No geral é uma aventura bem fraquinha. A direção é um tanto travada e o filme se arrasta bastante na narrativa, embora não tenha me enjoado ao assistir pois os personagens são divertidinhos de se acompanhar.
Más no quesito de qualidade de CGI o filme é muito lindo para época! Embora a tela verde seja horrível, a qualidade gráfica dos animais envelheceu muitíssimo bem e impressiona até hoje. Na hora das cenas de ação envolvendo as criaturas gigantes ou asquerosas o filme é realmente muito divertido e tem momentos bem memoráveis.
A cena do Kong enfrentando 3 tiranossauros enquanto salva a Annie é muito bem montada e coreografada, ápice de ação do filme. Más infelizmente ainda temos aquela cena do grupo fugindo dos dinossauros que é bem feia e envelheceu muito bem não kkkk
A versão do Kong aqui eu gosto muito mais do que a atual, ele passa uma leveza muito boa, momentos de impacto bem significativos, e uma sinergia afável com a protagonista que acarreta em um ótimo drama no terceiro ato.
Manteve e se reinventou nos sentidos estéticos e excêntricos do pós apocalipse no design maravilhoso dos carros, além de ainda ter aquele charme caótico e extravagante da câmera na direção. Más no geral ele é bem menos intenso que o anterior.
Enquanto no de 2015 o Miller administrava catarse na perseguição de uma forma muito mais impactante e frenética em igualdade com respiros de contemplação e sutileza, aqui a narrativa é mais convencional e prefere focar mais nos contextos dos personagens como já esperado... Só acho que durante o segundo ato o filme foca muito mais em amarrar pontas para estabelecer o "estrada da fúria" do que desenvolver a protagonista de forma mais interessante.
No geral tem menos substância em texto e direção, más possuí suas próprias discussões na reta final e entrega ótimas cenas de ação durante o filme todo!
Uma trama pacata que te insere de forma funcional no relacionamento dos dois tanto nos bons quanto nos maus momentos. Narrativas que utilizam bastante da questão da infidelidade dos lados dos amantes geralmente podem ficar bobas, más aqui o drama é bom.
O nível de realismo da escrita é de revirar o estômago! Muito cru, viceral, e indignante; gera um cenário muito condizente para a situação extremamente tensa e desesperançosa que o protagonista corre cada minuto.
Más fora isso e uma fotografia excelente, acho que não entrega tanto assim. No primeiro ato do filme ele acaba indo pra um lado de crítica e análise do sistema político nojento aqui retratado, más poderia ter mais desenvolvimento dos jovens ali naquele meio do que apenas as situações horríveis que eles passam na mão dos carcereiros e dos outros detentos. Tem sim momentos bons do Pixote, más acho que pela duração poderia ter tido muito mais dele e dos outros se desenvolvendo durante provações e não apenas reagindo à narrativa. Tanto o lado político quanto de personagem é bom, más acho que fica muito apenas no impacto.
Sem falar depois da virada do segundo ato que o filme sai do eixo mais interessante dele e vai para algo um tanto sem rumo que enjoa um pouco. Se salva muito no final bem melancólico.
Escreveu uma trama extremamente plausível e condizente com o desfecho da trilogia anterior para compor um universo muito palpável de adaptação da natureza e da espécie dos macacos. Assim ele traz um protagonista também muito condizente que cria uma resistência cultural ao modo que o mundo está evoluindo, acho muito promissor e já mostrou a que veio.
Como eles trazem toda a ideologia do Caesar aqui e a debatem de formas religiosas também é muito interessante, quero ver mais disso. E em visual é aquele primor inacreditável que já estamos acostumados a ver evoluir junto com a humanidade dos Símios.
A premissa narrativa é bem atraente, um romance estipulado em cima do tema cinematográfico ao mesmo tempo que de um filme bem clássico de ação como forma de homenagem aos dublês de todo o cinema.
Como romance eu acho que funciona, é onde o filme mais se destaca no que ele quer dizer com o papel de dublê do protagonista, para desenvolver sua relação até que bem explorada com seus motivos do término. Esse drama de antigas paixões criou um bom par para desenvolver esse cenário maluco do filme dentro do filme.
Toda a forma que dublês negligênciam a própria vida em pró da vontade dos outros nas piores situações fez ele não conseguir se dar valor suficiente pra sequer falar com ela. Um filme explorando isso muito mais afundo seria bem interessante.
Más a parte de ação da história é muito ruim. Não apenas falando da própria ação visual em si que é fraquíssima e bem mal dirigida 80% das vezes, más principalmente do texto arquitetado que é cheio de furos e de cenas que tiram pouco proveito da comédia em mãos. O filme não vai além, más também tenta de forma rasa visualmente e narrativamente nessa trama maluca.
E todo o aspecto de trilha sonora do filme é PEESSIMO! Eles compraram uma música e reutilizaram ela mil vezes de todas as formas até cansarem e só repetirem ela igual mesmo. E a música é ótima, deu até raiva ela ser tão mascada o filme todo. Chiclete uma hora perde o gosto, eles deviam saber disso.
Desenvolve toda uma roupagem e imagem do protagonista muito boa, para criar uma ideia de humor muito divertida e ácida (coisa que ele mesmo cria sobre si por outra ótica) e subverte de uma maneira muito inteligente no final do filme. O quanto mais o filme exagera nessa ideia ilusória dele cativa cada vez mais tanto para o humor quanto para essa dicotomia excêntrica do protagonista. Bem escrito e divertido.
O Bale nesse filme tá sensacional, o cara é o sarro ambulante.
Comunicou um laço extremamente genuíno e simpático do grupo carismático de personagens, com diálogos bons até demais, momentos afetivos muito singelos, e boas cenas de tensão. Dá pra ver umas 50 vezes sem enjoar eu imagino.
Tal como o segundo filme pegou tudo bem estabelecido no primeiro filme e discutiu com maestria em um cenário pertinente e com um dilema interessante do protagonista entender a fragilidade moral dele como espécie. Aqui temos a narrativa pegando o conceito e a discussão estabelecida pelo Koba, aplicando no protagonista, para assim discutir seus atos mais sutis e para ele entender a si mesmo.
É simplesmente o ápice dos valores trabalhados na franquia más sem se repetir, e sim abordando toda a questão da espécie e das relações humanas em uma trama muito pertinente que leva todo o ponto do vilão anterior em voga. Amo como a franquia consegue sempre dosar bem a razão dos dois lados, para assim quebrar com catarse bem arquitetada e contextualizada. E aqui além disso, temos um conflito passado ainda em desenvolvimento constante de forma muito bem feita e com novas conclusões.
Uma franquia que esbanja uma qualidade técnica irretocável, talvez a melhor já feita no quesito expressão facial; com uma direção afiada em momentos de ação e melancolia, e um texto inacreditável do protagonista ao ser conduzido em narrativas muito bem interligadas de um filme para o outro.
Aqui foi o ápice de tudo, na narrativa mais empolgante, intensa, e sentimental da trilogia... Por isso é o meu favorito (embora o segundo filme chegue bem perto).
Além dos aspectos visuais simplesmente deslumbrantes e extremamente bem confeccionados pela produção e direção do filme, aqui todo o resto é de qualidade textual de destaque absurdo.
O filme pegou uma das construções de caráter mais interessantes que eu já vi e aqui trouxe temas maduros, intelectuais, e conceitualmente perfeitos para trabalhar esse personagem já muito cativante e estabelecido. Como todo o filme levanta a ética dos Símios em sociedade para assim divergir em lados opostos é muito condizentes diante da figura de Caesar e de Koba. É uma das melhores elaborações de conflito que eu já vi!
O Koba é um personagem muitíssimo bem escrito... Ele traz até certo momento do filme, pontos que realmente fazem sentido com tudo ali estabelecido. Fazendo isso tanto por base em vivências próprias muito entendiveis, como até por conceitos relevantes da espécie! Qualquer pessoa que viu um documentário ou vídeo sobre esses animais já aplica de cara o tema da "força" e de sua demonstração no que Koba e os outros personagens discutem com relação aos humanos invadirem seu território.
A força e a demonstração de poder é algo muito relevante para toda a estrutura de uma sociedade de Símios, e o Koba leva a tona toda a problemática dos humanos voltarem a impor a dominância que um dia explorou a sua espécie e a ele mesmo. Aqui o vilão tinha preceitos realmente pertinentes assim como os mais perspicazes de Caesar. A diferença entre os dois é que um age de forma racional diante das suas duas visões de "Humano" e o outro deixou o rancor consumir suas ideias e levar o conceito de força pro lado mais primal e cruel que eles já estiveram. E mesmo assim ainda tem toda uma nuance de reação do Caesar em questão ao lado de Koba. Ele não consegue ver macacos sendo ruins da mesma forma que Koba não consegue ver humanos sendo bons. O protagonista e o vilão tem visões diferentes de uma situação mas em essência o que leva eles a convergir são suas semelhantes formas de pensar.
Toda jornada do Caesar entender as facetas da sua espécie e da espécie adversária de forma orgânica e consistente leva a frase "Você não é macaco" a ser um dos momentos mais bem contados da trajetória de um personagem que eu já vi.
Um início concreto do que viria a ser uma das minhas franquias favoritas do cinema. Por ter revisitado esse filme menos que os outros dois, acabou que eu não lembrava dele ser tão bom quanto ele é.
Toda a montagem do intelecto em expansão do Caesar é muito bem contada, simples, más bem contada em diversas sequências de boa aplicabilidade. Estabelece com muita perspicácia a relação dele com os humanos de maneira bem orquestrada nos 3 atos. A narrativa ainda aplica conceitos sociais muito bons da espécie dele (pertinentes em um ser naturalmente sociável) e seus anseios por liberdade extremamente condizentes em cada cenário que ele passa no filme. Tudo desenvolvido com calma e dinamismo.
Caesar é um dos meus personagens favoritos do cinema. Ele passa com clareza sua determinação á respeitar um caráter auto forjado muito bem demonstrado. A personalidade do personagem vaza em cada atitude dele de uma forma até bem mais elevada que a maioria dos protagonistas de histórias similares. E se ele já entrega muito já nesse filme, nos próximos o personagem só vai tomando novas proporções.
Repleto de cenas de ação icônicas, ápices dramáticos vindos da captura de expressão sensacional, e momentos realmente épicos para todo o contexto que o filme levanta de humanidade e companheirismo dos símios.
O conceito do "Não" dito pelo Caesar tem uma força estupenda. O que um animal extremamente curioso, ambicioso e inteligente mais deve ouvir é a palavra "não" bloqueando seus estímulos. O Caesar libera todas essas barreiras através de sua própria lógica e inverte o cenário de dominância de forma muito interessante.
Minha ressalva mais significativa é o quão simples foi a questão do Caesar aprender o funcionamento do gás que torna os macacos inteligentes. Tem explicação através dele observar o idoso utilizando a dose no decorrer dos anos, más como ele sabia desse funcionamento se ele cresceu ali com o velho já abituado e inteligente? Ele viu ele perder a inteligência e não ganhar ela. Acho que esse é único ponto de aprendizado do Caesar no filme que ficou mal elaborado, de resto o filme fez muito bem.
Uma história que demanda bastante tempo para explorar tanto as peculiaridades dos golpes e das investigações como também usa de muito tempo no contexto da personalidade dos dois protagonistas. Ambos tem percepções das suas áreas bem interessantes e trabalham em pé de igualdade durante o embate inteiro de forma bem emergente.
Tudo executado de forma ideal, com uma narrativa dinâmica que pareceu ter nem metade de 3 horas.
Desenvolvimento ok, entrega o que tinha que entregar de forma funcional. A atmosfera envolvendo a iminência dos ataques de lobos é o grande destaque, muito bom mesmo. O filme é bem contido no quesito "ataque de animais assasinos", o que dá uma veracidade boa nesse cenário de sobrevivência.
O tema da fé estabelece boas reflexões em meio a construção de mundo seca (literalmente) e melancólica, más fica só nisso mesmo. Pra mim não desenvolveu de uma forma interessante isso junto ao plot que eu achei chatissimo.
Listo meus animes no meu myanimelist (https://myanimelist.net/profile/Varcolarc) Lá não é permitido reviews em português, então estou postando aqui. Dá uma passada lá no meu perfil.
Nota 8.5
Estabelece um senso estético e metafórico simplesmente perfeito em cima do tema da obra. Trás um tom tão macabro e visualmente brutal diante do desenrolar da protagonista que alimenta perfeitamente toda a metáfora demoníaca envolta no tema lascivo das cenas de desenvolvimento dela. Assim como também traz uma beleza visual extremamente orgânica e gostosa de se assistir.
Como o sexo influencia os anseios e desejosos mais obscuros dela e como ela enxerga isso de forma herege e sobrenatural é muito bem escrito diante do cenário religioso e alegórico da época. É como se a metáfora sustentasse algo de forma lúdica pois a protagonista não se sente capaz de aceitar fazer tal "heresia" com ela mesma para apoiar seus conflitos e ter coragem de realizar suas ambições. Texto de protagonista sensacional.
E como a direção conduz magistralmente cada movimento sinuoso e fluido por cima das artes surreais e contemplativas é belíssimo. Ao mesmo tempo que é usado para passar muito impacto e quase uma "sujeira" a sair da tela.
Como a figura nada objetiva do terrível assasino sem controle estabelece intrigas políticas é interessantes, más acho que é muito confuso, atropelado, e principalmente chato de se ver desenvolver. Tem uma hora e meia más parece ter 3 horas.
As análises da midia e o desenvolvimento "ok" de protagonista salva um pouco.
Tem algumas rebarbas da narrativa que não vi muita a agregar, más senti muito que queria dizer alguma coisa então já tenho interesse em revisitar. Más no que já absorvi, achei um ótimo desenvolvimento.
O protagonista levanta com maestria todo o contexto social de "interação entre as pessoas" de uma forma contada com muita calma e riqueza. Formulou a ideia das máscaras e dos papéis duplos dele de forma muito bem embasada nos seus diálogos. Toda a premissa do filme já excelente em criar todos os artifícios para o protagonista se entender socialmente e levar as suas grandes decisões e mudanças de personalidade. E visualmente é muito bonito.
Ótimo filme, e ainda devo achar melhor depois de mais algum tempo com ele.
Um personagem que não consegue contemplar de forma literal as promessas que a fé tem para sua alma. Uma rejeição quase que completa de deus e sua falta de resposta para suas amarguras mais profundas.
Uma jornada contra a morte... Para uma exploração de introspectivo bem funcional dos personagens, más em principal do excelente protagonista e sua busca de respostas. O que é fé? Porquê confiar nela? Como ela pode moldar a sociedade? E como o protagonista irá encarar todas essas vertentes através dos outros personagens e do cenário da época, é tudo muito bem escrito e conduzido a acontecer. Cheio de diversas cenas de impacto fúnebre e macabro para desenvolver os personagens de forma muito acertiva e até muito versátil como visto no final.
O final por sinal é incrível. Ele é narrativamente e conceitualmente perfeito para tudo que o filme quis desenvolver com cada personagem.
A iminência da morte é tratada de uma forma muito bem comunicável tanto com os personagens quanto com o telespectador. Talvez o que mais me pegou no filme.
Teria real valor não enfrentar o inevitável? Deixar os momentos e as pessoas sofrerem ou se perderem pois no final tudo irá acabar do mesmo jeito, seria o melhor? Também adianta de algo purificar sua alma apenas pela promessa de uma vida além? O filme levanta esse debate enquanto explora seu ótimo worldbuilding simultaneamente com as questões pessoais do protagonista.
No final a indiferença da morte sobressai cada nuance ou propósito da jornada dos personagens de forma esteticamente certeira. Más é justamente isso que deu propósito para a jornada de cada um. O protagonista cede a tudo que lhe foi construído até o final e simplesmente reza para o vazio que é o único lugar que ele mesmo pode se abrigar... A "si" mesmo, o seu próprio deus sem face.
Uma situação muito proveitosa para tensão e suspense. Você além de ficar aflito o filme todo com o destino dos personagens ainda fica muito bem engajado no vai e vem do romance bem contado e desenvolvido pela narrativa. Os personagens são muito bons e possuem uma boa sinergia nos seus flertes e discordância. Eles levam a situação apressada e perigosa deles de uma forma madura e calma, que permite o filme se desenvolver de forma muito natural.
Romance bem elaborado em uma trama que comunica bem com a ideia para gerar tensão, ótimo filme.
Premissa com encaminhar bem vagaroso, más muito interessante. Um personagem que anestesia seus sentidos sociais e vontades para experimentar um estado de inércia completo, e aos poucos expandir isso para fora do seu quarto a englobar toda a sociedade nisso. Tudo contado com uma narração monótona (que faz sentido) em contraste com o visual mudo do personagem fazendo coisas totalmente desconexas. A forma como a narrativa é contada levanta muitas possibilidades... De que talvez a narração seja seu desejo em contraste com a realidade, ou o contrário; de que a vida dele foi posta para dormir enquanto ele passeia por possibilidades não muito mais interessantes na rotina do que na inércia.
Experiência um tanto desconfortável más confortável ao mesmo tempo, difícil de explicar. Más a execução de tudo é realmente boa. Senti muitos toques pessoais por parte dos envolvidos, más não vou ficar supondo coisas kkk
Aos poucos a narração e o visual começam a se entrosar de forma cada vez mais coesa, assim talvez querendo dizer que o protagonista está cada vez mais unindo o sonho com a realidade em uma única coisa. Um desenvolvimento da proposta já muito bem articulado para nos imergir no estado de solidão e indiferença do protagonista, e ainda sim a narrativa continua a incrementar o estado de reação do personagem a ficar cada vez mais agressivo, e subverter tudo isso no final com uma visão nilista do seu tema nilista. Levantando uma ideia de indivíduo contra coletivo de uma forma que eu achei bem pessoal eu diria.
É quase como se a direção queria fazer alguém acordar de um tipo de ideia que ela mesmo já viu como útil, e que o filme foi contado para exemplificar o porquê se chegou nessa conclusão.
Retrata a vida da comunidade de forma muito leve e descontraída em sua maior parte, com personagens diferentes sempre se destacando e gerando boas intrigas pitorescas; ao mesmo tempo que traz temas sérios e tons pesados por baixo de todo o embelezamento que alguns vêem das grandes festas e bons momentos do carnaval trazidos aqui pelo filme como palco principal. Um filme raso que usaria disso como justificativa condenatória é fácil de fazer, agora em um filme que quer mostrar a festividade como benção e ainda fazer críticas boas do lado ruim é muito mais bem bolado e audacioso.
O Lázaro Ramos aqui rouba completamente cada cena que ele aparece, puro carisma e expressividade o homem. Os diálogos dele são maravilhosos. Wagner Moura completamente desconcertado tá muito engraçado também kkkk
O tema de aprendizado e ligação emocional trabalhado entre a protagonista e o seu pai é muito interessante, e trás uma premissa facilmente compravel e com bom potencial. Divertido e te mantém bem aflito, é isso mesmo.
A trama tem uma visão mais crua interessante desse tipo de tema, conta de forma condizente com os dramas do protagonista. A filmagem toda do filme é boa, conduz bem as sequências de diálogo e de drama; más os diálogos em si são bem forçados, cheios de frases de efeito bregas (com exceção de dois bons para o desenvolvimento de personagem).
Más acho que é só isso mesmo, filme relativamente agradável.
King Kong
3.3 1,0KNota 6
No geral é uma aventura bem fraquinha. A direção é um tanto travada e o filme se arrasta bastante na narrativa, embora não tenha me enjoado ao assistir pois os personagens são divertidinhos de se acompanhar.
Más no quesito de qualidade de CGI o filme é muito lindo para época! Embora a tela verde seja horrível, a qualidade gráfica dos animais envelheceu muitíssimo bem e impressiona até hoje. Na hora das cenas de ação envolvendo as criaturas gigantes ou asquerosas o filme é realmente muito divertido e tem momentos bem memoráveis.
A cena do Kong enfrentando 3 tiranossauros enquanto salva a Annie é muito bem montada e coreografada, ápice de ação do filme. Más infelizmente ainda temos aquela cena do grupo fugindo dos dinossauros que é bem feia e envelheceu muito bem não kkkk
A versão do Kong aqui eu gosto muito mais do que a atual, ele passa uma leveza muito boa, momentos de impacto bem significativos, e uma sinergia afável com a protagonista que acarreta em um ótimo drama no terceiro ato.
Furiosa: Uma Saga Mad Max
3.9 228Nota 8
Manteve e se reinventou nos sentidos estéticos e excêntricos do pós apocalipse no design maravilhoso dos carros, além de ainda ter aquele charme caótico e extravagante da câmera na direção. Más no geral ele é bem menos intenso que o anterior.
Enquanto no de 2015 o Miller administrava catarse na perseguição de uma forma muito mais impactante e frenética em igualdade com respiros de contemplação e sutileza, aqui a narrativa é mais convencional e prefere focar mais nos contextos dos personagens como já esperado... Só acho que durante o segundo ato o filme foca muito mais em amarrar pontas para estabelecer o "estrada da fúria" do que desenvolver a protagonista de forma mais interessante.
No geral tem menos substância em texto e direção, más possuí suas próprias discussões na reta final e entrega ótimas cenas de ação durante o filme todo!
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2KNota 6
Uma trama pacata que te insere de forma funcional no relacionamento dos dois tanto nos bons quanto nos maus momentos. Narrativas que utilizam bastante da questão da infidelidade dos lados dos amantes geralmente podem ficar bobas, más aqui o drama é bom.
No geral é só isso mesmo, daorinha de assistir.
Pixote: A Lei do Mais Fraco
4.0 449Nota 6
O nível de realismo da escrita é de revirar o estômago! Muito cru, viceral, e indignante; gera um cenário muito condizente para a situação extremamente tensa e desesperançosa que o protagonista corre cada minuto.
Más fora isso e uma fotografia excelente, acho que não entrega tanto assim. No primeiro ato do filme ele acaba indo pra um lado de crítica e análise do sistema político nojento aqui retratado, más poderia ter mais desenvolvimento dos jovens ali naquele meio do que apenas as situações horríveis que eles passam na mão dos carcereiros e dos outros detentos. Tem sim momentos bons do Pixote, más acho que pela duração poderia ter tido muito mais dele e dos outros se desenvolvendo durante provações e não apenas reagindo à narrativa. Tanto o lado político quanto de personagem é bom, más acho que fica muito apenas no impacto.
Sem falar depois da virada do segundo ato que o filme sai do eixo mais interessante dele e vai para algo um tanto sem rumo que enjoa um pouco. Se salva muito no final bem melancólico.
Anaconda
2.3 763Nota 5
Não envelheceu tão bem, más para época é bem visceral e frenético, eu imagino. Entretém bem durante uma tardezinha.
Planeta dos Macacos: O Reinado
3.7 123Nota 7
Escreveu uma trama extremamente plausível e condizente com o desfecho da trilogia anterior para compor um universo muito palpável de adaptação da natureza e da espécie dos macacos. Assim ele traz um protagonista também muito condizente que cria uma resistência cultural ao modo que o mundo está evoluindo, acho muito promissor e já mostrou a que veio.
Como eles trazem toda a ideologia do Caesar aqui e a debatem de formas religiosas também é muito interessante, quero ver mais disso. E em visual é aquele primor inacreditável que já estamos acostumados a ver evoluir junto com a humanidade dos Símios.
O Dublê
3.5 128Nota 5
A premissa narrativa é bem atraente, um romance estipulado em cima do tema cinematográfico ao mesmo tempo que de um filme bem clássico de ação como forma de homenagem aos dublês de todo o cinema.
Como romance eu acho que funciona, é onde o filme mais se destaca no que ele quer dizer com o papel de dublê do protagonista, para desenvolver sua relação até que bem explorada com seus motivos do término. Esse drama de antigas paixões criou um bom par para desenvolver esse cenário maluco do filme dentro do filme.
Toda a forma que dublês negligênciam a própria vida em pró da vontade dos outros nas piores situações fez ele não conseguir se dar valor suficiente pra sequer falar com ela. Um filme explorando isso muito mais afundo seria bem interessante.
Más a parte de ação da história é muito ruim. Não apenas falando da própria ação visual em si que é fraquíssima e bem mal dirigida 80% das vezes, más principalmente do texto arquitetado que é cheio de furos e de cenas que tiram pouco proveito da comédia em mãos. O filme não vai além, más também tenta de forma rasa visualmente e narrativamente nessa trama maluca.
E todo o aspecto de trilha sonora do filme é PEESSIMO! Eles compraram uma música e reutilizaram ela mil vezes de todas as formas até cansarem e só repetirem ela igual mesmo. E a música é ótima, deu até raiva ela ser tão mascada o filme todo. Chiclete uma hora perde o gosto, eles deviam saber disso.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraNota 8.5
Desenvolve toda uma roupagem e imagem do protagonista muito boa, para criar uma ideia de humor muito divertida e ácida (coisa que ele mesmo cria sobre si por outra ótica) e subverte de uma maneira muito inteligente no final do filme. O quanto mais o filme exagera nessa ideia ilusória dele cativa cada vez mais tanto para o humor quanto para essa dicotomia excêntrica do protagonista. Bem escrito e divertido.
O Bale nesse filme tá sensacional, o cara é o sarro ambulante.
Conta Comigo
4.3 1,9KNota 7.5
Comunicou um laço extremamente genuíno e simpático do grupo carismático de personagens, com diálogos bons até demais, momentos afetivos muito singelos, e boas cenas de tensão. Dá pra ver umas 50 vezes sem enjoar eu imagino.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 970Nota 9.5
Tal como o segundo filme pegou tudo bem estabelecido no primeiro filme e discutiu com maestria em um cenário pertinente e com um dilema interessante do protagonista entender a fragilidade moral dele como espécie. Aqui temos a narrativa pegando o conceito e a discussão estabelecida pelo Koba, aplicando no protagonista, para assim discutir seus atos mais sutis e para ele entender a si mesmo.
É simplesmente o ápice dos valores trabalhados na franquia más sem se repetir, e sim abordando toda a questão da espécie e das relações humanas em uma trama muito pertinente que leva todo o ponto do vilão anterior em voga. Amo como a franquia consegue sempre dosar bem a razão dos dois lados, para assim quebrar com catarse bem arquitetada e contextualizada. E aqui além disso, temos um conflito passado ainda em desenvolvimento constante de forma muito bem feita e com novas conclusões.
Uma franquia que esbanja uma qualidade técnica irretocável, talvez a melhor já feita no quesito expressão facial; com uma direção afiada em momentos de ação e melancolia, e um texto inacreditável do protagonista ao ser conduzido em narrativas muito bem interligadas de um filme para o outro.
Aqui foi o ápice de tudo, na narrativa mais empolgante, intensa, e sentimental da trilogia... Por isso é o meu favorito (embora o segundo filme chegue bem perto).
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraNota 9
Além dos aspectos visuais simplesmente deslumbrantes e extremamente bem confeccionados pela produção e direção do filme, aqui todo o resto é de qualidade textual de destaque absurdo.
O filme pegou uma das construções de caráter mais interessantes que eu já vi e aqui trouxe temas maduros, intelectuais, e conceitualmente perfeitos para trabalhar esse personagem já muito cativante e estabelecido. Como todo o filme levanta a ética dos Símios em sociedade para assim divergir em lados opostos é muito condizentes diante da figura de Caesar e de Koba. É uma das melhores elaborações de conflito que eu já vi!
O Koba é um personagem muitíssimo bem escrito... Ele traz até certo momento do filme, pontos que realmente fazem sentido com tudo ali estabelecido. Fazendo isso tanto por base em vivências próprias muito entendiveis, como até por conceitos relevantes da espécie! Qualquer pessoa que viu um documentário ou vídeo sobre esses animais já aplica de cara o tema da "força" e de sua demonstração no que Koba e os outros personagens discutem com relação aos humanos invadirem seu território.
A força e a demonstração de poder é algo muito relevante para toda a estrutura de uma sociedade de Símios, e o Koba leva a tona toda a problemática dos humanos voltarem a impor a dominância que um dia explorou a sua espécie e a ele mesmo. Aqui o vilão tinha preceitos realmente pertinentes assim como os mais perspicazes de Caesar. A diferença entre os dois é que um age de forma racional diante das suas duas visões de "Humano" e o outro deixou o rancor consumir suas ideias e levar o conceito de força pro lado mais primal e cruel que eles já estiveram. E mesmo assim ainda tem toda uma nuance de reação do Caesar em questão ao lado de Koba. Ele não consegue ver macacos sendo ruins da mesma forma que Koba não consegue ver humanos sendo bons. O protagonista e o vilão tem visões diferentes de uma situação mas em essência o que leva eles a convergir são suas semelhantes formas de pensar.
Toda jornada do Caesar entender as facetas da sua espécie e da espécie adversária de forma orgânica e consistente leva a frase "Você não é macaco" a ser um dos momentos mais bem contados da trajetória de um personagem que eu já vi.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2KNota 7.5
Um início concreto do que viria a ser uma das minhas franquias favoritas do cinema. Por ter revisitado esse filme menos que os outros dois, acabou que eu não lembrava dele ser tão bom quanto ele é.
Toda a montagem do intelecto em expansão do Caesar é muito bem contada, simples, más bem contada em diversas sequências de boa aplicabilidade. Estabelece com muita perspicácia a relação dele com os humanos de maneira bem orquestrada nos 3 atos. A narrativa ainda aplica conceitos sociais muito bons da espécie dele (pertinentes em um ser naturalmente sociável) e seus anseios por liberdade extremamente condizentes em cada cenário que ele passa no filme. Tudo desenvolvido com calma e dinamismo.
Caesar é um dos meus personagens favoritos do cinema. Ele passa com clareza sua determinação á respeitar um caráter auto forjado muito bem demonstrado. A personalidade do personagem vaza em cada atitude dele de uma forma até bem mais elevada que a maioria dos protagonistas de histórias similares. E se ele já entrega muito já nesse filme, nos próximos o personagem só vai tomando novas proporções.
Repleto de cenas de ação icônicas, ápices dramáticos vindos da captura de expressão sensacional, e momentos realmente épicos para todo o contexto que o filme levanta de humanidade e companheirismo dos símios.
O conceito do "Não" dito pelo Caesar tem uma força estupenda. O que um animal extremamente curioso, ambicioso e inteligente mais deve ouvir é a palavra "não" bloqueando seus estímulos. O Caesar libera todas essas barreiras através de sua própria lógica e inverte o cenário de dominância de forma muito interessante.
Minha ressalva mais significativa é o quão simples foi a questão do Caesar aprender o funcionamento do gás que torna os macacos inteligentes. Tem explicação através dele observar o idoso utilizando a dose no decorrer dos anos, más como ele sabia desse funcionamento se ele cresceu ali com o velho já abituado e inteligente? Ele viu ele perder a inteligência e não ganhar ela. Acho que esse é único ponto de aprendizado do Caesar no filme que ficou mal elaborado, de resto o filme fez muito bem.
Fogo Contra Fogo
4.0 662 Assista AgoraNota 7.5
Uma história que demanda bastante tempo para explorar tanto as peculiaridades dos golpes e das investigações como também usa de muito tempo no contexto da personalidade dos dois protagonistas. Ambos tem percepções das suas áreas bem interessantes e trabalham em pé de igualdade durante o embate inteiro de forma bem emergente.
Tudo executado de forma ideal, com uma narrativa dinâmica que pareceu ter nem metade de 3 horas.
A Perseguição
3.2 850Nota 7
Desenvolvimento ok, entrega o que tinha que entregar de forma funcional. A atmosfera envolvendo a iminência dos ataques de lobos é o grande destaque, muito bom mesmo. O filme é bem contido no quesito "ataque de animais assasinos", o que dá uma veracidade boa nesse cenário de sobrevivência.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 430 Assista AgoraNota 5.5
O tema da fé estabelece boas reflexões em meio a construção de mundo seca (literalmente) e melancólica, más fica só nisso mesmo. Pra mim não desenvolveu de uma forma interessante isso junto ao plot que eu achei chatissimo.
Filme chato, más é só isso mesmo.
A Tragédia de Belladonna
4.1 97Listo meus animes no meu myanimelist (https://myanimelist.net/profile/Varcolarc) Lá não é permitido reviews em português, então estou postando aqui. Dá uma passada lá no meu perfil.
Nota 8.5
Estabelece um senso estético e metafórico simplesmente perfeito em cima do tema da obra. Trás um tom tão macabro e visualmente brutal diante do desenrolar da protagonista que alimenta perfeitamente toda a metáfora demoníaca envolta no tema lascivo das cenas de desenvolvimento dela. Assim como também traz uma beleza visual extremamente orgânica e gostosa de se assistir.
Como o sexo influencia os anseios e desejosos mais obscuros dela e como ela enxerga isso de forma herege e sobrenatural é muito bem escrito diante do cenário religioso e alegórico da época. É como se a metáfora sustentasse algo de forma lúdica pois a protagonista não se sente capaz de aceitar fazer tal "heresia" com ela mesma para apoiar seus conflitos e ter coragem de realizar suas ambições. Texto de protagonista sensacional.
E como a direção conduz magistralmente cada movimento sinuoso e fluido por cima das artes surreais e contemplativas é belíssimo. Ao mesmo tempo que é usado para passar muito impacto e quase uma "sujeira" a sair da tela.
O Bandido da Luz Vermelha
3.9 268Nota 4
Como a figura nada objetiva do terrível assasino sem controle estabelece intrigas políticas é interessantes, más acho que é muito confuso, atropelado, e principalmente chato de se ver desenvolver. Tem uma hora e meia más parece ter 3 horas.
As análises da midia e o desenvolvimento "ok" de protagonista salva um pouco.
A Face do Outro
4.2 60Nota 8
Tem algumas rebarbas da narrativa que não vi muita a agregar, más senti muito que queria dizer alguma coisa então já tenho interesse em revisitar. Más no que já absorvi, achei um ótimo desenvolvimento.
O protagonista levanta com maestria todo o contexto social de "interação entre as pessoas" de uma forma contada com muita calma e riqueza. Formulou a ideia das máscaras e dos papéis duplos dele de forma muito bem embasada nos seus diálogos. Toda a premissa do filme já excelente em criar todos os artifícios para o protagonista se entender socialmente e levar as suas grandes decisões e mudanças de personalidade. E visualmente é muito bonito.
Ótimo filme, e ainda devo achar melhor depois de mais algum tempo com ele.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KNota 9
Um personagem que não consegue contemplar de forma literal as promessas que a fé tem para sua alma. Uma rejeição quase que completa de deus e sua falta de resposta para suas amarguras mais profundas.
Uma jornada contra a morte... Para uma exploração de introspectivo bem funcional dos personagens, más em principal do excelente protagonista e sua busca de respostas. O que é fé? Porquê confiar nela? Como ela pode moldar a sociedade? E como o protagonista irá encarar todas essas vertentes através dos outros personagens e do cenário da época, é tudo muito bem escrito e conduzido a acontecer. Cheio de diversas cenas de impacto fúnebre e macabro para desenvolver os personagens de forma muito acertiva e até muito versátil como visto no final.
O final por sinal é incrível. Ele é narrativamente e conceitualmente perfeito para tudo que o filme quis desenvolver com cada personagem.
A iminência da morte é tratada de uma forma muito bem comunicável tanto com os personagens quanto com o telespectador. Talvez o que mais me pegou no filme.
Teria real valor não enfrentar o inevitável? Deixar os momentos e as pessoas sofrerem ou se perderem pois no final tudo irá acabar do mesmo jeito, seria o melhor? Também adianta de algo purificar sua alma apenas pela promessa de uma vida além? O filme levanta esse debate enquanto explora seu ótimo worldbuilding simultaneamente com as questões pessoais do protagonista.
No final a indiferença da morte sobressai cada nuance ou propósito da jornada dos personagens de forma esteticamente certeira. Más é justamente isso que deu propósito para a jornada de cada um. O protagonista cede a tudo que lhe foi construído até o final e simplesmente reza para o vazio que é o único lugar que ele mesmo pode se abrigar... A "si" mesmo, o seu próprio deus sem face.
Interlúdio
4.0 269Nota 7.5
Uma situação muito proveitosa para tensão e suspense. Você além de ficar aflito o filme todo com o destino dos personagens ainda fica muito bem engajado no vai e vem do romance bem contado e desenvolvido pela narrativa. Os personagens são muito bons e possuem uma boa sinergia nos seus flertes e discordância. Eles levam a situação apressada e perigosa deles de uma forma madura e calma, que permite o filme se desenvolver de forma muito natural.
Romance bem elaborado em uma trama que comunica bem com a ideia para gerar tensão, ótimo filme.
Um Homem que Dorme
4.4 195Nota 8
O cara fez dormir a própria vida.
Premissa com encaminhar bem vagaroso, más muito interessante. Um personagem que anestesia seus sentidos sociais e vontades para experimentar um estado de inércia completo, e aos poucos expandir isso para fora do seu quarto a englobar toda a sociedade nisso. Tudo contado com uma narração monótona (que faz sentido) em contraste com o visual mudo do personagem fazendo coisas totalmente desconexas. A forma como a narrativa é contada levanta muitas possibilidades... De que talvez a narração seja seu desejo em contraste com a realidade, ou o contrário; de que a vida dele foi posta para dormir enquanto ele passeia por possibilidades não muito mais interessantes na rotina do que na inércia.
Experiência um tanto desconfortável más confortável ao mesmo tempo, difícil de explicar. Más a execução de tudo é realmente boa. Senti muitos toques pessoais por parte dos envolvidos, más não vou ficar supondo coisas kkk
Aos poucos a narração e o visual começam a se entrosar de forma cada vez mais coesa, assim talvez querendo dizer que o protagonista está cada vez mais unindo o sonho com a realidade em uma única coisa. Um desenvolvimento da proposta já muito bem articulado para nos imergir no estado de solidão e indiferença do protagonista, e ainda sim a narrativa continua a incrementar o estado de reação do personagem a ficar cada vez mais agressivo, e subverter tudo isso no final com uma visão nilista do seu tema nilista. Levantando uma ideia de indivíduo contra coletivo de uma forma que eu achei bem pessoal eu diria.
É quase como se a direção queria fazer alguém acordar de um tipo de ideia que ela mesmo já viu como útil, e que o filme foi contado para exemplificar o porquê se chegou nessa conclusão.
Ó Paí, Ó
3.2 476Nota 7
Retrata a vida da comunidade de forma muito leve e descontraída em sua maior parte, com personagens diferentes sempre se destacando e gerando boas intrigas pitorescas; ao mesmo tempo que traz temas sérios e tons pesados por baixo de todo o embelezamento que alguns vêem das grandes festas e bons momentos do carnaval trazidos aqui pelo filme como palco principal. Um filme raso que usaria disso como justificativa condenatória é fácil de fazer, agora em um filme que quer mostrar a festividade como benção e ainda fazer críticas boas do lado ruim é muito mais bem bolado e audacioso.
O Lázaro Ramos aqui rouba completamente cada cena que ele aparece, puro carisma e expressividade o homem. Os diálogos dele são maravilhosos. Wagner Moura completamente desconcertado tá muito engraçado também kkkk
A Filha do Rei do Pântano
2.8 48Nota 6.5
O tema de aprendizado e ligação emocional trabalhado entre a protagonista e o seu pai é muito interessante, e trás uma premissa facilmente compravel e com bom potencial. Divertido e te mantém bem aflito, é isso mesmo.
Som da Liberdade
3.8 483Nota 5.5
A trama tem uma visão mais crua interessante desse tipo de tema, conta de forma condizente com os dramas do protagonista. A filmagem toda do filme é boa, conduz bem as sequências de diálogo e de drama; más os diálogos em si são bem forçados, cheios de frases de efeito bregas (com exceção de dois bons para o desenvolvimento de personagem).
Más acho que é só isso mesmo, filme relativamente agradável.