Denis Villeneuve é um gênio do nosso tempo. A organicidade com que tece suas ficções científica nos faz crer no que assistimos como algo real. "Duna" é mais um desses universos ousadamente apresentado pelo diretor, que transforma um blockbuster em algo maior, mais interessante que qualquer sci-fi atabalhoada por aí.
Fim da década de 1960, superpotências desse planeta travando uma "corrida espacial" num contexto de Guerra. Esse parece ser o time perfeito pr'um fllme altamente contemplativo e reflexivo; Kubrick que já tinha lançado o sarcasmo sobre a coisa em Dr. Stranglove agora experimentava, num apego à técnica, com perfeição. Mirou em revolucionar os filmes de ficção científica e acabou por revolucionar o Cinema. É um gênio.
O Refavela é uma aula de Brasil. Gil após tocar num festival, na Nigéria, em 1977, lhe vem a necessidade de transpor num álbum ritmos africanos, o elo com cidades brasileiras, passando por terreiros da Bahia e blocos de rua populares. Mas não só. A origem de "Aqui e Agora" é surreal, coisas que só GIl pode fazer mesmo. Tão feliz de saber que "No Norte da Saudade" foi inicialmente escrita na minha amada Aracaju hehe
Se por um lado, a gente tem o protagonista preso em uma realidade pré-fabricada, um reality show pro mundo ver; de outro, o homem contemporâneo vive a necessidade de transformar sua vida em uma atração; através de instagram/facebook/filmow/etc - a busca pela audiência, por ser adorado e curtido são consequências altamente e inversamente comparáveis. Anseios padronizados, homens confinados em si mesmos.
É um bom filme que vale a pena ser visto. Scorsese disseca uma máfia americana como ninguém. Muitas cenas denecessárias que pouco ou nada contribuem à narrativa tornam cansativas essas mais de 2h40. No mais, as atuações soberbas do De Niro, Joe Pesci e Sharon Stone fazem o filme fluir bem, você sente junto dos personagens.
Não é um documentário sobre vulcões. O diretor lança um olhar habilidoso e atento, em diversas partes do planeta, para a relação humana com essa entidade da Natureza. Interessante notar a diversidade de narrativas que se discorrem de uma só coisa. Ciência, religião, espiritualidade, política... Pra mim, tão bonito quanto assistir as passagens dos vulcões em erupção é ver que nessas narrativas, demasiadamente humanas, à Natureza lhe é dada o respeito (às vezes pelo temor) que a sua grandiosidade merece e precisa.
alceu metendo uma psicodelia nordestina, a voz da força de sandra de sá, a música improvisando hermeto pascoal, a irreverência de raul e mautner, a serenidade revolucionária de gonzaguinha, gonzagão sendo ele mesmo, walter franco breve mas preciso, a técnica jards macalé, divinamente gilberto gil. e como fosse a cereja num bolo, a elegante arrogância, a fineza e a maestria, o brasil sendo tocado e cantado por joão gilberto. não sei vcs, mas queria um woodstock ser um festival de águas claras.
vejo esse filme, sobretudo, como uma evolução do trabalho do roberet eggers. o farol tem uma linguagem cinematográfica mais aprimorada que o antecessor a bruxa. além disso, o desenrolar dos de praxe complexos e simbólicos enredos, aqui, se mostra mais bem trabalhado, como se fosse uma viagem muito doida mas pés no chão.
é muito mais que um emaranhado de metáforas, na verdade, é muito mais do que uma relação complicada entre dois homens e um farol. entender os processos dos personagens, a dominação que se estabelece de âmbito econômico, psicológico e físico (talvez sexual), de um pelo outro, vejo como pontos centrais do filme. pontos estes que não garantem uma explicação da coisa toda, mas que funcionam como pontos de partida pra reflexão, pra discussão.
além da trama aparentemente simples e revestida de simbologias, o controle do diretor muito bem executado sobre a obra e as atuações fantásticas de robert pattinson e willem defoe, pra mim, garantiram o engajamento do início ao fim.
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Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraDenis Villeneuve é um gênio do nosso tempo. A organicidade com que tece suas ficções científica nos faz crer no que assistimos como algo real. "Duna" é mais um desses universos ousadamente apresentado pelo diretor, que transforma um blockbuster em algo maior, mais interessante que qualquer sci-fi atabalhoada por aí.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraGalera, onde acho um link c boa qualidade desse filme?
A Paixão de Ana
4.2 102A câmera do Bergman fechando no rosto da Liv Ulmann, uma atuação que só ela, e o mundo parecendo que tem jeito.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraFim da década de 1960, superpotências desse planeta travando uma "corrida espacial" num contexto de Guerra. Esse parece ser o time perfeito pr'um fllme altamente contemplativo e reflexivo; Kubrick que já tinha lançado o sarcasmo sobre a coisa em Dr. Stranglove agora experimentava, num apego à técnica, com perfeição. Mirou em revolucionar os filmes de ficção científica e acabou por revolucionar o Cinema. É um gênio.
Refavela 40
4.2 5 Assista AgoraO Refavela é uma aula de Brasil. Gil após tocar num festival, na Nigéria, em 1977, lhe vem a necessidade de transpor num álbum ritmos africanos, o elo com cidades brasileiras, passando por terreiros da Bahia e blocos de rua populares. Mas não só. A origem de "Aqui e Agora" é surreal, coisas que só GIl pode fazer mesmo. Tão feliz de saber que "No Norte da Saudade" foi inicialmente escrita na minha amada Aracaju hehe
Guava Island
4.0 248Crítica social foda, descontraída, com música boa e um casalzão da porra que é Childish e Rihanna. Perfeito naquilo que se propõe.
Jim & Andy: The Great Beyond
4.2 162 Assista AgoraO Meteoro Brasil fez um vídeo massa onde cita esse doc: https://www.youtube.com/watch?v=MX61lt4bIaM
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraUma boa ficção é aquela que nos faz pensar o real sobre como ele seria; ou é?
É interessante notar como, hoje, a gente vive um Show de Truman às avessas.
Se por um lado, a gente tem o protagonista preso em uma realidade pré-fabricada, um reality show pro mundo ver; de outro, o homem contemporâneo vive a necessidade de transformar sua vida em uma atração; através de instagram/facebook/filmow/etc - a busca pela audiência, por ser adorado e curtido são consequências altamente e inversamente comparáveis. Anseios padronizados, homens confinados em si mesmos.
Independente de tudo isso, acho que a mensagem que fica é que é imperativa a busca pelo autêntico, o espontâneo, o real.
Dente de Leite
3.8 59"I'm going to enjoy becoming part of a sky like this, dad"
Forte e lindamente triste
Cassino
4.2 650 Assista AgoraÉ um bom filme que vale a pena ser visto. Scorsese disseca uma máfia americana como ninguém. Muitas cenas denecessárias que pouco ou nada contribuem à narrativa tornam cansativas essas mais de 2h40. No mais, as atuações soberbas do De Niro, Joe Pesci e Sharon Stone fazem o filme fluir bem, você sente junto dos personagens.
Visita ao Inferno
4.0 39 Assista AgoraNão é um documentário sobre vulcões. O diretor lança um olhar habilidoso e atento, em diversas partes do planeta, para a relação humana com essa entidade da Natureza. Interessante notar a diversidade de narrativas que se discorrem de uma só coisa. Ciência, religião, espiritualidade, política... Pra mim, tão bonito quanto assistir as passagens dos vulcões em erupção é ver que nessas narrativas, demasiadamente humanas, à Natureza lhe é dada o respeito (às vezes pelo temor) que a sua grandiosidade merece e precisa.
Não Estou mais Aqui
4.0 75 Assista AgoraNada melhor que um latinoamericano autêntico e real. Pertecimento às origens pela arte... Esse filme é um respiro.
O Barato de Iacanga
4.2 76alceu metendo uma psicodelia nordestina, a voz da força de sandra de sá, a música improvisando hermeto pascoal, a irreverência de raul e mautner, a serenidade revolucionária de gonzaguinha, gonzagão sendo ele mesmo, walter franco breve mas preciso, a técnica jards macalé, divinamente gilberto gil. e como fosse a cereja num bolo, a elegante arrogância, a fineza e a maestria, o brasil sendo tocado e cantado por joão gilberto. não sei vcs, mas queria um woodstock ser um festival de águas claras.
O Farol
3.8 1,6K Assista Agoravejo esse filme, sobretudo, como uma evolução do trabalho do roberet eggers. o farol tem uma linguagem cinematográfica mais aprimorada que o antecessor a bruxa. além disso, o desenrolar dos de praxe complexos e simbólicos enredos, aqui, se mostra mais bem trabalhado, como se fosse uma viagem muito doida mas pés no chão.
é muito mais que um emaranhado de metáforas, na verdade, é muito mais do que uma relação complicada entre dois homens e um farol. entender os processos dos personagens, a dominação que se estabelece de âmbito econômico, psicológico e físico (talvez sexual), de um pelo outro, vejo como pontos centrais do filme. pontos estes que não garantem uma explicação da coisa toda, mas que funcionam como pontos de partida pra reflexão, pra discussão.
além da trama aparentemente simples e revestida de simbologias, o controle do diretor muito bem executado sobre a obra e as atuações fantásticas de robert pattinson e willem defoe, pra mim, garantiram o engajamento do início ao fim.