Apesar de ter acompanhado somente os dois episódios que foram lançados, é possível ver que essa série pode surpreender. Em um primeiro momento, imaginei que seria mais uma série repleta de clichês "tribunalescos", por enquanto não é nada disso, ao contrário, é uma ideia bem original essa mistura de psicologia, neurolinguística, tecnologia, moda e direito com uma pitada generosa de drama policial. Quem acompanhou e gostou da série Lie To Me, encontrará similaridades - guardadas as devidas proporções - entre o Dr. Jason Bull e o Dr. Cal Lightman, além disso, ser baseado em uma empresa de consultoria que realmente existiu, aumenta ainda mais o interesse. Nesses dois episódios também ficou evidente que o objetivo da série não é buscar culpados ou realizar um juízo de valor, mas sim, focar nos elementos humanos e "jogar" com cada indivíduo para atingir um objetivo, enfim, série interessante que denota o evidente; somos todos manipuláveis em maior ou menor grau.
Série perfeita, drama familiar poderoso, cenas intensas de ação, reviravoltas, chantagens sem fim, personagens meticulosamente construídos, é uma puta série. Me tornei fã do Mickey Donovan, é um personagem infame, sempre tramando algo e envolvendo sua família, é o ápice da antiética, e suas piadas? Nunca vou me esquecer da piada do pedófilo/esposa e da piada do padre/acne, demais hehehehehe. É um personagem que de tão sacana, torna-se carismático, Mickey é foda! O personagem Bunchy também proporciona boas risadas com seu jeito traumatizado hilário, o Ray é controlador, chantagista nato, o Terry é uma incógnita, o Daryll "Blach Irish" é o filho carente, o Avi é o brucutu pronto para qualquer serviço, enfim, série perfeita, um personagem melhor que o outro, mas nenhum melhor que o Mickey Donovan!
Nos poucos episódios que acompanhei até agora, essa série me fez lembrar de SOA, um pouco pela criminalidade com cara de fraternidade e um pouco pela presença da "mama" dominante que conduz suas crias por esse caminho, tem tudo para ser tornar uma série marcante. O que achei mais interessante é que apesar da série ser baseada no filme australiano Animal Kingdom de 2010, não tem a característica tensa que havia no filme, todos os temas, da violência à droga, são abordados de uma forma glamourizada, enfim, ótima série, espero que não degringole de maneira precoce.
Nunca havia assistido uma série que fosse tão reflexiva. Daniel Holden passou quase 20 anos no corredor da morte, isolado, preso consigo mesmo, com seus fantasmas torturantes, com sua memória preenchida por lacunas que desaguavam no mais absoluto vazio, em seu isolamento, enxerguei implicitamente um pouco de mim e de outros tantos; quantos de nós não vivemos isolados em partes trancafiadas de nosso ser? Presos com nossos monstros colossais, com lembranças que rememoram o vazio constante que sentimos. Daniel Holden é libertado, vê com espanto o mundo do qual foi privado por quase duas décadas, mesmo antes da prisão, era considerado um "estranho", depois de solto, percebe-se inadaptável, por vezes, sente até saudade do seu "casulo", ao menos, lá era sozinho em uma solitária, enquanto do lado de fora, é solitário sem estar sozinho, quantos de nós somos "estranhos" inadaptáveis? Presos em uma solidão caraterística, onde nos sentimos bem acompanhados quando estamos "com nós mesmos" e, nos sentimos solitários quando estamos com pessoas ao nosso redor. É uma série reflexiva, empática, como não se colocar no lugar desse personagem? Como não sentirmos nossa própria vida nesse misto de isolamento contínuo e suposta liberdade? Daniel Holden enxerga o céu, a noite e a chuva como novidades nunca vistas, prova cada sensação como se fosse a primeira pela última vez, quantos de nós somos carentes de sensações verdadeiras? Nem o céu, nem a noite, nem a chuva são capazes de atiçar nossa visão, será que estamos presos nas grandes sensações? Sei lá. Atuações perfeitas, Aden Young encarnou tão bem o personagem, que pareceu ter nascido com essa essência Daniel Holden. O Clayne foi tão bem na construção do antagonista "Teddy", que em certos momentos, me deixou puto. Adelaide Clemens foi incrível na construção de "Tawney", achei lindo seu olhar que misturou pureza com apatia. Adorei todas atuações. Ficarei à espera da última temporada, espero que até lá essa série continue sendo desconhecida para o "maior público", pois com a qualidade das séries atuais, se Rectify cair nas graças do "grande público", significará que perdeu sua essência. Agora prosseguirei refletindo sobre Rectify, afinal, série boa é a que nos faz ficar pensando nos personagens como partes de nós mesmos.
Série extraordinária, entrou para o meu hall de séries inesquecíveis. É raro ver uma série que trabalha com um tema tão delicado, conseguir mesclar perfeitamente ápices de drama com ápices de comédia, cada episódio desde a primeira temporada, proporcionou em mim, uma instabilidade deliciosa de emoções, hora rindo com as peripécias bipolares do Sean, hora esboçando um choro condescendente com os diálogos de Cathy e Marlene. A intenção da autora foi trabalhar nas 4 temporadas, com os 5 estágios do luto, vivenciado de forma antecipatória pelos pacientes que descobrem o câncer, ao meu ver, atingiu o seu objetivo, pois presenciei uma Cathy em alguns episódios da primeira temporada, que "negava" a sua doença, tratando o melanoma como algo que seria vencido, em outros episódios entre a 1ª e 2ª temporada, uma Cathy "raivosa" com a doença, tendo atitudes que não condiziam com o seu caráter, entre a 2ª e 3ª temporada, uma Cathy buscando redenção como forma de "negociar" mais um tempo com o seu filho, entre o fim da 3ª e começo da 4ª, uma Cathy "deprimida" com o fim que estava por vir, e por fim, nos últimos episódios, uma Cathy que "aceitou" a morte inevitável, sendo o estágio da "aceitação", o mais belo e emocionante desta jornada. A série mostrou também, brevemente, a dor dos que convivem com o Mal de Alzheimer, a personagem Marlene encarnou e convenceu como uma senhora que perdeu o seu bem mais precioso, sua memória. Em Sean, foi mostrado as emoções instáveis dos que convivem com o Transtorno Bipolar, aliás, em mais de 20 anos acompanhando séries, nunca me identifiquei tanto com um personagem, por diversas vezes, me vi naquelas atitudes que só o próprio Sean compreendia rs. Me apaixonei pela "raiva" doce de Andrea, refleti com a "força" forjada do adolescente Adam, compreendi o amor tempestuoso de Paul, além de outros personagens que mexeram comigo de forma específica. Belo trabalho dos atores, direção, roteiro, adorei tudo, inclusive, após ter acompanhado essa série, pela primeira vez em minha vida, estou cogitando abandonar o cigarro, fiquei "paranoico" com o assunto câncer rs. Para finalizar, o tema da série foi "câncer", algo que remete ao temeroso "foice" da morte, mas, mesmo assim, o que vi foi uma celebração da vida, de cada segundo/minuto onde devemos demonstrar seja o ódio incompreendido ou o amor desvalido, pela primeira vez consegui entender uma frase antiga que diz: "A certeza da morte, é que dá sentido para a vida". Amei essa série sobre a vida!
Melhor série que já assisti, e a primeira temporada sem dúvida é a melhor,tanto na complexidade dos pacientes quanto nos conflitos do psicoterapeuta, grande trabalho do Gabriel Byrne.
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Bull (1ª Temporada)
3.8 9 Assista AgoraApesar de ter acompanhado somente os dois episódios que foram lançados, é possível ver que essa série pode surpreender. Em um primeiro momento, imaginei que seria mais uma série repleta de clichês "tribunalescos", por enquanto não é nada disso, ao contrário, é uma ideia bem original essa mistura de psicologia, neurolinguística, tecnologia, moda e direito com uma pitada generosa de drama policial. Quem acompanhou e gostou da série Lie To Me, encontrará similaridades - guardadas as devidas proporções - entre o Dr. Jason Bull e o Dr. Cal Lightman, além disso, ser baseado em uma empresa de consultoria que realmente existiu, aumenta ainda mais o interesse. Nesses dois episódios também ficou evidente que o objetivo da série não é buscar culpados ou realizar um juízo de valor, mas sim, focar nos elementos humanos e "jogar" com cada indivíduo para atingir um objetivo, enfim, série interessante que denota o evidente; somos todos manipuláveis em maior ou menor grau.
Ray Donovan (4ª Temporada)
4.1 27Série perfeita, drama familiar poderoso, cenas intensas de ação, reviravoltas, chantagens sem fim, personagens meticulosamente construídos, é uma puta série.
Me tornei fã do Mickey Donovan, é um personagem infame, sempre tramando algo e envolvendo sua família, é o ápice da antiética, e suas piadas? Nunca vou me esquecer da piada do pedófilo/esposa e da piada do padre/acne, demais hehehehehe. É um personagem que de tão sacana, torna-se carismático, Mickey é foda!
O personagem Bunchy também proporciona boas risadas com seu jeito traumatizado hilário, o Ray é controlador, chantagista nato, o Terry é uma incógnita, o Daryll "Blach Irish" é o filho carente, o Avi é o brucutu pronto para qualquer serviço, enfim, série perfeita, um personagem melhor que o outro, mas nenhum melhor que o Mickey Donovan!
Animal Kingdom (1ª Temporada)
4.1 42 Assista AgoraNos poucos episódios que acompanhei até agora, essa série me fez lembrar de SOA, um pouco pela criminalidade com cara de fraternidade e um pouco pela presença da "mama" dominante que conduz suas crias por esse caminho, tem tudo para ser tornar uma série marcante.
O que achei mais interessante é que apesar da série ser baseada no filme australiano Animal Kingdom de 2010, não tem a característica tensa que havia no filme, todos os temas, da violência à droga, são abordados de uma forma glamourizada, enfim, ótima série, espero que não degringole de maneira precoce.
Rectify (3ª Temporada)
4.5 30Nunca havia assistido uma série que fosse tão reflexiva. Daniel Holden passou quase 20 anos no corredor da morte, isolado, preso consigo mesmo, com seus fantasmas torturantes, com sua memória preenchida por lacunas que desaguavam no mais absoluto vazio, em seu isolamento, enxerguei implicitamente um pouco de mim e de outros tantos; quantos de nós não vivemos isolados em partes trancafiadas de nosso ser? Presos com nossos monstros colossais, com lembranças que rememoram o vazio constante que sentimos. Daniel Holden é libertado, vê com espanto o mundo do qual foi privado por quase duas décadas, mesmo antes da prisão, era considerado um "estranho", depois de solto, percebe-se inadaptável, por vezes, sente até saudade do seu "casulo", ao menos, lá era sozinho em uma solitária, enquanto do lado de fora, é solitário sem estar sozinho, quantos de nós somos "estranhos" inadaptáveis? Presos em uma solidão caraterística, onde nos sentimos bem acompanhados quando estamos "com nós mesmos" e, nos sentimos solitários quando estamos com pessoas ao nosso redor. É uma série reflexiva, empática, como não se colocar no lugar desse personagem? Como não sentirmos nossa própria vida nesse misto de isolamento contínuo e suposta liberdade? Daniel Holden enxerga o céu, a noite e a chuva como novidades nunca vistas, prova cada sensação como se fosse a primeira pela última vez, quantos de nós somos carentes de sensações verdadeiras? Nem o céu, nem a noite, nem a chuva são capazes de atiçar nossa visão, será que estamos presos nas grandes sensações? Sei lá.
Atuações perfeitas, Aden Young encarnou tão bem o personagem, que pareceu ter nascido com essa essência Daniel Holden. O Clayne foi tão bem na construção do antagonista "Teddy", que em certos momentos, me deixou puto. Adelaide Clemens foi incrível na construção de "Tawney", achei lindo seu olhar que misturou pureza com apatia. Adorei todas atuações.
Ficarei à espera da última temporada, espero que até lá essa série continue sendo desconhecida para o "maior público", pois com a qualidade das séries atuais, se Rectify cair nas graças do "grande público", significará que perdeu sua essência.
Agora prosseguirei refletindo sobre Rectify, afinal, série boa é a que nos faz ficar pensando nos personagens como partes de nós mesmos.
Aquela Doença com C (4ª Temporada)
4.6 126Série extraordinária, entrou para o meu hall de séries inesquecíveis. É raro ver uma série que trabalha com um tema tão delicado, conseguir mesclar perfeitamente ápices de drama com ápices de comédia, cada episódio desde a primeira temporada, proporcionou em mim, uma instabilidade deliciosa de emoções, hora rindo com as peripécias bipolares do Sean, hora esboçando um choro condescendente com os diálogos de Cathy e Marlene. A intenção da autora foi trabalhar nas 4 temporadas, com os 5 estágios do luto, vivenciado de forma antecipatória pelos pacientes que descobrem o câncer, ao meu ver, atingiu o seu objetivo, pois presenciei uma Cathy em alguns episódios da primeira temporada, que "negava" a sua doença, tratando o melanoma como algo que seria vencido, em outros episódios entre a 1ª e 2ª temporada, uma Cathy "raivosa" com a doença, tendo atitudes que não condiziam com o seu caráter, entre a 2ª e 3ª temporada, uma Cathy buscando redenção como forma de "negociar" mais um tempo com o seu filho, entre o fim da 3ª e começo da 4ª, uma Cathy "deprimida" com o fim que estava por vir, e por fim, nos últimos episódios, uma Cathy que "aceitou" a morte inevitável, sendo o estágio da "aceitação", o mais belo e emocionante desta jornada. A série mostrou também, brevemente, a dor dos que convivem com o Mal de Alzheimer, a personagem Marlene encarnou e convenceu como uma senhora que perdeu o seu bem mais precioso, sua memória. Em Sean, foi mostrado as emoções instáveis dos que convivem com o Transtorno Bipolar, aliás, em mais de 20 anos acompanhando séries, nunca me identifiquei tanto com um personagem, por diversas vezes, me vi naquelas atitudes que só o próprio Sean compreendia rs. Me apaixonei pela "raiva" doce de Andrea, refleti com a "força" forjada do adolescente Adam, compreendi o amor tempestuoso de Paul, além de outros personagens que mexeram comigo de forma específica. Belo trabalho dos atores, direção, roteiro, adorei tudo, inclusive, após ter acompanhado essa série, pela primeira vez em minha vida, estou cogitando abandonar o cigarro, fiquei "paranoico" com o assunto câncer rs. Para finalizar, o tema da série foi "câncer", algo que remete ao temeroso "foice" da morte, mas, mesmo assim, o que vi foi uma celebração da vida, de cada segundo/minuto onde devemos demonstrar seja o ódio incompreendido ou o amor desvalido, pela primeira vez consegui entender uma frase antiga que diz: "A certeza da morte, é que dá sentido para a vida". Amei essa série sobre a vida!
Em Terapia (1ª Temporada)
4.3 47Melhor série que já assisti, e a primeira temporada sem dúvida é a melhor,tanto na complexidade dos pacientes quanto nos conflitos do psicoterapeuta, grande trabalho do Gabriel Byrne.