115 minutos que eu nunca mais terei de volta. Os primeiros 20 ou 30 minutos te fazem acreditar que o que o trailer (que é incrível) vendeu, realmente é o conteúdo do filme, mas pouco depois você começa a ter suas esperanças lentamente esmagadas por uma das direções mais entediantes e um dos roteiros mais mal feitos que eu já vi. A premissa, que é simples e interessante - a história do botão e da caixa - parece que foi feita apenas para vender o filme, porque ela só é explorada no começo do enredo. Para a história que realmente se desenvolve no filme, como vemos mais tarde, esta caixa pouco ou nada importa, o que me fez sentir a pior sensação ao sair do cinema - "fui enganado".
Quando soube que este filme foi, juntamente com suas 2 sequências, concebido como uma série para a TV sueca, seu valor para mim aumentou ainda mais. Como série televisiva, é uma obra prima, mas como filme é muito bom também. Um excelente thriller, que tem um mistério envolvente e uma excelente performance de Noomi Rapace, que interpreta Lisbeth Salander, a personagem que, apesar de ser completamente reservada e alheia a qualquer tipo de interação social (ao menos de alguma maneira "convencional") consegue que seu carisma se sobressaia através de sua autenticidade. Em outras palavras, principalmente pelo brilhantismo de sua atuação, Noomi consegue fazer com que você se importe e seja atraído pela personagem por lhe fazer compreender que ela não é nada a mais do que "ela mesma" - uma pessoa que tem extrema dificuldade de convívio com outras pessoas mas que também não se esforça para ser de outra maneira.
Distrito 9 conseguiu de uma maneira espetacular uma fórmula que na minha opinião foi juntar em um caldeirão uma história de ficção científica no estilo dos quadrinhos da Heavy Metal com uma narrativa meio-mockumentary meio-convencional, e no topo disso tudo, uma tragédia grega, onde vemos a trajetória do protagonista seguir por caminhos trágicos e inesperados. Um épico da ficção científica, este filme enriqueceu o gênero e merece uma conferida.
Havia muito tempo que eu não me surpreendia de uma maneira boa com um filme desse gênero. Não esperava muito quando fui vê-lo até porque eu nem imaginava do que se tratava (pensava até que podia ser uma versão americana do espanhol El Orfanato, mas não é), e desde o comecinho do filme eu tive a sensação que pelo menos até o final, o filme seria decente. E no fim das contas, o final também não decepcionou... pelo contrário, me surpreendeu e deu um fechamento fantástico para a trama. Para quem gosta de um thriller ou um terror um pouco mais psicológico, por assim dizer, "A Órfã" é recomendadíssimo.
Não tenho nada contra ver um filme "teen" ou infantil, se ele tiver um bom enredo ou direção, e eu acho que o fato de ser um filme com esta classificação não é uma desculpa para deixar de lado nenhuma destas coisas. Na minha opinião faltou um pouco das duas coisas em "Jogos Vorazes".
Confesso que não li o livro e não sei quanto ao enredo original nem a sua qualidade enquanto literatura, mas o filme decepciona por ficar "em cima do muro". Com isso eu quero dizer que, por um lado ele decepciona por ser uma típica história infanto/juvenil mas com o andamento mais leeento que eu já vi - o filme se arrasta por momentos incrivelmente longos onde absolutamente nada acontece - e por outro lado, há o elemento da violência que é totalmente "implícita" - ou seja, as crianças matam umas as outras, sim, mas é tudo "em off", não há uma exploração de algum tipo de natureza pérfida de qualquer dos personagens nem uma estética que acompanhe a "violência" que está no background (desta vez eu colocaria várias aspas).
Eu gostaria de comentar mais, mas vi este filme quando ele estava no cinema ainda, e como eu previ, algumas semanas depois eu já tinha me esquecido quase que completamente dele. E para finalizar, até mesmo o Woody Harrelson está ruim no filme. E isso já diz bastante coisa.
Constantine é um típico caso e uma época de adaptações de quadrinhos onde o retorno financeiro era a espinha dorsal do filme e o respeito pelo personagem não era necessário. Isso ainda acontece, mas depois das mais recentes adaptações de Batman e Vingadores, parece que a coisa tomou um outro rumo. Eu concordo que uma adaptação não precisa e nem deve ser 100% fiel ao original para ter qualidade, principalmente por se tratar de uma outra mídia, mas eu acho que a coisa toda perde o sentido se o diretor pega o "rótulo" e joga fora a "garrafa".
Que é o caso em Constantine, a PIOR adaptação de quadrinhos que eu já tive o desprazer de assistir (confesso que não até o final). Eu acho que o Dark Knight do Nolan é um exemplo de filme que não é totalmente fiel ao que acontece nos quadrinhos, mas a ESSÊNCIA do Batman está lá. O importante é que pelo menos a idéia por trás do personagem, o que o torna interessante, original e único, em seu meio, seja entendida pelo diretor e mantida como pano de fundo para a trama. Como disse antes, aqui, a garrafa foi jogada fora, e o que restou foi o nome Constantine, completamente desconexo com o personagem que eu acompanhei durante muito tempo nos quadrinhos, uma pessoa completamente diferente do John Constantine de Alan Moore, em um mundo totalmente diferente do que há em Hellblazer.
Só para citar uma das várias digressões do filme, John Constantine não é um exorcista - muito, muito pelo contrário... é um usuário pesado de magia negra... sua relação com demônios é muito mais centrada em barganhas e trapaças. Isso, só pra começo de conversa...
o filme começou com a ótima ideia de trazer o darren arronofsky para a direção... dar o roteiro na mão dele e pagar pra ver uma coisa completamente diferente do que já foi feito em adaptações de HQ. com o roteiro escrito pelo próprio chris claremont, a coisa ia bem... mas depois que o arronofsky saiu do projeto, e jogaram na mão do james mangold... já é de se esperar uma continuação daquela bizarrice do "origins"...
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
A Caixa
2.5 2,0K115 minutos que eu nunca mais terei de volta. Os primeiros 20 ou 30 minutos te fazem acreditar que o que o trailer (que é incrível) vendeu, realmente é o conteúdo do filme, mas pouco depois você começa a ter suas esperanças lentamente esmagadas por uma das direções mais entediantes e um dos roteiros mais mal feitos que eu já vi. A premissa, que é simples e interessante - a história do botão e da caixa - parece que foi feita apenas para vender o filme, porque ela só é explorada no começo do enredo. Para a história que realmente se desenvolve no filme, como vemos mais tarde, esta caixa pouco ou nada importa, o que me fez sentir a pior sensação ao sair do cinema - "fui enganado".
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KQuando soube que este filme foi, juntamente com suas 2 sequências, concebido como uma série para a TV sueca, seu valor para mim aumentou ainda mais. Como série televisiva, é uma obra prima, mas como filme é muito bom também. Um excelente thriller, que tem um mistério envolvente e uma excelente performance de Noomi Rapace, que interpreta Lisbeth Salander, a personagem que, apesar de ser completamente reservada e alheia a qualquer tipo de interação social (ao menos de alguma maneira "convencional") consegue que seu carisma se sobressaia através de sua autenticidade. Em outras palavras, principalmente pelo brilhantismo de sua atuação, Noomi consegue fazer com que você se importe e seja atraído pela personagem por lhe fazer compreender que ela não é nada a mais do que "ela mesma" - uma pessoa que tem extrema dificuldade de convívio com outras pessoas mas que também não se esforça para ser de outra maneira.
Distrito 9
3.7 2,0K Assista AgoraDistrito 9 conseguiu de uma maneira espetacular uma fórmula que na minha opinião foi juntar em um caldeirão uma história de ficção científica no estilo dos quadrinhos da Heavy Metal com uma narrativa meio-mockumentary meio-convencional, e no topo disso tudo, uma tragédia grega, onde vemos a trajetória do protagonista seguir por caminhos trágicos e inesperados. Um épico da ficção científica, este filme enriqueceu o gênero e merece uma conferida.
A Órfã
3.6 3,4K Assista AgoraHavia muito tempo que eu não me surpreendia de uma maneira boa com um filme desse gênero. Não esperava muito quando fui vê-lo até porque eu nem imaginava do que se tratava (pensava até que podia ser uma versão americana do espanhol El Orfanato, mas não é), e desde o comecinho do filme eu tive a sensação que pelo menos até o final, o filme seria decente. E no fim das contas, o final também não decepcionou... pelo contrário, me surpreendeu e deu um fechamento fantástico para a trama. Para quem gosta de um thriller ou um terror um pouco mais psicológico, por assim dizer, "A Órfã" é recomendadíssimo.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraNão tenho nada contra ver um filme "teen" ou infantil, se ele tiver um bom enredo ou direção, e eu acho que o fato de ser um filme com esta classificação não é uma desculpa para deixar de lado nenhuma destas coisas. Na minha opinião faltou um pouco das duas coisas em "Jogos Vorazes".
Confesso que não li o livro e não sei quanto ao enredo original nem a sua qualidade enquanto literatura, mas o filme decepciona por ficar "em cima do muro". Com isso eu quero dizer que, por um lado ele decepciona por ser uma típica história infanto/juvenil mas com o andamento mais leeento que eu já vi - o filme se arrasta por momentos incrivelmente longos onde absolutamente nada acontece - e por outro lado, há o elemento da violência que é totalmente "implícita" - ou seja, as crianças matam umas as outras, sim, mas é tudo "em off", não há uma exploração de algum tipo de natureza pérfida de qualquer dos personagens nem uma estética que acompanhe a "violência" que está no background (desta vez eu colocaria várias aspas).
Eu gostaria de comentar mais, mas vi este filme quando ele estava no cinema ainda, e como eu previ, algumas semanas depois eu já tinha me esquecido quase que completamente dele. E para finalizar, até mesmo o Woody Harrelson está ruim no filme. E isso já diz bastante coisa.
Constantine
3.8 1,7K Assista AgoraConstantine é um típico caso e uma época de adaptações de quadrinhos onde o retorno financeiro era a espinha dorsal do filme e o respeito pelo personagem não era necessário. Isso ainda acontece, mas depois das mais recentes adaptações de Batman e Vingadores, parece que a coisa tomou um outro rumo. Eu concordo que uma adaptação não precisa e nem deve ser 100% fiel ao original para ter qualidade, principalmente por se tratar de uma outra mídia, mas eu acho que a coisa toda perde o sentido se o diretor pega o "rótulo" e joga fora a "garrafa".
Que é o caso em Constantine, a PIOR adaptação de quadrinhos que eu já tive o desprazer de assistir (confesso que não até o final). Eu acho que o Dark Knight do Nolan é um exemplo de filme que não é totalmente fiel ao que acontece nos quadrinhos, mas a ESSÊNCIA do Batman está lá. O importante é que pelo menos a idéia por trás do personagem, o que o torna interessante, original e único, em seu meio, seja entendida pelo diretor e mantida como pano de fundo para a trama. Como disse antes, aqui, a garrafa foi jogada fora, e o que restou foi o nome Constantine, completamente desconexo com o personagem que eu acompanhei durante muito tempo nos quadrinhos, uma pessoa completamente diferente do John Constantine de Alan Moore, em um mundo totalmente diferente do que há em Hellblazer.
Só para citar uma das várias digressões do filme, John Constantine não é um exorcista - muito, muito pelo contrário... é um usuário pesado de magia negra... sua relação com demônios é muito mais centrada em barganhas e trapaças. Isso, só pra começo de conversa...
Nota 0 de 10
Wolverine: Imortal
3.2 2,2K Assista Agorao filme começou com a ótima ideia de trazer o darren arronofsky para a direção... dar o roteiro na mão dele e pagar pra ver uma coisa completamente diferente do que já foi feito em adaptações de HQ. com o roteiro escrito pelo próprio chris claremont, a coisa ia bem... mas depois que o arronofsky saiu do projeto, e jogaram na mão do james mangold... já é de se esperar uma continuação daquela bizarrice do "origins"...