My Beautiful Laundrette é rápido e gostoso de ver, porque tem muito a dizer e mostrar, incluindo um Daniel Day-Lewis, de cara nova, tenso, inteligente, erótico, sexy, uma estrela emergente e já altamente talentoso. Rápido, ousado, duro e primitivo, como um prodigioso filme para estudantes, com partes iguais de promessa e ameaça. Foi feito nos anos 80, então ele foi ousado demais para sua época, mas ainda é muito interessante.
Sempre quis fazer uma resenha sobre esse filme maravilhoso, estupendo, genial, inesquecível, um dos melhores filmes sobre tribunais já feitos no cinema. Junto com ''Julgamento em Nuremberg/Judgment at Nuremberg'' (1961) e ''O Sol é para Todos/To Kill a Mockingbird (1962), mas não se pode contar quase nada sobre o filme, se não você perder a chance de se arrepiar no final. ''Testemunha de Acusação'', é o máximo. É uma obra-prima, uma perfeição. A gente não cansa de ver e rever. Billy Wilder, esse gênio da direção, dos grandes roteiros, das grandes produções, dirigiu obras-primas como ''Quanto Mais Quente Melhor'' (1959); ''Crepúsculo dos Deuses'' (1950); ''Pacto de Sangue'' (1944); ''Se Meu Apartamento Falasse'' (1960), só para citar quatro, pois com ele não tinha filme ruim. E o diretor e o adaptador da obra da outra genial escritora Agatha Christie, que para muitos era uma escritora menor, bolas ninguém ligava ela vendia seus livros como água. O elenco é de arrepiar, mas não adianta o filme é dominado por dois gigantes da atuação Marlene Dietrich (esplendorosa, enigmática, estupenda, alguns vão dizer bem ela praticamente fazia sempre a femme fatale, ela própria, em sua autobiografia fala disso e chegar a exagerar dizendo que seu melhor papel foi em ''A Marca da Maldade'' de Orson Welles, mas poucas faziam isso sempre com um registro diferente, mas assistam ''A Imperatriz Vermelha'' (1934), de Josef von Sternberg, ela também faz uma femme fatale, mas antes de se transformar na mulher perigosa, ela começa com uma mulher assustada, ingênua, tímida, e está melhor ainda, sem falar que ela contracenou com grandes atores, como Spencer Tracy, Orson Welles, Charles Laughton, Ray Milland, Jean Gabin, John Wayne, Gary Cooper, Cary Grant, Emil Jannings, James Stewart e sempre estava na altura deles, sinal que só uma atriz realmente talentosa pode fazer isso, só pra lembar atriz Jean Arthur quando contracenou com ela botou a boca no mundo, dizendo que ela estava roubando todas as cenas, uma curiosidade esse filme em questão foi dirigido também por Billy Wilder ''A Mundana'', a treta foi tão feia que ela ficou sem falar com Wilder, mas estranhamente exitem várias fotos dela durante as filmagens se dando super bem com Marlene, com direito a selinho e tudo, mas botou a culpa em Wilder, que disse que deu o mesmo espaço para as duas, ela não quis saber, ficou falando mal do diretor por décadas, confrontou Wilder, na casa dele ao lado do marido Frank Ross, Wilder, sabendo que essas inseguranças eram comuns quando duas personalidades muito diferentes estavam trabalhando juntas, tentou tranquilizá-la de que não estava favorecendo ninguém, apesar de todas as atrizes que ele dirigiu, ele admirava Dietrich, acima de tudo, pois na vida real Dietrich, fosse diferente de suas personagens, e adorava fazer sopas quando via qualquer ator doente, até que nos 80, Jean Arthur, ao assistir o filme pela televisão, ligou imediatamente para Wilder, e pediu desculpas, dizendo você tinha razão você foi imparcial ), é uma diva, uma das maiores que já passaram pelas telas do cinema junto com Bette Davis, Katharine Hepburn, Ingrid Bergman, Greta Garbo, Audrey Hepburn. O outro é Charles Laughton (ele dá um show aqui um absurdo de tão bom). O acusado, Leonard Vole, é interpretado por Tyrone Power (que foi mais galã do que ator, aqui ele tem sua melhor interpretação, infelizmente foi sua última atuação, embora temos que afirmar ninguém dirigido por Billy Wilder trabalha mal). Outra curiosidade super interessante o jornalista e romancista renomado alemão em 1992, fez a biografia de Billy Wilder, e disse sobre esse filme: “Testemunha de Acusação, é um dos melhores filmes de Hitchcock – só que dirigido por Billy Wilder.” Sem dúvida, Hitchcock teria tido o maior prazer em assinar este filme.
No fundo, esse filme é simplesmente uma história sobre amor, tolerância e honestidade, contada com uma dose perfeita de cada uma dessas coisas. Sem falar que Nick Robinson e Logan Miller, estão perfeitos em seus papéis. Um filme simples, mas que emociona.
Para que mexer com algo que já nasceu perfeito pelas mãos do mestre Billy Wilder, em 1957, filmes como este e mais ''Cidadão Kane'' (1941); ''Um Corpo Que Cai ''(1958); ''8 ½ '' (1963); ''A Doce Vida'' (1960); ''Casablanca'' (1942); '' Jules e Jim - Uma Mulher para Dois'' (1962); ''A Marca da Maldade'' (1958); são notórios e notáveis, não tem mais o que se dizer, são perfeitos por natureza.
De Sica traduz o romance de Moravia com sensibilidade e vigor. O seu personagem principal é Cesira, a mãe, interpretada com paixão por uma Loren memorável, premiada com o Oscar e no festival de Cannes. Não poderia ter pedido um desempenho melhor que esse.
O diretor Francisco Lombardi é mestre quando o assunto é criar polêmica. Mas esse filme peruano é ótimo. O personagem Joaquín Camino, interpretado por Santiago Magill (belo e com uma interpretação sutil e poderosa) , descobre – em um contexto familiar no qual o machismo mais brutal e o preconceito de classe coexistem com a falsidade – sua própria identidade homoerótica. Isso poderia ser banal não fosse o caso de isso levá-lo à espiral do vício nas drogas e à beira da prostituição. Filmes que abordam a comunidade GLBT não é novidade pra ninguém, mas tratar desse tema a vinte anos atrás e ainda em um país conservador como o Peru é novidade e um desafio. Para alguns o filme é por demais deturpador associando a imagem dos homossexuais às drogas, criminalidade e prostituição, porém se refletirmos bem, veremos que este é um caso verossímil e que há sim pessoas que encaram dessa forma e tomam rumos parecidos, é tudo uma questão social da aceitação de algo que está naturalmente intrincado na sociedade desde seus primórdios.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Minha Adorável Lavanderia
3.5 72My Beautiful Laundrette é rápido e gostoso de ver, porque tem muito a dizer e mostrar, incluindo um Daniel Day-Lewis, de cara nova, tenso, inteligente, erótico, sexy, uma estrela emergente e já altamente talentoso. Rápido, ousado, duro e primitivo, como um prodigioso filme para estudantes, com partes iguais de promessa e ameaça. Foi feito nos anos 80, então ele foi ousado demais para sua época, mas ainda é muito interessante.
Testemunha de Acusação
4.5 353 Assista AgoraSempre quis fazer uma resenha sobre esse filme maravilhoso, estupendo, genial, inesquecível, um dos melhores filmes sobre tribunais já feitos no cinema. Junto com ''Julgamento em Nuremberg/Judgment at Nuremberg'' (1961) e ''O Sol é para Todos/To Kill a Mockingbird (1962), mas não se pode contar quase nada sobre o filme, se não você perder a chance de se arrepiar no final. ''Testemunha de Acusação'', é o máximo. É uma obra-prima, uma perfeição. A gente não cansa de ver e rever. Billy Wilder, esse gênio da direção, dos grandes roteiros, das grandes produções, dirigiu obras-primas como ''Quanto Mais Quente Melhor'' (1959); ''Crepúsculo dos Deuses'' (1950); ''Pacto de Sangue'' (1944); ''Se Meu Apartamento Falasse'' (1960), só para citar quatro, pois com ele não tinha filme ruim. E o diretor e o adaptador da obra da outra genial escritora Agatha Christie, que para muitos era uma escritora menor, bolas ninguém ligava ela vendia seus livros como água. O elenco é de arrepiar, mas não adianta o filme é dominado por dois gigantes da atuação Marlene Dietrich (esplendorosa, enigmática, estupenda, alguns vão dizer bem ela praticamente fazia sempre a femme fatale, ela própria, em sua autobiografia fala disso e chegar a exagerar dizendo que seu melhor papel foi em ''A Marca da Maldade'' de Orson Welles, mas poucas faziam isso sempre com um registro diferente, mas assistam ''A Imperatriz Vermelha'' (1934), de Josef von Sternberg, ela também faz uma femme fatale, mas antes de se transformar na mulher perigosa, ela começa com uma mulher assustada, ingênua, tímida, e está melhor ainda, sem falar que ela contracenou com grandes atores, como Spencer Tracy, Orson Welles, Charles Laughton, Ray Milland, Jean Gabin, John Wayne, Gary Cooper, Cary Grant, Emil Jannings, James Stewart e sempre estava na altura deles, sinal que só uma atriz realmente talentosa pode fazer isso, só pra lembar atriz Jean Arthur quando contracenou com ela botou a boca no mundo, dizendo que ela estava roubando todas as cenas, uma curiosidade esse filme em questão foi dirigido também por Billy Wilder ''A Mundana'', a treta foi tão feia que ela ficou sem falar com Wilder, mas estranhamente exitem várias fotos dela durante as filmagens se dando super bem com Marlene, com direito a selinho e tudo, mas botou a culpa em Wilder, que disse que deu o mesmo espaço para as duas, ela não quis saber, ficou falando mal do diretor por décadas, confrontou Wilder, na casa dele ao lado do marido Frank Ross, Wilder, sabendo que essas inseguranças eram comuns quando duas personalidades muito diferentes estavam trabalhando juntas, tentou tranquilizá-la de que não estava favorecendo ninguém, apesar de todas as atrizes que ele dirigiu, ele admirava Dietrich, acima de tudo, pois na vida real Dietrich, fosse diferente de suas personagens, e adorava fazer sopas quando via qualquer ator doente, até que nos 80, Jean Arthur, ao assistir o filme pela televisão, ligou imediatamente para Wilder, e pediu desculpas, dizendo você tinha razão você foi imparcial ), é uma diva, uma das maiores que já passaram pelas telas do cinema junto com Bette Davis, Katharine Hepburn, Ingrid Bergman, Greta Garbo, Audrey Hepburn. O outro é Charles Laughton (ele dá um show aqui um absurdo de tão bom). O acusado, Leonard Vole, é interpretado por Tyrone Power (que foi mais galã do que ator, aqui ele tem sua melhor interpretação, infelizmente foi sua última atuação, embora temos que afirmar ninguém dirigido por Billy Wilder trabalha mal). Outra curiosidade super interessante o jornalista e romancista renomado alemão em 1992, fez a biografia de Billy Wilder, e disse sobre esse filme: “Testemunha de Acusação, é um dos melhores filmes de Hitchcock – só que dirigido por Billy Wilder.” Sem dúvida, Hitchcock teria tido o maior prazer em assinar este filme.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraNo fundo, esse filme é simplesmente uma história sobre amor, tolerância e honestidade, contada com uma dose perfeita de cada uma dessas coisas. Sem falar que Nick Robinson e Logan Miller, estão perfeitos em seus papéis. Um filme simples, mas que emociona.
Witness for the Prosecution
3Para que mexer com algo que já nasceu perfeito pelas mãos do mestre Billy Wilder, em 1957, filmes como este e mais ''Cidadão Kane'' (1941); ''Um Corpo Que Cai ''(1958); ''8 ½ '' (1963); ''A Doce Vida'' (1960); ''Casablanca'' (1942); '' Jules e Jim - Uma Mulher para Dois'' (1962); ''A Marca da Maldade'' (1958); são notórios e notáveis, não tem mais o que se dizer, são perfeitos por natureza.
Duas Mulheres
4.3 69 Assista AgoraDe Sica traduz o romance de Moravia com sensibilidade e vigor. O seu personagem principal é Cesira, a mãe, interpretada com paixão por uma Loren memorável, premiada com o Oscar e no festival de Cannes. Não poderia ter pedido um desempenho melhor que esse.
Não Conte a Ninguém
3.6 23O diretor Francisco Lombardi é mestre quando o assunto é criar polêmica. Mas esse filme peruano é ótimo. O personagem Joaquín Camino, interpretado por Santiago Magill (belo e com uma interpretação sutil e poderosa) , descobre – em um contexto familiar no qual o machismo mais brutal e o preconceito de classe coexistem com a falsidade – sua própria identidade homoerótica. Isso poderia ser banal não fosse o caso de isso levá-lo à espiral do vício nas drogas e à beira da prostituição. Filmes que abordam a comunidade GLBT não é novidade pra ninguém, mas tratar desse tema a vinte anos atrás e ainda em um país conservador como o Peru é novidade e um desafio. Para alguns o filme é por demais deturpador associando a imagem dos homossexuais às drogas, criminalidade e prostituição, porém se refletirmos bem, veremos que este é um caso verossímil e que há sim pessoas que encaram dessa forma e tomam rumos parecidos, é tudo uma questão social da aceitação de algo que está naturalmente intrincado na sociedade desde seus primórdios.