acelerado, fazendo com que eu não sentisse emoção alguma ao assisti-lo.
As pessoas que desconhecem o seriado com certeza apreciarão este filme mais do que eu, para os olhos leigos ele deve ser uma agradável aventura épica, um entretenimento para passar o tempo, mas para mim, que já conheço o anime profundamente, não consegui sentir prazer durante a exibição dele, nem quando vi no cinema, nem quando o vi pela segunda vez na televisão recentemente.
Apesar do sucesso modesto nas bilheterias as continuações muito provavelmente não irão acontecer, a recepção dos fãs foi muito fria e acho que a Paramount sabe que as sequências seriam um fracasso, o que é bom, assim podemos varrer este filme para debaixo do tapete e fingir que ele nunca existiu.
Aproveitando o momento em que Glee estava no auge, os diretores e produtores da série decidiram seguir os passos de outros artistas da música pop como Justin Bieber e Katy Perry e realizaram um filme misturando cenas de um show gravado durante a Glee Tour com cenas dos bastidores e relatos de fãs do seriado.
Acredito que não preciso salientar o fato de que este filme é destinado exclusivamente aos fãs de Glee, certo? Não tem lógica alguém que não acompanha a série ou que não tenha pelo menos visto alguns episódios dela tenha vontade de assisti-lo, afinal ele é direcionado especialmente aos fãs que não tiveram a chance de comparecer aos shows da turnê, sem pretensões de atrair mais público para o seriado.
Eu não sou um profissional quando se trata de documentários sobre artistas e cantores pop, o meu conhecimento sobre este gênero se limita ao filme da Katy Perry que vi no ano passado, mas dá pra perceber claramente as diferenças deste para aquele, aqui os fãs possuem um destaque muito maior durante a exibição do filme, e em vez de mostrar detalhadamente a vida, o dia a dia e a carreira dos integrantes do elenco, eles apenas exibem os bastidores daquele show que foi gravado. Eu acredito que o filme tenha sido feito desta maneira porque o elenco da série é muito grande e seria muito difícil condensar a trajetória de todos eles em um filme curto, portanto a maior parte do documentário foi preenchida com filmagens da rotina de certas pessoas que tiveram suas vidas influenciadas e melhoradas pela série, o que é bom mas mesmo assim deixou um certo vazio pois eu gostaria muito de ter aprendido mais sobre a vida de Lea, Cory, Amber, Chris e todos os outros.
Os relatos dos fãs conseguem ser engraçados e comoventes ao mesmo tempo, eles mostram como Glee conseguiu alcançar o seu objetivo de alcançar o público definido como “excluídos” pela sociedade e fazê-los se sentirem felizes e orgulhosos consigo mesmos.
O filme é divertido e assim como a série tem aquele clima leve, animado e dramático nos momentos certos, o elenco demonstra bom humor o tempo todo e está sempre fazendo piadas, o show é muito bom e vários sucessos são tocados (embora algumas músicas não mereçam estar lá), e a melhor parte é que todos têm o seu momento de destaque cantando um solo, com exceção da pobre Jenna Ushkowitz, que infelizmente teve apenas breves participações em algumas canções (tão talentosa e tão pouco aproveitada...)
Não é um filme excelente, é apenas um passatempo para os gleeks poderem se divertir e terem o gostinho de como seria assistir um show de Glee ao vivo.
Esta versão adulta e sangrenta do conto de João e Maria entregou exatamente o que os seus trailers prometiam, um filme divertido sem grandes ambições.
Apesar de ter gostado da premissa do filme e ter ficado interessado em assisti-lo fiquei um pouco receoso de que ele não cumprisse as expectativas, afinal não é sempre que estas versões adultas de contos de fadas acertam, mas felizmente não foi o caso deste, ele não é um filme grandioso nem memorável, mas entregou o que eu esperava dele, um agradável entretenimento por 88 minutos.
Em primeiro lugar vou comentar as atuações, já li algumas pessoas reclamando sobre o desempenho da dupla principal de atores, mas não vi nenhum problema com eles, Jeremy Renner e Gemma Arterton estão bem contidos em suas interpretações mas é porque seus personagens são assim, depois do trauma com a bruxa que tentou comê-los João virou um sujeito caladão e recluso, que geralmente fica no canto dele, e a mesma coisa ocorre com Maria, embora ela seja um pouco mais articulada e expressiva, Famke Janssem estava ótima como bruxa, exibindo ao mesmo tempo muita sensualidade e poder, e foi bom vê-la em um papel de destaque em um filme novamente, pois se eu não me engano desde a trilogia X-Men ela não tem isso.
A trama do filme não foi tão simples quanto eu esperava, eu pensava que tudo giraria em torno da caçada às bruxas, mas felizmente não é apenas isso, o roteirista conseguiu criar um bom enredo com um suspense na medida certa e alguns mistérios envolvendo o passado dos irmãos, mas apesar disso o filme tem falhas bem óbvias, como alguns personagens e certas cenas que poderiam ter sido melhor explorados; as tecnologias que os irmãos desenvolveram que são avançados demais para existir naquela época (eles vivem na Idade Média) e as acrobacias sobre-humanas que os dois conseguiam realizar mesmo tendo sido vítimas de uma surra recentemente, mas nenhuma dessas falhas me incomodou muito, afinal este é um filme feito apenas para divertir o público, sem grandes pretensões, então não fiquei me preocupando com isso, e em compensação existem muitas cenas de ação incríveis para me deixar animado.
Geralmente eu comentaria sobre o 3D do filme, mas eu não o vi neste formato, isso se deve ao fato de que o filme não foi filmado em 3D, e sim convertido na sua pós-produção, o que torna o efeito de tridimensionalidade fraco na maioria absoluta dos casos, então eu decidi não arriscar.
Nota: 7.5
OBS: Será que apenas eu fiquei intrigado com classificação indicativa do filme aqui no Brasil, afinal com a quantidade de violência explícita eu esperava que o limite de idade ficasse pelos 16 ou 18 anos, mas no cinema em que eu assisti era apenas 14.
A animação Detona Ralph abriu o ano com muito estilo e qualidade, todos os personagens do filme são carismáticos e bem construídos e a sua história é repleta de nostalgia, risadas, emoção e é uma verdadeira delícia de se assistir.
Um fato não se pode negar: a Disney sabe chamar a atenção do público quando quer, ela juntou alguns dos personagens mais famosos dos jogos das décadas passadas em um único filme e deu vida a todos eles, algo que obviamente atraiu uma grande massa de pessoas curiosas para os cinemas para conferir o resultado. A estratégia deu certo, mas essa não é a melhor notícia, a animação surpreende e revela ser um deleite para todos os públicos.
O início do filme é muito tranquilo e um pouco parado, mas em compensação é cheio de nostalgia, nós presenciamos uma sessão de terapia com vários vilões de jogos contando as suas histórias, e é verdadeiramente emocionante rever personagens que fizeram parte da minha infância, como Bowser, Pac-man, Kano (de Mortal Kombat) e Sonic (pena que o Mario não apareceu), mas a nostalgia logo fica para trás pois a história vai ficando mais emocionante a cada minuto, Ralph decide sair em busca de uma medalha para poder ser respeitado pelos outros membros de seu jogo e pelo caminho ele encontra muitos personagens cativantes que farão parte do enredo até final, como a Sargento Calhoun e a garotinha Vanellope.
Todos os personagens da trama têm suas personalidades e objetivos bem definidos, sem falar que todos são muito carismáticos o que permite que logo nos afeiçoemos com eles, até mesmo com a garotinha Vanella (a aliada de Ralph no filme), que à primeira vista parece ser insuportavelmente chata, mas que no decorrer do tempo revela ser uma menina determinada, alegre e secretamente amargurada. Felix e a sargento Calhoun são personagens tão diferentes mas que funcionaram muito bem juntos, as passagens em que eles apareciam eram hilárias e algumas das minhas preferidas do filme, e fiquei muito feliz com o destino que os dois tiveram no final.
Os cenários do filme são fantásticos e bem bolados, eles se alternam entre o visual clássico dos jogos de fliperama e os aqueles lugares macabros dos jogos de primeira pessoal atuais como Halo e Mass Efect, mas mesmo assim não justificou o uso do 3D, não como em A Origem dos Guardiões por exemplo, então é mais recomendável vê-lo no formato normal. Em minha visão não houve nenhum defeito grave na animação, mas senti falta de um vilão um pouco mais memorável, pois o antagonista, apesar de gerar muita discórdia e conflitos, não é tão marcante.
Este é um filme para se conferir no cinema, então não percam tempo e assistam, sem falar que vocês terão a chance de ver um curta-metragem muito fofo chamado Avião de Papel.
Esta animação em particular me atraiu a atenção desde a primeira em que eu vi o trailer dela, pois mesmo ela fazendo uso de personagens já muito desgastados pelo cinema (como Papai Noel e Coelhinho da Páscoa) ela parecia ter conseguido criar algo além das velhas histórias que ouvimos sobre estes mitos, e depois de conferir o resultado no cinema eu vi que não estava errado.
O filme tem muitos pontos positivos, como o fato dele não se prender aos estereótipos destes personagens dos contos para crianças, se permitindo a liberdade de quase recriá-los totalmente, o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa deixaram de serem tão fofos e inofensivos para se tornarem guerreiros habilidosos com espadas e bumerangues, a Fada do Dente não é exatamente uma fada e ela não trabalha sozinha, ela tem milhões de fadinhas com aparência de beija-flores trabalhando ao redor do mundo recolhendo os dentes das crianças, Sandman e Jack Frost (duas lendas nem tão famosas aqui no Brasil, mas muito conhecidas no exterior) são, respectivamente, um menino baixinho e gordo que se comunica através de desenhos com sua areia mágica e um adolescente brincalhão e irresponsável, e por último mas não menos importante, Breu, o Bicho-Papão, é um vilão que busca dominar o mundo através do medo e da descrença das criança nos Guardiões, e eu devo dizer: que vilão incrível! Breu é o mais interessante de todos os personagens, todas as vezes que ele aparece com sua voz sedutora e sua postura sombria e maligna eu não conseguia tirar os olhos dele, ele realmente roubava a cena.
O 3D é mais um dos acertos, hoje em dia é raro surgir uma animação que consiga empolgar neste formato, já que nem todas têm uma história que se encaixe bem nele, mas obviamente esta é uma dessas raridades, tudo nela fica mais impressionante em 3D e eu fico feliz por ter visto neste formato, os cenários coloridos e as incríveis batalhas enchem os olhos, então sim, eu recomendo que todos vejam nesse formato.
O único detalhe que me faz ficar um pouquinho decepcionado com a animação é o fato dela não conseguir chegar ao nível da excelência devido ao fato dela querer agradar demais ao público infantil, e devido a isso deixa a desejar na caracterização dos personagens, que poderiam ter me cativado mais se o filme não tivesse apenas 1 hora e meia de duração, e no desfecho da grande luta final, que apesar de ter sido emocionante, poderia ter sido melhor. De qualquer jeito, o resultado final é muito satisfatório e eu recomendo o filme para todos.
Entre Abelhas
3.4 830Demorei a opinar sobre este filme, mas antes tarde do que nunca, lembro muito bem que fui ao cinema querendo ver qualquer coisa para passar o tempo, e só tinha este aqui disponível, não sou fã do Fábio Porchat e nem dos filmes que ele faz, então minhas expectativas estavam bem baixas, e então a surpresa veio, o filme é ótimo! Quem diria que uma história escrita pelo próprio Porchat seria tão profunda e traria temas tão relevantes?
O roteiro tem uma grande metáfora por trás, e apesar de seu desenvolvimento simples e linear, quem o analisar irá perceber que há várias questões pertinentes por detrás dele, como egoísmo, depressão e exclusão social, e também apreciei muito o fato de não ser um filme explícito, os problemas sofridos pelo protagonista Bruno nunca chegam a ser explicados (o real motivo de seu divórcio, o porquê das pessoas estarem se tornando invisíveis), mas pistas são dadas ao longo do caminho, cabendo ao próprio espectador criar suas teorias.
O drama e a comédia andam de mãos dadas durante a película, a condição misteriosa de Bruno é causadora diversas situações engraçadas e trágicas, e apreciei ver que as partes cômicas vinham de forma muito natural, fugindo do padrão besteirol que os filmes de comédia geralmente tem, e os momentos dramáticos são muito bem dirigidos, realmente é possível sentir o desespero do protagonista (nunca considerei o Porchat um bom ator, mas sua atuação aqui é bem coordenada).
O elenco é bom e tem química, descobri posteriormente que todos saíram do Porta dos Fundos, o que explica o entrosamento entre si.
Depois desta pérola digo que espero que Porchat se aventure mais por diferentes gêneros, ele provou para mim que se sai bem fora da comédia e quero ver o que mais ele é capaz de fazer.
Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme
4.0 686 Assista AgoraApesar de não me considerar um fã da turma de “Peanuts” já li muitas tirinhas deles e até assisti o desenho, e não pude deixar de conferir este filme, e como eu esperava, havia um número considerável maior de adultos do que crianças na sessão.
Para alguém que não sabia o que esperar deste filme achei ele uma grata surpresa, é leve e gostoso de se assistir, a história é bem simples e inocente, e isso acaba sendo uma grande qualidade dele, ser encantador com sua simplicidade, não há pretensão de algo épico e grandioso.
A escolha da animação em 3D, ao contrário do tradicional 2D que é a marca dos Peanuts, foi muito boa, ao mesmo tempo que atualizou a animação para os dias atuais ainda assim respeitou os traços clássicos do autor Charles M. Schultz, todos os personagens continuam com suas características dos quadrinhos, a essência deles foi preservada.
Snoopy e o passarinho Woodstock são ótimos alívios cômicos, contudo acho que exageraram um pouco na sua aventura contra o Barão Vermelho, no início era divertido ver as cenas de perseguição, mas logo se tornou cansativo, acho que isso poderia ter sido dispensado ou pelo menos ter ocupado um tempo menor.
O Aprendiz de Feiticeiro
3.0 1,4K Assista AgoraEsse filme até tinha potencial, mas acabou não vingando, os dois pontos positivos dele são os efeitos especiais incríveis (a magia é demonstrada de uma maneira visualmente bela) e a dinâmica entre Nicolas Cage e Alfred Molina, que estão bem a vontade em seus papeis, porém isto não é suficiente para salvar o filme de ser chato.
Apesar de conter um pouco de tudo (comédia, ação e romance) nada empolga de fato, a história é cheia de clichês, o que não é necessariamente um ponto negativo, pois se clichês forem trabalhados da maneira correta podem funcionar, mas aqui isso não ocorre, não consegui me sentir cativado pelo protagonista bobão e sem graça de Jay Baruchel (que além de não ser nem um pouco carismático é péssimo ator) e nem torcer pelo seu romance com a mocinha (Teresa Palmer), até os momentos cômicos não são engraçados de verdade. Creio que o ponto alto do filme seja a batalha dos heróis com o mago chinês e o dragão, porém, mais uma vez, graças aos efeitos especiais belos.
O Aprendiz de Feiticeiro é um filme bem medíocre que falha em entreter o público a que se destina.
Percy Jackson e o Ladrão de Raios
2.8 3,0K Assista AgoraAntes de escrever qualquer coisa sobre este filme eu preciso dizer que estou ciente do quanto os leitores da saga Percy Jackson odeiam essa adaptação pelo fato de ser extremamente infiel ao material de origem e ter deturpado totalmente a trama do jovem semideus, mas, mesmo após ter lido o livro que o inspirou eu não consigo “desgostar” do filme, assisti ele em minha adolescência e lembro o quanto adorei assisti-lo na época, aliás, continuo gostando até hoje, tem um lugarzinho especial em meu coração para ele, e apesar de ser um desastre como adaptação, como filme é excelente, e é assim que pretendo avalia-lo.
A direção é de Chris Columbus, que conquistou minha admiração por ter dirigido os dois primeiros (excelentes) filmes da saga Harry Potter, e ele foi a escolha perfeita para este filme, tendo em vista a sua experiência com aventuras infanto-juvenis, ele criou um filme voltado ao público jovem e cheio de referencias à cultura pop.
A abordagem da mitologia grega durante a película é fascinante, foi um filme que me fez ter mais curiosidade por deuses gregos. Na história existe um equilíbrio muito bom entre as cenas de ação e a comédia, tudo na dose certa, o desenvolvimento é feito de forma ágil e sem enrolação, o que foi uma decisão sensata em minha opinião, já que na trama os personagens estão correndo contra o tempo para resgatar o raio-mestre de Zeus e a mãe de Percy, e o ritmo dinâmico passa a impressão de urgência no espectador.
Os efeitos especiais também são muito bons, as criaturas mitológicas são críveis, e as cenas que se passam fora do mundo humano (como o Tártaro, por exemplo) enchem os olhos de tão lindas.
A escolha do elenco foi muito competente, cada ator se envolveu bem com o seu personagem, dou destaque para Uma Thruman como Medusa, o trio principal tem muita química juntos, o ator Logan Lerman é muito carismático e é impossível não se comover com a história trágica que ele transmitiu com Percy, também adorei Alexandra Daddario, que interpreta Annabeth, uma personagem forte, astuta e inteligente, Grover é o alivio cômico do trio, sempre fazendo piadas espirituosas em momentos de tensão.
Percy Jackson e o Ladrão de Raios é um filme juvenil muito bom, com boas doses de emoção, comédia e ação, agradará qualquer um que não leu o livro, ou que esteja disposto a ignorar que leu (como eu fiz).
No Coração do Mar
3.6 776 Assista AgoraEste é um filme que vi sem nenhuma expectativa e acabou me surpreendendo bastante, sinceramente não conseguia imaginar como uma história que gira em torno de baleias poderia ser interessante, mas surpreendentemente acabei considerando o filme muito bom.
A trama é trágica do início ao fim, acompanhamos o dia a dia de uma tripulação que tem a missão de caçar baleias para conseguir óleo, porém, no decorrer da viagem, muitos infortúnios acontecem, e os marinheiros são levados aos limites da sanidade ao serem confrontados por situações que eu só seria capaz de imaginar nos meus piores pesadelos. A jornada de provações vivida pelos personagens faz o expectador refletir sobre o quanto o corpo e a mente humana são capazes de suportar antes de finalmente sucumbirem.
O elenco do filme é excelente, mas quero dar destaque a dois atores em especial, primeiramente Chris Hemsworth, que nunca havia cativado com suas atuações com o passar dos anos, mas admito que aqui ele se destacou e conseguiu me agradar, entretanto, eu penso que ele poderia arriscar um pouco mais e sair da sua zona de conforto, já que ele sempre acaba interpretando homens durões e destemidos que sempre enfrentam o perigo sem hesitar. Além de Chris, quem tem um bom destaque é Tom Holland, o futuro Homem Aranha do universo Marvel, que já mostra que é bem talentoso e segura a barra que é representar o marujo mais jovem no meio de uma tripulação de adultos.
Apesar do elenco talentoso, eu gostaria que os conflitos apresentados tivessem sido explorados de forma mais profunda, o roteiro mostra uma variedade de subtramas (como o atrito entre o comandante e o primeiro imediato e a vida trágica do órfão Thomas), mas acaba não se aprofundando muito em nada, no fim só o que importa é a caça as baleias, e como consequência os personagens acabaram ficando muito rasos.
No que o roteiro errou os efeitos especiais compensaram, eles são o ponto forte do filme, as cenas de caça às baleias e os ataques da famigerada baleia branca são extraordinários, deu pra perceber que tiveram o cuidado de tornar essas cenas críveis para os olhos humanos, e em nenhum momento achei que elas pareciam artificiais.
Evangelion 3.33: Você (Não) Pode Refazer
3.9 108 Assista AgoraHonestamente, achei meio fraco, esse filme definitivamente não é algo que eu esperava, a história seguiu um rumo estranho e eu não gostei muito.
Como nos filmes anteriores a animação continua muito boa e as batalhas empolgantes, apesar de um pouco confusas em alguns momentos. A relação entre Shinji e Kaworu também é bem interessante de se acompanhar.
Acho que o maior defeito desta sequência é o fato de se focar demais no Shinji, que já não é um protagonista muito bom, e deixar todos os outros personagens de lado (com exceção de Kaworu), depois do ótimo desenvolvimento do trio Shinji-Asuka-Rey tudo foi por agua abaixo aqui. Mari continua sendo uma incógnita, ela conseguiu aparecer ainda menos do que no 2.22 e não faço ideia do motivo dela existir.
Asuka está mais chata do que nunca, por algum motivo ela acha que Shinji deveria saber de tudo o que aconteceu no período de 14 anos, apesar de ele estar preso dentro do EVA 01, e Rey, que não é a mesma Rey dos filmes anteriores, é novamente uma boneca sem sentimentos, ou eu deveria dizer Rey II?
A história é confusa, o que não é algo inédito no universo de Evangelion, mas ao contrário da série e do filme End of Evangelion, onde apesar da confusão tudo era muito envolvente, eu me senti apenas frustrado, somos jogados em um universo muito diferente e não fazemos ideia do que ocorreu direito ou de como os personagens chegaram no ponto em que estão.
Espero que o último filme seja superior e encerre a quadrilogia com chave de ouro, ao contrário do que aconteceu na série.
Victor Frankenstein
3.0 423 Assista AgoraDefinitivamente ouvi muitas opiniões ruins sobre este filme, então estava com um pé atrás quando o assisti, contudo não o achei ruim como diziam, apesar dos seus defeitos (no roteiro, por exemplo) está longe de ser a bomba do ano.
Sem dúvidas o ponto alto do filme são os dois protagonistas, James McVoy sempre se entrega de corpo e alma aos seus papeis, e como era de se esperar ele entrega a melhor atuação da película, e Daniel Radcliffe acabou me surpreendendo bastante, apesar de estar marcado pelo resto da vida em minha mente como o bruxo Harry Potter ele conseguiu fazer uma atuação sólida e logo deixei de lado a lembrança do menino bruxo. As interações entre Victor e Igor durante o filme são ótimas, os dois tem muita química, os seus diálogos são definitivamente os mais interessantes.
Outro acerto fica por conta da caracterização da Londres antiga e dos personagens, que ficaram impecáveis, sem falar que a fotografia é maravilhosa, várias cenas são de encher os olhos pela maneira como foram bem construídas. Visualmente falando posso dizer que o filme é muito bonito. Um detalhe muito criativo usado no filme são os gráficos mostrando a anatomia do ser humano, no meu ponto de vista isso combinou muito bem com o filme e deveria ter sido usado com um pouco mais de frequência.
O roteiro tem um ritmo bem dinâmico, não perde tempo com enrolação, o que é bom na maior parte do tempo, porém, isso se mostra uma faca de gumes e acaba afetando o resultado final, pois algumas partes exigiam um tempo maior para serem bem desenvolvidas, vez ou outra tive o sentimento de que houve uma evolução demasiadamente rápida e não natural da trama e dos seus personagens. Também acho que os conflitos internos de Victor e Igor poderiam ter sido melhor explorados, os dois personagens são interessantes e mereciam um tratamento melhor. A presença do detetive Roderick Turpin pareceu desnecessária para mim, o filme poderia ter transcorrido normalmente sem ele, parecia que enfiaram o personagem ali só para existir um antagonista na trama.
Apesar dos pesares o filme entretêm e eu recomendo.
OBS: Se tiver oportunidade assista legendado, infelizmente a dublagem do falecido Caio César é carente de qualquer emoção e atrapalha na imersão do filme.
Digimon Adventure 02: Digimon Hurricane Touchdown! Supreme Evolution! The Golden …
3.4 10Posso até fazer polêmica ao falar disso, mas, ao contrário de "Our War Game", onde tanto a versão japonesa quanto a brasileira são excelentes (na minha opinião), acho que este filme funcionou muito mais na versão cortada e resumida de "Digimon: O Filme", pois ele é anticlimático do começo ao fim, nada empolga, as batalhas são tediosas, e nada é explicado, na versão nacional, alteraram a trilha sonora para dar mais emoção nas cenas, e até inventaram algumas coisas para dar sentido a trama, pois na versão original nada é explicado.
Afinal, porque o digimon do Wallace ficou mal?
Como Angemon e Angewomon conseguiram evoluir tão fácil para a fase extrema?
Já que conseguiram evoluir porque simplesmente não lutaram contra o inimigo invés de invocar aqueles Digi Ovos?
O que são aqueles Digi Ovos dourados?
Acho que nunca saberemos.
Sem falar que as cenas cortadas não fazem muita falta, já que são apenas enrolação.
Enfim, prefiro reassistir a versão brasileira do que esta aqui.
Digimon Adventure: Our War Game!
4.1 4Excelente, apesar de gostar muito da versão brasileira, essa não fica atrás, mesmo sem a dublagem que todos amamos a qualidade permanece, e é interessante ver que algumas cenas e informações foram cortadas na versão nacional, aqui fica mais fácil entender a história, sem falar que a diferença na trilha sonora na evolução final muda totalmente o tom do filme.
Férias Frustradas
3.2 598 Assista AgoraPrevisível, mas divertido.
Eu diria que apesar desta comédia ser bastante previsível ela tem momentos muito engraçados, como o carro da Albânia parece algo que saiu de um desenho animado, com seus botões indecifráveis que realizam ações malucas, o bullying entre os irmãos, as várias participações especiais
(quis gritar quando vi o Norman Reedus)
da cena da sacola plástica na briga
Não acho o Ed Helms carismático o suficiente para carregar um filme sozinho, não vou muito com a cara dele, mas com tantos personagens em tela (cada um com o seu momento para brilhar) e mais a encantadora Christina Applegate isso não me incomodou durante o filme, todo o elenco teve muita química. Definitivamente recomendo.
Hotel Transilvânia 2
3.6 427 Assista AgoraMediano, assim como o seu antecessor.
Apesar de ter achado o primeiro filme da franquia bem razoável decide dar um voto de confiança nesta sequência, porém o filme mantém o nível do anterior.
Hotel Transilvânia 2 é um filme que funciona muito bem para as crianças, mas não chega a ser muito interessante para os adultos, muitas das piadas são bem forçadas (o momento em que Drácula e seu neto dançam Break é um deles), apenas algumas delas chegam a fazer efeito, tive a impressão de que o filme queria desesperadamente arrancar risadas do público (uma característica que o primeiro não tinha), também senti que o início do filme foi excessivamente rápido.
Apesar de tudo, existem alguns detalhes que são bem interessantes no roteiro, como a interação dos monstros com o mundo moderno e sua tecnologia atual, esse conflito de épocas acaba por gerar situações bem interessantes, enquanto a maioria dos monstros se adequam bem aos humanos e seus costumes e vice versa, alguns não gostam muito dessa mistura, a trilha sonora é muito boa também, composta de uma seleção de músicas dançantes e alegres. A discussão com relação ao preconceito também foi bem colocada, o grande problema é que o desfecho para essa questão foi o pior possível
(como manter o papo de que não importa ser vampiro, humano, unicórnio, se Dennis consegue afinal se tornar vampiro).
Resumindo, apesar de ser agradável, não espere muito dessa animação.
OBS: Sabe a cena que a Mavis aparece nas câmeras de segurança da loja? Aquilo não seria um furo no roteiro? Nos filmes os vampiros não aparecem em espelhos, não deveria ser a mesma coisa com as câmeras?
Neon Genesis Evangelion: Morte e Renascimento
3.9 49 Assista AgoraSe tem uma palavra que resume esse filme é: desnecessário. Sempre achei aqueles episódios especiais que resumiam a história de uma série/anime totalmente irrelevantes, é muito mais prazeroso assistir o anime inteiro do que um simples resumo sobre ele. O pior é no momento que a recapitulação termina, os créditos sobem, e depois tem um intervalo de 5 minutos (???) e então a meia hora inicial do filme The End of Evangelion. Ora, porque eu iria assistir essa meia hora se eu posso simplesmente pegar/baixar o filme completo e assistir de uma vez?
Mesmo sendo fã do universo de Evangelion não consigo achar motivos para assistir esse filme novamente ou achá-lo relevante para entender melhor a trama.
Evangelion 2.22: Você (Não) Pode Avançar
4.3 95 Assista AgoraDefinitivamente melhor do que o primeiro Rebuild, enquanto aquele servia mais uma homenagem ao anime, já que era um resumo dos 6 primeiros episódios, este aqui começa a seguir rumos diferentes, e sua trama vai aos poucos de distanciando da original, devo dizer que o que mais gostei nesse filme foi o desenvolvimento dos personagens, Asuka foi suavizada e agora está mais aberta para as outras pessoas, Rei está mais humana, não é mais uma simples boneca sem emoções, agora ela se preocupa com seus amigos,
achei a atitude dela de convidar todos para um jantar muito fofo,
Só não dou uma nota mais alta pois dois grandes momentos do filme foram arruinados pela trilha sonora tosca escolhida,
estes momentos seriam quando a Unidade 01 destrói a unidade 03 e na hora que Shinji salva Rei de dentro do anjo,
Apesar dos defeitos citados, o filme com certeza é muito bom e merece ser assistido pelos fãs de Evangelion.
Evangelion: 1.11 Você (Não) Está Sozinho
4.2 106 Assista AgoraApesar de que no filme tudo é mais corrido do que na série, devido ao tempo, definitivamente vale a pena ser visto, assistir Evangelion com essa qualidade aprimorada é de encher os olhos, tudo foi melhorado de forma significativa, os anjos estão melhores do jamais estiverem e as batalhas foram deslumbrantes. Porém, o filme serve apenas como um resumo dos 6 primeiros episódios, então eu recomendo não ir com muitas expectativas em cima dele.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraVisualmente deslumbrante e dramático.
A primeira característica que me vem na mente na hora de abordar este filme são os efeitos especiais, que são um verdadeiro show, cenas realmente grandiosas guiam o filme do início ao fim, um verdadeiro espetáculo visual, se no filme anterior de 2006 uma grande reclamação foi a falta de cenas de ação, aqui tem de sobra. As cenas de lutas são muito bem coreografadas e são muito brutas, não esperava ver tanta violência em um filme do Superman.
Em segundo lugar devo dizer que o visual dessaturado e levemente sombrio do filme foram uma boa escolha (até mesmo o uniforme do herói é diferente, mais discreto, moderno), afinal todos estamos acostumados a ver o universo do Homem de Aço como algo muito colorido, tanto é que todos os filmes baseado nele (tanto os do Christopher Reeve quanto o do Brandon Routh) e até mesmo a série Smallville seguem essa visão, em minha opinião abordar este universo de uma forma diferente foi uma boa escolha.
A maneira como contam a trajetória do personagem também é interessante, logo depois de conhecer o planeta Krypton e presenciar a sua destruição, a trama dá um salto e passamos a acompanhar a vida do protagonista já adulto, e conforme a história transcorre vemos flashbacks de alguns momentos da infância de Clark que foram importantes para moldar a sua personalidade, como por exemplo a sua relação com seus pais adotivos e os valores morais passados a ele, assim vemos toda a história do personagem de forma resumida e dinâmica sem perder tempo com enrolação, porém, algumas vezes essas transições bruscas entre o passado e o presente atrapalham na criação da atmosfera do filme, visto que nos flashbacks eles optaram por dar um ritmo mais calmo e dramático, enquanto que no presente tudo é mais acelerado.
Algo que me incomodou foi a personagem Lois Lane, que foi encaixada de maneira desleixada e forçada na trama, parece que quiseram dar um grande destaque para ela e em favor disso criaram alguns argumentos fracos e situações forçadas para justificar a presença dela em grande parte do filme.
Devo dizer que todos os atores estão excelentes em seus papeis, e que Henry Cavill conseguiu convencer mais como Superman do que o seu antecessor Brandon Routh, que mantinha um semblante imperturbavelmente sereno o filme inteiro, enquanto que Cavill consegue brilhar em seus momentos dramáticos e raivosos, porém, espero que nos próximos filmes ele consiga passar aos espectadores aquela sensação de deslumbramento que o Superman possui.
Nota: 8.0
A Hospedeira
3.2 2,2KConfira muitas críticas de filmes no meu blog:
Aviso: esta crítica é destinada especialmente para aquelas pessoas que já lerem o livro A Hospedeira e desejam conhecer a minha opinião sobre a adaptação, pois a análise que eu farei dela será feita através de comparações com a obra, então se você procura uma crítica que analise unicamente o filme, sem comparações com o livro, este texto provavelmente não agradará você.
Quando eu descobri que o livro A Hospedeira seria adaptado para os cinemas eu não fiquei nem um pouco feliz, tive medo que destruíssem uma das melhores obras que eu já li na vida, um livro que mescla romance e ficção científica na medida certa, que tem personagens marcantes e carismáticos e que contém muitas reflexões sobre o amor e a humanidade, e a ideia de transportar um livro que é tão denso e complexo pros cinemas não me agradava, já que seria uma tarefa muito difícil e os grandes estúdios hoje em dia não são exatamente reconhecidos por seu grande zelo e cuidado nas adaptações de livros que chegam aos cinemas, e como a obra é de autoria de Stephenie Meyer, havia o perigo de a tratarem apenas como um “Crepúsculo com alienígenas”, e criar um filme com apenas muito romance para agradar as meninas pré-adolescentes, mas eu confesso a todos vocês que felizmente as minhas más previsões não se cumpriram.
Quando o filme iniciou-se eu tinha as piores expectativas possíveis, eu realmente não esperava que nada de positivo viesse dele, mas de acordo com que ele era projetado ele foi me conquistando aos pouquinhos, assim como ocorreu com o livro, e quando ele terminou eu cheguei à seguinte conclusão: ela não foi uma adaptação perfeita, mas conseguiu trazer de volta a maior parte das emoções que eu senti quando li o livro.
Saoirse Ronan, assim como eu já esperava, se saiu muitíssimo bem como a protagonista, mas isso não foi surpresa afinal ela é uma atriz talentosíssima e até foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante quando tinha 13 anos pelo filme Desejo e Reparação, então eu sabia que ela faria um bom trabalho com um personagem tão difícil quanto Melanie/Peregrina, mesmo não possuindo o físico da personagem descrito no livro. William Hurt não se parece nada com o Jeb que eu imaginei, mas assim como ocorreu com Saoirse isso não foi um problema, o seu desempenho nesse papel foi ótimo e totalmente fiel ao personagem. Jake Abel foi uma surpresa, eu não simpatizava com o ator e nem esperava que ele conseguisse me conquistar da maneira como Ian conseguiu no livro, mas ele estava especialmente carismático neste filme e obteve êxito em mostrar a amabilidade infinita do personagem, ganhou o meu respeito.
O roteiro conseguiu resumir os eventos do livro de maneira satisfatória, mesmo com vários acontecimentos e personagens deixados de lado o resultado final foi contentador, ele não se limitou em apenas cortar cenas, mas também em adicionar algumas para que os espectadores tenham uma visão mais ampla do universo criado por Meyer e para incluir um pouco da ação que não podemos presenciar no livro devido ao tipo de narrativa optado pela autora em seu livro, por exemplo: as cenas da perseguição implacável da Buscadora, devido a narração em primeira pessoa nós ficamos limitados ao ponto de vista de Peregrina/Melanie, então só podemos presenciar o que ela vivencia, mas no filme não temos este tipo de limitação então podemos acompanhar de perto a busca incansável da Buscadora (interpretada de forma perfeita por Diane Kruger).
Um detalhe que chamou a minha atenção foi o fato de que a maioria dos diálogos foi extraída diretamente do livro, acho que eu nunca vi uma adaptação que tivesse feito algo assim, geralmente boa parte das falas dos personagens se perde durante o processo de adaptação, mas cerca de uns 70% dos diálogos originais estava lá, e creio que este foi o principal detalhe que auxiliou na minha imersão no filme, afinal não é isso que todo leitor deseja, ter trechos inteiros do seu livro preferido copiados na íntegra em sua adaptação.
Encontrei poucos defeitos na película, o principal deles foi a aparência das Almas, que eram excessivamente brilhante e pouco reais, nem pareciam seres vivos de verdade, eu preferia que o visual escolhido fosse menos espalhafatoso. Em segundo lugar, não é possível criar um vínculo emocional tão grande com os todos os personagens da trama da mesma forma como ocorre no livro, nele, tínhamos todo o tempo do mundo para construir um sentimento de amor ou ódio por cada um deles, mas devido ao tempo limitado do filme isso não ocorreu, então Kyle, que eu tanto odiei no livro acabou passando despercebido na adaptação, e Ian e Jeb, que são meus personagens preferidos, não têm tanto destaque.
Eu poderia escrever muito mais neste texto sobre as minhas impressões, mas acredito que já falei os tópicos mais importantes e não quero deixar essa crítica com aparência de uma monografia, espero que tenham entendido o meu ponto de vista.
Nota: 9.0
Os Croods
3.7 1,1K Assista AgoraConfira muitas críticas de filmes no meu blog:
Unindo uma trama inteligente com personagens engraçados e carismáticos Os Croods é garantia de diversão
Da minha lista de filmes mais aguardados deste ano Os Croods com certeza era o que mais criava ansiedade em mim, eu tinha a impressão de que ele seria um dos melhores filmes do ano, porém, devido ao grande número de filmes que eu queria ver no mês de Abril quase que eu perco a minha oportunidade de vê-lo no cinema, mas felizmente a sorte decidiu ficar do meu lado e eu o vi quando estava quase saindo de cartaz, eu o apreciei e gostei muito da mensagem por detrás de seu roteiro, mas não consegui deixar de ficar um pouquinho decepcionado pois esperava mais.
Assim como já era possível constatar no trailer e na sinopse do filme o enredo tem como inspiração o Conto da Caverna do filósofo Platão, aquele em que pessoas vivem presas em uma caverna e tem uma opinião equivocada do mundo externo, até que um deles consegue escapar e conhecer o mundo como ele realmente é, mas quando volta para contar para os seus amigos a sua descoberta corria o perigo de ser ignorado e até assassinado, obviamente a história foi adaptada para ter um tom mais leve e infantil e possuir um desfecho feliz, mas mesmo assim a mensagem principal do conto continua lá, o que já foi suficiente para fazer o filme ganhar a minha simpatia, pois é justamente isso que o cinema precisa, de filmes com conteúdo.
Todos os integrantes da família Crood são adoráveis, é impossível não criar algum afeto por eles, e apesar de alguns membros serem mais explorados e desenvolvidos no decorrer da história do que outros, todos tem a sua personalidade bem delineada, e assim como em toda família eles possuem muitas diferenças, o que geralmente causa, para o nosso deleite, vários conflitos entre eles, já que todas essas brigas são hilárias.
O mundo pré-histórico criado para o filme pode causar estranheza em algumas pessoas devido aos seus animais e cenários coloridos e peculiares, claramente a equipe de arte do filme optou por não seu fiel a realidade e recriaram tudo do zero, o que é bom pois em minha visão isso deixará tanto as crianças quanto os adultos tão interessados e fascinados por aquele mundo novo quanto a família Crood ficou quando o encontrou.
O filme é divertido e bem leve, mas depois de assisti-lo senti que faltou alguma coisa, devido as minhas expectativas e as críticas que li sobre ele esperava um filme marcante e que entrasse para a minha lista de favoritos, o que não ocorreu, mas da mesma maneira o recomendo para todos.
Nota: 8.5
Jack, o Caçador de Gigantes
3.0 891 Assista AgoraConfira muitas críticas de filmes no meu blog:
Um filme com uma história fraca, mas que se salva por causa de seu humor e suas grandiosas batalhas
Uma das maiores tendências do mundo cinematográfico atualmente é a de adaptar contos de fadas, Jack o Caçador de Gigantes é a terceira adaptação de histórias infantis que chegou aos cinemas este ano, logo depois de Oz e João e Maria. Esta moda ganhou força em 2010 quando Alice no País das Maravilhas de Tim Burton alcançou a incrível marca de 1 bilhão de dólares em bilheteria, e como o estúdios não perdem uma chance de ganhar dinheiro todos eles se apressaram para elaborar o seu próprio filme baseado em um conto de fadas. Apesar de ter gostado das versões que criaram para estes contos até agora, tenho que concordar que o mercado já está saturado com elas, foram muitos filmes deste tipo lançados em pouco tempo, e apesar de todos terem sido bons nenhum foi espetacular ou marcante para mim ou para a história do cinema, e esse Jack não foge da regra.
Minhas primeiras impressões sobre o filme não foras as melhores, achei o roteiro fraco e um pouco tedioso, apesar da trama do conto original ter sido estendida e ter sofrido alterações para torná-la mais detalhada não parecia que havia muito com o que trabalhar, sem falar que ele tem aquele clima dos filmes que passam à tarde na televisão aberta, Jack é o típico herói que deseja conquistar a garota que ama, mas infelizmente existem alguns empecilhos na sua frente, como o fato dela já ter sido prometida para outro homem e dela viver em uma realidade totalmente diferente da dele.
Assim como o protagonista nenhum dos outros personagens conseguiu ser surpreendente ou fugir dos clichês que se esperam dos filmes deste gênero, com exceção da princesa, que em minha opinião merece ser citada, ela foge daquele estereotipo da princesa indefesa e obediente, mas também não chega a se encaixar na moda atual das mocinhas destemidas, como a Merida de Valente ou a Katniss de Jogos Vorazes, ela é um meio termo.
Logo a história dá uma guinada quando os infames gigantes entram em cena, todas as risadas que dei durante a exibição do filme foram por causa deles, sem falar que eles acrescentaram mais ação e agilidade no enredo, o que dá até pra disfarçar a trama fraca. No início eu achei o visual deles muito estranho, mas logo percebi que eles foram criados daquela maneira rudimentar para dar ênfase no quanto eles são primitivos quando comparados aos humanos, como se eles estivessem milênios atrasados na evolução das espécies. O clímax do filme é realmente bom, o conflito entre os gigantes e os humanos é muito empolgante e enche os olhos, então no fim valeu a pena tê-lo assistido.
Resumindo, o filme é divertido e vale a pena ver com o seu grupo de amigos, mas não espere muito dele.
Nota: 7.5
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraConfira muitas críticas de filmes no meu blog:
Agradável para os olhos, a mente e o coração.
Criar sequências ou prelúdios para filmes clássicos do cinema é sempre perigoso, na maioria das vezes isso ocorre porque o estúdio quer ganhar um dinheiro fácil devido à fama do filme e o resultado acaba não sendo positivo, então vocês me compreendem se eu disser que estava um pouco temeroso com este filme, mas ele acabou atingindo as minhas expectativas.
O início dele, assim como no filme O Mágico de Oz de 1939, é sem cores, a diferença é que nele optaram pelo uso do formato preto e branco enquanto que no filme clássico é usado o sépia, mas o uso dos dois formatos tem o mesmo objetivo segundo a minha interpretação, salientar a grande diferença que existe entre o nosso mundo e o reino de Oz, e eu confesso que não esperava gostar tanto desta falta de cores, apesar de me considerar cinéfilo ainda não me aventurei muito pelos filmes em preto e branco, mas neste filme achei que esse formato ficou realmente charmoso, depois de alguns minutos até me esqueci da total ausência de cores, mas depois dos 20 minutos iniciais somos apresentados à super colorida terra de Oz com seus habitantes peculiares.
Um dos detalhes que me preocupava antes de assistir este filme eram os seus efeitos visuais, em minha opinião efeitos espetaculares não salvam um filme do fracasso, mas mesmo assim gosto quando eles são criados cuidadosamente, e nos trailers existentes eles pareciam estranhamente mal feitos, como se ainda não estivessem finalizados, mas enquanto assistia ao filme eu pensei que esse era o objetivo do estúdio, esses efeitos poucos reais e um tanto caricatos dão ênfase no quanto Oz é um lugar surreal.
O roteiro e os personagens são superficiais, mas isto não é algo ruim no caso deste filme, tudo o que ele pretende ser é uma fábula de fantasia agradável ao público infanto-juvenil, sem ter uma história muito densa ou personagens muitos profundos, e ele cumpriu o seu objetivo, os personagens são totalmente unidimensionais, mas verdadeiramente encantadores, como Michelle Willians, cuja personagem lembra aquelas fadas madrinhas dos contos infantis, enquanto que Mila Kunis e Rachel Weisz se assemelham demais com as bruxas más destes mesmos contos. O Mágico de Oz é o único que foi criado com mais cautela (afinal ele é protagonista), ele tem a sua personalidade bem delineada com muitos defeitos e qualidades, e James Franco se encaixou como uma luva neste papel.
Caso você tenha grandes expectativas para este filme ou por acaso tenha preferência por roteiros mais profundos e inteligentes provavelmente não irá gostar deste filme, mas caso você seja mais flexível e goste de filmes com conteúdo mais infantil com certeza irá apreciá-lo
Nota: 8.0
O Último Mestre do Ar
2.7 2,1K Assista AgoraConfira muitas críticas de filmes no meu blog:
Um filme com efeitos especiais e figurinos impecáveis, mas com um roteiro medíocre e atores sem talento.
Avatar: A Lenda Aang é com certeza um dos meus animes americanos preferidos, ele tem um lugar reservado no meu coração e sempre que assisto algum de seus episódios sinto muita nostalgia e lembro-me da minha adolescência, e quando descobri que ele ganharia um filme em live-action fiquei muito ansioso para conferir o resultado, infelizmente o filme não atingiu as minhas expectativas e nem ao menos conseguiu ter uma qualidade razoável, pois além de não conseguir adaptar de forma satisfatória os acontecimentos do anime ele não conseguiu transmitir a adrenalina e a emoção que o outro conseguia.
Esta adaptação conseguiu ter êxito em apenas dois quesitos: os figurinos e os efeitos visuais, a equipe não economizou dinheiro e criaram cenários e roupas que são idênticos aos que vemos no programa, uma pena que eles não se esforçaram da mesma maneira para encontrar atores competentes, Noah Ringer é fisicamente perfeito para o papel de Aang, mas a sua interpretação é muito fraca, o mesmo se aplica a Jackson Rathbone (Sokka) e Nicole Peltz (Katara), Dev Patel era o único que parecia ter uma chance de se destacar e surpreender, afinal ele esteve ótimo como o protagonista de Quem Quer Ser um Milionário, mas ele estava muito inexpressivo na pele de Zuko, talvez o ator se saia bem apenas em filmes de drama, e obviamente eu não poderia deixar de citar Cliff Curtis como O Senhor do Fogo Ozai, que foi sem dúvida alguma a atuação mais pífia do filme inteiro, ele não conseguiu demonstrar nem dez por cento da arrogância, do poder e da grandiosidade do personagem.
O roteiro da obra é superficial demais, ao contrário do anime que possui um enredo grande e complexo, e creio que este tenha sido o problema, ele possui muitas informações para serem adaptadas para a tela, então muitos eventos ficaram de fora, sem falar que o ritmo com que os fatos se sucedem é muito acelerado, fazendo com que eu não sentisse emoção alguma ao assisti-lo.
As pessoas que desconhecem o seriado com certeza apreciarão este filme mais do que eu, para os olhos leigos ele deve ser uma agradável aventura épica, um entretenimento para passar o tempo, mas para mim, que já conheço o anime profundamente, não consegui sentir prazer durante a exibição dele, nem quando vi no cinema, nem quando o vi pela segunda vez na televisão recentemente.
Apesar do sucesso modesto nas bilheterias as continuações muito provavelmente não irão acontecer, a recepção dos fãs foi muito fria e acho que a Paramount sabe que as sequências seriam um fracasso, o que é bom, assim podemos varrer este filme para debaixo do tapete e fingir que ele nunca existiu.
Nota: 5.0
Glee 3D: O Filme
3.5 431Confira muitas críticas de filmes no meu blog:
Aproveitando o momento em que Glee estava no auge, os diretores e produtores da série decidiram seguir os passos de outros artistas da música pop como Justin Bieber e Katy Perry e realizaram um filme misturando cenas de um show gravado durante a Glee Tour com cenas dos bastidores e relatos de fãs do seriado.
Acredito que não preciso salientar o fato de que este filme é destinado exclusivamente aos fãs de Glee, certo? Não tem lógica alguém que não acompanha a série ou que não tenha pelo menos visto alguns episódios dela tenha vontade de assisti-lo, afinal ele é direcionado especialmente aos fãs que não tiveram a chance de comparecer aos shows da turnê, sem pretensões de atrair mais público para o seriado.
Eu não sou um profissional quando se trata de documentários sobre artistas e cantores pop, o meu conhecimento sobre este gênero se limita ao filme da Katy Perry que vi no ano passado, mas dá pra perceber claramente as diferenças deste para aquele, aqui os fãs possuem um destaque muito maior durante a exibição do filme, e em vez de mostrar detalhadamente a vida, o dia a dia e a carreira dos integrantes do elenco, eles apenas exibem os bastidores daquele show que foi gravado. Eu acredito que o filme tenha sido feito desta maneira porque o elenco da série é muito grande e seria muito difícil condensar a trajetória de todos eles em um filme curto, portanto a maior parte do documentário foi preenchida com filmagens da rotina de certas pessoas que tiveram suas vidas influenciadas e melhoradas pela série, o que é bom mas mesmo assim deixou um certo vazio pois eu gostaria muito de ter aprendido mais sobre a vida de Lea, Cory, Amber, Chris e todos os outros.
Os relatos dos fãs conseguem ser engraçados e comoventes ao mesmo tempo, eles mostram como Glee conseguiu alcançar o seu objetivo de alcançar o público definido como “excluídos” pela sociedade e fazê-los se sentirem felizes e orgulhosos consigo mesmos.
O filme é divertido e assim como a série tem aquele clima leve, animado e dramático nos momentos certos, o elenco demonstra bom humor o tempo todo e está sempre fazendo piadas, o show é muito bom e vários sucessos são tocados (embora algumas músicas não mereçam estar lá), e a melhor parte é que todos têm o seu momento de destaque cantando um solo, com exceção da pobre Jenna Ushkowitz, que infelizmente teve apenas breves participações em algumas canções (tão talentosa e tão pouco aproveitada...)
Não é um filme excelente, é apenas um passatempo para os gleeks poderem se divertir e terem o gostinho de como seria assistir um show de Glee ao vivo.
Nota: 8.0
João e Maria: Caçadores de Bruxas
3.2 2,8K Assista AgoraConfira muitas críticas de filmes no meu blog:
Esta versão adulta e sangrenta do conto de João e Maria entregou exatamente o que os seus trailers prometiam, um filme divertido sem grandes ambições.
Apesar de ter gostado da premissa do filme e ter ficado interessado em assisti-lo fiquei um pouco receoso de que ele não cumprisse as expectativas, afinal não é sempre que estas versões adultas de contos de fadas acertam, mas felizmente não foi o caso deste, ele não é um filme grandioso nem memorável, mas entregou o que eu esperava dele, um agradável entretenimento por 88 minutos.
Em primeiro lugar vou comentar as atuações, já li algumas pessoas reclamando sobre o desempenho da dupla principal de atores, mas não vi nenhum problema com eles, Jeremy Renner e Gemma Arterton estão bem contidos em suas interpretações mas é porque seus personagens são assim, depois do trauma com a bruxa que tentou comê-los João virou um sujeito caladão e recluso, que geralmente fica no canto dele, e a mesma coisa ocorre com Maria, embora ela seja um pouco mais articulada e expressiva, Famke Janssem estava ótima como bruxa, exibindo ao mesmo tempo muita sensualidade e poder, e foi bom vê-la em um papel de destaque em um filme novamente, pois se eu não me engano desde a trilogia X-Men ela não tem isso.
A trama do filme não foi tão simples quanto eu esperava, eu pensava que tudo giraria em torno da caçada às bruxas, mas felizmente não é apenas isso, o roteirista conseguiu criar um bom enredo com um suspense na medida certa e alguns mistérios envolvendo o passado dos irmãos, mas apesar disso o filme tem falhas bem óbvias, como alguns personagens e certas cenas que poderiam ter sido melhor explorados; as tecnologias que os irmãos desenvolveram que são avançados demais para existir naquela época (eles vivem na Idade Média) e as acrobacias sobre-humanas que os dois conseguiam realizar mesmo tendo sido vítimas de uma surra recentemente, mas nenhuma dessas falhas me incomodou muito, afinal este é um filme feito apenas para divertir o público, sem grandes pretensões, então não fiquei me preocupando com isso, e em compensação existem muitas cenas de ação incríveis para me deixar animado.
Geralmente eu comentaria sobre o 3D do filme, mas eu não o vi neste formato, isso se deve ao fato de que o filme não foi filmado em 3D, e sim convertido na sua pós-produção, o que torna o efeito de tridimensionalidade fraco na maioria absoluta dos casos, então eu decidi não arriscar.
Nota: 7.5
OBS: Será que apenas eu fiquei intrigado com classificação indicativa do filme aqui no Brasil, afinal com a quantidade de violência explícita eu esperava que o limite de idade ficasse pelos 16 ou 18 anos, mas no cinema em que eu assisti era apenas 14.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraConfira muitas críticas de filmes no meu blog:
A animação Detona Ralph abriu o ano com muito estilo e qualidade, todos os personagens do filme são carismáticos e bem construídos e a sua história é repleta de nostalgia, risadas, emoção e é uma verdadeira delícia de se assistir.
Um fato não se pode negar: a Disney sabe chamar a atenção do público quando quer, ela juntou alguns dos personagens mais famosos dos jogos das décadas passadas em um único filme e deu vida a todos eles, algo que obviamente atraiu uma grande massa de pessoas curiosas para os cinemas para conferir o resultado. A estratégia deu certo, mas essa não é a melhor notícia, a animação surpreende e revela ser um deleite para todos os públicos.
O início do filme é muito tranquilo e um pouco parado, mas em compensação é cheio de nostalgia, nós presenciamos uma sessão de terapia com vários vilões de jogos contando as suas histórias, e é verdadeiramente emocionante rever personagens que fizeram parte da minha infância, como Bowser, Pac-man, Kano (de Mortal Kombat) e Sonic (pena que o Mario não apareceu), mas a nostalgia logo fica para trás pois a história vai ficando mais emocionante a cada minuto, Ralph decide sair em busca de uma medalha para poder ser respeitado pelos outros membros de seu jogo e pelo caminho ele encontra muitos personagens cativantes que farão parte do enredo até final, como a Sargento Calhoun e a garotinha Vanellope.
Todos os personagens da trama têm suas personalidades e objetivos bem definidos, sem falar que todos são muito carismáticos o que permite que logo nos afeiçoemos com eles, até mesmo com a garotinha Vanella (a aliada de Ralph no filme), que à primeira vista parece ser insuportavelmente chata, mas que no decorrer do tempo revela ser uma menina determinada, alegre e secretamente amargurada. Felix e a sargento Calhoun são personagens tão diferentes mas que funcionaram muito bem juntos, as passagens em que eles apareciam eram hilárias e algumas das minhas preferidas do filme, e fiquei muito feliz com o destino que os dois tiveram no final.
Os cenários do filme são fantásticos e bem bolados, eles se alternam entre o visual clássico dos jogos de fliperama e os aqueles lugares macabros dos jogos de primeira pessoal atuais como Halo e Mass Efect, mas mesmo assim não justificou o uso do 3D, não como em A Origem dos Guardiões por exemplo, então é mais recomendável vê-lo no formato normal. Em minha visão não houve nenhum defeito grave na animação, mas senti falta de um vilão um pouco mais memorável, pois o antagonista, apesar de gerar muita discórdia e conflitos, não é tão marcante.
Este é um filme para se conferir no cinema, então não percam tempo e assistam, sem falar que vocês terão a chance de ver um curta-metragem muito fofo chamado Avião de Papel.
Nota: 9.0
A Origem dos Guardiões
4.0 1,5K Assista AgoraConfiram muitas críticas de filmes no meu blog:
Esta animação em particular me atraiu a atenção desde a primeira em que eu vi o trailer dela, pois mesmo ela fazendo uso de personagens já muito desgastados pelo cinema (como Papai Noel e Coelhinho da Páscoa) ela parecia ter conseguido criar algo além das velhas histórias que ouvimos sobre estes mitos, e depois de conferir o resultado no cinema eu vi que não estava errado.
O filme tem muitos pontos positivos, como o fato dele não se prender aos estereótipos destes personagens dos contos para crianças, se permitindo a liberdade de quase recriá-los totalmente, o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa deixaram de serem tão fofos e inofensivos para se tornarem guerreiros habilidosos com espadas e bumerangues, a Fada do Dente não é exatamente uma fada e ela não trabalha sozinha, ela tem milhões de fadinhas com aparência de beija-flores trabalhando ao redor do mundo recolhendo os dentes das crianças, Sandman e Jack Frost (duas lendas nem tão famosas aqui no Brasil, mas muito conhecidas no exterior) são, respectivamente, um menino baixinho e gordo que se comunica através de desenhos com sua areia mágica e um adolescente brincalhão e irresponsável, e por último mas não menos importante, Breu, o Bicho-Papão, é um vilão que busca dominar o mundo através do medo e da descrença das criança nos Guardiões, e eu devo dizer: que vilão incrível! Breu é o mais interessante de todos os personagens, todas as vezes que ele aparece com sua voz sedutora e sua postura sombria e maligna eu não conseguia tirar os olhos dele, ele realmente roubava a cena.
O 3D é mais um dos acertos, hoje em dia é raro surgir uma animação que consiga empolgar neste formato, já que nem todas têm uma história que se encaixe bem nele, mas obviamente esta é uma dessas raridades, tudo nela fica mais impressionante em 3D e eu fico feliz por ter visto neste formato, os cenários coloridos e as incríveis batalhas enchem os olhos, então sim, eu recomendo que todos vejam nesse formato.
O único detalhe que me faz ficar um pouquinho decepcionado com a animação é o fato dela não conseguir chegar ao nível da excelência devido ao fato dela querer agradar demais ao público infantil, e devido a isso deixa a desejar na caracterização dos personagens, que poderiam ter me cativado mais se o filme não tivesse apenas 1 hora e meia de duração, e no desfecho da grande luta final, que apesar de ter sido emocionante, poderia ter sido melhor. De qualquer jeito, o resultado final é muito satisfatório e eu recomendo o filme para todos.
Nota: 8.5