Em primeiro lugar e já de antemão podemos adiantar que, no longa Bladerunner 2049, somos testemunha de um malsucedido esforço de reproduzir toda a cinematografia épica do primeiro filme. Aspectos como o ritmo e o clima do primeiro são vistos no novo filme mas dentro de um roteiro sem consistência e com cenas dignas de um filme qualquer da Disney para a TV. Aqui vamos tentar entender um pouco das causas que fizeram o supérfluo enredo ser engolido por sua própria presunção de profundidade filosófica somada à produção extravagante que apequena ainda mais a história em si.
A abordagem dos temas centrais do filme, como dilemas éticos causados pelo avanço da biotecnologia, a degradação extrema da vida humana e suas sociedades pelo avanço desenfreado do capitalismo pós-industrial, a solidão na vida pós-moderna e a carência generalizada de contato humano num cenário inegavelmente apocalíptico e urbanamente tóxico tenta ser contundentemente austera e melancolica com aquele tom de gravidade que já esperávamos, porém o roteiro (e ainda ele) permanece o tempo todo puxando o filme das profundezas sombrias de um mundo onde o argumento (o negligenciado "plot", nesse caso) se pretende alcançar para a superfície de um arrasa-quarteirão qualquer onde a produção, os efeitos especiais, a dinâmica amorosa de sessão da tarde entre o mocinho e a mocinha, a beleza cosmética dos personagens e os cenários deslumbrantes são invariavelmente mais importantes para o sucesso do filme que um roteiro original e desenvolvido.
http://vitorrodrigvez.blogspot.com.br/
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Batman
4.0 1,9K Assista AgoraO melhor filme do Batman
-?-
No Limbo
3.4 1Que documentário assustadoramente maravilhoso!
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraNO MUNDO DE 2049
Por Vitor Rodrigvez
Em primeiro lugar e já de antemão podemos adiantar que, no longa Bladerunner 2049, somos testemunha de um malsucedido esforço de reproduzir toda a cinematografia épica do primeiro filme. Aspectos como o ritmo e o clima do primeiro são vistos no novo filme mas dentro de um roteiro sem consistência e com cenas dignas de um filme qualquer da Disney para a TV. Aqui vamos tentar entender um pouco das causas que fizeram o supérfluo enredo ser engolido por sua própria presunção de profundidade filosófica somada à produção extravagante que apequena ainda mais a história em si.
A abordagem dos temas centrais do filme, como dilemas éticos causados pelo avanço da biotecnologia, a degradação extrema da vida humana e suas sociedades pelo avanço desenfreado do capitalismo pós-industrial, a solidão na vida pós-moderna e a carência generalizada de contato humano num cenário inegavelmente apocalíptico e urbanamente tóxico tenta ser contundentemente austera e melancolica com aquele tom de gravidade que já esperávamos, porém o roteiro (e ainda ele) permanece o tempo todo puxando o filme das profundezas sombrias de um mundo onde o argumento (o negligenciado "plot", nesse caso) se pretende alcançar para a superfície de um arrasa-quarteirão qualquer onde a produção, os efeitos especiais, a dinâmica amorosa de sessão da tarde entre o mocinho e a mocinha, a beleza cosmética dos personagens e os cenários deslumbrantes são invariavelmente mais importantes para o sucesso do filme que um roteiro original e desenvolvido.
http://vitorrodrigvez.blogspot.com.br/