Esperava me aproximar da história da escritora. Infelizmente o filme reduziu a vida de uma complexa escritora em uma frustração amorosa. A interpretação de Paltrow é afetada, e dificulta a tentativa do espectador de se identificar com a protagonista.
um conto de fada masculino: como fazer que o público não odeie um homem que troque sem nenhum motivo uma esposa madura e simpática por uma novinha de corpinho perfeito (pois não aprofundou em nada essa personagem, não nos convenceu que ela tinha algo que fosse melhor que a esposa além de seu corpo e sua jovialidade). Para tanto, uma explicação sobrenatural para um fenômeno machista. São almas gêmeas, algo para além da razão.
Filme é excelente na fotografia e na atuação de Dafoe. O roteiro é pedante. Já a atuação de Robert Pattinson é razoável, levando em conta minhas expectativas, e sua atuação afetada dificultou meu juízo imparcial sobre o filme.
O filme é esteticamente lindo, mas o argumento não se sustenta. ( Ou é algo cultural, que está além do meu entendimento) Como um homem consegue convencer uma mulher, sem falar nada ( outro ponto fraco do filme, forçar a ausência de diálogos) que ela deve provar um sutiã? Meio estranho, pretexto pra gaze masculino sobre corpos femininos e humor contestável.
O filme me envolveu muito por seu enredo e pelas atuações (sobretudo de Zain Al Rafeea e da participação do bebê Boluwatife Treasure Bankole). A estética da pobreza é estratégia para quando se quer fazer cinema de denúncia. Mas a mensagem é um pouco constrangedora para um filme que quer propor tamanha discussão, que nas palavras de um comentário abaixo é: Pobres, não tenham filhos. Ao adotar a defesa da infância incondicionalmente ela ignora a complexa rede da pobreza da qual os adultos também são vítimas, e que gerar filhos pode ser falta de conhecimento de métodos contraceptivos, mas pode ser também uma escolha ou estratégia. Ao final do filme fico com o sentimento dúbio de felicidade, pelo final água com açúcar, e a incerteza se é a melhor mensagem.
Me lembrou o festival do mundo imaginário de 2012, no quesito festival fiasco. Me lembrou também o filme Sonho Tcheco no quesito enganação. É ótimo para rir da cara de uns trouxas e ficar perplexo com a falta de noção do realizador.
Nos filmes iranianos que já vi sempre notei nos costumes uma receptividade e uma cordialidade dos povos dos vilarejos, sempre oferecendo chá e o que tiver aos visitantes. Em "3 Faces" eu senti que o diretor mostrou essa receptividade as vezes como algo exagerado e invasivo, o que me fez interpretar como uma crítica aos costumes.
Mero pretexto para falar do livro do Frijot Capra. Não convence como cinema, inverossímil, antinatural (de maneira ruim). Nem a Liv Ullmann, nem Philip Glas pôde salvar.
A vaidade do curador, essa figura tão estimada na arte contemporânea, faz com que ele não de atenção à questões delicadas. Infelizmente, hoje, é difícil dizer que algo é ou não arte, e é justamente o curador, dotado de um bom senso estético, que sentencia uma obra. O personagens do filme tem esse poder mas não tem o devido cuidado. Está muito ocupado com seus dramas. A cena inicial já prenuncia isso
uma estátua antiga, não apenas sendo removida, como sendo destruía por descuido. Seu lugar é substituído por um " nada", um quadrado vazio, metáfora da arte contemporânea.
Muitos ficaram constrangidos com a performance do homem macaco, no jantar dos patronos do museu, e de fato é uma cena de tirar o fôlego. No entanto, poucos notaram que o curador recebeu o vídeo do artista, mostrando o conteúdo da performance, mas ele estava ocupado, se afligido com as consequências de suas ações infantís.
O filme é cheio de paradoxos e metáforas. O quadro negro foi útil inúmeras vezes, mas poucas vezes serviu a que se prestava a ser. Ensinar a ler "eu te amo" não faz o sentimento real. O menino, lá no fim, no momento que aprende a escrever seu nome, deixa de ser.
É tanta coisa que a Samira colocou pra gente nesse filme que tenho ainda que organizar em mim pra fazer um comentário a altura.
Me chama atenção no que se refere o pós "maio" de 68. Operários voltam para as fábricas, a juventude fica meio sem propósito, apesar de ter sido tratado em filmes como "après mais", a história costuma favorecer a imagem de uma revolução bem sucedida.
Alguém mais acreditou que a mãe não tinha intenção de enviar o filho para o orfanato? Eu achei bem plausível ela estar blefando para machucar o marido, e para mim, isso explica o porque de Boris chorar desesperado e agachado no necrotério, quando ele percebe o seu egoísmo. Não que eu ache a mãe fosse boa em demonstrar afeto ao filho, mas acho que a punição dela é outra, é a de ter escolhido conduzir a separação daquele modo, dificultando e sentindo prazer nas dificuldades do marido (no emprego, por exemplo). Se ela não quisesse parecer tão amarga para o marido, e não tivesse falado em dar Alyosha, ele não teria ouvido e fugido.
Tem tanta coisa sobre esse filme, mas vou comentar algo que não vi nos comentários dos colegas aqui, que é sobre a criança, e que é sobre todas as crianças dos filmes do Abbas. Seres complexos e não compreendidos. Sempre tem um adulto para atrapalhar.
É difícil quem não se reconhece. Ou se reconhece Jéssica ou se reconhece Fabinho. Ou se reconhece Val ou se reconhece dona Bárbara. O incômodo e a agonia que se sente com a postura segura de Jéssica vem de um preconceito escondido, enraizado, de que o pobre tem que se colocar no lugar, não sair da senzala, ficar perto ser percebido, e aceitar apenas o que te oferecem. Mas tem muita Jéssica por aí querendo mais, e
Com imagens belíssimas contrasta o novo e o velho mundo, o conhecimento prático, místico, sensível com o conhecimento escolar, acadêmico, as experiências em detrimento do conhecimento científico.
O novo mundo não tem árvores que dão dinheiro mas tem casas que sobem ao céu, não tem cebolas gigantes mas a água sai de um cano, no meio de uma sala. São detalhes que podem ser insignificantes se não nos dermos conta de como o novo mundo (que para nós, não é tão novo) impacta os que vieram do velho.
Dessa forma a sensibilidade do filme pode parecer tediante para alguns.
Sylvia - Paixão Além de Palavras
3.4 72Esperava me aproximar da história da escritora. Infelizmente o filme reduziu a vida de uma complexa escritora em uma frustração amorosa. A interpretação de Paltrow é afetada, e dificulta a tentativa do espectador de se identificar com a protagonista.
A Segurança Interna
3.5 3 Assista Agoranarrativa despropositada, minha nossa!
Café de Flore
4.2 127O filme me atordoou, saí emocionada dele e ao mesmo tempo com raiva...
um conto de fada masculino: como fazer que o público não odeie um homem que troque sem nenhum motivo uma esposa madura e simpática por uma novinha de corpinho perfeito (pois não aprofundou em nada essa personagem, não nos convenceu que ela tinha algo que fosse melhor que a esposa além de seu corpo e sua jovialidade). Para tanto, uma explicação sobrenatural para um fenômeno machista. São almas gêmeas, algo para além da razão.
Ema
3.5 80 Assista AgoraFui com uma sede ao pote, dei com a cara no chão. Pretensioso.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraFilme é excelente na fotografia e na atuação de Dafoe. O roteiro é pedante. Já a atuação de Robert Pattinson é razoável, levando em conta minhas expectativas, e sua atuação afetada dificultou meu juízo imparcial sobre o filme.
One Child Nation
4.1 75É preciso coragem para cutucar essas feridas culturais da China.
De Quem É O Sutiã?
3.3 11 Assista AgoraO filme é esteticamente lindo, mas o argumento não se sustenta. ( Ou é algo cultural, que está além do meu entendimento) Como um homem consegue convencer uma mulher, sem falar nada ( outro ponto fraco do filme, forçar a ausência de diálogos) que ela deve provar um sutiã? Meio estranho, pretexto pra gaze masculino sobre corpos femininos e humor contestável.
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraO filme me envolveu muito por seu enredo e pelas atuações (sobretudo de Zain Al Rafeea e da participação do bebê Boluwatife Treasure Bankole). A estética da pobreza é estratégia para quando se quer fazer cinema de denúncia. Mas a mensagem é um pouco constrangedora para um filme que quer propor tamanha discussão, que nas palavras de um comentário abaixo é: Pobres, não tenham filhos. Ao adotar a defesa da infância incondicionalmente ela ignora a complexa rede da pobreza da qual os adultos também são vítimas, e que gerar filhos pode ser falta de conhecimento de métodos contraceptivos, mas pode ser também uma escolha ou estratégia. Ao final do filme fico com o sentimento dúbio de felicidade, pelo final água com açúcar, e a incerteza se é a melhor mensagem.
Coisas Insignificantes
3.8 98Um novelão mexicano com pitadas de Amelie Poulain
Jeanne Dielman
4.1 109 Assista AgoraA cozinha é muito semelhante à do primeiro curta da diretora, seria um spin off?
O Novíssimo Testamento
3.9 165Tem um que de Amelie Poulain, esse filme.
Fyre: O Festival que Nunca Aconteceu
3.2 9Me lembrou o festival do mundo imaginário de 2012, no quesito festival fiasco. Me lembrou também o filme Sonho Tcheco no quesito enganação. É ótimo para rir da cara de uns trouxas e ficar perplexo com a falta de noção do realizador.
3 Faces
3.7 39Nos filmes iranianos que já vi sempre notei nos costumes uma receptividade e uma cordialidade dos povos dos vilarejos, sempre oferecendo chá e o que tiver aos visitantes. Em "3 Faces" eu senti que o diretor mostrou essa receptividade as vezes como algo exagerado e invasivo, o que me fez interpretar como uma crítica aos costumes.
Me pareceu muito familiar aquele grupo de homens que se aproximam de Panahi para perguntar se ele precisava de algo e ao se distanciar o maldiziam.
Incidente na Esquina
3.6 13Que ironia
o senhor estava todo triste com os rumores espalhados sobre ele, e a história acaba muito feliz com ele espalhando rumores sobre uma mulher
Ponto de Mutação
4.0 149Mero pretexto para falar do livro do Frijot Capra. Não convence como cinema, inverossímil, antinatural (de maneira ruim). Nem a Liv Ullmann, nem Philip Glas pôde salvar.
The Square - A Arte da Discórdia
3.6 318 Assista AgoraA vaidade do curador, essa figura tão estimada na arte contemporânea, faz com que ele não de atenção à questões delicadas. Infelizmente, hoje, é difícil dizer que algo é ou não arte, e é justamente o curador, dotado de um bom senso estético, que sentencia uma obra. O personagens do filme tem esse poder mas não tem o devido cuidado. Está muito ocupado com seus dramas. A cena inicial já prenuncia isso
uma estátua antiga, não apenas sendo removida, como sendo destruía por descuido. Seu lugar é substituído por um " nada", um quadrado vazio, metáfora da arte contemporânea.
Muitos ficaram constrangidos com a performance do homem macaco, no jantar dos patronos do museu, e de fato é uma cena de tirar o fôlego. No entanto, poucos notaram que o curador recebeu o vídeo do artista, mostrando o conteúdo da performance, mas ele estava ocupado, se afligido com as consequências de suas ações infantís.
Safari
3.4 13 Assista Agoranunca vou esquecer aquela pele de zebra dobrada no chão sem zebra dentro
O Quadro Negro
4.1 13"Capim sabe ler? Escrever?", o filme me lembrou um conto do Marcelino Freire. Pra que saber ler e escrever quando o que se faz é viver?
O filme é cheio de paradoxos e metáforas. O quadro negro foi útil inúmeras vezes, mas poucas vezes serviu a que se prestava a ser. Ensinar a ler "eu te amo" não faz o sentimento real. O menino, lá no fim, no momento que aprende a escrever seu nome, deixa de ser.
É tanta coisa que a Samira colocou pra gente nesse filme que tenho ainda que organizar em mim pra fazer um comentário a altura.
Egon Schiele: Morte e a Donzela
3.5 9Aguardando...
No Intenso Agora
4.0 38Me chama atenção no que se refere o pós "maio" de 68. Operários voltam para as fábricas, a juventude fica meio sem propósito, apesar de ter sido tratado em filmes como "après mais", a história costuma favorecer a imagem de uma revolução bem sucedida.
Sem Amor
3.8 319 Assista AgoraAlguém mais acreditou que a mãe não tinha intenção de enviar o filho para o orfanato? Eu achei bem plausível ela estar blefando para machucar o marido, e para mim, isso explica o porque de Boris chorar desesperado e agachado no necrotério, quando ele percebe o seu egoísmo. Não que eu ache a mãe fosse boa em demonstrar afeto ao filho, mas acho que a punição dela é outra, é a de ter escolhido conduzir a separação daquele modo, dificultando e sentindo prazer nas dificuldades do marido (no emprego, por exemplo). Se ela não quisesse parecer tão amarga para o marido, e não tivesse falado em dar Alyosha, ele não teria ouvido e fugido.
O Vento Nos Levará
3.9 40 Assista AgoraTem tanta coisa sobre esse filme, mas vou comentar algo que não vi nos comentários dos colegas aqui, que é sobre a criança, e que é sobre todas as crianças dos filmes do Abbas. Seres complexos e não compreendidos. Sempre tem um adulto para atrapalhar.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraÉ difícil quem não se reconhece. Ou se reconhece Jéssica ou se reconhece Fabinho. Ou se reconhece Val ou se reconhece dona Bárbara. O incômodo e a agonia que se sente com a postura segura de Jéssica vem de um preconceito escondido, enraizado, de que o pobre tem que se colocar no lugar, não sair da senzala, ficar perto ser percebido, e aceitar apenas o que te oferecem. Mas tem muita Jéssica por aí querendo mais, e
ainda vai ter muita Val entrando na piscina!
Novo Mundo
3.3 15Com imagens belíssimas contrasta o novo e o velho mundo, o conhecimento prático, místico, sensível com o conhecimento escolar, acadêmico, as experiências em detrimento do conhecimento científico.
O novo mundo não tem árvores que dão dinheiro mas tem casas que sobem ao céu, não tem cebolas gigantes mas a água sai de um cano, no meio de uma sala. São detalhes que podem ser insignificantes se não nos dermos conta de como o novo mundo (que para nós, não é tão novo) impacta os que vieram do velho.