Entrou pra lista de favoritos. Tem tanta coisa pra falar que prefiro não dizer nada. Só senti falta de saber mais sobre o Kevin. Mesmo sendo o personagem e a personalidade primeira, é sobre ele que não sabemos nada. Qual o nível de sofrimento psíquico um ser humano precisa ter pra desenvolver o que ele desenvolve? Não sei qual outra personalidade eu gostei mais, às vezes penso que a psicóloga estava muita certa, A Horta é mesmo incrível. E aquela menina me deixou intrigada. A besta só permitiu que ela sobrevivesse porque se identificou com ela em certo nível, mas se ela tivesse matado o porco do tio ainda menina não teria nem sido sequestrada pra início de conversa. Ela precisar passar por um trauma daqueles pra talvez se livrar desse tio me deixa com um sentimento esquisito e amargo.
Este é um daqueles filmes que eu vou assistir todo ano por várias vezes. Por que ele pode até tratar dessa coisa impossível que é voltar no tempo, mas trata também do que eu tô sempre atrás. Fazer uma coisa tão bem feita, mas tão bem feita que não me dará vontade de voltar e refazer. Viver um momento tão bem vivido, de forma tão sincera e inteira que quando a lembrança vier, mesmo que não tenha dado certo eu possa dizer: eu fiz tudo que eu podia, da melhor maneia que eu podia. Deve ser um alívio que conforta o coração. Tim é essa garoto que provavelmente não chama a atenção de muitas garotas e acho que essa é sua melhor qualidade. Não ser um gato que toda garota quer deu a Tim a chance de se fazer um ser humano que enche os olhos de quem olhar bem. Ele descreve sua família com a doçura e bondade que só um cara realmente doce e bom faria, como quem olha pras outras pessoas vendo só o que há de melhor. E esse é o tom do filme, nós aprendemos a olhar pros personagens com os olhos de Tim e tudo fica muito mais bonito quando escolhemos olhar a melhor face. Daí aparece a Mary, que também não é a mais bonita. É na verdade um rosto bem comum que se parece comigo e com você, garotas normais com cortes de cabelo ruins às vezes, é insegura e temperamental. Mas quando Tim olha pra ela alguma coisa nela se transforma. A garota comum se torna a garota por quem Tim se apaixona e isso muda tudo. Quando olhos tão generosos recaem sobre Mary, ela reluz. Acho que só brilhamos quando o outro decide realmente olhar pra gente. E na verdade, a melhor parte do filme não tem a ver com Mary, é sobre Tim e seu pai. O pai do menino ruivo é aquele tipo de pessoa nos ensina. Ele não precisa pegar um giz e ter um quadro, precisa só existir pra dizer sem usar palavras que o caminho é difícil e cheio de momentos tediosos e desagradáveis, mas que vale a pena. Mas não se engane pensando que essa é somente uma história de amor, é também. Antes é sobre nossas escolhas. No caso de Tim, levaram a uma vida de amor, bondade e tantas outras coisas que a gente deseja. Mas pode muito bem não ser. Isso depende de você.
Fui levada a assistir esse filme por indicação. As pessoas me disseram que eu precisava ver. Depois de assistir, tenho que concordar.
Vou começar falando do meio do filme por que foi a parte que mais me tocou: o pai de Joy e vô de Jack não consegue sequer olhar pro neto. Depois de abraçar a filha e cuidar dos primeiros detalhes com o advogado, esse homem sai de cena por que não consegue olhar pra criança. Mas acho que podemos ir além afirmando que ele também não consegue olhar pra própria filha. Por que Jack é de fato parte do Velho Nick, o homem doente que sequestrou e estuprava Joy há 7 anos. Mas ele também é pedaço da garota forçada a se fazer mulher e aguentar sofrimento físico e psíquico, ser mãe sem escolha e aprender a proteger aquela criança por 5 anos. Me irrita a possibilidade desse avô que sofreu por anos a perda forçada e prematura da filha representar todos nós nesse momento: Essa nossa dificuldade de olhar pro outro e aceitar até as piores partes, é ótimo e agradável amar o lado bom e amável daqueles que conhecemos, mas quase nunca queremos abraçar a parte irritante, doente e feia de cada um. É tão difícil que na maioria das vezes a gente nem olha pra ela.
Voltando ao filme, depois que eles saem do Quarto e Jack se mostra uma criança retraída e muda que quase entra na mãe quando dirigem a palavra a ele, tive esse pensamento terrível: Talvez fosse melhor praquela criança nunca ter saído do Quarto, me esquecendo que crianças são esses sereszinhos incríveis que se reciclavam com uma facilidade espantosa. Jack, protegido e infantilizado pela mãe no Quarto, aprende rápido que o mundo é gigante e se desenvolve como o herói daquela que sempre havia sido sua heroína. Essa criança salva a mãe entregando-lhe sua força, afinal de contas ele é capaz de se fazer forte sem ajuda externa.
A mãe me lembra bastante aquela menina que foi sequestrada, Natascha Kampusch. Natascha passou mais de 10 anos em seu cativeiro e vai ser sempre pra mim essa referência de força. Não força física, as duas estavam praticamente desnutridas em seu cativeiros. Não, a força dessas meninas que se transformaram em mulheres sozinhas me fazem lembrar que não há nada que o outro possa fazer conosco se nós não permitirmos. Não há ofensa, não há tirania. Há esse lugar só nosso em que as pessoas só entram se nós deixarmos, e é um lugar tão sagrado que só se deve abrir passagem pra poucos. Joy é obrigada a ser forte primeiro tentando fugir. Depois de grávida e mãe, forte protegendo a única coisa que realmente importa agora, Jack. Fora do Quarto, ela pode finalmente lutar de outra forma, dessa vez por si mesma. Ela caí não porque é fraca e sim por que agora pode finalmente ser uma garota de 16 anos que foi raptada da própria vida. Felizmente, ela tem Jack.
É um filme altamente desconfortável por que a gente sabe exatamente do que ele tá falando. Esse é um país que precisa mudar, que sabe que precisa mudar mas que não consegue começar por que sabe que vai desconfortável, bem mais que esse filme. Acho que não adianta muito ir a manifestações se continuamos tratando a maioria das pessoas desse país como seres de segunda classe.
Não sei dizer ao certo o quanto gostei. Eu fico encantada com esses filmes que tratam de relações humanas, daquilo que acontece entre duas pessoas apenas uma vez.
No momento, um pouco impressionada com a quantidade de drama, clichês e forçação de barra contida nesses 118 minutos. Tá demais, Nickolas, melhore! Na verdade, é um filme ruim bem produzido e com gente bonita.
A ideia do filme é muito boa, mas acabou muito mal explorada no filme. Achei um pouco preguiçoso e pretensioso. Já vi Lázaro e Aline bem melhores em outras produções.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraEntrou pra lista de favoritos. Tem tanta coisa pra falar que prefiro não dizer nada. Só senti falta de saber mais sobre o Kevin. Mesmo sendo o personagem e a personalidade primeira, é sobre ele que não sabemos nada. Qual o nível de sofrimento psíquico um ser humano precisa ter pra desenvolver o que ele desenvolve?
Não sei qual outra personalidade eu gostei mais, às vezes penso que a psicóloga estava muita certa, A Horta é mesmo incrível.
E aquela menina me deixou intrigada. A besta só permitiu que ela sobrevivesse porque se identificou com ela em certo nível, mas se ela tivesse matado o porco do tio ainda menina não teria nem sido sequestrada pra início de conversa. Ela precisar passar por um trauma daqueles pra talvez se livrar desse tio me deixa com um sentimento esquisito e amargo.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraEste é um daqueles filmes que eu vou assistir todo ano por várias vezes.
Por que ele pode até tratar dessa coisa impossível que é voltar no tempo, mas trata também do que eu tô sempre atrás. Fazer uma coisa tão bem feita, mas tão bem feita que não me dará vontade de voltar e refazer. Viver um momento tão bem vivido, de forma tão sincera e inteira que quando a lembrança vier, mesmo que não tenha dado certo eu possa dizer: eu fiz tudo que eu podia, da melhor maneia que eu podia. Deve ser um alívio que conforta o coração.
Tim é essa garoto que provavelmente não chama a atenção de muitas garotas e acho que essa é sua melhor qualidade. Não ser um gato que toda garota quer deu a Tim a chance de se fazer um ser humano que enche os olhos de quem olhar bem. Ele descreve sua família com a doçura e bondade que só um cara realmente doce e bom faria, como quem olha pras outras pessoas vendo só o que há de melhor. E esse é o tom do filme, nós aprendemos a olhar pros personagens com os olhos de Tim e tudo fica muito mais bonito quando escolhemos olhar a melhor face.
Daí aparece a Mary, que também não é a mais bonita. É na verdade um rosto bem comum que se parece comigo e com você, garotas normais com cortes de cabelo ruins às vezes, é insegura e temperamental. Mas quando Tim olha pra ela alguma coisa nela se transforma. A garota comum se torna a garota por quem Tim se apaixona e isso muda tudo. Quando olhos tão generosos recaem sobre Mary, ela reluz. Acho que só brilhamos quando o outro decide realmente olhar pra gente.
E na verdade, a melhor parte do filme não tem a ver com Mary, é sobre Tim e seu pai. O pai do menino ruivo é aquele tipo de pessoa nos ensina. Ele não precisa pegar um giz e ter um quadro, precisa só existir pra dizer sem usar palavras que o caminho é difícil e cheio de momentos tediosos e desagradáveis, mas que vale a pena.
Mas não se engane pensando que essa é somente uma história de amor, é também. Antes é sobre nossas escolhas. No caso de Tim, levaram a uma vida de amor, bondade e tantas outras coisas que a gente deseja. Mas pode muito bem não ser. Isso depende de você.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraFui levada a assistir esse filme por indicação. As pessoas me disseram que eu precisava ver. Depois de assistir, tenho que concordar.
Vou começar falando do meio do filme por que foi a parte que mais me tocou: o pai de Joy e vô de Jack não consegue sequer olhar pro neto. Depois de abraçar a filha e cuidar dos primeiros detalhes com o advogado, esse homem sai de cena por que não consegue olhar pra criança. Mas acho que podemos ir além afirmando que ele também não consegue olhar pra própria filha. Por que Jack é de fato parte do Velho Nick, o homem doente que sequestrou e estuprava Joy há 7 anos. Mas ele também é pedaço da garota forçada a se fazer mulher e aguentar sofrimento físico e psíquico, ser mãe sem escolha e aprender a proteger aquela criança por 5 anos.
Me irrita a possibilidade desse avô que sofreu por anos a perda forçada e prematura da filha representar todos nós nesse momento: Essa nossa dificuldade de olhar pro outro e aceitar até as piores partes, é ótimo e agradável amar o lado bom e amável daqueles que conhecemos, mas quase nunca queremos abraçar a parte irritante, doente e feia de cada um. É tão difícil que na maioria das vezes a gente nem olha pra ela.
Voltando ao filme, depois que eles saem do Quarto e Jack se mostra uma criança retraída e muda que quase entra na mãe quando dirigem a palavra a ele, tive esse pensamento terrível: Talvez fosse melhor praquela criança nunca ter saído do Quarto, me esquecendo que crianças são esses sereszinhos incríveis que se reciclavam com uma facilidade espantosa. Jack, protegido e infantilizado pela mãe no Quarto, aprende rápido que o mundo é gigante e se desenvolve como o herói daquela que sempre havia sido sua heroína. Essa criança salva a mãe entregando-lhe sua força, afinal de contas ele é capaz de se fazer forte sem ajuda externa.
A mãe me lembra bastante aquela menina que foi sequestrada, Natascha Kampusch. Natascha passou mais de 10 anos em seu cativeiro e vai ser sempre pra mim essa referência de força. Não força física, as duas estavam praticamente desnutridas em seu cativeiros. Não, a força dessas meninas que se transformaram em mulheres sozinhas me fazem lembrar que não há nada que o outro possa fazer conosco se nós não permitirmos. Não há ofensa, não há tirania. Há esse lugar só nosso em que as pessoas só entram se nós deixarmos, e é um lugar tão sagrado que só se deve abrir passagem pra poucos.
Joy é obrigada a ser forte primeiro tentando fugir. Depois de grávida e mãe, forte protegendo a única coisa que realmente importa agora, Jack. Fora do Quarto, ela pode finalmente lutar de outra forma, dessa vez por si mesma. Ela caí não porque é fraca e sim por que agora pode finalmente ser uma garota de 16 anos que foi raptada da própria vida. Felizmente, ela tem Jack.
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Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraÉ um filme altamente desconfortável por que a gente sabe exatamente do que ele tá falando. Esse é um país que precisa mudar, que sabe que precisa mudar mas que não consegue começar por que sabe que vai desconfortável, bem mais que esse filme. Acho que não adianta muito ir a manifestações se continuamos tratando a maioria das pessoas desse país como seres de segunda classe.
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraNão deixar o amor me matar. Check. Agora descansa, Amy.
Como Não Esquecer Essa Garota
3.5 338O 'Como se fosse a primeira vez' masculino é muito, muito lindo.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraTem um quê de sensacional. Os personagens novos deram conta do recado. O que dizer desse negão engraçadão? Rs.
Longe Deste Insensato Mundo
3.6 232 Assista AgoraÉ péssimo me identificar com a protagonista tola que sempre faz a escolha errada. Ainda que deu certo pra ela, pra alguém teria que dar.
Ferrugem e Osso
3.9 821 Assista AgoraTô de pé batendo várias palmas. Muito honesto.
Antes do Adeus
3.5 307 Assista AgoraNão sei dizer ao certo o quanto gostei. Eu fico encantada com esses filmes que tratam de relações humanas, daquilo que acontece entre duas pessoas apenas uma vez.
Sob o Mesmo Céu
2.7 455 Assista AgoraGrata por ter visto esse filme neste momento.
O Melhor de Mim
3.5 769 Assista AgoraNo momento, um pouco impressionada com a quantidade de drama, clichês e forçação de barra contida nesses 118 minutos. Tá demais, Nickolas, melhore! Na verdade, é um filme ruim bem produzido e com gente bonita.
O Vendedor de Passados
2.7 172 Assista AgoraA ideia do filme é muito boa, mas acabou muito mal explorada no filme. Achei um pouco preguiçoso e pretensioso. Já vi Lázaro e Aline bem melhores em outras produções.
Meu Passado Me Condena 2
2.9 267Achei mais engraçado que o primeiro e o que é a cena da caça? Ri demais!
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraMuito lindo ver Riley aprendendo a lidar com seus sentimentos e a falar sobre eles. Pais do meu Brasil assistam!
Ponte Aérea
3.5 401 Assista Agora"Não sei se fui lá pra te dar um soco na cara ou pra dizer que eu te amava". Droga!
Cinderela
3.4 1,4K Assista AgoraDe uma fofura impressionante!
Elsa & Fred - Um Amor de Paixão
4.1 150Adorável.
Refém da Paixão
3.7 504Provavelmente o filme mais lindo que eu já vi na vida.
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
3.0 4,0K Assista AgoraUm filme péssimo com um final bonito.
Apaixonados
3.8 49 Assista AgoraBelíssimo!