Reassisti depois de duas décadas, era criança quando vi pela primeira vez, ainda em VHS. E o curioso é que agora eu tenho a mesma idade que a personagem protagonista, o mesmo estado civil e passei praticamente pelas mesmas experiências que ela e a rival, até mais. Percebo que o filme passa uma mensagem muito simples. A mulher moderna, que priorizou a si mesma e sua carreira, deve ficar sozinha e encalhada na companhia de seu melhor amigo gay, pois ela está com a idade "avançada" de 28 anos e teve muitos namorados, "so many men" como Kimberly enfatiza numa cena. A mulher perfeita é como a rival, interpretada pela jovem Cameron Diaz, pois é bem mais jovem, de família rica, doce, submissa e vai largar tudo, a faculdade de arquitetura, a carreira e seus sonhos, para seguir o noivo em seu emprego medíocre, muito abaixo do padrão de vida com o qual ela está acostumada. Além da aparência padrão de quem foi "cheerleader" no ensino médio,com o cabelo loiro, os olhos azuis: ela é o próprio meme da Barbie, que se popularizou nas eleições de 2018, na versão gringa e noventista. E tem um momento chave, em que os dois discutem o próprio futuro, ele levanta a voz e ela, mesmo tendo razão, chora, implora por perdão, mostrando uma postura subserviente. Além de ver que a Kimberly faz uma renúncia enorme, sabendo que o noivo Michael idolatra a ex, personagem interpretada por Julia Roberts, e jamais se igualará a ela. É de dar pena. Nem vou parar para falar do quanto a história de Julianne e Michael parece ridícula, até mesmo inconcebível. Acho que isso dispensa comentários. É claro que em vários momentos, o roteiro apresenta artifícios para desmerecer Julianne, já que o fato de ser uma personagem feminina, moderna e dona de si não é justificativa o bastante para o público padrão, que quer maniqueísmo semi-digerido. Ela tem que ser apresentada em vários momentos, como desonesta e/ou desequilibrada, além de assumir posturas incoerentes ao longo da conclusão da história. Ela erra, se redime e justifica o enredo, sem perder a simpatia do público. As cenas que George protagoniza, são as melhores do filme. Principalmente a última cena em que ele aparece de surpresa no casamento e consola Julianne com um monólogo incrível. Mas tem algo que ele diz nessa cena, que eu gostaria de enfatizar: quando ele diz que a maioria dos homens solteiros da idade dele, são gays. Homossexuais não podem casar, eles têm que ser solitários ou promíscuos, pela lógica desse e de outros filmes da época, não é mesmo? Sei que a sociedade e suas cobranças eram diferentes nos anos 90, por mais que não seja uma década tão distante assim. Nem vou falar de como os relacionamentos e posturas LGBTs eram abordadas no cinema da época, pois o assunto é extenso, mas é necessário ver que nem os filmes mais "engajados" da época não fugiam tanto desse padrão, como Priscila, A Rainha do Deserto. Enfim, a mensagem passada pelo filme: você não vai ser feliz no amor, nem alcançar a graça divina e obrigatória que é o casamento, se você não se encaixar num padrão heteronormativo e patriarcal. Do contrário, vai envelhecer sozinho(a). No mais é um ótimo filme comercial, com uma bela fotografia nos padrões da época e com um roteiro bem original, eu admito, apesar das críticas que eu acabei de escrever. Acho que Dermot Mulroney não estava a altura, esteticamente falando, para ser disputado por Julia Roberts e Cameron Diaz. E Rupert Everett estava fantástico. Gostei de ver a Cameron Diaz num papel de mocinha meiga, mas acho que ela combina muito mais com personagens sensuais e desequilibradas.
Olha, eu me recuso a acreditar que o Pascal Laugier participou disso, ainda mais como roteirista. Eu não sei, algo me diz que ele devia estar muito desesperado.
Hollywood com sua fascinante criatividade para fazer remakes, sequências e filmes de super heróis. Se continuar assim, não vai sobrar um clássico sequer sem alguma adaptação decadente até o fim da década.
Eu não sei o que a Natalia está tentando fazer nesta temporada, mas é melhor ela parar, porque não está dando certo. E acho que retomar ao formato antigo sem a Carol e o Diogo pode ser um grande erro. :/
Titãs (1ª Temporada)
3.8 443 Assista AgoraEu me acostumei tanto com Teen Titans da Cartoon Network, que achei a série um dramalhão sem graça e esse Robin muito sem carisma.
O Casamento do Meu Melhor Amigo
3.4 901 Assista AgoraReassisti depois de duas décadas, era criança quando vi pela primeira vez, ainda em VHS. E o curioso é que agora eu tenho a mesma idade que a personagem protagonista, o mesmo estado civil e passei praticamente pelas mesmas experiências que ela e a rival, até mais. Percebo que o filme passa uma mensagem muito simples.
A mulher moderna, que priorizou a si mesma e sua carreira, deve ficar sozinha e encalhada na companhia de seu melhor amigo gay, pois ela está com a idade "avançada" de 28 anos e teve muitos namorados, "so many men" como Kimberly enfatiza numa cena. A mulher perfeita é como a rival, interpretada pela jovem Cameron Diaz, pois é bem mais jovem, de família rica, doce, submissa e vai largar tudo, a faculdade de arquitetura, a carreira e seus sonhos, para seguir o noivo em seu emprego medíocre, muito abaixo do padrão de vida com o qual ela está acostumada. Além da aparência padrão de quem foi "cheerleader" no ensino médio,com o cabelo loiro, os olhos azuis: ela é o próprio meme da Barbie, que se popularizou nas eleições de 2018, na versão gringa e noventista. E tem um momento chave, em que os dois discutem o próprio futuro, ele levanta a voz e ela, mesmo tendo razão, chora, implora por perdão, mostrando uma postura subserviente. Além de ver que a Kimberly faz uma renúncia enorme, sabendo que o noivo Michael idolatra a ex, personagem interpretada por Julia Roberts, e jamais se igualará a ela. É de dar pena.
Nem vou parar para falar do quanto a história de Julianne e Michael parece ridícula, até mesmo inconcebível. Acho que isso dispensa comentários.
É claro que em vários momentos, o roteiro apresenta artifícios para desmerecer Julianne, já que o fato de ser uma personagem feminina, moderna e dona de si não é justificativa o bastante para o público padrão, que quer maniqueísmo semi-digerido. Ela tem que ser apresentada em vários momentos, como desonesta e/ou desequilibrada, além de assumir posturas incoerentes ao longo da conclusão da história. Ela erra, se redime e justifica o enredo, sem perder a simpatia do público.
As cenas que George protagoniza, são as melhores do filme. Principalmente a última cena em que ele aparece de surpresa no casamento e consola Julianne com um monólogo incrível. Mas tem algo que ele diz nessa cena, que eu gostaria de enfatizar: quando ele diz que a maioria dos homens solteiros da idade dele, são gays. Homossexuais não podem casar, eles têm que ser solitários ou promíscuos, pela lógica desse e de outros filmes da época, não é mesmo?
Sei que a sociedade e suas cobranças eram diferentes nos anos 90, por mais que não seja uma década tão distante assim. Nem vou falar de como os relacionamentos e posturas LGBTs eram abordadas no cinema da época, pois o assunto é extenso, mas é necessário ver que nem os filmes mais "engajados" da época não fugiam tanto desse padrão, como Priscila, A Rainha do Deserto.
Enfim, a mensagem passada pelo filme: você não vai ser feliz no amor, nem alcançar a graça divina e obrigatória que é o casamento, se você não se encaixar num padrão heteronormativo e patriarcal. Do contrário, vai envelhecer sozinho(a).
No mais é um ótimo filme comercial, com uma bela fotografia nos padrões da época e com um roteiro bem original, eu admito, apesar das críticas que eu acabei de escrever. Acho que Dermot Mulroney não estava a altura, esteticamente falando, para ser disputado por Julia Roberts e Cameron Diaz. E Rupert Everett estava fantástico.
Gostei de ver a Cameron Diaz num papel de mocinha meiga, mas acho que ela combina muito mais com personagens sensuais e desequilibradas.
O Que Há de Novo, Scooby-Doo? (1ª Temporada)
4.0 21A abertura com o Simple Plan é quase um clássico comtemporâneo. "What's New Scooby Doo? We're coming after you. You're gonna solve that mystery..."
Distorções da Memória
3.2 1Disponível para visualização no vimeo: https://vimeo.com/16943878
A Marca da Pantera
3.2 138Malcolm McDowell sendo Malcolm McDowell. ♥
Martírio
2.1 285 Assista AgoraOlha, eu me recuso a acreditar que o Pascal Laugier participou disso, ainda mais como roteirista. Eu não sei, algo me diz que ele devia estar muito desesperado.
Hot Love
3.0 2Senti uma pegada de Cinema of Transgression.
Zumbis na Neve 2
3.5 127Só tem um erro aí, desde quando nazistas derrotam russos? :p
CPM 22: O Vídeo [1995 a 2003]
4.1 4Eu tinha esse DVD, era meu tesourinho. Anos depois vendi num sebo pra comprar cachaça, é a vida.
Ilsa, a Guardiã Perversa da SS
3.1 89Ilsa, a legítima FEMINAZI. ♥
Oh! Rebuceteio
3.2 104É assim que o(a) namorado(a) possessivo(a) vê o seu ensaio teatral: putaria sem propósito.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraMuito bem, agora estou me sentindo depressiva e VELHA. Vou ali tomar meu Rivotril!
Quatro Amigas e um Casamento
2.5 790 Assista AgoraApenas bocejando com o moralismo barato desses comentários. A classe média sofre.
Um Homem Sem Importância
3.9 26Minha vida teve uma adaptação cinematográfica há mais de quarenta anos atrás.
Sonata de Outono
4.5 492"Será que a minha tristeza é a sua satisfação secreta?"
O Corvo
34Hollywood com sua fascinante criatividade para fazer remakes, sequências e filmes de super heróis. Se continuar assim, não vai sobrar um clássico sequer sem alguma adaptação decadente até o fim da década.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraEstou esperando o Alejandro Jodorowsky fazer sua versão do Mágico de Oz, porque a do Sam Raimi...
Nekromantik
2.9 235Bizarre Love Triangle.
Alucarda
3.5 217 Assista AgoraQuase estourou os meus timpanos.
Um Quarto em Roma
3.4 503Tô apaixonada.
Amor Estranho Amor
2.7 420Quero um remake dirigido pelo Almodóvar, pfvr!
O Voyeur
3.1 31Pornô com história.
Paris-Manhattan
3.4 391 Assista AgoraFico imaginando como o filme seria se a protagonista fosse obcecada pelo David Lynch...
Adorável Psicose (4ª Temporada)
3.8 35Eu não sei o que a Natalia está tentando fazer nesta temporada, mas é melhor ela parar, porque não está dando certo. E acho que retomar ao formato antigo sem a Carol e o Diogo pode ser um grande erro. :/