O bucólico e o urbano se contrapõem numa história de embates e diferenças entre tempo e cultura. Um sentido de inadequação e culpa permeiam todos os personagens do filme. E eles seguem sua busca para, de alguma forma, se redimirem.
Comediazinha enlatada e de fácil consumo. Exibida com exaustão nas mostras matinées como as 'sessões da tarde' globais. O ponto máximo do humor de Um Herói de Brinquedo é a simples presença do truculento Arnold Schwarzeneger com seu jeito canastrão e desengonçado. O astro dos 'blockbusters' interpreta um pai de família que empreende uma busca surreal pelo presente de natal de seu filho ao mesmo tempo que tenta se redimir de sua culpa como pai ausente. Algumas cenas divertidas, outras um tanto quanto forçadas, mas nada imperdível.
Boa produção no quesito 'design', mas com um roteiro fraco que vai se desintegrando a partir de sua segunda metade. A fotografia até consegue empreender momentos com certa tensão, porém esse artifício não é suficiente para salvar o filme da falta de ideias e de continuidade. O escasso poder de credibilidade vai sendo minado e o que poderia ter se tornado um potente 'thriller' de suspense/terror vira um mingau de situações descabidas.
Experiência perturbadora em que a câmera manual acompanha a trajetória insana de um serial killer e leva o espectador a ser testemunha de uma viagem ensandecida ao seus momentos de pura loucura. Ótima interpretação Erwin Leder e planos-sequência capazes de nos levar ao auge da tensão. Um dos melhores filmes feito na Alemanha (na época Alemaha Ocidental) nos anos oitenta.
Se por um lado a fotografia de Sangue Azul enche os olhos com todos os recursos de câmera e iluminação que ostentam, o teor de profundidade emocional é pouco sentido pelo público. Um certo ar de distanciamento entre os personagens fará com que o espectador dificilmente crie uma ligação empática e muito menos irá motivar um envolvimento maior entre esses dois polos. Há uma carência de mais substancia seja por parte do roteiro que superficializa a história e seus diálogos; ou dos personagens que, com exceções, não parecem estar muito bem definidos em seus objetivos. O filme se passa com ótimas imagens, porém, pouco satisfatório em seu conjunto.
A simplicidade com que os franceses conseguem extrair dramas existências das situações mais corriqueiras é impressionante. Na comédia Amanhã Nós Mudamos esse fetiche é posto em prática, tendo como mote a simples venda de um apartamento em Paris que atrai uma galeria de personalidades que beiram o surreal. Esses encontros geram descobertas e revelações que desnudam os comportamentos. Boa pedida !
Musical de baixo orçamento, filmado no setor de Hollywood conhecido como Poverty Row, onde concentravam-se pequenos estúdios independentes - com pouca longevidade - e cujo capital financeiro não lhes permitia investir em grandes produções. A qualidade inferior de O Pirata Dançarino é notória se comparado aos grandes musicais da MGM, da Fox ou da RKO. Todavia o esforço para se fazer um produto mais competitivo possível dentro de uma industria, na época, marcada pela formação de cartéis, merece ser reconhecido. O Pirata Dançarino mesmo tendo um aspecto mais rústico e deficiências na fotografia, na ultra ingenuidade do roteiro e nas cenas coreografadas, portanto muito menos glamouroso e técnico que os grandes destaques de sua época, nos dá uma boa noção da efervescência cinematográfica que tomou conta de Los Angeles no auge da Era de Ouro de Hollywood.
Já conheço essa história !. Essa é a impressão quando Experimento Belko começa a deixar claro seus propósitos. Temos aqui uma reprodução das mesmas ideias, mas com um outro cenário, das histórias de confinamentos sob ordens de aniquilamento mútuo para a própria sobrevivência e outros efeitos que esse tipo de cárcere exercem sobre uma coletividade. Já muito bem explorado, obviamente cada um dentro de uma fórmula, em produções como em O Cubo, Jogos Mortais, Jogos Vorazes e inúmeros outros. Nada além do mesmo desenvolvimento de fatalidades da cartilha de ação e suspense que se pode esperar. A melhor parte do filme é fazer as apostas daqueles que achamos que podem sobreviver. Embora pouco substancioso em termos de idéias narrativas, serve para o puro entretenimento.
Um suspense que consegue fisgar a atenção do espectador durante toda a sua exibição. Partindo de situações inesperadas o roteiro cria uma armadilha para o espectador que se vê sem ação e, prazerosamente, perplexo em relação ao desenrolar da trama. Ótimas interpretações que dão credibilidade ao filme e uma fotografia que conduz o olhar do público ao terror quase surreal que vai sendo descortinado. Imperdível.
Cavaleiros Solitários repete a engenhosidade estética e de gênero de Piratas do Caribe (cujos produtores são os mesmo), só que tendo Jack Sparrow travestido do índio Tonto (Johnny Depp) e o idealista romântico Will Smith encarnado na figura de John Reid (Arnie Hammer) em busca de seus contentamentos no meio oeste americano. Com uma edição bem acelerada, esta aventura/ação/comédia fantástica utiliza elementos do gênero western apelando para um aspecto cultural do imaginário estadunidense já reconhecido em todo o mundo desde a época do cinema silencioso. Além de prover um novo cenário de possibilidades e uma gama de personagens onde os únicos mocinhos são os índios, deixando a vilania para os homens branco, O Cavaleiro Solitário reafirma as figuras dos anti-heróis como sendo os personagens mais carismáticos do cinema atual.
Fora a enxurrada de efeitos visuais a base de computaçao gráfica, Charlize Theron é a maior atração em Hancock. Protagonizado por Will Smith, o filme entre na faixa dos filmes de ação contemporâneos que possuem o básico (e não vai além disso) para o entretenimento adulto/juvenil das produções meramente comerciais: edição acelerada, roteiro linear evidenciando emoções dos personagens buscando empatia com o público e um desenrolar mais do que esperado. Há ainda espaço para uma noção de racismo velado que subverte essa condição a uma problemática imparcial. Esse artifício de 'por cada um em seu lugar' é bem a cara da indústria do cinema dos Estados Unidos, contumazes em segregar de forma endêmica o negro como mostra a sua história dentro da sétima arte.
Os quesitos técnicos como os bons efeitos visuais, a bela fotografia e uma direção de arte caprichada acaba sendo os maiores atrativos de Gritos Mortais. A fábula em si não dá espaço para que o espectador possa perceber elementos conectos a um mínimo de realidade e quem não comprar a história vai achar tudo muito bobo. A mote do roteiro é quase surreal de tão estapafúrdio, mas a produção consegue ambientar o espectador em uma outra dimensão e nos remete a um espaço imaginário em que tudo pode ser possível. Até mesmo você acabar gostando...
Clássico filmado pela Columbia Pictures. Em plena Era de Ouro do filme 3D estereoscópico em Hollywood, que ocorreu no início da década de cinquenta, os estúdios investiram em tecnologia para resgatar o público frente a concorrência com a televisão. Os efeitos, na maioria das vezes, eram mais de atração do que reveladores de uma condição narrativa da trama. Neste exemplo, há poucas cenas em que esse artifício realmente se destaca. Vincent Price se divertindo em mais um papel de personagem enlouquecido é sempre antológico. A Máscara do Mágico é tão elegantemente bizarro quanto pode ser ingênuo e revela uma facilidade típica da época que os filmes de terror/suspense tinham em assustar a platéia partindo sempre do esteriótipo das figuras sinistras.
Harrison Ford, ainda com toda a vitalidade, protagoniza a aventura clássica na pele do fugitivo Dr. Kimball. Baseada na série televisiva com o mesmo nome e que teve um estrondoso sucesso na década de sessenta (tendo David Janssen no papel principal) é diversão garantida. O Fugitivo é adrenalina pura graças ao roteiro instigante, uma montagem ágil e atuações críveis. Obviamente o avanço da tecnologia contemporânea oferece ao espectador maior realismo e imersão visual pelo uso de um CGI cada vez mais aprimorado - facilitando a vida dos diretores/produtores. Essa diferença será percebida, mas em nada atrapalha a diversão. Mesmo tendo sido realizado de forma mais rudimentar a imersão e a experiência no uso de maquetes deste filme de quase vinte cinco anos é incrível e se mantém intacta no quesito qualidade. O Fugitivo apresenta ótimas tomadas com uso de maquetes, angulos de câmera e uma edição acelerada que nos mantém grudados na tela.
Clássico do terror dirigido por Stanley Kubrick a partir de uma adaptação do conto de Stephen King. O Iluminado tem uma sofisticação inigualável em sua fotografia e na direção de arte que tem as cores quentes como vermelho e laranja com fontes principais. Cenas antológicas e interpretações inesquecíveis que fazem parte da galeria dos melhores vilões - Jack Nicholson surtado e cheio de cacoetes como só ele gosta de fazer - e que marcaram profundamente não apenas o gênero suspense/terror, mas também ofereceu uma fórmula de qualidae superior na composição do estilo. Obra Prima.
Uma das produções ícones da época das comédias 'screwball'. O dinâmico e prolífico Howard Hawks dirige Katherine Hepburn e Cary Grant num ritmo frenético de humor amalucado com muitas 'gags'. Os atores centrais tem a química perfeita. Hepburn e Grant tem o 'timing' certo para as cenas com os diálogos acelerados em consonância com a movimentação corporal. Até ao Brasil se faz referência, sendo representando por uma onça (erroneamente chamada de Leopardo). Um dos grandes clássicos do cinema.
Cativante e singela produção que retrata não apenas o ambiente de insipiência inclusiva que o idoso estaria sujeito aquela época como solidão, rejeição, marginalização e dificuldades em se adaptar. Harry, O Amigo de Tonto é um road movie que dialoga com a cultura setentista, ainda sob o efeito das novas políticas de liberdades instauradas na década anterior e como se da o papel da terceira idade dentro daquela ordem sócio-econômica. Bela fotografia e uma interpretação que recebeu várias premiações para Art Carney.
Terror baseado na nova onda exploratória do cinema: O Jogo de Ouija. Bons efeitos visuais em uma trama básica, previsível com ótima direção de arte e costurada com muita fantasia e imaginação. Ouija: A Origem do Mal pode ser tido como um filme regular e embora não seja inesquecível, serve como distração para os momentos de puro entretenimento. Destaque para as interpretações, sobretudo para Lulu Wilson no papel de Doris.
Teria sido um filme de terror regular se não houvessem tantos fios soltos na trama. Efeitos visuais regulares e boas interpretações com a participação de Jennifer Jason Leigh vão conduzindo Amityville O Despertar em momentos que intercalam grande tensão com outros de total apatia. Longe de ser assustador.
Há duas formas de fazer a leitura desta produção japonesa: através de uma perspectiva da cultura oriental ou do ocidente. Levando em consideração o aspecto mangá, o filme é perfeito em sua estrutura: personagens, textura das imagens e interpretações obedecem a um critério muito próprio dos traços e apresentações desta arte nipônica. Sob outra ótica, aquela que tenta resgatar a lógica particular sem levar em consideração os objetivos do filme, Terra Formars: Missão em Marte é uma verdadeira bomba, com todos os ingredientes de filmes de baixo orçamento (embora seja notório que o orçamento aqui não foi baixo), incredibilidade do roteiro e retardamento dos personagens que nos rementem as series televisivas dos anos 80/90 como Changeman, Power Rangers, etc. Resta saber para qual lado o espectador estará mais sensível.
O desfecho da quintologia encerra um círculo da Morte e seus planejamentos errôneos a respeito das vidas dos pobres mortais. Em mais um golpe contra seus planos, os sobreviventes da ponte que desaba tem que enfrentar uma onda de mortes misteriosas que seguem a ordem se estivessem perecido no local da tragédia - uma ponte que desaba. Esta nova produção vai desenvolvendo novos caminhos e fazendo interligações em seu roteiro, conectando-se com os filmes anteriores e, por isso, habilitando um novo up grade em sua nota.
O Vento
3.5 3O bucólico e o urbano se contrapõem numa história de embates e diferenças entre tempo e cultura. Um sentido de inadequação e culpa permeiam todos os personagens do filme. E eles seguem sua busca para, de alguma forma, se redimirem.
Atentado ao Hotel Taj Mahal
4.0 252 Assista AgoraConsegue construir uma empatia entre o espectador e os personagens, suficiente para nos deixar envolvidos durante toda a trama. Missão cumprida.
Investigation 13
0.6 6É triste ver um investimento num produto audiovisual de tamanha mediocridade.
Tubarão Tóxico
1.5 28Filme para além do tosco, pertencente ao gênero cult do “quanto pior, melhor”. Uma verdadeira pérola trash !
Um Herói de Brinquedo
2.9 584 Assista AgoraComediazinha enlatada e de fácil consumo. Exibida com exaustão nas mostras matinées como as 'sessões da tarde' globais. O ponto máximo do humor de Um Herói de Brinquedo é a simples presença do truculento Arnold Schwarzeneger com seu jeito canastrão e desengonçado. O astro dos 'blockbusters' interpreta um pai de família que empreende uma busca surreal pelo presente de natal de seu filho ao mesmo tempo que tenta se redimir de sua culpa como pai ausente. Algumas cenas divertidas, outras um tanto quanto forçadas, mas nada imperdível.
Não Suba Naquela Árvore
1.9 10 Assista AgoraBoa produção no quesito 'design', mas com um roteiro fraco que vai se desintegrando a partir de sua segunda metade. A fotografia até consegue empreender momentos com certa tensão, porém esse artifício não é suficiente para salvar o filme da falta de ideias e de continuidade. O escasso poder de credibilidade vai sendo minado e o que poderia ter se tornado um potente 'thriller' de suspense/terror vira um mingau de situações descabidas.
Medo
3.6 158Experiência perturbadora em que a câmera manual acompanha a trajetória insana de um serial killer e leva o espectador a ser testemunha de uma viagem ensandecida ao seus momentos de pura loucura. Ótima interpretação Erwin Leder e planos-sequência capazes de nos levar ao auge da tensão. Um dos melhores filmes feito na Alemanha (na época Alemaha Ocidental) nos anos oitenta.
Sangue Azul
3.3 55 Assista AgoraSe por um lado a fotografia de Sangue Azul enche os olhos com todos os recursos de câmera e iluminação que ostentam, o teor de profundidade emocional é pouco sentido pelo público. Um certo ar de distanciamento entre os personagens fará com que o espectador dificilmente crie uma ligação empática e muito menos irá motivar um envolvimento maior entre esses dois polos. Há uma carência de mais substancia seja por parte do roteiro que superficializa a história e seus diálogos; ou dos personagens que, com exceções, não parecem estar muito bem definidos em seus objetivos. O filme se passa com ótimas imagens, porém, pouco satisfatório em seu conjunto.
Amanhã Nós Mudamos
3.4 3A simplicidade com que os franceses conseguem extrair dramas existências das situações mais corriqueiras é impressionante. Na comédia Amanhã Nós Mudamos esse fetiche é posto em prática, tendo como mote a simples venda de um apartamento em Paris que atrai uma galeria de personalidades que beiram o surreal. Esses encontros geram descobertas e revelações que desnudam os comportamentos. Boa pedida !
O Pirata Dançarino
3.0 1 Assista AgoraMusical de baixo orçamento, filmado no setor de Hollywood conhecido como Poverty Row, onde concentravam-se pequenos estúdios independentes - com pouca longevidade - e cujo capital financeiro não lhes permitia investir em grandes produções. A qualidade inferior de O Pirata Dançarino é notória se comparado aos grandes musicais da MGM, da Fox ou da RKO. Todavia o esforço para se fazer um produto mais competitivo possível dentro de uma industria, na época, marcada pela formação de cartéis, merece ser reconhecido. O Pirata Dançarino mesmo tendo um aspecto mais rústico e deficiências na fotografia, na ultra ingenuidade do roteiro e nas cenas coreografadas, portanto muito menos glamouroso e técnico que os grandes destaques de sua época, nos dá uma boa noção da efervescência cinematográfica que tomou conta de Los Angeles no auge da Era de Ouro de Hollywood.
Dia de Trabalho Mortal
3.1 309Já conheço essa história !. Essa é a impressão quando Experimento Belko começa a deixar claro seus propósitos. Temos aqui uma reprodução das mesmas ideias, mas com um outro cenário, das histórias de confinamentos sob ordens de aniquilamento mútuo para a própria sobrevivência e outros efeitos que esse tipo de cárcere exercem sobre uma coletividade. Já muito bem explorado, obviamente cada um dentro de uma fórmula, em produções como em O Cubo, Jogos Mortais, Jogos Vorazes e inúmeros outros. Nada além do mesmo desenvolvimento de fatalidades da cartilha de ação e suspense que se pode esperar. A melhor parte do filme é fazer as apostas daqueles que achamos que podem sobreviver. Embora pouco substancioso em termos de idéias narrativas, serve para o puro entretenimento.
Perigo Próximo
3.4 484 Assista AgoraUm suspense que consegue fisgar a atenção do espectador durante toda a sua exibição. Partindo de situações inesperadas o roteiro cria uma armadilha para o espectador que se vê sem ação e, prazerosamente, perplexo em relação ao desenrolar da trama. Ótimas interpretações que dão credibilidade ao filme e uma fotografia que conduz o olhar do público ao terror quase surreal que vai sendo descortinado. Imperdível.
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista AgoraCavaleiros Solitários repete a engenhosidade estética e de gênero de Piratas do Caribe (cujos produtores são os mesmo), só que tendo Jack Sparrow travestido do índio Tonto (Johnny Depp) e o idealista romântico Will Smith encarnado na figura de John Reid (Arnie Hammer) em busca de seus contentamentos no meio oeste americano. Com uma edição bem acelerada, esta aventura/ação/comédia fantástica utiliza elementos do gênero western apelando para um aspecto cultural do imaginário estadunidense já reconhecido em todo o mundo desde a época do cinema silencioso. Além de prover um novo cenário de possibilidades e uma gama de personagens onde os únicos mocinhos são os índios, deixando a vilania para os homens branco, O Cavaleiro Solitário reafirma as figuras dos anti-heróis como sendo os personagens mais carismáticos do cinema atual.
Hancock
3.1 1,6K Assista AgoraFora a enxurrada de efeitos visuais a base de computaçao gráfica, Charlize Theron é a maior atração em Hancock. Protagonizado por Will Smith, o filme entre na faixa dos filmes de ação contemporâneos que possuem o básico (e não vai além disso) para o entretenimento adulto/juvenil das produções meramente comerciais: edição acelerada, roteiro linear evidenciando emoções dos personagens buscando empatia com o público e um desenrolar mais do que esperado. Há ainda espaço para uma noção de racismo velado que subverte essa condição a uma problemática imparcial. Esse artifício de 'por cada um em seu lugar' é bem a cara da indústria do cinema dos Estados Unidos, contumazes em segregar de forma endêmica o negro como mostra a sua história dentro da sétima arte.
Gritos Mortais
3.0 781 Assista AgoraOs quesitos técnicos como os bons efeitos visuais, a bela fotografia e uma direção de arte caprichada acaba sendo os maiores atrativos de Gritos Mortais. A fábula em si não dá espaço para que o espectador possa perceber elementos conectos a um mínimo de realidade e quem não comprar a história vai achar tudo muito bobo. A mote do roteiro é quase surreal de tão estapafúrdio, mas a produção consegue ambientar o espectador em uma outra dimensão e nos remete a um espaço imaginário em que tudo pode ser possível. Até mesmo você acabar gostando...
A Máscara do Mágico
3.7 7Clássico filmado pela Columbia Pictures. Em plena Era de Ouro do filme 3D estereoscópico em Hollywood, que ocorreu no início da década de cinquenta, os estúdios investiram em tecnologia para resgatar o público frente a concorrência com a televisão. Os efeitos, na maioria das vezes, eram mais de atração do que reveladores de uma condição narrativa da trama. Neste exemplo, há poucas cenas em que esse artifício realmente se destaca. Vincent Price se divertindo em mais um papel de personagem enlouquecido é sempre antológico. A Máscara do Mágico é tão elegantemente bizarro quanto pode ser ingênuo e revela uma facilidade típica da época que os filmes de terror/suspense tinham em assustar a platéia partindo sempre do esteriótipo das figuras sinistras.
O Fugitivo
3.7 262 Assista AgoraHarrison Ford, ainda com toda a vitalidade, protagoniza a aventura clássica na pele do fugitivo Dr. Kimball. Baseada na série televisiva com o mesmo nome e que teve um estrondoso sucesso na década de sessenta (tendo David Janssen no papel principal) é diversão garantida. O Fugitivo é adrenalina pura graças ao roteiro instigante, uma montagem ágil e atuações críveis. Obviamente o avanço da tecnologia contemporânea oferece ao espectador maior realismo e imersão visual pelo uso de um CGI cada vez mais aprimorado - facilitando a vida dos diretores/produtores. Essa diferença será percebida, mas em nada atrapalha a diversão. Mesmo tendo sido realizado de forma mais rudimentar a imersão e a experiência no uso de maquetes deste filme de quase vinte cinco anos é incrível e se mantém intacta no quesito qualidade. O Fugitivo apresenta ótimas tomadas com uso de maquetes, angulos de câmera e uma edição acelerada que nos mantém grudados na tela.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraClássico do terror dirigido por Stanley Kubrick a partir de uma adaptação do conto de Stephen King. O Iluminado tem uma sofisticação inigualável em sua fotografia e na direção de arte que tem as cores quentes como vermelho e laranja com fontes principais. Cenas antológicas e interpretações inesquecíveis que fazem parte da galeria dos melhores vilões - Jack Nicholson surtado e cheio de cacoetes como só ele gosta de fazer - e que marcaram profundamente não apenas o gênero suspense/terror, mas também ofereceu uma fórmula de qualidae superior na composição do estilo. Obra Prima.
Levada da Breca
4.0 165Uma das produções ícones da época das comédias 'screwball'. O dinâmico e prolífico Howard Hawks dirige Katherine Hepburn e Cary Grant num ritmo frenético de humor amalucado com muitas 'gags'. Os atores centrais tem a química perfeita. Hepburn e Grant tem o 'timing' certo para as cenas com os diálogos acelerados em consonância com a movimentação corporal. Até ao Brasil se faz referência, sendo representando por uma onça (erroneamente chamada de Leopardo). Um dos grandes clássicos do cinema.
Harry, o Amigo de Tonto
4.0 26Cativante e singela produção que retrata não apenas o ambiente de insipiência inclusiva que o idoso estaria sujeito aquela época como solidão, rejeição, marginalização e dificuldades em se adaptar. Harry, O Amigo de Tonto é um road movie que dialoga com a cultura setentista, ainda sob o efeito das novas políticas de liberdades instauradas na década anterior e como se da o papel da terceira idade dentro daquela ordem sócio-econômica. Bela fotografia e uma interpretação que recebeu várias premiações para Art Carney.
Ouija: Origem do Mal
2.8 476 Assista AgoraTerror baseado na nova onda exploratória do cinema: O Jogo de Ouija. Bons efeitos visuais em uma trama básica, previsível com ótima direção de arte e costurada com muita fantasia e imaginação. Ouija: A Origem do Mal pode ser tido como um filme regular e embora não seja inesquecível, serve como distração para os momentos de puro entretenimento. Destaque para as interpretações, sobretudo para Lulu Wilson no papel de Doris.
Amityville: O Despertar
2.4 423 Assista AgoraTeria sido um filme de terror regular se não houvessem tantos fios soltos na trama. Efeitos visuais regulares e boas interpretações com a participação de Jennifer Jason Leigh vão conduzindo Amityville O Despertar em momentos que intercalam grande tensão com outros de total apatia. Longe de ser assustador.
Terra Formars: Missão em Marte
2.3 43 Assista AgoraHá duas formas de fazer a leitura desta produção japonesa: através de uma perspectiva da cultura oriental ou do ocidente. Levando em consideração o aspecto mangá, o filme é perfeito em sua estrutura: personagens, textura das imagens e interpretações obedecem a um critério muito próprio dos traços e apresentações desta arte nipônica. Sob outra ótica, aquela que tenta resgatar a lógica particular sem levar em consideração os objetivos do filme, Terra Formars: Missão em Marte é uma verdadeira bomba, com todos os ingredientes de filmes de baixo orçamento (embora seja notório que o orçamento aqui não foi baixo), incredibilidade do roteiro e retardamento dos personagens que nos rementem as series televisivas dos anos 80/90 como Changeman, Power Rangers, etc. Resta saber
para qual lado o espectador estará mais sensível.
Premonição 5
2.9 2,1K Assista AgoraO desfecho da quintologia encerra um círculo da Morte e seus planejamentos errôneos a respeito das vidas dos pobres mortais. Em mais um golpe contra seus planos, os sobreviventes da ponte que desaba tem que enfrentar uma onda de mortes misteriosas que seguem a ordem se estivessem perecido no local da tragédia - uma ponte que desaba. Esta nova produção vai desenvolvendo novos caminhos e fazendo interligações em seu roteiro, conectando-se com os filmes anteriores e, por isso, habilitando um novo up grade em sua nota.