Se Liga da Justiça fosse literatura, teríamos violado a sagrada lei da arte e invertido a ordem natural da imaginação humana.
Em 2017, o resumo, a adaptação do que ainda não havia, se quer, sido escrito. Os cortes, o ignorar do contexto, a leveza. O livre-arbítrio do deus criador em moldar a criatura para caber no espaço reduzido e escuro que a sétima arte é coagida a se esconder.
Quatro anos depois, carregada no colo pela licença poética, a imaginação liberta-se em um livro de quatro mil páginas. Com tantos detalhes de um contexto tão gigantesco à se perder nos capítulos. Com a mesma capacidade de responder muitas perguntas e formular outras ao ponto de comprometer a linearidade dos antecessores e sucessores volumes.
Isso chama-se ousadia! A arte vive em e através dos ousados.
Cada Super-Herói tem o vilão e as motivações que merece. No caso da Mulher, mesmo que Maravilha, merece uma anti-heroína forjada pela inveja e suas decisões sendo emocionalmente tomadas por um rélis mortal. Nada de novo no vale da imaginação feminina contada apartir da visão de homens.
O que torna 2h30 mais suportaveis é a artéria, com espessura de veia, culta e histórica que precisa oxigenar o contexto de uma antropologa cultural e arqueóloga com a classe de Gal Gadot.
Pra quem, na atual era da sétima arte, compara DC e Marvel, talvez não tenha percebido que o pior inimigo da DC é a própria DC.
Só vendo em sequência toda franquia é possível perceber que os filmes acompanham as exigencias do público, com alguns deslizes. E sim, já tivemos outras prioridades e já fomos melhores!
A DC só demorou um pouco mais, mas se rendeu aos apelos do século 21. Enquanto o macro é priorizado em explosões de cores em um mundo imaginário, os detalhes saltam aos olhos ao ponto de doer.
Na era das não exigências e piadinhas fora de hora, pegue sua pipoca, aperte os cintos porque a viagem é psicodélica e relaxe porque não precisará usar cognição.
Batman o super mais humano nasceu trapalhão, se tornou um adolescente de rebeldia sem causa com Robin e entrou na maturidade.
Um filme feito por gente grande! Tudo levado à sério! De contexto próximo da realidade à roteiro e o sempre destaque das franquias: o vilão, que nesse caso, nem tão vilão assim: Heath Ledger foi essencial para essa loucura tão lúcida, tão fluída. Ledger não somente atuou e deu rosto ao Coringa, ele deu vida e personalidade.
A não transição da década de 1990 para 2000 custou caro ao mais Super dos Supers. Saiu do "Fazemos o melhor com o que temos" para começar a cavar a cova que receberia no futuro a lápide com a frase: "DC finalmente". Do eterno Christopher Reeve para o sócia que passaria sete temporadas enterrado em DC's Legend of Tomorrow como uma mini lata. Passou do Superman à um homem que usa a cueca por cima da calça.
Uma vez ouvi o comentário: "Qual é o superpoder de Tony Stark? - Ser rico." Mas ele tinha um precursor da arquirrival DC.
Batman, embora não seja o mais super dos supers, é o que mais poderia se assemelhar à um utópico herói da vida real. No desastre desenfreado das franquias de super-heróis, esse acertou no alvo apostando aproximar o herói, o vilão e o contexto da nossa realidade. Como live action, é um bom drama.
O maior responsável pelo sucesso do herói é a construção do vilão. Por esse ponto de análise Batman leva vantagem, seus vilões são tão reais quanto a pior parte do ser humano.
Opostos e dispostos. Batman não existe sem Coringa. E nesse contraponto, sem esforço do julgo ético, o monocromático bem e mau vandalizando a obra policromo 'Nietzscheriana' da moral.
Como a maioria, essa foi mais uma franquia em declínio vertiginoso com o desfecho de uma modalidade que os estadunidenses são heróis, a autopropaganda inflamada de falsa modéstia.
Apesar do Supeman ser o mais, mais sério e afamado dos supers, é nítido que os problemas de produção e roteiro não é uma característica de época, talvez seja de público alvo e é até hoje. Nesse mesmo espaço-tempo, Star Wars estava dando uma surra monumental em qualquer aspecto enquanto, até nos dias atuais, aturamos uma comédia fora de ritmo e hora da infindáveis produções de super heróis.
Primeira tentativa de feminismo da DC nos anos de 1980: bruxas, no padrão cinematográfico, rivalizando por homem com o contraponto do Super-Homem, a Super-Garota em cenário colegial.
O começo, do ciclo viciante, da destruição de New York como meio e não como fim, não poderia expressar melhor o olhar inocente e profissional da decada de 1980.
A promessa é de um ar de Damien siameses. Mas a entrega é um drama psicológico carregado dessa relação gemelar fora do alcance de qualquer interpretação.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KSe Liga da Justiça fosse literatura, teríamos violado a sagrada lei da arte e invertido a ordem natural da imaginação humana.
Em 2017, o resumo, a adaptação do que ainda não havia, se quer, sido escrito. Os cortes, o ignorar do contexto, a leveza. O livre-arbítrio do deus criador em moldar a criatura para caber no espaço reduzido e escuro que a sétima arte é coagida a se esconder.
Quatro anos depois, carregada no colo pela licença poética, a imaginação liberta-se em um livro de quatro mil páginas. Com tantos detalhes de um contexto tão gigantesco à se perder nos capítulos. Com a mesma capacidade de responder muitas perguntas e formular outras ao ponto de comprometer a linearidade dos antecessores e sucessores volumes.
Isso chama-se ousadia!
A arte vive em e através dos ousados.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4KCada Super-Herói tem o vilão e as motivações que merece.
No caso da Mulher, mesmo que Maravilha, merece uma anti-heroína forjada pela inveja e suas decisões sendo emocionalmente tomadas por um rélis mortal. Nada de novo no vale da imaginação feminina contada apartir da visão de homens.
O que torna 2h30 mais suportaveis é a artéria, com espessura de veia, culta e histórica que precisa oxigenar o contexto de uma antropologa cultural e arqueóloga com a classe de Gal Gadot.
Aquaman
3.7 1,7KPra quem, na atual era da sétima arte, compara DC e Marvel, talvez não tenha percebido que o pior inimigo da DC é a própria DC.
Só vendo em sequência toda franquia é possível perceber que os filmes acompanham as exigencias do público, com alguns deslizes. E sim, já tivemos outras prioridades e já fomos melhores!
A DC só demorou um pouco mais, mas se rendeu aos apelos do século 21.
Enquanto o macro é priorizado em explosões de cores em um mundo imaginário, os detalhes saltam aos olhos ao ponto de doer.
Na era das não exigências e piadinhas fora de hora, pegue sua pipoca, aperte os cintos porque a viagem é psicodélica e relaxe porque não precisará usar cognição.
Liga da Justiça
3.3 2,5KA DC, quase sempre tendeu, salvo algumas ressalvas seja por direção catastrófica ou apelo à época que exigia exageros, a humanizar seus contextos.
Eis a excessão. Filme de bilheteria. Fracasso de crítica.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9KAlemães falando inglês é só um péssimo e irritante detalhe, digno estadunidense, do imenso simbolismo de uma mulher judia chutar a bunda de nazistas.
O filme é sobre ela, com um razoável contexto.
Gal Gadot com toda propriedade!
A personificação da Mulher-Maravilha.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0KQuando há equilíbrio, o exagero cai tão bem.
A construção da fragilidade de heróis é humanizá-los.
Snyder é o Super.
O Homem de Aço
3.6 3,9KPara nascer um super-herói no século 21 é preciso destruir uma lenda, uma cidade inteira e ter o planeta do tamanho do umbigo estadunidense.
Muitos efeitos visuais para pouco filme.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4KA sequência tem altos e baixos. O topo é Anne Hathaway.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraBatman o super mais humano nasceu trapalhão, se tornou um adolescente de rebeldia sem causa com Robin e entrou na maturidade.
Um filme feito por gente grande! Tudo levado à sério! De contexto próximo da realidade à roteiro e o sempre destaque das franquias: o vilão, que nesse caso, nem tão vilão assim: Heath Ledger foi essencial para essa loucura tão lúcida, tão fluída. Ledger não somente atuou e deu rosto ao Coringa, ele deu vida e personalidade.
A nossa criança levada à serio.
Superman: O Retorno
2.6 778A não transição da década de 1990 para 2000 custou caro ao mais Super dos Supers. Saiu do "Fazemos o melhor com o que temos" para começar a cavar a cova que receberia no futuro a lápide com a frase: "DC finalmente". Do eterno Christopher Reeve para o sócia que passaria sete temporadas enterrado em DC's Legend of Tomorrow como uma mini lata. Passou do Superman à um homem que usa a cueca por cima da calça.
Não é de todo mal. É de tudo ruim.
Batman Begins
4.0 1,4KUma vez ouvi o comentário: "Qual é o superpoder de Tony Stark? - Ser rico."
Mas ele tinha um precursor da arquirrival DC.
Batman, embora não seja o mais super dos supers, é o que mais poderia se assemelhar à um utópico herói da vida real. No desastre desenfreado das franquias de super-heróis, esse acertou no alvo apostando aproximar o herói, o vilão e o contexto da nossa realidade. Como live action, é um bom drama.
Mulher-Gato
2.0 1,1KComo transformar uma vilã quase moral em uma heroína quase imoral: Halle Barry, a mais Mulher-Gato.
Batman & Robin
2.3 993É impressionante a capacidade dessa franquia em convencer bons atores à personagens que não são pra eles e em meio a tanta porcaria.
Batman Eternamente
2.6 721Jim Carrey é a única peça a encaixar nessa charada dramática caricata psicodélica.
Batman: O Retorno
3.4 852O maior responsável pelo sucesso do herói é a construção do vilão. Por esse ponto de análise Batman leva vantagem, seus vilões são tão reais quanto a pior parte do ser humano.
Batman
3.5 831Opostos e dispostos. Batman não existe sem Coringa.
E nesse contraponto, sem esforço do julgo ético, o monocromático bem e mau vandalizando a obra policromo 'Nietzscheriana' da moral.
Superman IV: Em Busca da Paz
2.6 234Como a maioria, essa foi mais uma franquia em declínio vertiginoso com o desfecho de uma modalidade que os estadunidenses são heróis, a autopropaganda inflamada de falsa modéstia.
Apesar do Supeman ser o mais, mais sério e afamado dos supers, é nítido que os problemas de produção e roteiro não é uma característica de época, talvez seja de público alvo e é até hoje. Nesse mesmo espaço-tempo, Star Wars estava dando uma surra monumental em qualquer aspecto enquanto, até nos dias atuais, aturamos uma comédia fora de ritmo e hora da infindáveis produções de super heróis.
Supergirl
2.2 99Primeira tentativa de feminismo da DC nos anos de 1980: bruxas, no padrão cinematográfico, rivalizando por homem com o contraponto do Super-Homem, a Super-Garota em cenário colegial.
Superman III
2.7 231É uma crítica social que cedeu, sem nenhuma relutância, à era dos trapalhões.
Superman II: A Aventura Continua
3.5 252O começo, do ciclo viciante, da destruição de New York como meio e não como fim, não poderia expressar melhor o olhar inocente e profissional da decada de 1980.
Superman: O Filme
3.7 515 Assista AgoraO melhor superman, provavelmente.
Christopher Reeve o melhor Clark Kent, certamente.
Batman, o Homem-Morcego
3.4 105Um marco por décadas no início do auge da era tecnológica da comédia pastelão.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraSem medir esforços, toda ludicidade necessária para nos alcançar.
Gêmeos: Mórbida Semelhança
3.7 193A promessa é de um ar de Damien siameses. Mas a entrega é um drama psicológico carregado dessa relação gemelar fora do alcance de qualquer interpretação.