Apesar do ritmo acelerado da obra, de personagens que poderiam ter sido mais bem desenvolvidos, o filme de Wolf Rilla consegue prender o telespectador durante boa parte do tempo - digo isto, pois os minutos finais não foram nada mais do que o imaginado. O ponto alto são as atuações. Fico na ansiedade pra assistir, assim que possível, o remake de Carpenter e tentar fazer uma análise mais qualitativa sobre ambas as obras.
À Nous la Liberté, produzido em 1931 pelo diretor René Clair, é uma sátira sobre a sociedade capitalista da época que, através de um modelo de produção alienante e repetitivo, tornava a vida dos operários semelhante ao encarceramento. Genial analogia das condições dentro das fábricas com a de uma prisão, onde as condições de trabalho seguiam um ritmo militar de disciplina e submissão.
Destaco a cena que se passa na esteira de montagem e que mais tarde, em 1936, inspirou Chaplin a produzir "Tempos Modernos". Um filme excelente e necessário principalmente em tempos de acirramento da luta de classes e retirada de direitos.
O tráfico de pessoas é a terceira atividade mais lucrativa no mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. De acordo com dados da Organização Internacional das Migrações (OIM), cerca de 800 mil pessoas são traficadas por ano no mundo e segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) esse crime movimenta em torno de 30 bilhões de dólares todos os anos. O Brasil, numa lista de 181 países, é o sexto da lista com maior número de casos de pessoas traficadas e segundo relatório do Ministério da Justiça, o número de denúncias subiu 865% entre 2011 e 2013. 91,5% das vítimas eram crianças e adolescentes e 73,3% eram mulheres. Quando falamos em tráfico de pessoas para fins sexuais, estima-se que 98% das vítimas no mundo sejam mulheres, muitas delas traficadas de países pobres para a Europa. De acordo com a Fundação Francesa Scelles, há cerca de 42 milhões de pessoas em situação de prostituição no mundo, sendo 75% mulheres entre 13 e 25 anos de idade. Em outro relatório, dessa vez elaborado pela organização Treasures sobre a indústria pornográfica, esse mercado movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano, a cada segundo são gastos mais de R$ 10 mil com pornografia. Nos EUA, são lançados 11 mil filmes pornôs por ano e não à toa o país é o maior traficante de mulheres no mundo, tanto na produção, consumo e movimentação dessa indústria. O filme traz de forma objetiva através de três histórias que se cruzam o quanto o tráfico humano, que explora milhares de pessoas pobres no mundo, está vinculado à prostituição e à pornografia. Uma atividade não existe sem a outra. Precisamos começar a nos questionar porque é chocante o tráfico de pessoas, mas a prostituição continua sendo glamourizada e a pornografia alimentada. Porque dois ramos desse enorme mercado são por vezes defendidos e naturalizados? O tráfico humano existe porque há demanda. E a demanda é calculada a cada clique no site pornô. Não há como lutar contra o tráfico de pessoas, sem lutar pelo fim da pornografia e da prostituição. Não há como lutar pela libertação da mulher, sem lutar pelo fim da pornografia e da prostituição. Não há como lutar pela emancipação de um povo, sem lutar contra a terceira indústria que mais explora e assassina!
Um filme sobre memórias e a importância delas pra coletividade.
Trago Comigo não possui nada de extraordinário na fotografia, arte, ou atuações. Mas possui talvez o que se constitua como mais importante pra qualquer obra: a capacidade de fazer pensar, refletir, sentir. A dor e a dificuldade de um ex militante político, que foi preso, torturado e viu seus companheiros e seu grande amor perder a vida nas mãos da ditadura militar fascista no Brasil, tentando resgatar através das suas memórias uma história que precisa e deve ser contada.
Alguns depoimentos de ex presos políticos complementam a narrativa e dão voz àquelas e àqueles que fizeram uma escolha de vida e optaram por lutar por um mundo melhor e mais justo, e que até hoje são ignorados por um Estado que não puniu os torturadores e reproduz a violência policial cotidianamente contra a população pobre e negra.
A memória é, com certeza, o personagem principal do filme. É sobre a importância dela pra construção de uma sociedade que não perpetue os mesmos erros do passado, que não continue tolhendo sonhos, torturando e assassinando.
Em tempos de golpe de Estado e de ascensão do fascismo, é uma obra mais do que necessária.
Fotografia excelente! Ida me lembra porque o cinema é considerado a sétima arte. Um filme para ser apreciado a cada segundo, a cada passagem de cena, a cada expressão das personagens.
É um bom começo para aqueles que pensam que os filmes lentos não valem ser assistidos.
India's Daughter é um retrato não só da situação da mulher na Índia, mas da situação da mulher na sociedade patriarcal e capitalista de hoje. A violência e brutalidade com que as mulheres são tratadas não fazem parte de casos isolados, o estupro e morte de Jyoti se repete incessantemente no mundo inteiro, todos os dias, agora. As estatísticas trazidas durante o documentário deixam isso bem expresso: na Índia, a cada 20 minutos uma mulher é estuprada; no Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos; na África do Sul, há um estupro a cada 26 segundos; e no mundo todo, 1 a cada 5 mulheres já sofreu violência sexual.
Mais do que violência contida no crime, a naturalização com que muitos membros da sociedade interpretam esse tipo de violação é um dos fatores mais aterrorizantes. Os estupradores não sentem culpa, parecem até mesmo não entender a penalização que recai sobre eles, pois, como um deles deixa evidente em seu depoimento, a culpa é da vítima - que por ser mulher não deveria estar na rua após o anoitecer, sem nenhum acompanhante da família.
O valor que é dado aos meninos e meninas desde seu nascimento também fica muito bem colocado, e nos ajuda entender sobre quais imposições as mulheres são submetidas desde o seu nascimento. A condição de ser mulher é construída socialmente a partir da concepção de que somos biologicamente inferiores e que devemos servir aos homens. A pergunta final do documentário "O que é ser mulher?" ainda ecoa.
Entre todos os aspectos trazidos neste documentário, talvez o mais importante seja o fato de ter ido à raiz do problema. O problema não está nos homens, e sim nos dois modelos de sistema em que vivemos hoje e que estão intrinsecamente relacionados: o patriarcado e o capitalismo. Isso fica evidente quando, através dos depoimentos e imagens, é exposto a realidade violenta, miserável e sem perspectivas em que os jovens crescem.
A violência contra a mulher só terá fim quando colocarmos fim ao sistema patriarcal e capitalista em que vivemos, ou melhor dizendo, sobrevivemos. Pra isso teremos quer dar fim à propriedade privada, à exploração do homem pelo homem, e apostar numa reeducação dos homens e da sociedade. Se mesmo após esse processo de reeducação ainda houver estupradores, então a solução é apenas uma: fuzilamento aos que persistirem violentando e não aceitando a libertação das mulheres.
The Hunting Ground apresenta uma realidade a qual qualquer mulher que ingresse numa universidade está sujeita: a do abuso sexual.
Com diversos depoimentos de vítimas, pais, professores e psicólogos, o documentário, ainda que se limite a realidade das universidades norte americanas, dá um retrato de como os abusos sexuais dentro desses ambientes são recorrentes e ignorados pela direção das instituições de ensino, que se recusam a discutir e tomar medidas sobre os abusos para não "ferir" a reputação das universidades.
O documentário também aborda o abuso sexual contra homens, ainda que aconteça em número menor e que dificilmente são reportados. No entanto, é importante lembrar que mesmo os abusos cometidos contra homens são cometidos por homens.
Essa realidade não é específica das universidades estadunidenses. Sou estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma das melhores do país, e os casos de abuso sexual contra mulheres são tão preocupantes quanto nos EUA. No ano passado, por exemplo, um manual que ensinava como estuprar mulheres de um dos campus da universidade foi divulgado na internet e até o momento não houve nenhuma manifestação da direção sobre o ocorrido e sobre as medidas que deveriam ser tomadas. Isso sem falar nas diversas vezes que trotes extremamente opressores e abusivos foram praticados contra as alunas e ninguém foi responsabilizado ou punido.
Fica o exemplo das estudantes que se organizaram para dar apoio umas as outras e também para juntar forças em fazer denunciais e tomar medidas para que os casos não permaneçam e não sejam mais ignorados.
Precisamos falar sobre os abusos sexuais ocorridos dentro das instituições de ensino, cometidos, na maioria das vezes, por outros alunos dessas instituições e, até mesmo, por professores. A organização das mulheres é essencial para acabar com o silenciamento da comunidade universitária e da sociedade em geral, que nos culpabiliza e nos violenta.
Já era fã do trabalho da Nina Simone como cantora e compositora, mas o documentário explorou a sua história como ativista e como mulher, o que fez com que eu a admirasse ainda mais.
Não pude deixar de fazer paralelo com momentos bem atuais, como as críticas direcionadas à Beyoncé depois da apresentação no Super Bowl e com o lançamento da faixa "Formation" em que ela assume sua negritude e crítica diretamente o racismo ainda existente na sociedade de hoje. Da mesma forma, Nina Simone teve seu trabalho boicotado quando assume um compromisso como ativista pelos direitos civis do povo negro.
O documentário não é só sobre a carreira e vida pessoal de Nina Simone, ele também convida a reflexão sobre assuntos como racismo, direitos civis e violência contra a mulher, já que são assuntos presentes em sua trajetória e essenciais para entender o conteúdo da sua obra.
Documentário inspirador demaissss <3 Encheu meu coração (de futura educadora) de alegria!!! Precisamos lutar por uma educação popular, transformadora e libertadora!
Baita documentário! Fala de uma verdade que já é bem clara pra todos nós, mas que ignoramos. Minha visão de mundo e meu estilo de vida mudaram depois de assistir Terráqueos.
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Andalucia
3.4 1Filme revelador sobre a realidade dos processos imigratórios e a busca por identidade que eles acarretam.
A Aldeia dos Amaldiçoados
3.8 121 Assista AgoraApesar do ritmo acelerado da obra, de personagens que poderiam ter sido mais bem desenvolvidos, o filme de Wolf Rilla consegue prender o telespectador durante boa parte do tempo - digo isto, pois os minutos finais não foram nada mais do que o imaginado. O ponto alto são as atuações. Fico na ansiedade pra assistir, assim que possível, o remake de Carpenter e tentar fazer uma análise mais qualitativa sobre ambas as obras.
A Nós a Liberdade
4.1 38À Nous la Liberté, produzido em 1931 pelo diretor René Clair, é uma sátira sobre a sociedade capitalista da época que, através de um modelo de produção alienante e repetitivo, tornava a vida dos operários semelhante ao encarceramento. Genial analogia das condições dentro das fábricas com a de uma prisão, onde as condições de trabalho seguiam um ritmo militar de disciplina e submissão.
Destaco a cena que se passa na esteira de montagem e que mais tarde, em 1936, inspirou Chaplin a produzir "Tempos Modernos". Um filme excelente e necessário principalmente em tempos de acirramento da luta de classes e retirada de direitos.
Tráfico Humano
3.9 143O tráfico de pessoas é a terceira atividade mais lucrativa no mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. De acordo com dados da Organização Internacional das Migrações (OIM), cerca de 800 mil pessoas são traficadas por ano no mundo e segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) esse crime movimenta em torno de 30 bilhões de dólares todos os anos.
O Brasil, numa lista de 181 países, é o sexto da lista com maior número de casos de pessoas traficadas e segundo relatório do Ministério da Justiça, o número de denúncias subiu 865% entre 2011 e 2013. 91,5% das vítimas eram crianças e adolescentes e 73,3% eram mulheres.
Quando falamos em tráfico de pessoas para fins sexuais, estima-se que 98% das vítimas no mundo sejam mulheres, muitas delas traficadas de países pobres para a Europa.
De acordo com a Fundação Francesa Scelles, há cerca de 42 milhões de pessoas em situação de prostituição no mundo, sendo 75% mulheres entre 13 e 25 anos de idade.
Em outro relatório, dessa vez elaborado pela organização Treasures sobre a indústria pornográfica, esse mercado movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano, a cada segundo são gastos mais de R$ 10 mil com pornografia.
Nos EUA, são lançados 11 mil filmes pornôs por ano e não à toa o país é o maior traficante de mulheres no mundo, tanto na produção, consumo e movimentação dessa indústria.
O filme traz de forma objetiva através de três histórias que se cruzam o quanto o tráfico humano, que explora milhares de pessoas pobres no mundo, está vinculado à prostituição e à pornografia. Uma atividade não existe sem a outra.
Precisamos começar a nos questionar porque é chocante o tráfico de pessoas, mas a prostituição continua sendo glamourizada e a pornografia alimentada. Porque dois ramos desse enorme mercado são por vezes defendidos e naturalizados?
O tráfico humano existe porque há demanda. E a demanda é calculada a cada clique no site pornô. Não há como lutar contra o tráfico de pessoas, sem lutar pelo fim da pornografia e da prostituição. Não há como lutar pela libertação da mulher, sem lutar pelo fim da pornografia e da prostituição. Não há como lutar pela emancipação de um povo, sem lutar contra a terceira indústria que mais explora e assassina!
Trago comigo
3.6 9Um filme sobre memórias e a importância delas pra coletividade.
Trago Comigo não possui nada de extraordinário na fotografia, arte, ou atuações. Mas possui talvez o que se constitua como mais importante pra qualquer obra: a capacidade de fazer pensar, refletir, sentir. A dor e a dificuldade de um ex militante político, que foi preso, torturado e viu seus companheiros e seu grande amor perder a vida nas mãos da ditadura militar fascista no Brasil, tentando resgatar através das suas memórias uma história que precisa e deve ser contada.
Alguns depoimentos de ex presos políticos complementam a narrativa e dão voz àquelas e àqueles que fizeram uma escolha de vida e optaram por lutar por um mundo melhor e mais justo, e que até hoje são ignorados por um Estado que não puniu os torturadores e reproduz a violência policial cotidianamente contra a população pobre e negra.
A memória é, com certeza, o personagem principal do filme. É sobre a importância dela pra construção de uma sociedade que não perpetue os mesmos erros do passado, que não continue tolhendo sonhos, torturando e assassinando.
Em tempos de golpe de Estado e de ascensão do fascismo, é uma obra mais do que necessária.
Ida
3.7 439Fotografia excelente! Ida me lembra porque o cinema é considerado a sétima arte.
Um filme para ser apreciado a cada segundo, a cada passagem de cena, a cada expressão das personagens.
É um bom começo para aqueles que pensam que os filmes lentos não valem ser assistidos.
Filha da Índia
4.6 122India's Daughter é um retrato não só da situação da mulher na Índia, mas da situação da mulher na sociedade patriarcal e capitalista de hoje. A violência e brutalidade com que as mulheres são tratadas não fazem parte de casos isolados, o estupro e morte de Jyoti se repete incessantemente no mundo inteiro, todos os dias, agora. As estatísticas trazidas durante o documentário deixam isso bem expresso: na Índia, a cada 20 minutos uma mulher é estuprada; no Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos; na África do Sul, há um estupro a cada 26 segundos; e no mundo todo, 1 a cada 5 mulheres já sofreu violência sexual.
Mais do que violência contida no crime, a naturalização com que muitos membros da sociedade interpretam esse tipo de violação é um dos fatores mais aterrorizantes. Os estupradores não sentem culpa, parecem até mesmo não entender a penalização que recai sobre eles, pois, como um deles deixa evidente em seu depoimento, a culpa é da vítima - que por ser mulher não deveria estar na rua após o anoitecer, sem nenhum acompanhante da família.
O valor que é dado aos meninos e meninas desde seu nascimento também fica muito bem colocado, e nos ajuda entender sobre quais imposições as mulheres são submetidas desde o seu nascimento. A condição de ser mulher é construída socialmente a partir da concepção de que somos biologicamente inferiores e que devemos servir aos homens. A pergunta final do documentário "O que é ser mulher?" ainda ecoa.
Entre todos os aspectos trazidos neste documentário, talvez o mais importante seja o fato de ter ido à raiz do problema. O problema não está nos homens, e sim nos dois modelos de sistema em que vivemos hoje e que estão intrinsecamente relacionados: o patriarcado e o capitalismo. Isso fica evidente quando, através dos depoimentos e imagens, é exposto a realidade violenta, miserável e sem perspectivas em que os jovens crescem.
A violência contra a mulher só terá fim quando colocarmos fim ao sistema patriarcal e capitalista em que vivemos, ou melhor dizendo, sobrevivemos. Pra isso teremos quer dar fim à propriedade privada, à exploração do homem pelo homem, e apostar numa reeducação dos homens e da sociedade. Se mesmo após esse processo de reeducação ainda houver estupradores, então a solução é apenas uma: fuzilamento aos que persistirem violentando e não aceitando a libertação das mulheres.
The Hunting Ground
4.5 161The Hunting Ground apresenta uma realidade a qual qualquer mulher que ingresse numa universidade está sujeita: a do abuso sexual.
Com diversos depoimentos de vítimas, pais, professores e psicólogos, o documentário, ainda que se limite a realidade das universidades norte americanas, dá um retrato de como os abusos sexuais dentro desses ambientes são recorrentes e ignorados pela direção das instituições de ensino, que se recusam a discutir e tomar medidas sobre os abusos para não "ferir" a reputação das universidades.
O documentário também aborda o abuso sexual contra homens, ainda que aconteça em número menor e que dificilmente são reportados. No entanto, é importante lembrar que mesmo os abusos cometidos contra homens são cometidos por homens.
Essa realidade não é específica das universidades estadunidenses. Sou estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma das melhores do país, e os casos de abuso sexual contra mulheres são tão preocupantes quanto nos EUA. No ano passado, por exemplo, um manual que ensinava como estuprar mulheres de um dos campus da universidade foi divulgado na internet e até o momento não houve nenhuma manifestação da direção sobre o ocorrido e sobre as medidas que deveriam ser tomadas. Isso sem falar nas diversas vezes que trotes extremamente opressores e abusivos foram praticados contra as alunas e ninguém foi responsabilizado ou punido.
Fica o exemplo das estudantes que se organizaram para dar apoio umas as outras e também para juntar forças em fazer denunciais e tomar medidas para que os casos não permaneçam e não sejam mais ignorados.
Precisamos falar sobre os abusos sexuais ocorridos dentro das instituições de ensino, cometidos, na maioria das vezes, por outros alunos dessas instituições e, até mesmo, por professores. A organização das mulheres é essencial para acabar com o silenciamento da comunidade universitária e da sociedade em geral, que nos culpabiliza e nos violenta.
What Happened, Miss Simone?
4.4 401 Assista AgoraJá era fã do trabalho da Nina Simone como cantora e compositora, mas o documentário explorou a sua história como ativista e como mulher, o que fez com que eu a admirasse ainda mais.
Não pude deixar de fazer paralelo com momentos bem atuais, como as críticas direcionadas à Beyoncé depois da apresentação no Super Bowl e com o lançamento da faixa "Formation" em que ela assume sua negritude e crítica diretamente o racismo ainda existente na sociedade de hoje. Da mesma forma, Nina Simone teve seu trabalho boicotado quando assume um compromisso como ativista pelos direitos civis do povo negro.
O documentário não é só sobre a carreira e vida pessoal de Nina Simone, ele também convida a reflexão sobre assuntos como racismo, direitos civis e violência contra a mulher, já que são assuntos presentes em sua trajetória e essenciais para entender o conteúdo da sua obra.
Quando Sinto que Já Sei
4.4 41Documentário inspirador demaissss <3
Encheu meu coração (de futura educadora) de alegria!!!
Precisamos lutar por uma educação popular, transformadora e libertadora!
Terráqueos
4.5 450Baita documentário!
Fala de uma verdade que já é bem clara pra todos nós, mas que ignoramos.
Minha visão de mundo e meu estilo de vida mudaram depois de assistir Terráqueos.