Voltei a dar uma chance a segunda temporada depois de dormir inúmeras vezes na primeira. Preferia os livros. Pela primeira vez posso dizer que estou adorando a série depois dessa segunda temporada, e o final desta foi de abrir um sorriso porque eu, graças aos deuses, consegui entender porque meus amigos amam GOT.
OBS: só não é 100% porque no ep10, quando o Lito tá falando ao telefone, eles cometem um errinho besta que só, que pruma série tão foda já deveriam ter superado: o cara tá usando o celular numa ligação, mas cê vê nitidamente que o aparelho tá com a área de trabalho limpinha. Perdeu 0,02%. Por enquanto, tá 99,98% de qualidade. :v
parece que tá voltando a fioar tão incrível quanto a primeira temporada. as vamo esperar o próximo ep, pq eles são experts em cagar tudo de um ep pro outro, né?
Terminei. Acabei de assistir ao último episódio da quinta temporada de Queer As Folk. Por a mão na cabeça, rir um pouco e histericamente e se perguntar: “E agora?”. Desde 2009 – 5 anos! -, quando assisti ao primeiro episódio, até hoje, incontáveis vezes durante alguns momentos que vivi eu não pude evitar lembrar algumas passagens desta série ou, assistindo, rir, dizendo “Porra, isso já aconteceu (muito) comigo!”. QAF me foi uma verdadeira iniciação teórica à cultura gay ocidental, que durante todos os episódios se mostrou como plano principal de onde partiam os acontecimentos que davam continuidade à série. Quando eu ainda assistia à primeira temporada, eu não sabia nada ou muito pouco sobre Teoria Queer, diversidade sexual – que dentro das orientações sexuais também se diversificam -, hiv, relacionamentos amorosos ou inclusive sexo seguro. Sim, porque sabemos que não vivemos numa cultura onde pais ensinam e conversam com os filhos sobre sexo. Se for homem hetero, que pegue todas as menininhas, se for garota hetero, que se comporte e negue o próprio corpo, e deixe-o ser objeto apenas dos homens. E se for gay, bem, não é preciso dizer que em casa simplesmente não há educação sexual para gays. Tenho, aliás, uma teoria: quando penso sobre o porque de ainda hoje não apenas heteros, mas em especial gays ainda fazerem sexo desprotegido, a primeira explicação plausível está no fato de nós, gays, nunca termos sido educados em casa, ou mesmo na escola, a nos protegermos. Porque falar sobre sexo conosco é proibido. Como apreender um conceito para o qual nunca fomos educados a seguir, senão por medo? A culpa é de quem erra por não ter sido educado, ou de quem devendo educar, não educou? Porque o que há hoje, em termos de educação sexual, é o ensino a partir do medo, e não do conhecimento: “Se não usar camisinha, vai ganhar um bucho”, “Se não usar camisinha, vai pegar sífilis, hiv, hepatite z, síndrome de down”, “Se não usar camisinha, vai ter que desembolsar mais de cinco reais todos os meses pra uma lata de Leite Ninho, bichão”. Amedrontar não é educar sexualmente. Por isso digo que como gay, até então antes de assistir à série, muito pouco ou quase nada sabia a respeito de sexo. E não me engano quando digo que Queer As Folk, entre outras coisas, me fez o que em casa ou na escola ou na rua eu não aprendi sobre sexo seguro e educação sexual – sobre esta, a conclusão que tiro é a de que sexo é a última coisa a ser educada.
Quando assisti ao primeiro episódio eu não era mais que uma bichinha recém-assumida de 16 anos! Assistir Queer As Folk foi como ver na prática as teorias de Foucalt, Judith Butler e todos os grandes teóricos sobre diversidade de gênero e orientação sexual. Sem contar o susto de descobrir, depois de me conformar com um pais que censurava beijos gays, que havia no mundo uma série tão escancaradamente gay. QAF humaniza a homossexualidade da única forma possível: não a enviesando como uma coisa que mereça ser respeitada porque um dia vai se adequar aos valores comuns que nossa sociedade tem sobre sexo, família ou educação, mas a mostra, ou tenta mostra-la como é, e que mesmo assim deve ser respeitada, ou ao menos considerada como existente. Porque nós, gays, existimos. E claro que é triste ver que, desde quando se criou a série até hoje, a maioria das questões de preconceitos não foram ultrapassadas. Que, por exemplo, quando um gay aparece na mídia aberta, é para se mostrar como um eunuco, os homens castrados da idade média que serviam ao reino, tendo sua sexualidade totalmente eclipsada por uma figura de humor que até hoje vemos nas novelas, nos programas ou shows de humor. Vide Babalu, Félix, Crô e tantas outras figuras gays que aparecem vez ou outra na mídia. Os gays, na mídia, só podem ser digeridos se eles estiverem fazendo um papel de bobos da corte para o telespectador. Não há nada na forma como o gay é apresentado na mídia que evidencie que ele é um ser com desejos sexuais, senão uma figura estranha, engraçada, grotesca. Nenhum episódio é ingênuo. Brian não foge à realidade do contexto social contemporâneo sobre sexualidade quando diz que em maioria, há apenas dois tipos de heteros. Os que odeiam os gays pelas costas e os que nos odeiam cara a cara.
Quando assisto a algum outro programa, série, filme que fale sobre diversidade sexual, nenhum deles chega ao nível de QAF porque nenhum abraça e levanta a bandeira da diversidade comportamental dos sexos como esta série o faz. Desde os anos oitenta, com o surgimento da aids, o sexo ficou enjaulado. Como se não fizesse completamente parte de nossa natureza. Criou-se uma paranoia de valores obtusos sobre o outro, sobre o corpo, sobre os relacionamentos, sobre os valores em cima de como se comporta o outro. Porque não devem ser apenas os gays quietinhos, recatados, ou ricos e musculosos, sem dar pinta, ou os ambientalistas bem engajados que querem construir uma família e encontrar um parceiro fixo para toda a vida que devem ser respeitados. Há os promíscuos, as travestis, as e os trans, os pobres, os ursos de calça de couro, os afeminados, os soropositivos. E sobre estes últimos, os soropositivos, QAF, logo na abertura da terceira temporada também impulsiona a desmistificação, ponto um casal sorodiscordante abraçado, mostrando sua existência. E além deles, principalmente Ben, irônica e propositalmente o personagem mais desejado da série – quem não quer ter um Ben pra chamar de seu? - por quem a assiste: um professor soropositivo que namora um dos personagens principais. Com o Ben não pude deixar de reparar na engenhosa construção de cada personagem da série. Ben, na trama, é um professor. Na verdade, não principalmente como professor de teoria da literatura, como mostra a série, mas, em nível simbólico, como um professor de desmitificações para o telespectador que o acompanha do outro lado da tela: como soropositivo, Bem em casa episódio nos dá uma aula, uma lição gigantesca, uma tarefa de casa, uma resposta a uma sociedade ainda bastante desinformada, paranoica com o corpo do outro e com o próprio corpo. Por isso que, além do Emmet, o mais queer de toda a série, Ben é meu personagem predileto. Sentirei falta, muita, de todos os personagens. Embora nunca tenha conhecido uma mãe como a Debbie, ver a utopia que é sua figura encarnada numa personagem, acalenta um pouco a realidade de nossa e talvez a dos que, ainda dentro do armário, encaram a revelação da própria sexualidade para os pais como o fim do mundo. Enquanto, na realidade, os pais que acabam de “descobrir” a sexualidade dos filhos normalmente o punem, Debbie, quando aparece, mostra-se como um consolo, uma, talvez, grande mãe de todos os gays.
Há, claro, outros tantos ensinamentos passados nesses mais de 70 episódios de Queer As Folk. Para quem conseguir captá-los, um mais valioso e transformador que o outro: depois de percebê-los é impossível olhar ao redor da mesma forma. E por último, já que não conseguiria acrescentar algo que deixasse a série ainda melhor do que já é, uma resposta àqueles que nunca irão entender a nós, gays, e por isso tentam e continuarão tentando barrar nossos direitos civis de igualdade: que venham todas as marchas a favor da família, todos os felicianos, todos os malafaias! Nas palavras de Mike: “Como cantou a diva Gloria Gaynor, apesar deles, ‘I will survive’”.
Quatro estrelas. É lindo. O último capítulo consegue te apertar o coração. Mas esperava mais, confesso. Melhor direção, principalmente. Mas achei genial os cortes para a infância de Ramus e Benjamin. Ramus, tão explorador e quase sem prendimentos a vínculos, e Benjamin (o nome Benjamin significa "o filho mais querido"), tão ligado aos afetos e à proteção da família e das palavras de Deus. Deus, como sempre, Deus. Não é uma história bonita. O que brilha nela é pouco, mas o suficiente para emocionar.
Até a segunda temporada a série continuava boa, mas precisava de alguma coisa que movimentasse os personagens. A terceira temporada faz isso. Mais ousada em direção, em roteiro, em enredo e com a melhor trilha. A melhor temporada até agora!
De início: o que as 5 temporadas deste seriado me causaram não cabe aqui. Termino-o com a alma maior do que era quando comecei o primeiro episódio da primeira temporada. .Nós somos a vida e somos a morte também. Só havia me apegado tanto a algum personagem em livros e ainda não havia sentido o impulso de continuar com vontade dos personagens dos filmes ou séries. Nem Harry Potter me causou isso. Mas que dá uma vontade de continuar vendo a vida dos Fishers, dá. E muita. Six Feet Under mostra o extraordinário na relação vida > morte. Porque a vida serve pra distrair e a morte pra alertar. Em cada episódio, no primeiro minuto, um personagem morre. 5 temporadas de exibição sobre como a morte pode aparecer (atravessando uma rua, atacado por leões, tendo um ataque do coração ao ter uma visão do amor da sua vida quando jovem, suicidando-se, aos 5 anos, aos 95, aos 22, qualquer idade é idade. Porque para a morte o tempo não existe e ela é tão imensa quanto a vida.) e as diferentes formas de lidar com ela. O que me marca no seriado é a simplicidade do decorrer da vida dos personagens. Nenhum super herói. Nenhum com aquelas características marcantes de um personagem de ficção. São tão simples que parecem conosco. Levam vidas simples. Mas por terem uma mente, esse depósito indecifrável de mistério e vida, se tornam extraordinários dentro de seus limites. E nós somos como eles: simples, não somos super heróis, mas temos todos uma mente, esse depósito extraordinário de mistério e vida, e é isso o que nos iguala e nos unifica. Six Feet Under mostra a nossa miséria, nossos limites, expõe nossas capacidades de sermos humanos e imperfeitos, imperfeitíssimos. E o quanto nós não nos conhecemos e somos imprevisíveis para nós mesmos. Ri pra caralho, entrei naquela depressão pós-história-dramática com a morte de alguns personagens (e a morte fica mais próxima da realidade exatamente quando nos identificamos com algum personagem) e conheci meu personagem de ficção predileto: David Fisher. Embora, claro, eu tenha de lamentar perceber que me pareço mais do que eu gostaria com a Ruth, outra personagem incrível, embora seja para mim a mais miserável de toda a série. Quanto mais tenta parecer equilibrada, mais se depara com o desequilíbrio natural da nossa espécie diante dos modos com que nossa civilização leva a vida. Parabéns aos gênios criadores desta obra de prima que foi Six Feet Under. Lembro-me duma iluminação que me deu há alguns anos, quando um parente morreu e foi tratado como um qualquer por alguns da minha família (porque a morte mostra muito, muito mais do que o contrário da vida. Aliás, a morte mostra a vida como nada mais mostra): "Depois do nascimento, a morte é o acontecimento mais importante da nossa vida". Não há mais o que dizer. O resto guardo pra mim.
Entre os favoritos. Não sei se é porque tenho como preferência os documentários sobre animais - os irracionais de verdade, não os humanos -, mas esse ganhou me ganhou totalmente. Não encontrei outro que pegassem em ângulos tão precisos os registros do comportamento de caça, acasalamento (Aquele ritual de dança mágico daqueles pássaros bailarinos, minha gente? Porra...), enfim, sobrevivência. Cada episódio é dividido taxonomicamente por reinos e temas. Graças a "Life" eu me apaixonei por baleias. Aqueles bichos existem mesmo, e eu viajo só de imaginar a grandeza delas.
Fear The Walking Dead: Flight 462
3.2 23Tipo, acaba mesmo quando o zumbi lá abre os olhos depois da aeromoça tacar o desfibrilador nele?
Game of Thrones (2ª Temporada)
4.6 1,6K Assista AgoraVoltei a dar uma chance a segunda temporada depois de dormir inúmeras vezes na primeira. Preferia os livros. Pela primeira vez posso dizer que estou adorando a série depois dessa segunda temporada, e o final desta foi de abrir um sorriso porque eu, graças aos deuses, consegui entender porque meus amigos amam GOT.
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraOBS: só não é 100% porque no ep10, quando o Lito tá falando ao telefone, eles cometem um errinho besta que só, que pruma série tão foda já deveriam ter superado: o cara tá usando o celular numa ligação, mas cê vê nitidamente que o aparelho tá com a área de trabalho limpinha. Perdeu 0,02%. Por enquanto, tá 99,98% de qualidade. :v
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista Agora:O
Avatar: A Lenda de Aang (3ª Temporada)
4.7 325 Assista AgoraTerminei de assistir o último episódio ontem. Ai, meu coração!
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista Agoraparece que tá voltando a fioar tão incrível quanto a primeira temporada. as vamo esperar o próximo ep, pq eles são experts em cagar tudo de um ep pro outro, né?
Queer as Folk (5ª Temporada)
4.6 121Terminei. Acabei de assistir ao último episódio da quinta temporada de Queer As Folk. Por a mão na cabeça, rir um pouco e histericamente e se perguntar: “E agora?”. Desde 2009 – 5 anos! -, quando assisti ao primeiro episódio, até hoje, incontáveis vezes durante alguns momentos que vivi eu não pude evitar lembrar algumas passagens desta série ou, assistindo, rir, dizendo “Porra, isso já aconteceu (muito) comigo!”. QAF me foi uma verdadeira iniciação teórica à cultura gay ocidental, que durante todos os episódios se mostrou como plano principal de onde partiam os acontecimentos que davam continuidade à série. Quando eu ainda assistia à primeira temporada, eu não sabia nada ou muito pouco sobre Teoria Queer, diversidade sexual – que dentro das orientações sexuais também se diversificam -, hiv, relacionamentos amorosos ou inclusive sexo seguro. Sim, porque sabemos que não vivemos numa cultura onde pais ensinam e conversam com os filhos sobre sexo. Se for homem hetero, que pegue todas as menininhas, se for garota hetero, que se comporte e negue o próprio corpo, e deixe-o ser objeto apenas dos homens. E se for gay, bem, não é preciso dizer que em casa simplesmente não há educação sexual para gays. Tenho, aliás, uma teoria: quando penso sobre o porque de ainda hoje não apenas heteros, mas em especial gays ainda fazerem sexo desprotegido, a primeira explicação plausível está no fato de nós, gays, nunca termos sido educados em casa, ou mesmo na escola, a nos protegermos. Porque falar sobre sexo conosco é proibido. Como apreender um conceito para o qual nunca fomos educados a seguir, senão por medo? A culpa é de quem erra por não ter sido educado, ou de quem devendo educar, não educou? Porque o que há hoje, em termos de educação sexual, é o ensino a partir do medo, e não do conhecimento: “Se não usar camisinha, vai ganhar um bucho”, “Se não usar camisinha, vai pegar sífilis, hiv, hepatite z, síndrome de down”, “Se não usar camisinha, vai ter que desembolsar mais de cinco reais todos os meses pra uma lata de Leite Ninho, bichão”. Amedrontar não é educar sexualmente. Por isso digo que como gay, até então antes de assistir à série, muito pouco ou quase nada sabia a respeito de sexo. E não me engano quando digo que Queer As Folk, entre outras coisas, me fez o que em casa ou na escola ou na rua eu não aprendi sobre sexo seguro e educação sexual – sobre esta, a conclusão que tiro é a de que sexo é a última coisa a ser educada.
Quando assisti ao primeiro episódio eu não era mais que uma bichinha recém-assumida de 16 anos! Assistir Queer As Folk foi como ver na prática as teorias de Foucalt, Judith Butler e todos os grandes teóricos sobre diversidade de gênero e orientação sexual. Sem contar o susto de descobrir, depois de me conformar com um pais que censurava beijos gays, que havia no mundo uma série tão escancaradamente gay. QAF humaniza a homossexualidade da única forma possível: não a enviesando como uma coisa que mereça ser respeitada porque um dia vai se adequar aos valores comuns que nossa sociedade tem sobre sexo, família ou educação, mas a mostra, ou tenta mostra-la como é, e que mesmo assim deve ser respeitada, ou ao menos considerada como existente. Porque nós, gays, existimos. E claro que é triste ver que, desde quando se criou a série até hoje, a maioria das questões de preconceitos não foram ultrapassadas. Que, por exemplo, quando um gay aparece na mídia aberta, é para se mostrar como um eunuco, os homens castrados da idade média que serviam ao reino, tendo sua sexualidade totalmente eclipsada por uma figura de humor que até hoje vemos nas novelas, nos programas ou shows de humor. Vide Babalu, Félix, Crô e tantas outras figuras gays que aparecem vez ou outra na mídia. Os gays, na mídia, só podem ser digeridos se eles estiverem fazendo um papel de bobos da corte para o telespectador. Não há nada na forma como o gay é apresentado na mídia que evidencie que ele é um ser com desejos sexuais, senão uma figura estranha, engraçada, grotesca. Nenhum episódio é ingênuo. Brian não foge à realidade do contexto social contemporâneo sobre sexualidade quando diz que em maioria, há apenas dois tipos de heteros. Os que odeiam os gays pelas costas e os que nos odeiam cara a cara.
Quando assisto a algum outro programa, série, filme que fale sobre diversidade sexual, nenhum deles chega ao nível de QAF porque nenhum abraça e levanta a bandeira da diversidade comportamental dos sexos como esta série o faz. Desde os anos oitenta, com o surgimento da aids, o sexo ficou enjaulado. Como se não fizesse completamente parte de nossa natureza. Criou-se uma paranoia de valores obtusos sobre o outro, sobre o corpo, sobre os relacionamentos, sobre os valores em cima de como se comporta o outro. Porque não devem ser apenas os gays quietinhos, recatados, ou ricos e musculosos, sem dar pinta, ou os ambientalistas bem engajados que querem construir uma família e encontrar um parceiro fixo para toda a vida que devem ser respeitados. Há os promíscuos, as travestis, as e os trans, os pobres, os ursos de calça de couro, os afeminados, os soropositivos. E sobre estes últimos, os soropositivos, QAF, logo na abertura da terceira temporada também impulsiona a desmistificação, ponto um casal sorodiscordante abraçado, mostrando sua existência. E além deles, principalmente Ben, irônica e propositalmente o personagem mais desejado da série – quem não quer ter um Ben pra chamar de seu? - por quem a assiste: um professor soropositivo que namora um dos personagens principais. Com o Ben não pude deixar de reparar na engenhosa construção de cada personagem da série. Ben, na trama, é um professor. Na verdade, não principalmente como professor de teoria da literatura, como mostra a série, mas, em nível simbólico, como um professor de desmitificações para o telespectador que o acompanha do outro lado da tela: como soropositivo, Bem em casa episódio nos dá uma aula, uma lição gigantesca, uma tarefa de casa, uma resposta a uma sociedade ainda bastante desinformada, paranoica com o corpo do outro e com o próprio corpo. Por isso que, além do Emmet, o mais queer de toda a série, Ben é meu personagem predileto.
Sentirei falta, muita, de todos os personagens. Embora nunca tenha conhecido uma mãe como a Debbie, ver a utopia que é sua figura encarnada numa personagem, acalenta um pouco a realidade de nossa e talvez a dos que, ainda dentro do armário, encaram a revelação da própria sexualidade para os pais como o fim do mundo. Enquanto, na realidade, os pais que acabam de “descobrir” a sexualidade dos filhos normalmente o punem, Debbie, quando aparece, mostra-se como um consolo, uma, talvez, grande mãe de todos os gays.
Há, claro, outros tantos ensinamentos passados nesses mais de 70 episódios de Queer As Folk. Para quem conseguir captá-los, um mais valioso e transformador que o outro: depois de percebê-los é impossível olhar ao redor da mesma forma. E por último, já que não conseguiria acrescentar algo que deixasse a série ainda melhor do que já é, uma resposta àqueles que nunca irão entender a nós, gays, e por isso tentam e continuarão tentando barrar nossos direitos civis de igualdade: que venham todas as marchas a favor da família, todos os felicianos, todos os malafaias! Nas palavras de Mike: “Como cantou a diva Gloria Gaynor, apesar deles, ‘I will survive’”.
In the Flesh (2ª Temporada)
4.3 10610 de maio! õ//
Cosmos: Uma Odisséia No Espaço Tempo
4.8 344Fiquei tonto com o primeiro episódio! Vale por umas 10 aulas de filosofia!
Queer as Folk (5ª Temporada)
4.6 121Assistindo aos pouquinhos cada um dos episódios. Horrível a sensação de que, cada novo episódio, um a menos.
Nunca Seque Lágrimas Sem Luvas
4.4 19Quatro estrelas. É lindo. O último capítulo consegue te apertar o coração. Mas esperava mais, confesso. Melhor direção, principalmente. Mas achei genial os cortes para a infância de Ramus e Benjamin. Ramus, tão explorador e quase sem prendimentos a vínculos, e Benjamin (o nome Benjamin significa "o filho mais querido"), tão ligado aos afetos e à proteção da família e das palavras de Deus. Deus, como sempre, Deus. Não é uma história bonita. O que brilha nela é pouco, mas o suficiente para emocionar.
A Sete Palmos (2ª Temporada)
4.5 133E ainda tem Caetano Veloso na trilha sonora, caralho!
Queer as Folk (3ª Temporada)
4.5 71Até a segunda temporada a série continuava boa, mas precisava de alguma coisa que movimentasse os personagens. A terceira temporada faz isso. Mais ousada em direção, em roteiro, em enredo e com a melhor trilha. A melhor temporada até agora!
A Sete Palmos (5ª Temporada)
4.8 478 Assista AgoraDe início: o que as 5 temporadas deste seriado me causaram não cabe aqui. Termino-o com a alma maior do que era quando comecei o primeiro episódio da primeira temporada. .Nós somos a vida e somos a morte também. Só havia me apegado tanto a algum personagem em livros e ainda não havia sentido o impulso de continuar com vontade dos personagens dos filmes ou séries. Nem Harry Potter me causou isso. Mas que dá uma vontade de continuar vendo a vida dos Fishers, dá. E muita. Six Feet Under mostra o extraordinário na relação vida > morte. Porque a vida serve pra distrair e a morte pra alertar. Em cada episódio, no primeiro minuto, um personagem morre. 5 temporadas de exibição sobre como a morte pode aparecer (atravessando uma rua, atacado por leões, tendo um ataque do coração ao ter uma visão do amor da sua vida quando jovem, suicidando-se, aos 5 anos, aos 95, aos 22, qualquer idade é idade. Porque para a morte o tempo não existe e ela é tão imensa quanto a vida.) e as diferentes formas de lidar com ela. O que me marca no seriado é a simplicidade do decorrer da vida dos personagens. Nenhum super herói. Nenhum com aquelas características marcantes de um personagem de ficção. São tão simples que parecem conosco. Levam vidas simples. Mas por terem uma mente, esse depósito indecifrável de mistério e vida, se tornam extraordinários dentro de seus limites. E nós somos como eles: simples, não somos super heróis, mas temos todos uma mente, esse depósito extraordinário de mistério e vida, e é isso o que nos iguala e nos unifica. Six Feet Under mostra a nossa miséria, nossos limites, expõe nossas capacidades de sermos humanos e imperfeitos, imperfeitíssimos. E o quanto nós não nos conhecemos e somos imprevisíveis para nós mesmos. Ri pra caralho, entrei naquela depressão pós-história-dramática com a morte de alguns personagens (e a morte fica mais próxima da realidade exatamente quando nos identificamos com algum personagem) e conheci meu personagem de ficção predileto: David Fisher. Embora, claro, eu tenha de lamentar perceber que me pareço mais do que eu gostaria com a Ruth, outra personagem incrível, embora seja para mim a mais miserável de toda a série. Quanto mais tenta parecer equilibrada, mais se depara com o desequilíbrio natural da nossa espécie diante dos modos com que nossa civilização leva a vida. Parabéns aos gênios criadores desta obra de prima que foi Six Feet Under. Lembro-me duma iluminação que me deu há alguns anos, quando um parente morreu e foi tratado como um qualquer por alguns da minha família (porque a morte mostra muito, muito mais do que o contrário da vida. Aliás, a morte mostra a vida como nada mais mostra): "Depois do nascimento, a morte é o acontecimento mais importante da nossa vida". Não há mais o que dizer. O resto guardo pra mim.
BBC - Vida
4.7 16Entre os favoritos. Não sei se é porque tenho como preferência os documentários sobre animais - os irracionais de verdade, não os humanos -, mas esse ganhou me ganhou totalmente. Não encontrei outro que pegassem em ângulos tão precisos os registros do comportamento de caça, acasalamento (Aquele ritual de dança mágico daqueles pássaros bailarinos, minha gente? Porra...), enfim, sobrevivência. Cada episódio é dividido taxonomicamente por reinos e temas. Graças a "Life" eu me apaixonei por baleias. Aqueles bichos existem mesmo, e eu viajo só de imaginar a grandeza delas.
Glee (4ª Temporada)
3.6 653 Assista AgoraAinda tentei não abandonar, mas não deu.