Baseado no livro de mesmo nome da autora Cho Nam-joo e estrelado por Gong Yoo e Jung Yu-Mi, que trabalharam juntos em “Train to Busan” e “Silenced”. Este também, é o primeiro longa-metragem da diretora Kim Do-yeong.
É fácil entender os motivos que levam este livro a ter controvérsias e atrair olhares de movimentos anti-feministas: conta-se a história de uma mulher envolta dos seus 30 anos, mãe e nascida na sociedade sul-coreana. Apesar do filme transpor alguns aspectos da cultura e nos relembrar de como as coisas funcionam por lá, é evidente que em cada uma de nós há um pouco de Kim Ji-young. Quando voltamos da escola e somos perseguidas por alguém, quando somos mães e somos questionadas da nossa capacidade após ter um filho, a opressão vivida diariamente em casa, no trabalho. É realmente difícil assistir e não pensar em quantos sonhos nossa mãe não abdicou pela nossa criação, não pensar nas irmãs e filhas que provavelmente terão que lidar com isso dia após dia e o mais interessante da abordagem do filme é em como isso resulta no psicológico humano.
Kim ji-young mostra sinais de exaustão mental, as vezes não lembra quem ela é. A maternidade sufoca, a rotina também. A sociedade costuma por as necessidades do homem em primeiro lugar, a empatia para eles é diferenciada. Felizmente, — diferente do que costumamos ver — o personagem de Gong Yoo, marido da mesma, é presente, empático e colocado a frente diariamente com comportamentos machistas de seus colegas de trabalho, o fazendo refletir sobre alguns aspectos que a maior parte dos homens não o faz e acaba por introduzindo a companheira a uma psiquiatra.
Numa época tão turbulenta, acredito que este filme seja essencial. É bem simples, cinematograficamente falando, um pouco apressado, combinado com uma trilha sonora introspectiva e brutalmente expondo problemas de uma forma tão real, o que o torna tão grande é que ele consegue te passar o efeito de uma linguagem muito universal. E se mulheres coreanas tem terminado seus relacionamentos após lerem o livro, ai que deve ser apreciado mesmo.
Não estava preparada pra isso... Acho que é o filme mais depressivo que já pude assistir. Iwai consegue expor todos os sentimentos de ser um adolescente da forma mais crua e realista que já vi: medo, solidão, angustia, uma sensação de sufocamento que não acaba... E a internet e a música são aliadas como forma de escape de todos estes sentimentos que rondam os adolescentes, que não fazem a minima ideia de como lidar e estão perdidos, sem esperanças, inseguros. Me fez pensar em como a internet nós dá uma falsa sensação de conhecimento das pessoas, mas nada nunca é o que parece. As pessoas mudam, nem sempre pra melhor.
Terminei de ver faz pouco tempo e ainda to tendo bastante dificuldade pra processar. Não sei o que me chamou mais atenção: se foram os personagens lidando com seus problemas, a cena de guerra simplesmente fantástica e absurdamente realista, as danças hipnotizantes e as músicas, o sentimento de nostalgia presente em cada detalhe do filme e a passagem de tempo mostrando como um país vai transformando sua cultura ao longo dos tempos... Simplesmente maravilhoso.
Um filme sensível e com um tema sempre muito atual, exposto com a delicadeza que só o Truffaut conseguia fazer. O discurso final do professor é lindíssimo.
"Você tem de lidar com as pessoas enquanto estão vivas (...) Eu me pergunto porque os homens não conseguem amar o presente. Ou eles continuam perseguindo o que já perderam, ou continuam sonhando além do seu alcance. Como podem aproveitar a vida desse jeito?(...) Você não pode encontrar a felicidade, até ter se desapegado de algo."
O cinema asiático consegue extrair algumas coisas como nenhum outro: A simplicidade, o "estar" em família, as relações cotidianas e o peso que carregamos delas internamente. Com esse filme não poderia ser diferente. O misto de sensações que senti ao assistir ele foi como nenhum outro. Tudo se encaixa: os detalhes da casa, os olhares fixando o nada, os diálogos carregados com um sentimento de tristeza, o luto presente em cada personagem... E o final eu só consegui pensar: Todas as coisas que deixamos de dizer né? As pessoas se vão, sempre. E alguma hora, seremos nós.
Kim Ji-Young: Born 1982
4.2 17Baseado no livro de mesmo nome da autora Cho Nam-joo e estrelado por Gong Yoo e Jung Yu-Mi, que trabalharam juntos em “Train to Busan” e “Silenced”. Este também, é o primeiro longa-metragem da diretora Kim Do-yeong.
É fácil entender os motivos que levam este livro a ter controvérsias e atrair olhares de movimentos anti-feministas: conta-se a história de uma mulher envolta dos seus 30 anos, mãe e nascida na sociedade sul-coreana. Apesar do filme transpor alguns aspectos da cultura e nos relembrar de como as coisas funcionam por lá, é evidente que em cada uma de nós há um pouco de Kim Ji-young. Quando voltamos da escola e somos perseguidas por alguém, quando somos mães e somos questionadas da nossa capacidade após ter um filho, a opressão vivida diariamente em casa, no trabalho. É realmente difícil assistir e não pensar em quantos sonhos nossa mãe não abdicou pela nossa criação, não pensar nas irmãs e filhas que provavelmente terão que lidar com isso dia após dia e o mais interessante da abordagem do filme é em como isso resulta no psicológico humano.
Kim ji-young mostra sinais de exaustão mental, as vezes não lembra quem ela é. A maternidade sufoca, a rotina também. A sociedade costuma por as necessidades do homem em primeiro lugar, a empatia para eles é diferenciada. Felizmente, — diferente do que costumamos ver — o personagem de Gong Yoo, marido da mesma, é presente, empático e colocado a frente diariamente com comportamentos machistas de seus colegas de trabalho, o fazendo refletir sobre alguns aspectos que a maior parte dos homens não o faz e acaba por introduzindo a companheira a uma psiquiatra.
Numa época tão turbulenta, acredito que este filme seja essencial. É bem simples, cinematograficamente falando, um pouco apressado, combinado com uma trilha sonora introspectiva e brutalmente expondo problemas de uma forma tão real, o que o torna tão grande é que ele consegue te passar o efeito de uma linguagem muito universal. E se mulheres coreanas tem terminado seus relacionamentos após lerem o livro, ai que deve ser apreciado mesmo.
Tudo Sobre Lily Chou-Chou
4.1 59 Assista AgoraNão estava preparada pra isso... Acho que é o filme mais depressivo que já pude assistir. Iwai consegue expor todos os sentimentos de ser um adolescente da forma mais crua e realista que já vi: medo, solidão, angustia, uma sensação de sufocamento que não acaba... E a internet e a música são aliadas como forma de escape de todos estes sentimentos que rondam os adolescentes, que não fazem a minima ideia de como lidar e estão perdidos, sem esperanças, inseguros.
Me fez pensar em como a internet nós dá uma falsa sensação de conhecimento das pessoas, mas nada nunca é o que parece. As pessoas mudam, nem sempre pra melhor.
Youth
4.0 7Terminei de ver faz pouco tempo e ainda to tendo bastante dificuldade pra processar. Não sei o que me chamou mais atenção: se foram os personagens lidando com seus problemas, a cena de guerra simplesmente fantástica e absurdamente realista, as danças hipnotizantes e as músicas, o sentimento de nostalgia presente em cada detalhe do filme e a passagem de tempo mostrando como um país vai transformando sua cultura ao longo dos tempos... Simplesmente maravilhoso.
O Que Eu Mais Desejo
4.0 126 Assista Agora"Escolhi o mundo em vez da minha família".
Na Idade da Inocência
4.1 37Um filme sensível e com um tema sempre muito atual, exposto com a delicadeza que só o Truffaut conseguia fazer. O discurso final do professor é lindíssimo.
Depois da Tempestade
3.9 53"Você tem de lidar com as pessoas enquanto estão vivas (...) Eu me pergunto porque os homens não conseguem amar o presente. Ou eles continuam perseguindo o que já perderam, ou continuam sonhando além do seu alcance. Como podem aproveitar a vida desse jeito?(...) Você não pode encontrar a felicidade, até ter se desapegado de algo."
O Homem Elefante
4.4 1,0K Assista AgoraPassei metade do filme chorando e a outra com ódio do ser humano por tratar uma pessoa assim com tanta crueldade.
Andando
4.2 58O cinema asiático consegue extrair algumas coisas como nenhum outro: A simplicidade, o "estar" em família, as relações cotidianas e o peso que carregamos delas internamente. Com esse filme não poderia ser diferente. O misto de sensações que senti ao assistir ele foi como nenhum outro. Tudo se encaixa: os detalhes da casa, os olhares fixando o nada, os diálogos carregados com um sentimento de tristeza, o luto presente em cada personagem... E o final eu só consegui pensar: Todas as coisas que deixamos de dizer né? As pessoas se vão, sempre. E alguma hora, seremos nós.
Poesia
4.1 189Os momentos finais desse filme são angustiantes. Terminei com um gosto agridoce na boca, mas só tenho a agradecer pela experiência.