Fazia tempo que eu não passava um filme inteiro com um sorriso no rosto. Uma mensagem que o mundo todo precisa ouvir no momento em que vivemos. Em meio ás trevas, que não abandonemos a imaginação, o amor e a perspectiva.
Não é o terror mais surpreendente ou bem executado que já vi. Na verdade é até previsível. Porém, consegue ser envolvente e manter uma certa tensão, de forma que te deixa curioso para saber como a história vai terminar
Que experiencia angustiante ver esse filme! Constrói tensão muito bem. (tinha um casal que passou o filme todo conversando no cinema o que me atrapalhou MUITO mesmo assim, o filme conseguiu me envolver no clima). Você sai do cinema bem consciente dos sons ao seu redor. Engraçado como a gente não presta atenção nessas coisas no dia a dia.
Interessante que tem toda essa problemática do silêncio, sendo que o maior conflito entre os personagens - na relação pai / filha - é justamente o não dito.
Bem intencionado, com ótimos personagens e uma boa premissa, mas a execução deixa muito a desejar. Não é ruim, mas ao final fica a sensação de potencial desperdiçado.
A história funcionaria muito bem na Broadway. Torcendo para que aconteça com ele o mesmo que aconteceu com Kinky Boots.
Decepcionante. Desperdiça personagens interessantes ao focar somente no "vai não vai", sem nunca explorar o potencial da trama. Parece que quer ser cult e sensorial mas acaba sendo só raso
Que filme lindo! Que fábula encantadora e delicada. Fala de amor, solidão, lealdade e ainda consegue trazer critica social. Tudo isso embalado em um clima de filme antigo que é uma delícia. Amei!
vi o verde como a representação da solidão/submissão da maioria dos personagens, constatando com o amarelo que interpretei como representação de status e controle. Me chamou atenção a cena do restaurante, quando Hofstadter vai visitar seus comandantes. Ele passa por uma sala toda amarelada (onde as pessoas de classe estão estão felizes, se divertindo) e entra na cozinha, onde tudo volta ao tom verde. Interessante também como a casa tanto de Richard quanto de Zelda tem predominância do amarelo. Zelda pode ser submissa em seu trabalho, mas em casa ela assume uma posição de liderança em frente a passividade do marido.
O mundo de Elisa é todo verde. Ela está presa numa mesma rotina, solitária e se sentindo incompleta... até que se conecta à criatura e passa a assumir uma posição mais ativa, ai sua roupa começa a transitar para o vermelho.
Enfim. Não sei se faz sentido mas é o que consegui tirar de interpretação hehe. Curioso para ler outras :)
Um filme com uma gama de personagens interessantíssimos e que frusta "expectativas". Não que esteja aquém do esperado, mas que surpreende a todo momento, tomando caminhos inesperados. Curti bastante!
Achei um pouco decepcionante. Por mais que a história seja de fato interessante e a ideia de estruturar o filme como um mockumentary seja louvável, não acho que o - aparente - objetivo de contar a história de forma subjetiva tenha sido alcançada. No começo diz que os depoimentos de Jeff e Tonya eram completamente contraditórios, mas no final das contas não pareceu tanto assim. O filme te diz o que pensar. Sem falar que senti que Tonya foi tratada como uma marionete do destino, sem nenhum poder de escolha. Esperava personagens complexos, mas achei todos muito rasos.
De qualquer forma, não é um filme ruim. É divertido e gostei como critica a hipocrisia da mídia e a valorização da aparência do esporte. E as atuações são de fato excelentes.
Comecei sentindo uma vibe bem Carrie, a Estranha/ Cisne Negro. Thelma inicialmente passa uma imagem muito frágil e vitimizada. Tendo crescido em um ambiente repressor, ela vê a mudança de cidade como uma chance de se libertar, mas não é um processo fácil, pois tudo o que ela sempre acreditou sobre si mesma entra em choque. Fui levado de cara a condenar os pais. E achei que o filme foi inteligente em introduzir um contexto LGBT porque contribuiu ainda mais pra isso. Filhos que sofrem no armário por causa da influência de seus pais homofóbicos é bem comum, na realidade e na ficção. Mas ai o filme sofre uma reviravolta e descobrimos que as ações dos pais não eram tão injustificadas. Afinal, as habilidades de Thelma a tornavam perigosa. Bem pesado o que aconteceu como irmão. Mesmo que não tenha sido sua culpa, a gente começa a ter empatia pelos pais. Embora eles tenham agido equivocadamente ao esconder a verdade e tenham piorado tudo no fim das contas (o que diz muito sobre a tendência humana de fugir, julgar e procurar explicar o desconhecido com algo mais tangível, como a religião, ao invés de tentar de fato entender aquilo), tampouco continuamos a enxergar Thelma como uma figura inocente. Ela finalmente conquista sua própria voz, mas isso vem com escolhas questionáveis, como continuar com Anja mesmo sabendo que a afeição da moça pode ser apenas fruto de seu desejo. Assim, o filme não condena seus personagens, mas deixa o julgamento nas mãos do expectador.
Achei que o filme é muito bem construído. Tem várias camadas. Sinto que poderia analisa-lo sobre vários prismas diferentes. Terminei de ver há algum tempo e ainda estou refletindo sobre ele. Adoro quando um filme tem esse impacto em mim.
Gostei bastante do uso de metáforas para discutir a necessidade de cortar o cordão umbilical, um processo que muitas vezes pode ser doloroso. Também gostei como a narrativa vai crescendo aos poucos, ganhando intensidade gradativamente, à medida que adentra na psique e no passado de sua protagonista, explorando desejo, repressão e a busca de identidade. Ademais, tenho só elogios à trilha, fotografia, montagem e atuações.
Fui ver em uma noite insone, sem esperar muita coisa e me surpreendi. Gostei muito. Discordo de comentários que dizem que os personagens são rasos e a história parada. Muito pelo contrário. O roteiro é objetivo, envolvente e identificável, retratando com competência a turbulenta transição da adolescência para a vida adulta, quando sua rotina, relacionamentos e - algumas vezes - até a noção do "eu" sofrem mudanças em virtude da carga de responsabilidade que todos nós somos obrigados a enfrentar.
Sobre Sebastian: vi que alguns o tratam como o "vilão" do filme, mas pra mim foi o personagem mais interessante. Alguém que se esconde atrás de dinheiro, sexo e status para tentar ignorar a dor e a solidão que sente. Manipulativo? Sim. Mas ele é muito mais complexo do que o (compreensivelmente) ingênuo Charlie ou o controlador Tim (que pra mim tá mais pra sapo que pra príncipe). Todos cotemos erros. Todos passamos por uma jornada na vida e estamos em constante mutação. Sebastian estava sempre em conflito se perguntando se era uma má pessoa. Pois bem, nem simplesmente mau ou bom, e sim um ser humano.
Gostei que Charlie ficou sozinho no final. Sua mãe foi sábia ao aconselhá-lo que ele precisava primeiro encontrar a si mesmo antes de se abrir para estar em um relacionamento amoroso com outra pessoa. Acho que no final ele entendeu que realmente idealizava Sebastian e que precisava desconstruir essa ideia. Que o que era real e mais importante é a amizade. A vida de ambos estariam sempre entrelaçadas, mas cada um precisava encontrar seu próprio caminho, que naquele momento eram opostos.
Gostei do filme. Não tem nada de espetacular ou inédito, mas é daqueles indies que te provocam reflexão, mesmo que não vá mudar sua vida. Tudo no filme converge para um clima melancólico: a ambientação em uma cidade montanhosa e fria, a fotografia em preto e branco, a trilha serena.
Nostalgia. Reencontrar com o passado pode ser perigoso. Te leva a indagação do que poderia ter acontecido se você tivesse feito outras escolhas. Será que fez o que era certo? Você entra em contato com emoções que talvez tenham sido abafadas. Se lembra de momentos que trazem um gostinho doce, mas também corre o risco de desenterrar velhas feridas. Vale a pena? Pode ser um processo doloroso, mas também pode ser algo - de forma bem agridoce – terapêutico. É calcado nesse questionamento que a narrativa se constrói. É um filme singelo, com um roteiro leve, que flui bem, mas que consegue alcançar o interior de seus personagens. Sarah e o Duplass têm um desempenho bem sólido, lidando bem com a responsabilidade de estar (quase) só os dois em tela durante toda a projeção.
Quando sai do cinema meu amigo comentou que não entendi a quantidade de prêmios e o status de favorito para o Oscar de La La Land. Entendo o que ele diz. É um fime em que você recebe exatamente o que espera. A trama em si é bem simplória, sem grandes reviravoltas ou acontecimentos e alguns poderiam até reclamar, dizendo que não é original ou surpreendente (embora todas as escolhas do roteiro sejam acertadas. Chazelle tem um estilo de escrita, que já percebi ser característico dele, uma vez que se repete em Whiplash, de não mastigar a história e explicar tintim ao público. Ele entende que já temos uma bagagem com narrativa e algumas coisas deixam nas entrelinhas. Gosto disso). Porém, ao contrário dele, sai do cinema com os olhos brilhando, querendo sair dançando por ai e com a sensação de que estava flutuando. O filme não é apenas visualmente espetacular e com uma trilha sonora magnifica, é uma carta de amor para o gênero filme musical, para o jazz, para LA e para todo aquele que um dia já sonhou alto e teve a audácia e coragem de correr atrás dos seus sonhos. É uma obra contagiante, capaz de causar uma sensação sublime que só a verdadeira arte consegue causar e deixou meu coração tão quentinho que eu acho que se colocassem milho nele, se transformaria em pipoca. Sinto que La La Land possui sequencias que podem se tornar verdadeiros clássicos e referencia para produções vindouras. Entendo porque meu amigo achou só ok, mas eu amei e veria tudo de novo.
Que filme. AMEI. Pra mim é um dos melhores do ano. Quiçá, o melhor. O tipo de filme que faz lembrar o porquê de eu amar cinema e dramaturgia. Impressionante como uma historia bem contada pode ser impactante sem precisar apelar para grandes reviravoltas, tiros e explosões. Que filme elegante! Trilha sonora, montagem, roteiro, fotografia on point. Cada plano belíssimo.... E a trama é muito interessante. Alias, achei uma das historias mais originais que vi nos últimos anos. É um sci-fi como nenhum outro. Troca a ação que geralmente encontramos nesses filmes por algo mais intelectual. A base da história é a linguagem e comunicação e como elas são fundamentais para a constituição do ser humano. Mas a história vai além. Aborda muitos outros assuntos, tanto em nível mais intimo quanto universal. Investiga nossa reação em frente ao desconhecido e a relação entre nós mesmos, passando a mensagem de que a humanidade só terá uma chance quando aprendermos a nos focar no que nos torna iguais, não nas nossas diferenças. Tem muita coisa que eu gostaria de discutir sobre o filme, mas não quero dar mais spoiler. Vão ver!!
Só um adendo. Não acho que seja um filme pra todo mundo. Na saída da sala vi umas pessoas falando que era uma porcaria, que não entenderam nada. Eles realmente não entenderam porque não vejo como não gostar. Pode ser confuso, mas com um pouco mais se sensibilidade e reflexão você consegue chegar ao que o filme propõe. Digo isso sem a pretensão de soar esnobe. Não sou nada cult, mas sério...só ter um pouco mais de imaginação e imergir na história).
Muitas cenas merecem destaque para mim... a conversa do Kevin e do Patrick, tão dura mas necessária, que fez o Patrick perceber sua dificuldade de fato lidar com os desafios de um relacionamento adulto. A conversa com o Agustin na pedra, depois com a ministra e ao final com o Richie sobre como todos estamos mesmo é procurando alguém para amar. E last but not least, na boate, quando o Patrick expõe a importância do Agustin e do Eddie poderem agora se casar, exaltando a luta das gerações passadas e com esperança de que o preconceito seja diluído e que o casamento gay, ou duas pessoas gays em um relacionamento saudável e estável, seja visto pela sociedade como algo tão natural quanto o hétero.
Enfim, acho que a série foi além do "com quem o protagonista vai ficar" e cumpriu seu propósito. Não fiquei com sensação de que faltou algo e sinceramente não lamento não ter mais episódios, pq achei uma obra bem redondinha
Fui no cinema arrastado pela minha irmã, sem nenhuma vontade de ver o filme, mas me surpreendi. Acabei gostando. Acho que justamente por não ter expectativas, É uma animação bem simples, sem grandes pretensões ou surpresas, mas é competente e cativante. Ainda que muitas das piadas não funcionem e alguns acontecimentos soem forçados, passa mensagens importantes sobre
Noah Baumbach é um cara que compreende a geração Y. Seus dilemas, modos de agir e desafios. É um cara que entende o que é viver em uma era de redes sociais, onde tudo está mudando muito rápido e a felicidade é quase uma obrigação (e que tem que ser compartilhada). Entende o que é estar na casa dos vinte, enfrentando cobrança de já saber seu lugar, mas na verdade estar perdido, sem ter ter ideia de como funcionar no mundo. Que filme! Que diálogos! Que personagens!
Gostei muito de como eles conseguiram contar - na medida do possível - a história pelo prisma do Jack, assim como acontece no livro.
É tão bom quanto vemos uma adaptação bem feita, que respeita o material original. Brie já tinha mostrado como é uma atriz talentosa em "Short Term 12", espero que agora ela receba o reconhecimento que merece. Estarei torcendo por ela no Oscar! E Jacob... que achado. Garotinho encantador! Um dos melhores filmes do ano passado.
Duas morais: 1. Ciência é foda. 2. se o Matt Damon precisar ser resgatado de novo: DEIXA ELE LÁ. O filme é longo, muito técnico e podia ter mais ação, mas de alguma forma é dinâmico o suficiente para não ser chato. Consegue fazer com que nos preocupemos com o protagonista - trazendo o mesmo tipo de comoção como as pessoas reunidas nas praças que vemos no filme - e a trama é envolvente. Porém, o que mais gostei é que o filme tem potencial para incentivar as crianças a se interessarem por ciência. Quem sabe alguém que decidiu se tornar cientista depois de ver o filme não faz uma descoberta importante no futuro?
O Retorno de Mary Poppins
3.5 343 Assista AgoraFazia tempo que eu não passava um filme inteiro com um sorriso no rosto. Uma mensagem que o mundo todo precisa ouvir no momento em que vivemos. Em meio ás trevas, que não abandonemos a imaginação, o amor e a perspectiva.
"Can you imagine that?
Por Um Corredor Escuro
2.4 146Não é o terror mais surpreendente ou bem executado que já vi. Na verdade é até previsível. Porém, consegue ser envolvente e manter uma certa tensão, de forma que te deixa curioso para saber como a história vai terminar
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraQue experiencia angustiante ver esse filme! Constrói tensão muito bem. (tinha um casal que passou o filme todo conversando no cinema o que me atrapalhou MUITO mesmo assim, o filme conseguiu me envolver no clima). Você sai do cinema bem consciente dos sons ao seu redor. Engraçado como a gente não presta atenção nessas coisas no dia a dia.
Interessante que tem toda essa problemática do silêncio, sendo que o maior conflito entre os personagens - na relação pai / filha - é justamente o não dito.
Freak Show
3.7 46Bem intencionado, com ótimos personagens e uma boa premissa, mas a execução deixa muito a desejar. Não é ruim, mas ao final fica a sensação de potencial desperdiçado.
A história funcionaria muito bem na Broadway. Torcendo para que aconteça com ele o mesmo que aconteceu com Kinky Boots.
Havaí
3.7 198Decepcionante. Desperdiça personagens interessantes ao focar somente no "vai não vai", sem nunca explorar o potencial da trama. Parece que quer ser cult e sensorial mas acaba sendo só raso
A Forma da Água
3.9 2,7KQue filme lindo! Que fábula encantadora e delicada. Fala de amor, solidão, lealdade e ainda consegue trazer critica social. Tudo isso embalado em um clima de filme antigo que é uma delícia. Amei!
Sobre o uso das cores:
vi o verde como a representação da solidão/submissão da maioria dos personagens, constatando com o amarelo que interpretei como representação de status e controle. Me chamou atenção a cena do restaurante, quando Hofstadter vai visitar seus comandantes. Ele passa por uma sala toda amarelada (onde as pessoas de classe estão estão felizes, se divertindo) e entra na cozinha, onde tudo volta ao tom verde. Interessante também como a casa tanto de Richard quanto de Zelda tem predominância do amarelo. Zelda pode ser submissa em seu trabalho, mas em casa ela assume uma posição de liderança em frente a passividade do marido.
O mundo de Elisa é todo verde. Ela está presa numa mesma rotina, solitária e se sentindo incompleta... até que se conecta à criatura e passa a assumir uma posição mais ativa, ai sua roupa começa a transitar para o vermelho.
Enfim. Não sei se faz sentido mas é o que consegui tirar de interpretação hehe. Curioso para ler outras :)
Projeto Flórida
4.1 1,0KCompletamente Nos imerge no mundo dos personagens de tão forma que é impossível terminar de ver o filme e sentir indiferença.
Partiu meu coração.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraUm filme com uma gama de personagens interessantíssimos e que frusta "expectativas". Não que esteja aquém do esperado, mas que surpreende a todo momento, tomando caminhos inesperados. Curti bastante!
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraAchei um pouco decepcionante. Por mais que a história seja de fato interessante e a ideia de estruturar o filme como um mockumentary seja louvável, não acho que o - aparente - objetivo de contar a história de forma subjetiva tenha sido alcançada. No começo diz que os depoimentos de Jeff e Tonya eram completamente contraditórios, mas no final das contas não pareceu tanto assim. O filme te diz o que pensar. Sem falar que senti que Tonya foi tratada como uma marionete do destino, sem nenhum poder de escolha. Esperava personagens complexos, mas achei todos muito rasos.
De qualquer forma, não é um filme ruim. É divertido e gostei como critica a hipocrisia da mídia e a valorização da aparência do esporte. E as atuações são de fato excelentes.
Thelma
3.5 342 Assista AgoraSurpreende. Brincou muito com minhas expectativas.
Comecei sentindo uma vibe bem Carrie, a Estranha/ Cisne Negro. Thelma inicialmente passa uma imagem muito frágil e vitimizada. Tendo crescido em um ambiente repressor, ela vê a mudança de cidade como uma chance de se libertar, mas não é um processo fácil, pois tudo o que ela sempre acreditou sobre si mesma entra em choque. Fui levado de cara a condenar os pais. E achei que o filme foi inteligente em introduzir um contexto LGBT porque contribuiu ainda mais pra isso. Filhos que sofrem no armário por causa da influência de seus pais homofóbicos é bem comum, na realidade e na ficção. Mas ai o filme sofre uma reviravolta e descobrimos que as ações dos pais não eram tão injustificadas. Afinal, as habilidades de Thelma a tornavam perigosa. Bem pesado o que aconteceu como irmão. Mesmo que não tenha sido sua culpa, a gente começa a ter empatia pelos pais. Embora eles tenham agido equivocadamente ao esconder a verdade e tenham piorado tudo no fim das contas (o que diz muito sobre a tendência humana de fugir, julgar e procurar explicar o desconhecido com algo mais tangível, como a religião, ao invés de tentar de fato entender aquilo), tampouco continuamos a enxergar Thelma como uma figura inocente. Ela finalmente conquista sua própria voz, mas isso vem com escolhas questionáveis, como continuar com Anja mesmo sabendo que a afeição da moça pode ser apenas fruto de seu desejo. Assim, o filme não condena seus personagens, mas deixa o julgamento nas mãos do expectador.
Achei que o filme é muito bem construído. Tem várias camadas. Sinto que poderia analisa-lo sobre vários prismas diferentes. Terminei de ver há algum tempo e ainda estou refletindo sobre ele. Adoro quando um filme tem esse impacto em mim.
Gostei bastante do uso de metáforas para discutir a necessidade de cortar o cordão umbilical, um processo que muitas vezes pode ser doloroso. Também gostei como a narrativa vai crescendo aos poucos, ganhando intensidade gradativamente, à medida que adentra na psique e no passado de sua protagonista, explorando desejo, repressão e a busca de identidade. Ademais, tenho só elogios à trilha, fotografia, montagem e atuações.
Those People
3.3 179Fui ver em uma noite insone, sem esperar muita coisa e me surpreendi. Gostei muito. Discordo de comentários que dizem que os personagens são rasos e a história parada. Muito pelo contrário. O roteiro é objetivo, envolvente e identificável, retratando com competência a turbulenta transição da adolescência para a vida adulta, quando sua rotina, relacionamentos e - algumas vezes - até a noção do "eu" sofrem mudanças em virtude da carga de responsabilidade que todos nós somos obrigados a enfrentar.
Sobre Sebastian: vi que alguns o tratam como o "vilão" do filme, mas pra mim foi o personagem mais interessante. Alguém que se esconde atrás de dinheiro, sexo e status para tentar ignorar a dor e a solidão que sente. Manipulativo? Sim. Mas ele é muito mais complexo do que o (compreensivelmente) ingênuo Charlie ou o controlador Tim (que pra mim tá mais pra sapo que pra príncipe). Todos cotemos erros. Todos passamos por uma jornada na vida e estamos em constante mutação. Sebastian estava sempre em conflito se perguntando se era uma má pessoa. Pois bem, nem simplesmente mau ou bom, e sim um ser humano.
Gostei que Charlie ficou sozinho no final. Sua mãe foi sábia ao aconselhá-lo que ele precisava primeiro encontrar a si mesmo antes de se abrir para estar em um relacionamento amoroso com outra pessoa. Acho que no final ele entendeu que realmente idealizava Sebastian e que precisava desconstruir essa ideia. Que o que era real e mais importante é a amizade. A vida de ambos estariam sempre entrelaçadas, mas cada um precisava encontrar seu próprio caminho, que naquele momento eram opostos.
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraGostei do filme. Não tem nada de espetacular ou inédito, mas é daqueles indies que te provocam reflexão, mesmo que não vá mudar sua vida. Tudo no filme converge para um clima melancólico: a ambientação em uma cidade montanhosa e fria, a fotografia em preto e branco, a trilha serena.
Nostalgia. Reencontrar com o passado pode ser perigoso. Te leva a indagação do que poderia ter acontecido se você tivesse feito outras escolhas. Será que fez o que era certo? Você entra em contato com emoções que talvez tenham sido abafadas. Se lembra de momentos que trazem um gostinho doce, mas também corre o risco de desenterrar velhas feridas. Vale a pena? Pode ser um processo doloroso, mas também pode ser algo - de forma bem agridoce – terapêutico. É calcado nesse questionamento que a narrativa se constrói. É um filme singelo, com um roteiro leve, que flui bem, mas que consegue alcançar o interior de seus personagens. Sarah e o Duplass têm um desempenho bem sólido, lidando bem com a responsabilidade de estar (quase) só os dois em tela durante toda a projeção.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraQuando sai do cinema meu amigo comentou que não entendi a quantidade de prêmios e o status de favorito para o Oscar de La La Land. Entendo o que ele diz. É um fime em que você recebe exatamente o que espera. A trama em si é bem simplória, sem grandes reviravoltas ou acontecimentos e alguns poderiam até reclamar, dizendo que não é original ou surpreendente (embora todas as escolhas do roteiro sejam acertadas. Chazelle tem um estilo de escrita, que já percebi ser característico dele, uma vez que se repete em Whiplash, de não mastigar a história e explicar tintim ao público. Ele entende que já temos uma bagagem com narrativa e algumas coisas deixam nas entrelinhas. Gosto disso). Porém, ao contrário dele, sai do cinema com os olhos brilhando, querendo sair dançando por ai e com a sensação de que estava flutuando. O filme não é apenas visualmente espetacular e com uma trilha sonora magnifica, é uma carta de amor para o gênero filme musical, para o jazz, para LA e para todo aquele que um dia já sonhou alto e teve a audácia e coragem de correr atrás dos seus sonhos. É uma obra contagiante, capaz de causar uma sensação sublime que só a verdadeira arte consegue causar e deixou meu coração tão quentinho que eu acho que se colocassem milho nele, se transformaria em pipoca. Sinto que La La Land possui sequencias que podem se tornar verdadeiros clássicos e referencia para produções vindouras. Entendo porque meu amigo achou só ok, mas eu amei e veria tudo de novo.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraQue filme. AMEI. Pra mim é um dos melhores do ano. Quiçá, o melhor. O tipo de filme que faz lembrar o porquê de eu amar cinema e dramaturgia. Impressionante como uma historia bem contada pode ser impactante sem precisar apelar para grandes reviravoltas, tiros e explosões. Que filme elegante! Trilha sonora, montagem, roteiro, fotografia on point. Cada plano belíssimo.... E a trama é muito interessante. Alias, achei uma das historias mais originais que vi nos últimos anos. É um sci-fi como nenhum outro. Troca a ação que geralmente encontramos nesses filmes por algo mais intelectual. A base da história é a linguagem e comunicação e como elas são fundamentais para a constituição do ser humano. Mas a história vai além. Aborda muitos outros assuntos, tanto em nível mais intimo quanto universal. Investiga nossa reação em frente ao desconhecido e a relação entre nós mesmos, passando a mensagem de que a humanidade só terá uma chance quando aprendermos a nos focar no que nos torna iguais, não nas nossas diferenças. Tem muita coisa que eu gostaria de discutir sobre o filme, mas não quero dar mais spoiler. Vão ver!!
Só um adendo. Não acho que seja um filme pra todo mundo. Na saída da sala vi umas pessoas falando que era uma porcaria, que não entenderam nada. Eles realmente não entenderam porque não vejo como não gostar. Pode ser confuso, mas com um pouco mais se sensibilidade e reflexão você consegue chegar ao que o filme propõe. Digo isso sem a pretensão de soar esnobe. Não sou nada cult, mas sério...só ter um pouco mais de imaginação e imergir na história).
Looking: O Filme
4.0 250 Assista AgoraGostei bastante! Fecha bem as pontas soltas, mostra o amadurecimento dos personagens e conclui a jornada do Paddy de forma satisfatória!
Muitas cenas merecem destaque para mim... a conversa do Kevin e do Patrick, tão dura mas necessária, que fez o Patrick perceber sua dificuldade de fato lidar com os desafios de um relacionamento adulto. A conversa com o Agustin na pedra, depois com a ministra e ao final com o Richie sobre como todos estamos mesmo é procurando alguém para amar. E last but not least, na boate, quando o Patrick expõe a importância do Agustin e do Eddie poderem agora se casar, exaltando a luta das gerações passadas e com esperança de que o preconceito seja diluído e que o casamento gay, ou duas pessoas gays em um relacionamento saudável e estável, seja visto pela sociedade como algo tão natural quanto o hétero.
Enfim, acho que a série foi além do "com quem o protagonista vai ficar" e cumpriu seu propósito. Não fiquei com sensação de que faltou algo e sinceramente não lamento não ter mais episódios, pq achei uma obra bem redondinha
Casamento de Verdade
3.2 203 Assista grátisIzzie Stevens e Rory Gilmore se casando... estranho haha. Mas quero ver!
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraAté eu que tô longe de ser marvete não consegui achar nada que me motivasse a tirar alguma estrela na minha avaliação
Planeta Terror
3.7 1,1KAcho que eu não devia ter comido antes de ir ver esse filme.
Como um Chef
3.5 88Gostoso de assistir, mas muito caricato. Com o tempo o que era divertido se torna irritante. Mas vale a pensa naqueles dias em que quer ver algo leve
Em Meus Sonhos
3.2 157 Assista AgoraBem bobinho, mas fofinho. E todo mundo precisa de um pouco de açúcar na vida de vez em quando neh?
Adoro a Kath mas ela realmente é melhor cantora que atriz..
Epa! Cadê o Noé?
3.1 51 Assista AgoraFui no cinema arrastado pela minha irmã, sem nenhuma vontade de ver o filme, mas me surpreendi. Acabei gostando. Acho que justamente por não ter expectativas, É uma animação bem simples, sem grandes pretensões ou surpresas, mas é competente e cativante. Ainda que muitas das piadas não funcionem e alguns acontecimentos soem forçados, passa mensagens importantes sobre
amizade, sobre perseverar quando tudo parece adverso e sobre encontrar seu lugar em meio ao caos
Mistress America
3.5 210Noah Baumbach é um cara que compreende a geração Y. Seus dilemas, modos de agir e desafios. É um cara que entende o que é viver em uma era de redes sociais, onde tudo está mudando muito rápido e a felicidade é quase uma obrigação (e que tem que ser compartilhada). Entende o que é estar na casa dos vinte, enfrentando cobrança de já saber seu lugar, mas na verdade estar perdido, sem ter ter ideia de como funcionar no mundo. Que filme! Que diálogos! Que personagens!
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraTão sensível e emocionante quanto o livro.
Gostei muito de como eles conseguiram contar - na medida do possível - a história pelo prisma do Jack, assim como acontece no livro.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraDuas morais: 1. Ciência é foda. 2. se o Matt Damon precisar ser resgatado de novo: DEIXA ELE LÁ. O filme é longo, muito técnico e podia ter mais ação, mas de alguma forma é dinâmico o suficiente para não ser chato. Consegue fazer com que nos preocupemos com o protagonista - trazendo o mesmo tipo de comoção como as pessoas reunidas nas praças que vemos no filme - e a trama é envolvente. Porém, o que mais gostei é que o filme tem potencial para incentivar as crianças a se interessarem por ciência. Quem sabe alguém que decidiu se tornar cientista depois de ver o filme não faz uma descoberta importante no futuro?