Ted Silva Dantas

Pois é, Spielberg faz muito cine pipoca, mas também sabe fazer um clássico profundo. Tem que tirar o chapéu.

É divertido. Também traz uma série de críticas sociais. Capitalistas, políticos, psicólogos, gurus, direitos humanos, sobra pra todo mundo. Mas a discussão mais interessante que ele traz é "Que tipo de ser humano não enlouqueceria totalmente se transportado para o interior de uma máquina?" Somente uma pessoa muito, muito boa, honesta e solidária, enfim um herói, ou alguém muito mau, viciado em poder e sem escrúpulos, um vilão absoluto. Não há espaço para um meio termo.

O problema é que essas ideias são executadas de modo muito apressado e uma na sequência da outra, mal dá pra digerir uma e lá vem um capítulo novo do roteiro, colocando uma situação totalmente nova.

Bem, as cenas são divertidas. E isso já salva o filme. Mas poderia ter mais gore.

Não é meu tipo de filme. Nada contra filmes que trabalham o bizarro. Gosto de alguns bizarros do passado, tal qual o que falo. Mas este em particular não me cativou. Parece apenas o bizarro pelo bizarro, sem nada a acrescentar, nenhum contexto, só uma alucinação muito grotesca e de serventia pra quem ama.