Contos Gauchescos

2012

Contos Gauchescos

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L - Livre para todos os públicos 100 minutos

Contos Gauchescos' transpõe para o cinema histórias de Simões Lopes Neto

O que faz do cineasta Henrique de Freitas Lima um remador quase solitário na recriação do passado mítico do Rio Grande do Sul é, sobretudo, uma motivação afetiva:
— Se essas histórias não forem contadas por gaúchos, quem vai contar?

A intimidade com esse universo, que o diretor emoldurou em dramas de época como Concerto Campestre, ressurge a partir desta sexta-feira nos cinemas em Contos Gauchescos, adaptação do clássico literário que o pelotense João Simões Lopes Neto, para muitos o maior de todos os escritores regionalistas, publicou há exatos cem anos.

O lançamento do filme acabou coincidindo com a efeméride por força das circunstâncias de sua realização. O projeto teve suas primeiras imagens captadas em 2006 e as últimas, em 2010, cumprindo os percalços recorrentes da produção de cinema no país, que se tornam ainda mais penosos para quem se aventura em filmes de época.

— Drama de época é um filme maldito. A captação de recursos é mais difícil. Com o filme pronto, são poucos os distribuidores e exibidores que se interessam por ele – diz Freitas Lima.

Com orçamento de R$ 1,2 milhão, enxuto para esse tipo de empreitada, o diretor mostra em Contos Gauchescos que pelo menos a parte da realização ele cumpriu com competência. Quatro das 19 histórias do livro – Os Cabelos da China, Jogo do Osso, Contrabandista e No Manantial e mais um prólogo documental dirigido por Pedro Zimmermann, sobre Simões Lopes Neto, formam o projeto inicialmente desenvolvido para a televisão. No futuro, o diretor planeja incluir nele os contos Trezentas Onças e Negro Bonifácio.

— Pensava em fazer uma versão para a TV e outra para o cinema, esta sem o prólogo — conta o diretor. — Mas percebi que ele era importante para o público conhecer o autor da obra, assim como quis deixar a marcação com letreiros das transições de um episódio para outro. Penso que o público do filme é tanto por conhecedores da obra de Simões Lopes Neto quanto por jovens estudantes que podem ser levados ao livro pelo filme.

Contos Gauchescos é uma produção tecnicamente esmerada. As imagens foram captadas com uma câmera Red 4K, vinda da Argentina junto com dois técnicos que auxiliaram o diretor de fotografia Eduardo Amorim no manejo desse equipamento de altíssima definição que é o novo padrão da indústria cinematográfica. Cenários em locações de Pelotas, São Gabriel e Piratini emprestam ao filme grande autenticidade cênica, cuidado que também inclui as recriações de festas, churrascadas, novenas, a prosódia, o figurino, além dos usos e costumes ancestrais que, destaca Freitas Lima, passaram pelo crivo sempre rigoroso de historiadores e tradicionalistas:

Estreia Brasil:
2 de Novembro de 2012
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