"...I'm running with the wolves tonight I'm running with the wolves I'm running with the wolves tonight I'm running with the wolves I'm running with the...”
"Mulheres que correm com os lobos" (Clarissa Pinkola Estés)
Que estética linda!! Amo animação em 2D. Parece as dos Estúdios Ghibli. Não conhecia a cantora Aurora e não sabia que essa animação faz parte de uma trilogia. Gratas surpresas. Congrats, Tomm Moore.
"I’m just afraid that if I died today, then my life would have amounted to nothing."
"Can't crush a soul here. That's what life on earth is for."
"A spark isn't a soul's purpose."
"The zone is enjoyable. But when that joy becomes an obsession, one becomes disconnected from life."
"Lost souls are obsessed by something that disconnects them from life."
"Life is full of possibilities. You just need to know where to look."
"We only have a short time on this planet. You want to become the person that you were born to be. Don’t waste your time on all the junk of life. Spend your precious hours doing what will bring out the real you. The brilliant passionate you, that’s ready to contribute to something meaningful into this world.”
"All the times I’ve been so close to getting to my dreams. – something always gets in the way.”
"Lord knows we need more teachers in this world.”
"Lost souls are not that different from those in the zone. The zone is enjoyable but when that joy becomes an obsession it becomes disconnected from life. For a time I was a lost soul myself."
"- Por que não usar uma arma ou faca? - Um distintivo assusta mais que uma arma."
"Não é uma questão de violência ou não violência. É uma questão de resistência ao fascismo ou de não existência dentro do fascismo! Podem matar um libertador, mas não matam a libertação! Podem matar um revolucionário, mas não matam uma revolução! E podem matar um combatente pela liberdade, mas não matam a liberdade!"
"Guerra é politica com derramamento de sangue. Politica é guerra sem derramamento de sangue."
"- My mom says that you’re homeless. Is that true? - No, I’m not homeless. I’m just houseless. Not the same thing, right? - No. - Don’t worry about me. I’m okay.”
“You can die out here. You’re out in the wilderness, far away from anybody. You can die out here. Don’t you understand that? You have to take it seriously. You have to have a way to get help. You have to be able to change your own tire.”
“The odd thing is that we not only accept the tyranny of the dollar, the tyranny of the marketplace, we embrace it. We gladly throw the yoke of the tyranny of the dollar on and live by it our whole lives. I think of an analogy as a workhorse. The workhorse that is willing to work itself to death, and then be put out to pasture. And that’s what happens to so many of us.”
“ If society was throwing us away, and sending us, the workhorse, out to the pasture, we workhorses had to gather together and take care of each other. And that’s what this is all about. The way I see it is that the Titanic is sinking, and economic times are changing. And so my goal is to get the lifeboats out and get as many people into the lifeboats as I can.”
"I worked for corporate America, you know, for twenty years. And my friend, Bill, worked for the same company, and he had liver failure. A week before he was due to retire, HR called him in hospice, and said, “Now, let’s talk about your retirement.” And he died ten days later, having never been able to take that sailboat that he bought out of his driveway. And he missed out on everything. And he told me before he died, “Just don’t waste any time, Merle. Don’t waste any time.” So I retired as soon as I could. I didn’t want my sailboat to be in the driveway when I died. So, yeah. And it’s not. My sailboat’s out here in the desert."
“I can’t imagine what you’re going through, the loss of your husband, and the loss of your whole town, and friends, and village, and that kind of loss is never easy. And I wish I had an easy answer for you. But I think you’ve come to the right place to find an answer. I think that, I think connecting to nature, and to a real true community, and tribe, will make all the difference for you. I hope so.”
“Before I moved into the Squeeze Inn, I was out looking for work, and putting in applications 2008, and it was just tough. And I got to a really, really low point. And I thought about suicide, and I decided I was going to go buy a bottle of booze, turn on the propane stove, and I was going to drink that booze until I passed out. And if I woke up, I was going to light a cigarette, and I was going to blow us all up. And I looked at my two sweet little trusting dogs, my Cocker Spaniel, and my little Toy Poodle, and I just couldn’t do that to them. And I thought, well, I can’t do that to me, either.”
“Maybe when I die, my friends will gather around the fire, and toss a rock into the fire in memory of me.”
“It's strange that you encourage people to invest their whole life savings, go into debt, just to buy a house they can't afford.”
"My dad used to say: ‘What’s remembered lives.’ I maybe spent too much of my life just remembering."
"Home, is it just a word? Or is it something that you carry within you?"
"One of the things I love most about this life is that there's no final goodbye. You know, I've met hundreds of people out here and I don't ever say a final goodbye. I always just say, "I'll see you down the road". And I do. And whether it's a month, or a year, or sometimes years, I see them again."
“Esse é um negócio onde o comprador só leva uma lembrança do que pagou. O que ele comprou ainda pertence a quem vendeu. Essa é a magia do cinema.”
“Ele disse a um amigo: ‘Eu pareço ter me tornado um rato numa ratoeira feita por mim, uma ratoeira que conserto sempre que percebo o perigo de uma abertura que me permita escapar.’”
“He confided in a friend: ‘I seem to have become more and more a rat in a trap of my own construction, a trap I regularly repair whenever there seems to be danger of an opening that will enable me to escape.’”
a personagem da Rahil sequer existiria, ou ao menos não da maneira que foi mostrada. Porque o que eu vi foi uma imigrante ilegal que luta com unhas e dentes pra tentar cuidar de Yonas (inclusive, como um bebê pode atuar tão bem e ser tão expressivo?) do jeito que o sistema que ela estava inserida permitia. Mesmo com toda dificuldade, ela não deixava de dar amor e de fazer tudo por ele. Nunca aceitou vendê-lo e nem o entregou quando foi presa, porque sabia que apesar de ser uma criança cuidando de outra, ainda era a melhor esperança que ela tinha, vide o desespero ao ver Zain preso. A cena dela ligando pra mãe e dizendo que esse mês não ia conseguir mandar dinheiro e a mãe dizendo: fale com a sua CAFETINA...
Tanto Zain e sua família são pobres, quanto Yonas e sua mãe também são, mas muito provavelmente o Yonas, na idade de Zain, jamais faria o discurso que Zain fez, porque ele teria sido criado com amor, mesmo em meio às dificuldades impostas por esse sistema podre.
Se fosse um filme eugenista, acredito eu que NÃO mostraria que pra o sistema, pobre não é ninguém, imigrante não é ninguém. Eu enxerguei tudo mais como denúncia do que acontece todos os dias. Não é nem só no Líbano, aqui mesmo no Brasil e acredito que em (?!) todo o mundo. A gente sabe que nada disso se trata de ficção...
Se fosse eugenista, acho que não teria nem a cena de que pra o governo, eles são parasitas porque não tem registro, porque são pobres, que a Sahar morreu na frente do hospital porque não deixaram sequer ser atendida. Acho que não teria a cena da mãe falando que ela não estava feliz com nada daquilo e que se a advogada passasse por muito menos do que ela passou, teria se matado. Essas e tantas outras cenas.
Ao meu ver ficou claríssima a crítica/denúncia ao governo, ao sistema inserido, a desigualdade social, a banalização das vidas, a religião, a cultura, a miséria, ao tráfico de humanos, a lei da sobrevivência independente do que quer que seja. É um problema sistêmico, econômico e social, e ainda bem maior do que o que foi mostrado.
Na minha opinião, filme sem defeitos, as atuações então nem se fala...
"- Sabe por que está aqui? - Sei. - Por quê? - Quero processar meus pais. - Por que quer processar seus pais? - Por terem me posto no mundo."
"- Para acabar com o sofrimento dela. Ela morria aos poucos conosco. Ela mal tinha cama para dormir. Mal comia, bebia ou tomava banho. Nunca via televisão. Eu pensei: 'Arranje um casamento, pelo menos terá uma cama. Uma cama de verdade. Com cobertas. Ela terá comida. - Nem imaginou que fosse dar nisso? - Não, nunca! Nunca quis que nada disso acontecesse. Acha que eu estou feliz por ele ter apunhalado alguém? Já pensou que, talvez, nada disso seja nossa culpa? Sou nascido e criado assim, por que me culpar? Se eu tivesse opção seria um homem melhor que todos vocês! - Não pode falar assim! - Com sua licença... quando eu sair daqui vou levar cusparadas. As pessoas pensam que eu sou um bicho. Eu nunca quis nada disso."
"– Querida, já falei que você pode economizar 1.500 dólares. Você me dá o Yonas, e o visto é grátis. - Nunca mais fale no Yonas, porque não vai acontecer! Nunca! - O moleque vive como um fugitivo aqui nesta terra. Se souberem do garoto, vocês dois são extraditados. Você o mantém escondido como um rato. O garoto nunca vê o sol e nem vai à escola. Quero que ele tenha pai e mãe. Ainda seria seu filho. Poderia visitá-lo. – Sei o que é melhor pro meu filho. Sei escondê-lo. Sei como alimentar e cuidar dele. – Estou dizendo que seu filho morreu antes mesmo de nascer! Ele não existe. Até garrafa de ketchup tem nome. Tem datas de produção e de validade. - Eu não preciso ouvir isso.”
"- Pra que você quer os documentos? Você quer virar gari? - Meus documentos, identidade, qualquer coisa! - Quem se importa com você, comigo ou qualquer um de nós? Não banque o adulto comigo, seu merdinha. Veio pegar documentos? Vem cá! Tenho muitos documentos. Quais você quer? Tenho documentos que podem me mandar para cadeia. Eu tenho uma ordem de despejo... Este é o documento mais importante... Volte aqui, você precisa ver! Este aqui vem de um hospital. É de partir o coração de qualquer um. Somos insetos, meu amigo, será que não entende? Somos parasitas. Você aceita uma vida sem documentos ou pode se jogar por uma janela. Entendeu?"
"Nós não somos seres humanos, somos insetos. Então para que documentos? Isso é para quem tem lugar na sociedade, no mundo."
“- É marido da... Qual o nome dela? - Sahar. - Qual a idade dela ao se casarem? - Onze. - Onze anos de idade? Acha que uma menina de 11 anos está apta ao casamento? - No meu entendimento... Sim, ela está. Ela desabrochou. Tinha chegado a hora... - Jura? Não sabia que ela era um tipo de planta que desabrochava. - Zain, por favor, se controle!"
"- Eu não sabia que ela poderia morrer disso. Muitas meninas do bairro se casam com essa idade. Até minha sogra se casou com essa idade. E ela está aí, firme e forte. - Quanto tempo foram casados antes dela engravidar? - Dois ou três meses. - Certo. Foi uma gravidez normal? - No começo, não notei nada errado. Aí ela começou a sangrar. Sangue à beça. - E então o que você fez? - Eu levei pro hospital com os pais dela. Ela morreu na porta do hospital. O hospital não aceitou a entrada dela."
"- Posso perguntar por que o hospital não aceitou? - Porque ela nunca foi registrada. - Doutora, creio já ser suficiente. - Eu trabalho feito um cão pra você ficar de pé aí me julgando? Como ousa me julgar? Alguma vez passou pelo que passo? Viveu minha vida? Nunca viveu como eu, nem nunca vai viver. Nem no seu pior pesadelo. Se tivesse que viver, você se enforcaria! Imagine ter que alimentar seus filhos com água e açúcar por não ter mais nada o que dar a eles. Eu cometeria 100 crimes pra manter meus filhos vivos. São os tesouros da minha vida! Ninguém tem direito de me julgar. Eu sou a minha juíza. Eles são sangue do meu sangue! Você entendeu?"
“Quero que os adultos ouçam o que tenho a dizer. Eu tenho nojo de gente que não pode cuidar dos filhos. O que as crianças ganham com isso? Todos os insultos, as surras e os chutes? A corrente, a mangueira ou o cinto? As frases mais bonitas que ouvi: 'Vai se foder, seu puto!', 'Te manda, cuzão!'. A vida é puro cocô. Mais suja que os sapatos que calço! Eu vivo no inferno. Sendo assado como a galinha que estou louco pra comer. A vida é perversa. Eu esperava me tornar um homem de bem, respeitado e amado. Mas Deus não quer isso. Ele nos quer como capachos pra sermos pisados. Zain Al Hajj
"Eu quero processar os meus pais. Quero que os adultos me ouçam. Que aqueles que não são capazes de criar os filhos, não tenham. Do que eu vou me lembrar? Da violência? Dos gritos? Dos palavrões? As palavras mais doces eram: 'sai daqui, filho da puta!'. A vida é uma merda, não vale bosta nenhuma. Vivo num inferno aqui, estou assando como um frango no espeto. A maior injustiça é a vida."
"Sorria, Zain. Essa foto é para sua identidade, não pra certidão de óbito."
''A vida que você reclama são as preces de alguém." Vi essa frase aqui mesmo e poxa vida, viu?!
Segunda coisa: 'Sound of Metal' é um título tão incrível, por que não deixar a tradução literal do título, Brasil? "Som de metal" faria tanto sentido. Não que 'Som do silêncio' não o faça, mas poxa...
Terceira coisa: Sem palavras pra sonoplastia desse filme e pra atuação de Riz Ahmed. Falava com os olhos.
Nem a falta de explicações pra algumas coisas diminuiu minha experiência com esse filme. Achei de uma sensibilidade descomunal. A palavra-chave é resiliência.
Nunca havia parado pra pensar na possibilidade de que o som do aparelho auditivo poderia não ser exatamente igual ao som que as pessoas sem problemas auditivos ouvem. Sempre deduzi automaticamente que fosse.
"Serenity is something you get when you stop wishing for a different past."
"It is important, if you want to be here, we are looking for a solution to this (points to head) not this (points to ears)."
"You don’t need to fix anything here."
"I want you to keep writing continuously without stopping until you feel like you can sit again."
"You’ve become very important to a lot of people around here."
"- I did the deed. Trying to save my fucking life. If I disappear, who cares? Nobody fucking cares, man. - The world does keep moving and it can be a damn cruel place, but for me, those moments of stillness, that place, that’s the Kingdom of God. And that place will never abandon you."
"- From where I’m sitting, you look and sound like an addict. - I’m fucking stupid. I’m sorry I asked. - Everybody here shares in the belief that being deaf is not a handicap. Not something to fix."
"It’s bad. Like high. Can you change the…"
(2) "I wonder, uh, all these mornings you’ve been sitting in my study, sitting, have you had any moments of stillness? Because you’re right, Ruben. The world does keep moving, and it can be a damn cruel place. But for me, those moments of stillness, that place, that’s the kingdom of God. And that place will never abandon you."
“Aquele Silêncio que você não ouviu, aquela quietude é Deus, mas você não soube parar para prestar atenção.”
Há anos acompanho Emicida e cada vez ele consegue se mostrar mais foda. O acho um dos maiores intelectuais que temos atualmente. Sem nunca perder a humildade, dá aula em cada quadro do programa na GNT/Youtube. Os livros infantis, só amor. <3 Que seja sempre assim, conquistando mais e mais espaço, porque a importância que esse homem tem é forte demais. Necessário!
Roubei parte do comentário do Valdenys Virtuoso de Lima, lá embaixo, porque eu não conseguiria resumir melhor nesse momento.
"É um filme de 1h30 que dá luz, voz e mostra as lutas dos atores negros que formaram essa peça chamada Brasil, apresentada aqui no Theatro Municipal de São Paulo. Resumindo, pode ser visto como uma aula de história super lúdica, lúcida, válida e bem essencial sobre o Brasil e os brasileiros. Sobre como essa árvore (social, histórica e culturalmente falando) de Pau-Brasil (tão ramificada, podada e, mesmo assim, frutífera) foi plantada por negros, regada por sangue negro e como boa parte de seus frutos sempre lhes foi negada. É sobre justiça histórica, sobre dar espaço àqueles que nos construíram, sobre como a luta pela liberdade não é completa se não for para todos, sobre como a brasilidade, a negritude, as raças, gêneros e os ritmos são intrinsecamente ligadas e que precisam ser exaltadas e lembradas, não segregadas ou apagadas."
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A vontade é de transcrever AmarElo inteiro, mas meu resumo foi esse Vade Mecum aqui, pra reler essa aula sempre.
“Eu peço permissão a vocês porque eu dediquei ao meu filho, esperando que no futuro ele não encontre nunca aqueles problemas que eu encontrei e tenho às vezes encontrado, apesar de me chamar Wilson Simonal de Castro.”
“Lalalallalala Sim, sou negro de cor, meu irmão de minha cor. O que te peço é luta, sim. Luta mais! Que a luta está no fim... Cada negro de for, mais um negro virá. Para lutar com sangue ou não. Com uma canção também se luta, irmão. Ouvir minha voz, oh yeah, lutar por nós...”
“Sou um moleque da pele escura do Brasil, tá ligado? E a gente precisa realmente, mano, bater nessa tecla e ressaltar isso aí, pra que cada geração venha pior que nós. Quando um cara chama outro de macaco, o que todo mundo faz? Vira pro preto pra ver a reação dele, quando o correto é virar pro branco e falar: ‘Caralho, passou cinco séculos e vocês tão na mesma?’ Eu não sou o alvo dos racistas, eu sou o pesadelo deles.”
“Não sou convencido, sou convincente.”
“Às vezes, eu me sinto um fotógrafo, mas não um fotógrafo comum. E sim, um tipo aquele do poema de Manoel de Barros, onde ele se descreve como um fotógrafo do invisível. Escrever, pra mim, é ter a bênção de passear pelo tempo. Estar aqui e agora, mas poder visitar e sentir, e também compartilhar os sentimentos, tanto do ontem quanto os de amanhã. Ver minha mãe mexendo na terra me ensinou o valor disso. Quando li sobre a força da horta, durante o tempo em que nosso Mandela ficou preso, fiquei comovido com como tanta reflexão maravilhosa pode estar guardada dentro de uma semente. Foram Dona Jacira e Nelson Mandela que me ensinaram sobre respeitar o tempo e me conectar com o ciclo da vida. E foi esse intensivo de anos que fez eu me sentir um ser humano completo.”
“Que maravilha que é poder entregar flores a quem você admira enquanto eles ainda podem sentir o cheiro delas.”
“...Como em catequeses, logo perguntei: pra oxalá e pra Nossa Senhora, em que altura você mora agora? Um dia lhe visitarei.”
“Essa é a minha linha favorita, sabia? Mas no caso do seu Wilson, ele faleceu, aí a pergunta é: ‘Em que altura você mora agora? Entendeu?’”
“Eu sempre achei estranho porque sinto como se me vissem representando o feminismo negro, e por que vocês aqui no Brasil precisam olhar para os EUA? Não entendo. Acho que aprendi mais com Lélia Gonzalez do que vocês poderão aprender comigo.”
“Sabe quando nossas mãezonas, nossas tiazinhas mesmo de quebrada, as veinha, as nega véia falavam pra nós assim: ‘Cê já é preto, mano, cê vai ter que fazer dez vezes melhor pra cê ser visto como igual, tá ligado?' Eu acho que isso continua valendo e a gente tem que pensar que a gente precisa estudar dez vezes mais porque a gente vai jogar no campo minado. Onde sua vida vale menos, tá ligado? O luto gerado pelo seu corpo morto é menor, tá ligado? A compreensão de qualquer deslize que ice possa vir a ter, que é uma coisa que todo mundo tá sujeito, é menor quando você é um corpo preto, tá ligado?”
“...Oitenta tiros te lembram que existe pele alva e pele alvo. Quem disparou usava farda. Quem te acusou, nem lá num tava. É porque um corpo preto morto é tipo os hit das paradas. Todo mundo vê mas essa porra não diz nada. (...) Primeiro, sequestra eles. Rouba eles. Mente sobre eles. Nega o Deus deles, ofende. Separa eles...”
“O mais bizarro é que essa lei ordinária segue em vigor até hoje.”
“Polícia na favela: ‘Morador não manda na comunidade.’ Morador da favela: ‘Vocês estão na casa da gente.’ Polícia na favela: ‘Já pensou se, no mesmo dia que vocês vêm, a gente programa uma operação grande na favela? Emicida no meio de uma troca de tiros? Olha a merda que vai dar!’”
“Não acho que a gente está juntando as bandeiras. O que eu acho que a gente está fazendo, mano, é tirar essa coisa nublada que faz com que as pessoas entendam a gente como lutas separadas, entendeu? Não tem como você lutar por liberdade pela metade. A partir do momento que você mergulha numa reflexão sobre gênero, numa reflexão sobre classe, numa reflexão sobre raça, tá ligado? Tipo, tem duas maneiras de você conduzir isso. Uma é hipócrita, que pensa só em você. É egoísta. A outra é: se a gente quer isso pra nós, a gente quer isso pra todo mundo.”
“Assim como o prisma decompõe a luz branca em muitas cores, eu gostaria de decompor o preconceito em muitas outras oportunidades unidas no AmarElo.”
É nossa forma de dizer pra cada um dos irmãos e irmãs que estão na rua que eles não podem desistir. É usar a força do amar, que é uma coisa que todos os seres humanos são capazes de fazer, pra construir esse elo. É como se abrisse um portal e todos aqueles brabos que vieram antes de mim, dissessem assim: ‘Zica, vai lá. A vida só faz sentido quando a gente se relaciona, quando a gente se encontra. E a sensação de cantar com Majur e Pabllo é a de que o mundo inteiro se encontra em nós. Fela Kuti dizia que a música é uma arma. Explodir essas correntes de ódio e rancor é o que a gente faz, quando junta Belchior e canta essa canção.”
“Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro. Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro! (...) Sem o torro, nossa vida não vale a de um cachorro triste. Hoje cedo não era um hit, era um pedido de socorro. (...) Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes. Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência é roubar o pouco de bom que eu vivi. Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes. Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes. É dar o troféu pro nosso algoz e fazer ‘nóiz’ sumir.”
“A Laboratório Fantasma é um sonho coletivo. Um sonho que começou muito antes da gente se materializar nesse plano. Seu Wilson das Neves uma vezes falou isso pra nós: ‘Um cigarro você quebra, agora um maço já é mais difícil.’ Essa foi a forma q ele encontrou de dizer: ‘Fiquem juntos, assim vocês continuam fortes.’”
“Uma parada dessas fortalece tudo que a gente representa, mano. E fortalecidos, estamos prontos pra lutar contra os monstrão gigantes! Mas tinha um pequeno detalhe. Bem pequeno mesmo. Pra ser mais exato, um detalhe microscópico estava prestes a criar um estrago dantesco...”
“O que a gente tem é uma situação muito emblemática. Uma das primeiras vítimas de coronavírus foi uma empregada doméstica. Pegou coronavírus da sua patroa. Isso é muito simbólico, isso é muito forte. As pessoas pobres se contaminam mais. Os abismos sociais impossibilitam que as pessoas mais pobres e muitas vezes as mais pobres também são as pessoas mais pretas, venham a se recuperar dessa doença. Isso é desesperador. Para os iorubás antigos, nada é novo. Tudo que acontece agora, já aconteceu antes. Então você tem uma pandemia gerada por um vírus, que infectou uma quantidade absurda de gente no planeta inteiro, espalhando medo, espalhando insegurança e trancando todo mundo em suas casas, receosos com relação ao outro e ao futuro. Quando você reflete com atenção sobre a natureza das coisas, você consegue antever alguns acontecimentos... porque de alguma maneira, a natureza sempre completa o seu ciclo, ela gira tipo um disco de vinil na vitrola."
"A gente viajou tanto no tempo que eu me esqueci de dizer uma coisa importante: há exatamente um século atrás, o mundo começava a vencer a pandemia gerada pela gripe espanhola e um cinema decide juntar oito músicos no seu saguão pra espantar o medo e atrair as pessoas novamente pro seu interior. Esses oito músicos eram os nossos Oito Batutas, que depois iriam ganhar o mundo. Não é mágico pensar que num momento como aquele, o samba foi o dissipador do desespero, o embaixador do encontro, do sorriso e dos abraços? E é por isso que eu amo esse ditado: ‘Exu matou um pássaro ontem com a pedra que só jogou hoje.’ Todas as nossas chances de consertar os desencontros do passado moram no agora. Por isso, camaradas, é que é tudo pra ontem.”
“Tudo, tudo, tudo que noiz tem é noiz.”
“[Marielle Franco] É fundamental porque marca o que é o século 21, que é esse momento que a gente vive de impulsionar, de fortalecer, de mais visibilidade para essas mulheres negras. Então, o que Dona Ruth começa lá atrás, é o que tá florescendo hoje.”
“É TÃO TRISTE TER QUE VIR COISA RUIM PRA NOS UNIR. E nem assim agora, mano, vamo embora a tempo. Viver é partir, voltar e repartir (é isso).”
“O Criador deixou a humanidade aqui na Terra e foi pra algum outro lugar do Cosmos. Um dia, Ele se lembrou de nós e disse: ‘Ah, eu deixei minhas criaturas lá na Terra, preciso ver o que elas se tornaram.’ Mas enquanto fazia esse movimento incrível de vir até aqui nos ver, Ele pensou: ‘E se eles tiverem se tornado algo pior do que eu posso conceber? O melhor seria não ter um encontro pessoal com eles. Vou fazer o seguinte: vou me transformar em uma outra criatura para ver as minhas criaturas.’ Ele se transformou num tamanduá e saiu pela campina. Em certo momento, um grupo de caçadores, munidos de bordunas e laços, se encostaram numa paisagem, avançaram sobre ele, o prenderam e levaram pro acampamento com a intenção óbvia de comê-lo. Duas crianças gêmeas que observavam a cena, evitaram que ele fosse levado para a fogueira. Ele então se revelou para os meninos, que, antes que os adultos descobrissem, acobertaram a sua fuga. Do lado de uma colina, os meninos gritaram: ‘Avô, avô, o que você achou da gente, das suas criaturas?’. E Deus respondeu: ‘Mais ou menos.’”
“Morte é quando a tragédia vira um costume, pra diferença da qual ninguém tá imune. Mas ouça de alguém que nasceu num tapume: ‘É só na escuridão que se percebe os vagalumes.’"
"O New York Times tentou contato direto com Britney Spears para solicitar sua participação no projeto. Não se sabe se ela chegou a receber as mensagens."
Me indicaram o livro. Comecei a ler e abandonei no comecinho. Resolvi dar mais uma chance e me vi super envolvida. Nem sequer o fato de sacar o final antes de terminá-lo tirou o brilho. Aí vim ver o filme e... Meu deus do céu, mudaram um mói de coisa, tiraram outras que teriam feito tanta diferença! Nam, gostei não... Se não tivesse lido o livro, talvez tivesse outra impressão/percepção, não sei. Só sei que fiquei: "ok, tá poético, mas...????"
"- You ready? - Mom, is this real? - What do you mean? - I'm not sure what it's supposed to do. - Well, honestly, i don't know... do you like it, when we do it? - I like being by you. - I like being by you, too. - And it feels nice, i guess. - Well maybe, that's all that matters. - Maybe we don't need the brush. - Okay. - I love you. - I love you, too."
"- O que você faz? - Recursos Humanos numa empresa que produz barras de proteína. Meu diploma de inglês realmente valeu a pena! - Ok. O que você queria fazer? - Se eu tivesse um sonho que não se realizasse, eu poderia pelo menos estar chateada com o mundo. Em vez disso, estou apenas chateada comigo mesma."
"- Digamos que se você pegasse um navio de madeira e substituísse uma tábua a cada ano. Eventualmente, o navio seria composto de tábuas inteiramente novas e não haveria mais nada do navio original. Então, ainda é o mesmo navio? Ou um navio novo? - Um navio novo. - Por quê? - Apenas é. Nada é o mesmo. É um novo navio, baby! Noveau beateau. - Então, e as pessoas? A maioria das células do seu corpo se dividiu e se regenerou desde que você era um bebê. - Então eu acho que não sou eu, sem as minhas partes originais. - Bem, há uma parte de nós que não pode se regenerar. - Que parte? - As células auditivas nos nossos ouvidos. Sim, elas não podem se regenerar... Uma vez que elas estão mortas, elas estão mortas."
"- Por que não posso ser honesta e dizer que ficaremos melhores uma sem a outra? - Porque vai machucá-la. E se você a machucar, você vai se arrepender. Meninas não se curam. - Meninas curam. - Não, nós não. Podemos parecer que somos todos melhores, mas se você olhar de perto, estaremos cobertas de corretivo."
Comentários roubados da Ari e do Renato, lá embaixo, só porque eles falaram tudo que achei do filme e que não quero esquecer.
"O filme é bom justamente pela simplicidade. Parece que algumas pessoas nunca ouviram falar no gênero crônica. Uma das melhores críticas a clásse média(mérdia) Brasileira. Quem já morou em uma rua, onde tem um pessoal da classe média que se acha rico só porque mora em um condomínio com um pouco mais de estrutura, sabe muito bem do que o filme se trata. Quanto ao fato do protagonista ser chato, acho que era justamente a intenção do filme. Retratar um típico cidadão de classe média brasileira. Comum, sem sal, sem emoção, aquele que vive por viver. O "chato" do filme, é proposital. Justamente pra você olhar pra sua vida e do que está fazendo dela. Resumindo: A vida da classe média brasileira é um porre. E a negação do seu espaço e lugar é o que acaba com ela. O fato dela sempre tentar se alocar em posições de uma classe mais alta, faz com que essa negação a torne amórfica. Sem falar nos detalhes que permeiam o mundo dessa gente.
A facilidade em comprar drogas, sem a preocupação de ser morto pela polícia. Onde os grandes problemas que habitam o seio dessa gente são um cachorro que não para de latir, reuniões de condomínios intermináveis, um emprego que o cara detesta e um relacionamento broxante que não dá em nada.
Quem não conseguir perceber o contraste que existe entre essas coisas e o restante do país tem que sair da sua bolha. Estão vivendo uma vida tão merda quanto os personagens desse filme. Achei até melhor que Bacurau. Quem reclamou de tédio vendo o filme, é só voltar a ver os filmes do Van Damme.
Obs: Irandhir Santos, gigante"
"Assustador. Me senti tensa em boa parte do filme, tudo era sugestivo a uma tragédia. O passado e o presente se cruzaram em meros eventos cotidianos. Feridas abertas que se rompem em violência. Os ruídos dos fantasmas que assombram os vivos. Acho que a coisa mais assustadora desse filme é assisti-lo e se ver de volta, como um reflexo, uma reflexão de períodos subterrâneos, soterrados e que nos perseguem em sonhos."
“Um mundo sem os Beatles é um mundo infinitamente pior.”
A ideia era tão maravilhosa, pena que foi mal executada. Cenas forçadas, bobinhas, sem nexo algum. O que salva mesmo são as músicas, as referências e as sacadas. Não é de todo ruim, só é “sessão da tarde” e eu estava esperando outra coisa. Até dá pra se emocionar em alguns momentos, como na cena de
Lennon vivo... “Você chegou aos 78.” Isso representa tanto!
Um mundo sem Beatles, sem Oasis e sem Harry Potter? Ah não, queria viver nesse mundo não! Hahahaha sem cigarros e sem Coca-cola tudo bem, mas sem esses três não.
Na cena do último show, achei que ele fosse cantar Something. In my opinion, perderam a oportunidade. No mais, gostei.
“You, who saw it all, or who saw flashes and fragments, take from us some example, try and get yourselves together, clean up your act, find your community, pick up on some kind of redemption of your own consciousness, become mindful of your own friends, your own work, your own proper meditation, your own art, your own beauty, go out and make it for your own Eternity”. Allen Ginsberg.
"Lembro a mim mesma que tive sorte de ter passado um tempo com ele. O que não sei ao certo é se nossas vidas foram tão diferentes das vidas das pessoas que salvamos. Somos todos mortais."
Wolfwalkers
4.3 236 Assista Agora"...I'm running with the wolves tonight
I'm running with the wolves
I'm running with the wolves tonight
I'm running with the wolves
I'm running with the...”
"Mulheres que correm com os lobos" (Clarissa Pinkola Estés)
Que estética linda!! Amo animação em 2D. Parece as dos Estúdios Ghibli. Não conhecia a cantora Aurora e não sabia que essa animação faz parte de uma trilogia. Gratas surpresas. Congrats, Tomm Moore.
Meu Deus, eu amei tudo nesse filme!!!
Soul
4.3 1,4KJá quero uma continuação com
a vida da 22, desde nascendo até morrendo e chegando no outro lado depois de subir na escada-rolante. Hahahaha
"I’m just afraid that if I died today, then my life would have amounted to nothing."
"Can't crush a soul here. That's what life on earth is for."
"A spark isn't a soul's purpose."
"The zone is enjoyable. But when that joy becomes an obsession, one becomes disconnected from life."
"Lost souls are obsessed by something that disconnects them from life."
"Life is full of possibilities. You just need to know where to look."
"We only have a short time on this planet. You want to become the person that you were born to be. Don’t waste your time on all the junk of life. Spend your precious hours doing what will bring out the real you. The brilliant passionate you, that’s ready to contribute to something meaningful into this world.”
"All the times I’ve been so close to getting to my dreams. – something always gets in the way.”
"Lord knows we need more teachers in this world.”
"Lost souls are not that different from those in the zone. The zone is enjoyable but when that joy becomes an obsession it becomes disconnected from life. For a time I was a lost soul myself."
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraQue ideia de girino, viu?
Ps. Eu sei que é jerico. Kkk
Judas e o Messias Negro
4.1 517 Assista AgoraToda vez que falava dos porcos, eu me lembrava de "A Revolução dos Bichos" de George Orwell...
"- Por que não usar uma arma ou faca?
- Um distintivo assusta mais que uma arma."
"Não é uma questão de violência ou não violência. É uma questão de resistência ao fascismo ou de não existência dentro do fascismo! Podem matar um libertador,
mas não matam a libertação! Podem matar um revolucionário, mas não matam uma revolução! E podem matar um combatente pela liberdade, mas não matam a liberdade!"
"Guerra é politica com derramamento de sangue. Politica é guerra sem derramamento de sangue."
Minari - Em Busca da Felicidade
3.9 551 Assista Agora❥ 🖤 ❥
Nomadland
3.9 896 Assista Agora"- My mom says that you’re homeless. Is that true?
- No, I’m not homeless. I’m just houseless. Not the same thing, right?
- No.
- Don’t worry about me. I’m okay.”
“You can die out here. You’re out in the wilderness, far away from anybody. You can die out here. Don’t you understand that? You have to take it seriously. You have to have a way to get help. You have to be able to change your own tire.”
“The odd thing is that we not only accept the tyranny of the dollar, the tyranny of the marketplace, we embrace it. We gladly throw the yoke of the tyranny of the dollar on and live by it our whole lives. I think of an analogy as a workhorse. The workhorse that is willing to work itself to death, and then be put out to pasture. And that’s what happens to so many of us.”
“ If society was throwing us away, and sending us, the workhorse, out to the pasture, we workhorses had to gather together and take care of each other. And that’s what this is all about. The way I see it is that the Titanic is sinking, and economic times are changing. And so my goal is to get the lifeboats out and get as many people into the lifeboats as I can.”
"I worked for corporate America, you know, for twenty years. And my friend, Bill, worked for the same company, and he had liver failure. A week before he was due to retire, HR called him in hospice, and said, “Now, let’s talk about your retirement.” And he died ten days later, having never been able to take that sailboat that he bought out of his driveway. And he missed out on everything. And he told me before he died, “Just don’t waste any time, Merle. Don’t waste any time.” So I retired as soon as I could. I didn’t want my sailboat to be in the driveway when I died. So, yeah. And it’s not. My sailboat’s out here in the desert."
“I can’t imagine what you’re going through, the loss of your husband, and the loss of your whole town, and friends, and village, and that kind of loss is never easy. And I wish I had an easy answer for you. But I think you’ve come to the right place to find an answer. I think that, I think connecting to nature, and to a real true community, and tribe, will make all the difference for you. I hope so.”
“Before I moved into the Squeeze Inn, I was out looking for work, and putting in applications 2008, and it was just tough. And I got to a really, really low point. And I thought about suicide, and I decided I was going to go buy a bottle of booze, turn on the propane stove, and I was going to drink that booze until I passed out. And if I woke up, I was going to light a cigarette, and I was going to blow us all up. And I looked at my two sweet little trusting dogs, my Cocker Spaniel, and my little Toy Poodle, and I just couldn’t do that to them. And I thought, well, I can’t do that to me, either.”
“Maybe when I die, my friends will gather around the fire, and toss a rock into the fire in memory of me.”
“It's strange that you encourage people to invest their whole life savings, go into debt, just to buy a house they can't afford.”
"My dad used to say: ‘What’s remembered lives.’ I maybe spent too much of my life just remembering."
"Home, is it just a word? Or is it something that you carry within you?"
"One of the things I love most about this life is that there's no final goodbye. You know, I've met hundreds of people out here and I don't ever say a final goodbye. I always just say, "I'll see you down the road". And I do. And whether it's a month, or a year, or sometimes years, I see them again."
Quo Vadis, Aida?
4.2 177 Assista AgoraAno 1995... Mil novecentos e noventa e cinco....
O Tigre Branco
3.8 403 Assista Agora"No seu país também é assim?"
“Eu estava preso no galinheiro, e sem um jogo milionário de perguntas e respostas que pudesse ganhar para se salvar.”
Mank
3.2 462 Assista AgoraSirius Black fazendo aquela cena em frente a mesa de Lorde Tywin Lannister... Coragem, viu?!
Mank
3.2 462 Assista AgoraO filme que me fez estrear o recurso de aumentar velocidade da Netflix.
Gostei que é cheio de referências.
“Esse é um negócio onde o comprador só leva uma lembrança do que pagou. O que ele comprou ainda pertence a quem vendeu. Essa é a magia do cinema.”
“Ele disse a um amigo: ‘Eu pareço ter me tornado um rato numa ratoeira feita por mim, uma ratoeira que conserto sempre que percebo o perigo de uma abertura que me permita escapar.’”
“He confided in a friend: ‘I seem to have become more and more a rat in a trap of my own construction, a trap I regularly repair whenever there seems to be danger of an opening that will enable me to escape.’”
Meu Pai
4.4 1,2K Assista Agora“I feel as if I'm losing all my leaves. The branches, and the wind, and the rain. I don't know what's happening anymore."
"What about me? Who exactly am I?"
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraVi aqui algumas pessoas falando que Cafarnaum tem um discurso eugenista e discordo totalmente. Acho que se assim fosse,
a personagem da Rahil sequer existiria, ou ao menos não da maneira que foi mostrada. Porque o que eu vi foi uma imigrante ilegal que luta com unhas e dentes pra tentar cuidar de Yonas (inclusive, como um bebê pode atuar tão bem e ser tão expressivo?) do jeito que o sistema que ela estava inserida permitia. Mesmo com toda dificuldade, ela não deixava de dar amor e de fazer tudo por ele. Nunca aceitou vendê-lo e nem o entregou quando foi presa, porque sabia que apesar de ser uma criança cuidando de outra, ainda era a melhor esperança que ela tinha, vide o desespero ao ver Zain preso. A cena dela ligando pra mãe e dizendo que esse mês não ia conseguir mandar dinheiro e a mãe dizendo: fale com a sua CAFETINA...
Tanto Zain e sua família são pobres, quanto Yonas e sua mãe também são, mas muito provavelmente o Yonas, na idade de Zain, jamais faria o discurso que Zain fez, porque ele teria sido criado com amor, mesmo em meio às dificuldades impostas por esse sistema podre.
Se fosse um filme eugenista, acredito eu que NÃO mostraria que pra o sistema, pobre não é ninguém, imigrante não é ninguém. Eu enxerguei tudo mais como denúncia do que acontece todos os dias. Não é nem só no Líbano, aqui mesmo no Brasil e acredito que em (?!) todo o mundo. A gente sabe que nada disso se trata de ficção...
Se fosse eugenista, acho que não teria nem a cena de que pra o governo, eles são parasitas porque não tem registro, porque são pobres, que a Sahar morreu na frente do hospital porque não deixaram sequer ser atendida. Acho que não teria a cena da mãe falando que ela não estava feliz com nada daquilo e que se a advogada passasse por muito menos do que ela passou, teria se matado. Essas e tantas outras cenas.
Ao meu ver ficou claríssima a crítica/denúncia ao governo, ao sistema inserido, a desigualdade social, a banalização das vidas, a religião, a cultura, a miséria, ao tráfico de humanos, a lei da sobrevivência independente do que quer que seja. É um problema sistêmico, econômico e social, e ainda bem maior do que o que foi mostrado.
Na minha opinião, filme sem defeitos, as atuações então nem se fala...
"- Sabe por que está aqui?
- Sei.
- Por quê?
- Quero processar meus pais.
- Por que quer processar seus pais?
- Por terem me posto no mundo."
"- Para acabar com o sofrimento dela. Ela morria aos poucos conosco. Ela mal tinha cama para dormir. Mal comia, bebia ou tomava banho. Nunca via televisão. Eu pensei: 'Arranje um casamento, pelo menos terá uma cama. Uma cama de verdade. Com cobertas. Ela terá comida.
- Nem imaginou que fosse dar nisso?
- Não, nunca! Nunca quis que nada disso acontecesse. Acha que eu estou feliz por ele ter apunhalado alguém? Já pensou que, talvez, nada disso seja nossa culpa? Sou nascido e criado assim, por que me culpar? Se eu tivesse opção seria um homem melhor que todos vocês!
- Não pode falar assim!
- Com sua licença... quando eu sair daqui vou levar cusparadas. As pessoas pensam que eu sou um bicho. Eu nunca quis nada disso."
"– Querida, já falei que você pode economizar 1.500 dólares. Você me dá o Yonas, e o visto é grátis.
- Nunca mais fale no Yonas, porque não vai acontecer! Nunca!
- O moleque vive como um fugitivo aqui nesta terra. Se souberem do garoto, vocês dois são extraditados. Você o mantém escondido como um rato. O garoto nunca vê o sol e nem vai à escola. Quero que ele tenha pai e mãe. Ainda seria seu filho. Poderia visitá-lo.
– Sei o que é melhor pro meu filho. Sei escondê-lo. Sei como alimentar e cuidar dele.
– Estou dizendo que seu filho morreu antes mesmo de nascer! Ele não existe. Até garrafa de ketchup tem nome. Tem datas de produção e de validade.
- Eu não preciso ouvir isso.”
"- Pra que você quer os documentos? Você quer virar gari?
- Meus documentos, identidade, qualquer coisa!
- Quem se importa com você, comigo ou qualquer um de nós? Não banque o adulto comigo, seu merdinha. Veio pegar documentos? Vem cá! Tenho muitos documentos. Quais você quer? Tenho documentos que podem me mandar para cadeia. Eu tenho uma ordem de despejo... Este é o documento mais importante... Volte aqui, você precisa ver! Este aqui vem de um hospital. É de partir o coração de qualquer um. Somos insetos, meu amigo, será que não entende? Somos parasitas. Você aceita uma vida sem documentos ou pode se jogar por uma janela. Entendeu?"
"Nós não somos seres humanos, somos insetos. Então para que documentos? Isso é para quem tem lugar na sociedade, no mundo."
“- É marido da... Qual o nome dela?
- Sahar.
- Qual a idade dela ao se casarem?
- Onze.
- Onze anos de idade? Acha que uma menina de 11 anos está apta ao casamento?
- No meu entendimento... Sim, ela está. Ela desabrochou. Tinha chegado a hora...
- Jura? Não sabia que ela era um tipo de planta que desabrochava.
- Zain, por favor, se controle!"
"- Eu não sabia que ela poderia morrer disso. Muitas meninas do bairro se casam com essa idade. Até minha sogra se casou com essa idade. E ela está aí, firme e forte.
- Quanto tempo foram casados antes dela engravidar?
- Dois ou três meses.
- Certo. Foi uma gravidez normal?
- No começo, não notei nada errado. Aí ela começou a sangrar. Sangue à beça.
- E então o que você fez?
- Eu levei pro hospital com os pais dela. Ela morreu na porta do hospital. O hospital não aceitou a entrada dela."
"- Posso perguntar por que o hospital não aceitou?
- Porque ela nunca foi registrada.
- Doutora, creio já ser suficiente.
- Eu trabalho feito um cão pra você ficar de pé aí me julgando? Como ousa me julgar? Alguma vez passou pelo que passo? Viveu minha vida? Nunca viveu como eu, nem nunca vai viver. Nem no seu pior pesadelo. Se tivesse que viver, você se enforcaria! Imagine ter que alimentar seus filhos com água e açúcar por não ter mais nada o que dar a eles. Eu cometeria 100 crimes pra manter meus filhos vivos. São os tesouros da minha vida! Ninguém tem direito de me julgar. Eu sou a minha juíza. Eles são sangue do meu sangue! Você entendeu?"
“Quero que os adultos ouçam o que tenho a dizer. Eu tenho nojo de gente que não pode cuidar dos filhos. O que as crianças ganham com isso? Todos os insultos, as surras e os chutes? A corrente, a mangueira ou o cinto? As frases mais bonitas que ouvi: 'Vai se foder, seu puto!', 'Te manda, cuzão!'. A vida é puro cocô. Mais suja que os sapatos que calço! Eu vivo no inferno. Sendo assado como a galinha que estou louco pra comer. A vida é perversa. Eu esperava me tornar um homem de bem, respeitado e amado. Mas Deus não quer isso. Ele nos quer como capachos pra sermos pisados. Zain Al Hajj
"Eu quero processar os meus pais. Quero que os adultos me ouçam. Que aqueles que não são capazes de criar os filhos, não tenham. Do que eu vou me lembrar? Da violência? Dos gritos? Dos palavrões? As palavras mais doces eram: 'sai daqui, filho da puta!'. A vida é uma merda, não vale bosta nenhuma. Vivo num inferno aqui, estou assando como um frango no espeto. A maior injustiça é a vida."
"Sorria, Zain. Essa foto é para sua identidade, não pra certidão de óbito."
''A vida que você reclama são as preces de alguém." Vi essa frase aqui mesmo e poxa vida, viu?!
O Som do Silêncio
4.1 986 Assista AgoraPrimeira coisa: assistam com fone de ouvido.
Segunda coisa: 'Sound of Metal' é um título tão incrível, por que não deixar a tradução literal do título, Brasil? "Som de metal" faria tanto sentido. Não que 'Som do silêncio' não o faça, mas poxa...
Terceira coisa: Sem palavras pra sonoplastia desse filme e pra atuação de Riz Ahmed. Falava com os olhos.
Nem a falta de explicações pra algumas coisas diminuiu minha experiência com esse filme. Achei de uma sensibilidade descomunal. A palavra-chave é resiliência.
Nunca havia parado pra pensar na possibilidade de que o som do aparelho auditivo poderia não ser exatamente igual ao som que as pessoas sem problemas auditivos ouvem. Sempre deduzi automaticamente que fosse.
"Today is not a good day."
"Serenity is something you get when you stop wishing for a different past."
"It is important, if you want to be here, we are looking for a solution to this (points to head) not this (points to ears)."
"You don’t need to fix anything here."
"I want you to keep writing continuously without stopping until you feel like you can sit again."
"You’ve become very important to a lot of people around here."
"- I did the deed. Trying to save my fucking life. If I disappear, who cares? Nobody fucking cares, man.
- The world does keep moving and it can be a damn cruel place, but for me, those moments of stillness, that place, that’s the Kingdom of God. And that place will never abandon you."
"- From where I’m sitting, you look and sound like an addict.
- I’m fucking stupid. I’m sorry I asked.
- Everybody here shares in the belief that being deaf is not a handicap. Not something to fix."
"It’s bad. Like high. Can you change the…"
(2) "I wonder, uh, all these mornings you’ve been sitting in my study, sitting, have you had any moments of stillness? Because you’re right, Ruben. The world does keep moving, and it can be a damn cruel place. But for me, those moments of stillness, that place, that’s the kingdom of God. And that place will never abandon you."
“Aquele Silêncio que você não ouviu, aquela quietude é Deus, mas você não soube parar para prestar atenção.”
AmarElo - É Tudo Pra Ontem
4.6 354 Assista AgoraHá anos acompanho Emicida e cada vez ele consegue se mostrar mais foda. O acho um dos maiores intelectuais que temos atualmente. Sem nunca perder a humildade, dá aula em cada quadro do programa na GNT/Youtube. Os livros infantis, só amor. <3 Que seja sempre assim, conquistando mais e mais espaço, porque a importância que esse homem tem é forte demais. Necessário!
Roubei parte do comentário do Valdenys Virtuoso de Lima, lá embaixo, porque eu não conseguiria resumir melhor nesse momento.
"É um filme de 1h30 que dá luz, voz e mostra as lutas dos atores negros que formaram essa peça chamada Brasil, apresentada aqui no Theatro Municipal de São Paulo.
Resumindo, pode ser visto como uma aula de história super lúdica, lúcida, válida e bem essencial sobre o Brasil e os brasileiros. Sobre como essa árvore (social, histórica e culturalmente falando) de Pau-Brasil (tão ramificada, podada e, mesmo assim, frutífera) foi plantada por negros, regada por sangue negro e como boa parte de seus frutos sempre lhes foi negada.
É sobre justiça histórica, sobre dar espaço àqueles que nos construíram, sobre como a luta pela liberdade não é completa se não for para todos, sobre como a brasilidade, a negritude, as raças, gêneros e os ritmos são intrinsecamente ligadas e que precisam ser exaltadas e lembradas, não segregadas ou apagadas."
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A vontade é de transcrever AmarElo inteiro, mas meu resumo foi esse Vade Mecum aqui, pra reler essa aula sempre.
“Eu peço permissão a vocês porque eu dediquei ao meu filho, esperando que no futuro ele não encontre nunca aqueles problemas que eu encontrei e tenho às vezes encontrado, apesar de me chamar Wilson Simonal de Castro.”
“Lalalallalala Sim, sou negro de cor, meu irmão de minha cor. O que te peço é luta, sim. Luta mais! Que a luta está no fim... Cada negro de for, mais um negro virá. Para lutar com sangue ou não. Com uma canção também se luta, irmão. Ouvir minha voz, oh yeah, lutar por nós...”
“Sou um moleque da pele escura do Brasil, tá ligado? E a gente precisa realmente, mano, bater nessa tecla e ressaltar isso aí, pra que cada geração venha pior que nós. Quando um cara chama outro de macaco, o que todo mundo faz? Vira pro preto pra ver a reação dele, quando o correto é virar pro branco e falar: ‘Caralho, passou cinco séculos e vocês tão na mesma?’ Eu não sou o alvo dos racistas, eu sou o pesadelo deles.”
“Não sou convencido, sou convincente.”
“Às vezes, eu me sinto um fotógrafo, mas não um fotógrafo comum. E sim, um tipo aquele do poema de Manoel de Barros, onde ele se descreve como um fotógrafo do invisível. Escrever, pra mim, é ter a bênção de passear pelo tempo. Estar aqui e agora, mas poder visitar e sentir, e também compartilhar os sentimentos, tanto do ontem quanto os de amanhã. Ver minha mãe mexendo na terra me ensinou o valor disso. Quando li sobre a força da horta, durante o tempo em que nosso Mandela ficou preso, fiquei comovido com como tanta reflexão maravilhosa pode estar guardada dentro de uma semente. Foram Dona Jacira e Nelson Mandela que me ensinaram sobre respeitar o tempo e me conectar com o ciclo da vida. E foi esse intensivo de anos que fez eu me sentir um ser humano completo.”
“Que maravilha que é poder entregar flores a quem você admira enquanto eles ainda podem sentir o cheiro delas.”
“...Como em catequeses, logo perguntei: pra oxalá e pra Nossa Senhora, em que altura você mora agora? Um dia lhe visitarei.”
“Essa é a minha linha favorita, sabia? Mas no caso do seu Wilson, ele faleceu, aí a pergunta é: ‘Em que altura você mora agora? Entendeu?’”
“Eu sempre achei estranho porque sinto como se me vissem representando o feminismo negro, e por que vocês aqui no Brasil precisam olhar para os EUA? Não entendo. Acho que aprendi mais com Lélia Gonzalez do que vocês poderão aprender comigo.”
“Sabe quando nossas mãezonas, nossas tiazinhas mesmo de quebrada, as veinha, as nega véia falavam pra nós assim: ‘Cê já é preto, mano, cê vai ter que fazer dez vezes melhor pra cê ser visto como igual, tá ligado?' Eu acho que isso continua valendo e a gente tem que pensar que a gente precisa estudar dez vezes mais porque a gente vai jogar no campo minado. Onde sua vida vale menos, tá ligado? O luto gerado pelo seu corpo morto é menor, tá ligado? A compreensão de qualquer deslize que ice possa vir a ter, que é uma coisa que todo mundo tá sujeito, é menor quando você é um corpo preto, tá ligado?”
“...Oitenta tiros te lembram que existe pele alva e pele alvo. Quem disparou usava farda. Quem te acusou, nem lá num tava. É porque um corpo preto morto é tipo os hit das paradas. Todo mundo vê mas essa porra não diz nada.
(...)
Primeiro, sequestra eles. Rouba eles. Mente sobre eles. Nega o Deus deles, ofende. Separa eles...”
“O mais bizarro é que essa lei ordinária segue em vigor até hoje.”
“Polícia na favela: ‘Morador não manda na comunidade.’
Morador da favela: ‘Vocês estão na casa da gente.’
Polícia na favela: ‘Já pensou se, no mesmo dia que vocês vêm, a gente programa uma operação grande na favela? Emicida no meio de uma troca de tiros? Olha a merda que vai dar!’”
“Não acho que a gente está juntando as bandeiras. O que eu acho que a gente está fazendo, mano, é tirar essa coisa nublada que faz com que as pessoas entendam a gente como lutas separadas, entendeu? Não tem como você lutar por liberdade pela metade. A partir do momento que você mergulha numa reflexão sobre gênero, numa reflexão sobre classe, numa reflexão sobre raça, tá ligado? Tipo, tem duas maneiras de você conduzir isso. Uma é hipócrita, que pensa só em você. É egoísta. A outra é: se a gente quer isso pra nós, a gente quer isso pra todo mundo.”
“Assim como o prisma decompõe a luz branca em muitas cores, eu gostaria de decompor o preconceito em muitas outras oportunidades unidas no AmarElo.”
É nossa forma de dizer pra cada um dos irmãos e irmãs que estão na rua que eles não podem desistir. É usar a força do amar, que é uma coisa que todos os seres humanos são capazes de fazer, pra construir esse elo. É como se abrisse um portal e todos aqueles brabos que vieram antes de mim, dissessem assim: ‘Zica, vai lá. A vida só faz sentido quando a gente se relaciona, quando a gente se encontra. E a sensação de cantar com Majur e Pabllo é a de que o mundo inteiro se encontra em nós. Fela Kuti dizia que a música é uma arma. Explodir essas correntes de ódio e rancor é o que a gente faz, quando junta Belchior e canta essa canção.”
“Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro. Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro!
(...)
Sem o torro, nossa vida não vale a de um cachorro triste. Hoje cedo não era um hit, era um pedido de socorro.
(...)
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes. Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência é roubar o pouco de bom que eu vivi. Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes. Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes. É dar o troféu pro nosso algoz e fazer ‘nóiz’ sumir.”
“A Laboratório Fantasma é um sonho coletivo. Um sonho que começou muito antes da gente se materializar nesse plano. Seu Wilson das Neves uma vezes falou isso pra nós: ‘Um cigarro você quebra, agora um maço já é mais difícil.’ Essa foi a forma q ele encontrou de dizer: ‘Fiquem juntos, assim vocês continuam fortes.’”
“Uma parada dessas fortalece tudo que a gente representa, mano. E fortalecidos, estamos prontos pra lutar contra os monstrão gigantes! Mas tinha um pequeno detalhe. Bem pequeno mesmo. Pra ser mais exato, um detalhe microscópico estava prestes a criar um estrago dantesco...”
“O que a gente tem é uma situação muito emblemática. Uma das primeiras vítimas de coronavírus foi uma empregada doméstica. Pegou coronavírus da sua patroa. Isso é muito simbólico, isso é muito forte. As pessoas pobres se contaminam mais. Os abismos sociais impossibilitam que as pessoas mais pobres e muitas vezes as mais pobres também são as pessoas mais pretas, venham a se recuperar dessa doença. Isso é desesperador. Para os iorubás antigos, nada é novo. Tudo que acontece agora, já aconteceu antes. Então você tem uma pandemia gerada por um vírus, que infectou uma quantidade absurda de gente no planeta inteiro, espalhando medo, espalhando insegurança e trancando todo mundo em suas casas, receosos com relação ao outro e ao futuro. Quando você reflete com atenção sobre a natureza das coisas, você consegue antever alguns acontecimentos... porque de alguma maneira, a natureza sempre completa o seu ciclo, ela gira tipo um disco de vinil na vitrola."
"A gente viajou tanto no tempo que eu me esqueci de dizer uma coisa importante: há exatamente um século atrás, o mundo começava a vencer a pandemia gerada pela gripe espanhola e um cinema decide juntar oito músicos no seu saguão pra espantar o medo e atrair as pessoas novamente pro seu interior. Esses oito músicos eram os nossos Oito Batutas, que depois iriam ganhar o mundo. Não é mágico pensar que num momento como aquele, o samba foi o dissipador do desespero, o embaixador do encontro, do sorriso e dos abraços? E é por isso que eu amo esse ditado: ‘Exu matou um pássaro ontem com a pedra que só jogou hoje.’ Todas as nossas chances de consertar os desencontros do passado moram no agora. Por isso, camaradas, é que é tudo pra ontem.”
“Tudo, tudo, tudo que noiz tem é noiz.”
“[Marielle Franco] É fundamental porque marca o que é o século 21, que é esse momento que a gente vive de impulsionar, de fortalecer, de mais visibilidade para essas mulheres negras. Então, o que Dona Ruth começa lá atrás, é o que tá florescendo hoje.”
“É TÃO TRISTE TER QUE VIR COISA RUIM PRA NOS UNIR. E nem assim agora, mano, vamo embora a tempo. Viver é partir, voltar e repartir (é isso).”
“O Criador deixou a humanidade aqui na Terra e foi pra algum outro lugar do Cosmos. Um dia, Ele se lembrou de nós e disse: ‘Ah, eu deixei minhas criaturas lá na Terra, preciso ver o que elas se tornaram.’ Mas enquanto fazia esse movimento incrível de vir até aqui nos ver, Ele pensou: ‘E se eles tiverem se tornado algo pior do que eu posso conceber? O melhor seria não ter um encontro pessoal com eles. Vou fazer o seguinte: vou me transformar em uma outra criatura para ver as minhas criaturas.’ Ele se transformou num tamanduá e saiu pela campina. Em certo momento, um grupo de caçadores, munidos de bordunas e laços, se encostaram numa paisagem, avançaram sobre ele, o prenderam e levaram pro acampamento com a intenção óbvia de comê-lo. Duas crianças gêmeas que observavam a cena, evitaram que ele fosse levado para a fogueira. Ele então se revelou para os meninos, que, antes que os adultos descobrissem, acobertaram a sua fuga. Do lado de uma colina, os meninos gritaram: ‘Avô, avô, o que você achou da gente, das suas criaturas?’. E Deus respondeu: ‘Mais ou menos.’”
“Morte é quando a tragédia vira um costume, pra diferença da qual ninguém tá imune. Mas ouça de alguém que nasceu num tapume: ‘É só na escuridão que se percebe os vagalumes.’"
Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela
4.0 184"O New York Times tentou contato direto com Britney Spears para solicitar sua participação no projeto. Não se sabe se ela chegou a receber as mensagens."
...
AmarElo - É Tudo Pra Ontem
4.6 354 Assista AgoraTudo que tem Emicida, eu quero MUITO ver!
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraMe indicaram o livro. Comecei a ler e abandonei no comecinho. Resolvi dar mais uma chance e me vi super envolvida. Nem sequer o fato de sacar o final antes de terminá-lo tirou o brilho. Aí vim ver o filme e... Meu deus do céu, mudaram um mói de coisa, tiraram outras que teriam feito tanta diferença! Nam, gostei não... Se não tivesse lido o livro, talvez tivesse outra impressão/percepção, não sei. Só sei que fiquei: "ok, tá poético, mas...????"
Tully
3.9 562 Assista Agora"- Girls don't heal.
- Girls heal.
- No, they don't."
"Ela parecia tão bem."
"Era só PEDIR que eu fazia." 🙄😤
"- You ready?
- Mom, is this real?
- What do you mean?
- I'm not sure what it's supposed to do.
- Well, honestly, i don't know... do you like it, when we do it?
- I like being by you.
- I like being by you, too.
- And it feels nice, i guess.
- Well maybe, that's all that matters.
- Maybe we don't need the brush.
- Okay.
- I love you.
- I love you, too."
"- O que você faz?
- Recursos Humanos numa empresa que produz barras de proteína. Meu diploma de inglês realmente valeu a pena!
- Ok. O que você queria fazer?
- Se eu tivesse um sonho que não se realizasse, eu poderia pelo menos estar chateada com o mundo. Em vez disso, estou apenas chateada comigo mesma."
"- Digamos que se você pegasse um navio de madeira e substituísse uma tábua a cada ano. Eventualmente, o navio seria composto de tábuas inteiramente novas e não haveria mais nada do navio original. Então, ainda é o mesmo navio? Ou um navio novo?
- Um navio novo.
- Por quê?
- Apenas é. Nada é o mesmo. É um novo navio, baby! Noveau beateau.
- Então, e as pessoas? A maioria das células do seu corpo se dividiu e se regenerou desde que você era um bebê.
- Então eu acho que não sou eu, sem as minhas partes originais.
- Bem, há uma parte de nós que não pode se regenerar.
- Que parte?
- As células auditivas nos nossos ouvidos. Sim, elas não podem se regenerar... Uma vez que elas estão mortas, elas estão mortas."
"- Por que não posso ser honesta e dizer que ficaremos melhores uma sem a outra?
- Porque vai machucá-la. E se você a machucar, você vai se arrepender. Meninas não se curam.
- Meninas curam.
- Não, nós não. Podemos parecer que somos todos melhores, mas se você olhar de perto, estaremos cobertas de corretivo."
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraVirou meu favorito do Kleber.
Comentários roubados da Ari e do Renato, lá embaixo, só porque eles falaram tudo que achei do filme e que não quero esquecer.
"O filme é bom justamente pela simplicidade. Parece que algumas pessoas nunca ouviram falar no gênero crônica.
Uma das melhores críticas a clásse média(mérdia) Brasileira.
Quem já morou em uma rua, onde tem um pessoal da classe média que se acha rico só porque mora em um condomínio com um pouco mais de estrutura, sabe muito bem do que o filme se trata.
Quanto ao fato do protagonista ser chato, acho que era justamente a intenção do filme. Retratar um típico cidadão de classe média brasileira. Comum, sem sal, sem emoção, aquele que vive por viver.
O "chato" do filme, é proposital. Justamente pra você olhar pra sua vida e do que está fazendo dela. Resumindo: A vida da classe média brasileira é um porre. E a negação do seu espaço e lugar é o que acaba com ela. O fato dela sempre tentar se alocar em posições de uma classe mais alta, faz com que essa negação a torne amórfica.
Sem falar nos detalhes que permeiam o mundo dessa gente.
A facilidade em comprar drogas, sem a preocupação de ser morto pela polícia. Onde os grandes problemas que habitam o seio dessa gente são um cachorro que não para de latir, reuniões de condomínios intermináveis, um emprego que o cara detesta e um relacionamento broxante que não dá em nada.
Quem não conseguir perceber o contraste que existe entre essas coisas e o restante do país tem que sair da sua bolha. Estão vivendo uma vida tão merda quanto os personagens desse filme.
Achei até melhor que Bacurau.
Quem reclamou de tédio vendo o filme, é só voltar a ver os filmes do Van Damme.
Obs: Irandhir Santos, gigante"
"Assustador. Me senti tensa em boa parte do filme, tudo era sugestivo a uma tragédia. O passado e o presente se cruzaram em meros eventos cotidianos. Feridas abertas que se rompem em violência. Os ruídos dos fantasmas que assombram os vivos. Acho que a coisa mais assustadora desse filme é assisti-lo e se ver de volta, como um reflexo, uma reflexão de períodos subterrâneos, soterrados e que nos perseguem em sonhos."
Domínio
4.5 33Mais um sobre o tema que marco no "quero ver" sabendo que ainda não encontrei a coragem para assistir. Quem sabe um dia...
Yesterday: A Trilha do Sucesso
3.4 1,0K“Um mundo sem os Beatles é um mundo infinitamente pior.”
A ideia era tão maravilhosa, pena que foi mal executada. Cenas forçadas, bobinhas, sem nexo algum. O que salva mesmo são as músicas, as referências e as sacadas. Não é de todo ruim, só é “sessão da tarde” e eu estava esperando outra coisa. Até dá pra se emocionar em alguns momentos, como na cena de
Lennon vivo... “Você chegou aos 78.” Isso representa tanto!
Um mundo sem Beatles, sem Oasis e sem Harry Potter? Ah não, queria viver nesse mundo não! Hahahaha sem cigarros e sem Coca-cola tudo bem, mas sem esses três não.
Na cena do último show, achei que ele fosse cantar Something. In my opinion, perderam a oportunidade. No mais, gostei.
Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese
4.2 32“You, who saw it all, or who saw flashes and fragments, take from us some example, try and get yourselves together, clean up your act, find your community, pick up on some kind of redemption of your own consciousness, become mindful of your own friends, your own work, your own proper meditation, your own art, your own beauty, go out and make it for your own Eternity”. Allen Ginsberg.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraComecei o livro e já quero abandonar. Vim aqui pra ver se o filme era bom e vixi... Talvez seja melhor abandonar mesmo. kkkk
Não Me Abandone Jamais
3.8 2,1K Assista Agora"Lembro a mim mesma que tive sorte de ter passado um tempo com ele. O que não sei ao certo é se nossas vidas foram tão diferentes das vidas das pessoas que salvamos. Somos todos mortais."