O filme parece ter se tornado cult pela temática feminista mas chega a ser até banal em comparação ao nível dos filmes panfletários mais atuais. A trama é mediana e segue a fórmula padrão, cheia dos velhos clichês de filmes adolescentes escolares, com bullying e romances não correspondidos.
A dinâmica das vinganças usando bruxaria e da "lei do retorno" são desenvolvidas de forma confusa, pois no final com exceção da Nancy, todas as bruxas ficam impunes apesar das maldades que também cometeram usando seus feitiços. Então faltou coerência em relação a essa mensagem sobre "Karmas".
Os efeitos especiais também são bem básicos em relação ao que já havia disponível na época mas estão dentro do aceitável e cumprem o seu papel.
Realmente não há nada que se destaque ou que faça esse filme merecer uma atenção especial. No geral é só mais uma produção adolescente inofensiva com aquelas mensagens de "grandes poderes com grandes responsabilidades", companheirismo e superação típicos...
O enredo é uma salada onde tem a volta do magnata Murdoch que continua financiando experimentos usando a tal Orquídea de Sangue do 2º filme para produção de um soro da imortalidade, desta vez a pesquisa utiliza o filhote de cobra do filme anterior.
É baseado nessa premissa bagunçada que o filme se desenvolve. São vários grupos entre arqueólogos e militares envolvidos na história, que pouco tem a acrescentar de útil à trama e só estão ali para servir de lanche para a anaconda.
O CGI da anaconda não é tão ruim quanto no filme anterior mas por outro lado as cenas dos ataques são patéticas e só prestam mesmo como comédia involuntária.
O desfecho é bizarro, após explodirem a cobra o grupo conclui que os pedaços não se regenerariam mais. Mas na cena seguinte aparece uma anaconda novinha em folha deslizando alegremente pela floresta, não se sabe se os pedaços se juntaram de repente ou se era outra cobra da família, que apareceu convenientemente só como pretexto para novas continuações.
Mas felizmente tiveram o bom senso de interromper o vexame por aqui. É impressionante como conseguiram avacalhar uma franquia que tinha até um certo potencial, levando em consideração os dois primeiros filmes.
Visualmente o filme realmente chama a atenção trazendo um Godzilla com um visual clássico fazendo o que se espera dele que é destruir tudo por onde passa. As cenas de destruição na cidade são excelentes e mostram como o Oscar de Melhores Efeitos Visuais ficou em boas mãos.
O ponto fraco do filme é seu roteiro simplório demais e focado exageradamente em dramas humanos cafonas. Mostrar o Godzilla desde o início como uma criatura invulnerável tira bastante a graça da história, pois já sabemos com antecedência que qualquer ataque militar seria inútil. O plano exótico desenvolvido para matá-lo por "afogamento" é ridículo demais para ser levado a sério e obviamente também seria fadado ao fracasso, tanto que o "plano B" Kamikaze já é desenvolvido em paralelo.
Não se sabe também o motivo do Godzilla ter surgido exatamente no pós-guerra do Japão e nem de onde ele viria. É o tipo de filme onde a proposta é simplesmente soltar um monstro para espalhar o caos por onde passa, sem maiores explicações nem justificativas. Neste ponto as versões americanas se saem muito melhor ao dar motivações mais criativas e bem elaboradas para justificar os acontecimentos.
Mas para quem não se importa com roteiros medíocres o filme vai agradar. O filme pode ser superestimado mas ainda é divertido e presta boa homenagem aos clássicos do gênero.
Curiosidade: Sobre a explicação para o título, o diretor Yamazaki disse que seria pelo filme se passar antes do filme original de Godzilla de 1954.
O filme é ambientado durante a Batalha de Stalingrado em novembro de 1942, três meses após o início da batalha. Essa foi um dos combates mais famosos da Segunda Guerra e definiu os rumos do conflito. Durou seis meses e causou quase 2 milhões de vítimas totais entre russos e alemães.
A história tem seus bons momentos mas o ritmo do filme oscila muito, entre as boas cenas de ação existem dramas enfadonhos que estragaram bastante a experiência para quem esperava um filme de guerra mais dinâmico.
Também é frustrante que o cenário fique restrito a disputa por um único prédio e não se tem uma visão geral do que realmente foi a famosa batalha de Stalingrado. A dublagem dos diálogos apenas dos russos causa estranheza e tira a credibilidade das cenas.
De mais positivo temos a cenografia da cidade destruída que impressiona por ser fielmente reproduzida. As sequências de ação são grandiosas e graficamente impactantes, dando uma noção real da brutalidade dos combates e dos do poder de destruição dos bombardeios. O resultado é tão bom que tem muito blockbuster atual de Hollywood que não consegue ter essa mesma qualidade de efeitos especiais...
Pode não ser o melhor filme sobre o tema mas vale a pena conhecer.
Não dá para entender a classificação tão baixa, o filme é divertido e mesmo tendo sido produzido no século passado ainda supera DE LONGE muita porcaria que é lançada atualmente.
Os personagens são carismáticos e o elenco é bem entrosado. Os diálogos espirituosos tem uma certa dose de sarcasmo que funciona muito bem dentro da trama. E ainda tem a participação da velha rabugenta que é memorável ("Se eu tivesse um pau, é aqui que eu diria para você chupá-lo!").
O roteiro é simples mas funcional. Ao contrário de outros filmes do gênero, esse muito mais verossímil sem precisar apelar para baboseiras de engenharia genética e mutações para explicar as criaturas assassinas. Todas as explicações para o aparecimento dos crocodilos fora do seu habitat e do motivo de eles terem aprendido a atacar humanos são devidamente esclarecidos dentro do enredo.
Os efeitos visuais também são excelentes. Mesmo com seus 25 anos de idade as cenas dos ataques do crocodilo envelheceram com dignidade e ainda impressionam pelo realismo. Mas foram muito econômicos na quantidade de mortes...
Este filme já é um clássico e está acima da média para a categoria de animais assassinos. Pena que apesar do final em aberto para futuras sequências nunca tiveram a competência de fazer uma continuação no mesmo nível.
Produção barata que usa a mesma fórmula batida do projeto ultrassecreto envolvendo tubarões transgênicos inteligentes que de repente sai do controle e causa estragos. A novidade bizarra que inventaram desta vez é que os experimentos seriam para que o cérebro humano não ficasse defasado em relação à inteligência artificial!
No desespero pra tentar inovar de algum jeito os produtores chegaram à estúpida conclusão que fazer um filme focando no ataque de filhotes de tubarão parecendo piranhas seria uma ideia brilhante...
Outro ponto negativo que chamou a atenção é que não existe muita lógica que um cientista que está fazendo experimentos altamente questionáveis convidasse estranhos pra contar sobre o projeto, correndo o risco de se denunciado a qualquer momento. E o mais espantoso é que esse imbecil já estaria com a inteligência anabolizada pelos remédios que tomava.
Na parte de efeitos gráficos o resultado não é tão desastroso quanto o esperado, os tubarões em CGI são realistas e algumas mortes são bem produzidas e causam impacto. Por outro lado o barulho que os filhotes fazem quando atacam é tão ridículo e cômico que acaba tirando qualquer clima de tensão das cenas.
No final é um filme que só serviu pra decepcionar os fãs que aguardaram por longos 18 anos por uma sequência digna do filme original.
É o tipo de comédia que falha no essencial, que é ser divertida. Além da falta de graça e inspiração, chama a atenção também a trama de espionagem que é totalmente desconexa e sem uma lógica mínima para sustentar o resto da comédia ou servir de paródia.
O que se salva são as belas locações tanto na Noruega quanto no Saara que deram ao filme uma qualidade estética que é incomum nesse tipo de comédia pastelão.
Chevy Chase e Dan Aykroyd proporcionam alguns raros bons momentos como as cenas de treinamento, sala de provas e a cirurgia no deserto. Eles fazem o que podem com o lixo que recebem do John Landis, mas não é o suficiente pra salvar o produto final da mediocridade.
Curiosidade: A música título "Spies Like Us" que foi escrita interpretada por Paul McCartney chegou a alcançar a 7ª posição entre as mais tocadas nos Estados Unidos. John Landis dirigiu o videoclipe da música, onde Aykroyd e Chase podem ser vistos tocando com McCartney.
Dá pra notar que o filme é bem intencionado em tentar passar uma mensagem de positividade mas falha por ser pessimamente executado.
As subtramas que acontecem paralelamente são rasas e desinteressantes, e a forma como são conectadas no final do filme é patética.
Vergonhosa também é a participação aleatória do Stallone que aparece umas três vezes durante o filme soltando frases completamente desconexas. O diretor so conseguiu convencer ele a participar por eles terem sido colegas de quarto quando estudaram na Universidade de Miami. E quando Stallone aceitou participar outros atores famosos concordaram em se juntar ao elenco, aceitando salários simbólicos.
A premissa do autor renegado de livro de autoajuda que cumpre seu objetivo das maneiras mais improváveis tinha potencial e talvez pudesse ter rendido um filme melhor em mãos mais capacitadas.
Apesar de não ser uma grande produção é um filme instigante e criativo que desperta várias boas reflexões ao final. A trama é baseada em uma lenda urbana que surgiu a partir do meme "This Man" que surgiu na internet no início dos anos 2000 e era relacionado a uma figura enigmática que supostamente estaria invadindo sonhos alheios, como um tipo de alucinação coletiva.
Essa premissa é usada de forma inteligente para abordar temas atuais como a cultura do cancelamento, fake news e as subcelebridades que surgem diariamente graças aos memes de internet.
Outra crítica social aparece no final quando esse evento bizarro é usado de forma oportunista por empresas que passam a lucrar utilizando o subconsciente coletivo como espaço publicitário.
Mesmo sendo muito criticado pela mediocridade dos filmes que costuma escolher para participar, esse pode ser considerado um dos melhores trabalhos de Nicolas Cage nos últimos tempos.
Com produção executiva de Steven Spielberg o filme é visto como uma releitura do "Janela Indiscreta" de Alfred Hitchcock, trazendo a clássica história de voyeurismo para os tempos atuais do stalking, vigilância virtual e tornozeleira eletrônica.
O filme tem o mérito de conseguir manter até os instantes finais o suspense sobre se a existência de um criminoso na vizinhança seria real ou apenas fruto da paranoia de um cara enclausurado, como o título do filme habilmente deixa no ar.
Mas incomodam alguns furos com relação aos descuidos de um serial killer que supostamente já teria tanta experiência. Essa atitude amadora as vezes parece muito conveniente para o roteiro poder funcionar.
Apesar disso é um thriller divertido de acompanhar. Com várias reviravoltas e uma mistura eficiente de comédia adolescente com suspense, o filme consegue prender facilmente a atenção do espectador desde o início.
Típica comédia "pseudo-romântica" do Woody Allen, onde nada acontece de forma convencional. Podem dizer tudo dos filmes do cara menos que são previsíveis.
A ambientação com o cenário chuvoso de Nova York é esteticamente belíssima e reflete o estilo melancólico que combina com a trajetória dos personagens e a forma como eles conduzem seus relacionamentos problemáticos.
Os diálogos são bons mas o enredo é morno, as subtramas e os conflitos apresentados não empolgam tanto. Mas a imprevisibilidade da história é um fator positivo e gera alguns plot twists interessantes, apesar de nada muito marcante.
É uma produção assistível, mas para quem está familiarizado com a obra de Woody Allen é notável que o diretor está decadente e já não consegue se reinventar ou sair da sua zona de conforto. A sensação de "mais do mesmo" é inevitável ao final do filme...
Curiosidade: O filme quase foi engavetado após as acusações de abuso sexual feitas por Dylan Farrow contra Woody Allen retornarem à mídia em 2019.
A franquia nunca foi grande coisa mas essa sequência quase chega a dar saudades do primeiro filme.
Tudo é barato e mal feito, desde o roteiro cheio de piadas ruins até as atuações amadoras. Tecnicamente o visual plastificado da cobra gigante é risível, conseguiram a façanha de piorar a qualidade dos efeitos visuais com relação ao filme feito 10 anos atrás...
O contexto científico do uso da cobra como cobaia para experiências para desenvolver uma cura para Alzheimer e com isso aumentar indevidamente a inteligência da cobra é uma cópia descarada do roteiro do filme "Do Fundo do Mar" de 1999. Só trocaram o tubarão pela anaconda.
O mais admirável é que apesar de tudo essa bomba ainda conseguiu ter continuação.
A sequência foi idealizada para funcionar como "prequel" do filme de 2002. Mas o resultado é quase um desrespeito aos dois primeiros filmes, que mesmo não sendo lá grande coisa ainda mostravam certa coerência dentro do contexto trash da franquia.
Esta continuação perde totalmente a essência do que foi visto antes quando tentam dar "seriedade" a uma história que se destacava justamente por não se levar a sério e abraçar o estilo trash. Tanto que a única cena que presta é a luta bizarra entre as duas gostosas contaminadas, que mostra aquilo que o público realmente esperava ver em um filme desse tipo.
E além da falta de ironia o filme tem um enredo ruim e confuso com as duas histórias paralelas fluindo de forma desconexa e no fim a origem do tal vírus permanece sem explicação.
O roteiro precário só passa a fazer algum sentido quando se chega nas cenas pós créditos, onde o plano de fuga do paciente zero é revelado.
Assim ao fugir de suas origens esta terceira parte além de não cumprir seu propósito como prequel ainda finaliza a trilogia da forma mais decepcionante possível.
Consta que o roteiro foi inspirado em um pesadelo recorrente do roteirista Duncan Kennedy onde ele era perseguido por tubarões que podiam ler sua mente.
A história é bem articulada, com a trama científica mantendo boa coerência e dando uma motivação verossímil para o aumento incomum da inteligência dos tubarões, relacionada com as pesquisas para tratar Alzheimer.
Os efeitos visuais tanto de CGI quanto os tubarões animatrônicos são aceitáveis para um filme de 1999 e podemos dizer que envelheceram com dignidade.
Na parte da ação o filme as vezes se perde no caos da fuga através da plataforma subaquática que na maior parte das vezes é tão confusa que logo faz o espectador desistir de entender a lógica daquilo. A cena no final onde o crente é abocanhado pelo tubarão e sai sem nenhum arranhão graças ao seu crucifixo é tão absurda que se tornou até icônica.
Mesmo como seus altos e baixo o filme se tornou um dos clássicos do gênero e serviu para ressuscitar o interesse nesse tipo de filme com ataque de animais assassinos.
Curiosidade: A surpreendente cena da morte de Samuel L. Jackson aparece em algumas listas das melhores mortes em filmes de todos os tempos.
Simpática comédia "semi-romântica", com o Ricky Gervais interpretando mais um dos seus típicos personagens antissociais, sarcásticos e rabugentos que ao longo da história vão se deparando com situações onde são forçados a repensar suas atitudes.
A trama é muito bem construída a partir da boa premissa de uma experiência de quase morte que permite ao personagem passar a interagir com espíritos ainda com pendências a resolver no mundo dos vivos.
O desfecho também é bem pensado e foge do óbvio, quando o "assunto não acabado" do fantasma do Frank coincide com o objetivo do Pincus, entregando o final feliz meio clichê que o filme pedia.
No geral é um filme muito bom, a história é bem contada e as atuações do elenco também agradam. Ricky Gervais sempre foi um excelente comediante, pena que seja meio subestimado e tenha poucos trabalhos no cinema.
O que mais estragou a produção foram as várias especulações baratas tentando associar de toda forma a bobagem da hipótese do "enterro com flores" com supostos cultos religiosos primitivos praticados por Neandertais. Na realidade o que é mostrado não dá qualquer embasamento científica para esse tipo de conclusão, então é apenas desperdício de tempo no documentário.
Também deveriam ter abordado mais detalhes sobre as teorias de miscigenação entre Neandertais e Sapiens, afinal uma das explicações mais aceitas para o "desaparecimento" Neandertal diz que eles simplesmente teriam sido absorvidos ao longo do tempo pela população mais numerosa de Homo Sapiens.
No geral é uma boa produção, destaque para a recriação da cabeça de um Neandertal através de modelagem 3d que pareceu muito aproximada do que seria na realidade.
Mas talvez se tivessem optado pelo formato de uma série haveria mais tempo para detalhar melhor alguns pontos obscuros.
Bom documentário que deixa como lição que as autoridades nunca devem subestimar o tamanho que caos pode atingir nesse tipo de evento.
Também serviu pra mostrar como o ser humano se torna um animal irracional em determinadas situações e o poder do efeito manada em torcedores alucinados pelo álcool e drogas.
O filme é ruim em vários aspectos. Pra começar o pretexto para o casal se reencontrar na viagem é forçado e inverossímil demais até para esse tipo de comédia barata. Além disso temos as várias subtramas patéticas e caricatas envolvendo os filhos do casal.
A representação exótica da África e dos africanos como abobalhados em cenários artificiais é de dar vergonha alheia, se um filme desses fosse hoje em dia já seria motivo de cancelamento sumário para todos os envolvidos.
De positivo a interação entre Sandler e Barrymore ainda rende alguns bons momentos. Pelas várias parcerias anteriores os dois já demonstram certa intimidade, permitindo inclusive que as improvisações entre eles funcionem bem nas cenas.
Mas isso não é suficiente pra salvar o filme, que conta com enredo, cenografia e encenações medíocres. Esperar um filme inteligente vindo do Adam Sandler todos sabemos que seria pedir muito, mas esse aí abusou bastante da boa vontade do público.
O enredo é interessante quando aborda a inevitável chegada da morte de uma forma mais leve e descontraída. Mais do que realizar desejos materiais a lista de desejos tinha como objetivo promover acertos de contas mal resolvidos com o passado de cada moribundo antes do "game over".
Existe também uma boa sintonia entre Jack Nicholson e Morgan Freeman que estão bem a vontade e parecem se divertir em seus papéis. E cada um que assiste acaba fazendo sua própria lista imaginária com metas que ainda pretende atingir antes do apito final (em geral menos extravagantes do que a lista do Edward Cole).
Não é a comédia clássica que se espera inicialmente, mas é um bom filme dentro de sua proposta. Na realidade é uma "dramédia" e se for assistida com o olhar certo vai servir para despertar algumas boas reflexões sobre o que realmente merece ser valorizado durante nosso escasso tempo de vida.
O filme tem um início promissor mostrando uma continuação direta da história anterior, com a contaminação se espalhando e levando caos para a cidade através da água contaminada. O personagem do policial Wilson também retorna para fazer as devidas conexões entre os dois filmes.
O problema é que tecnicamente as cenas mais violentas e sangrentas tem menos qualidade do que visto anteriormente. O filme também perde muito tempo com algumas subtramas colegiais bobas e irrelevantes.
Assim praticamente só a última meia hora realmente presta com algumas cenas de gore repugnantes e com certa dose de humor negro, que trouxeram a essência trash do filme de 1997. As animações vistas no início e no final são divertidas e também úteis ao enredo.
No geral não é uma sequência tão desastrosa e mesmo não sendo tão inspirada como o original ainda tem seus bons momentos, deixando caminho aberto para novas continuações. Era uma franquia que tinha potencial, pena que foi tão mal conduzida...
Apesar de uma breve referência aos acontecimentos vistos na história anterior é uma continuação que não tem tanta relação com o primeiro filme.
O filme de 1997 tinha uma proposta mais descompromissada e não havia muita tentativa de explicação. Era só uma cobra gigante devorando os invasores que apareciam pela frente e pronto! Talvez por isso parecesse mais divertido, os ataques da anaconda eram mais frequentes e as mortes mais criativas e violentas. É bem frustrante quando a maioria do elenco fica vivo no final de um filme desses...
Por outro lado, visivelmente os efeitos de CGI agora estão mais bem acabados e realistas, pena que com isso descartaram os efeitos animatrônicos que sempre davam um charme nestas produções.
O enredo envolvendo a orquídea imortal é meio forçado mas pelo menos oferece um bom pretexto para a expedição e funciona bem dentro da trama, dando até uma explicação coerente para o tamanho anormal das cobras.
No fim das contas é uma continuação satisfatória que diverte e soube manter a essência do filme original.
Não é um filme memorável mas tenta dar uma resumida básica sobre a trajetória do Al Capone. Mostrando desde a fase inicial da carreira quando ele se associou aos grandes mafiosos graças à sua ambição e brutalidade, até sua queda quando foi preso em Alcatraz por sonegação fiscal e ainda teve sua sanidade ainda mais comprometida devido à sífilis.
Considerando o baixo orçamento do filme, o resultado até que não é tão desastroso. A cenografia, figurinos e locações retratando a década de 20 são realistas, dando uma ideia aproximada do caos que tomou conta de Chicago na época da Lei Seca.
O elenco também não decepciona, principalmente o Ben Gazzara que soube incorporar o famoso gangster psicopata, dizem inclusive que nos bastidores ele também deu uma pirada no estilo Capone.
O filme ainda tem o atrativo de trazer Sylvester Stallone em sua primeira aparição de destaque no cinema. Mesmo com um papel secundário de capanga e sucessor do Capone ele já mostrava afinidade com esse tipo de personagem violento e de poucas palavras.
É o tipo de filme que exige atenção ao contexto para ser devidamente apreciado. Inicialmente parece irreal e absurdo que o tal minerador sobreviva aos mais variados tipos de ataques nazistas sem sofrer grandes danos, mas quando se compreende o simbolismo por trás disto tudo faz mais sentido.
No começo do filme já somos informados sobre a palavra "sisu", que não teria tradução exata mas significa uma mistura de coragem e determinação diante de enormes dificuldades. A partir daí surge o personagem do minerador que seria a representação humana de tudo isso, um símbolo resistência imortal.
Então todos os absurdos vistos durante o filme se sustentam nesta metáfora. E tendo isso em mente o filme agrada, as cenas de ação são bem produzidas com bastante violência gráfica e os diálogos são praticamente desnecessários, já que o roteiro é bem linear e simplório para ser entendido sem esforço.
Com um enredo melancólico, entediante e previsível o filme deixa uma sensação de ser uma versão de "Clube dos Cinco" da Shopee. Ficamos o tempo todo esperando algo que surpreendesse ou tirasse o filme do marasmo mas esse momento nunca chega.
O filme é só um amontoado de clichês natalinos com personagens fracassados se unindo em busca de alguma redenção. Falhando em tudo que se propõe, é um filme que como comédia não diverte e como drama é inexpressivo.
Ganha uma estrela só pela piada sobre qual olho do vesgo devemos focar durante uma conversa, dilema que sempre me intrigou pessoalmente. Tirando isso é uma total perda de tempo.
Jovens Bruxas
3.3 711 Assista AgoraO filme parece ter se tornado cult pela temática feminista mas chega a ser até banal em comparação ao nível dos filmes panfletários mais atuais. A trama é mediana e segue a fórmula padrão, cheia dos velhos clichês de filmes adolescentes escolares, com bullying e romances não correspondidos.
A dinâmica das vinganças usando bruxaria e da "lei do retorno" são desenvolvidas de forma confusa, pois no final com exceção da Nancy, todas as bruxas ficam impunes apesar das maldades que também cometeram usando seus feitiços. Então faltou coerência em relação a essa mensagem sobre "Karmas".
Os efeitos especiais também são bem básicos em relação ao que já havia disponível na época mas estão dentro do aceitável e cumprem o seu papel.
Realmente não há nada que se destaque ou que faça esse filme merecer uma atenção especial. No geral é só mais uma produção adolescente inofensiva com aquelas mensagens de "grandes poderes com grandes responsabilidades", companheirismo e superação típicos...
Anaconda 4
1.7 247 Assista AgoraO enredo é uma salada onde tem a volta do magnata Murdoch que continua financiando experimentos usando a tal Orquídea de Sangue do 2º filme para produção de um soro da imortalidade, desta vez a pesquisa utiliza o filhote de cobra do filme anterior.
É baseado nessa premissa bagunçada que o filme se desenvolve. São vários grupos entre arqueólogos e militares envolvidos na história, que pouco tem a acrescentar de útil à trama e só estão ali para servir de lanche para a anaconda.
O CGI da anaconda não é tão ruim quanto no filme anterior mas por outro lado as cenas dos ataques são patéticas e só prestam mesmo como comédia involuntária.
O desfecho é bizarro, após explodirem a cobra o grupo conclui que os pedaços não se regenerariam mais. Mas na cena seguinte aparece uma anaconda novinha em folha deslizando alegremente pela floresta, não se sabe se os pedaços se juntaram de repente ou se era outra cobra da família, que apareceu convenientemente só como pretexto para novas continuações.
Mas felizmente tiveram o bom senso de interromper o vexame por aqui. É impressionante como conseguiram avacalhar uma franquia que tinha até um certo potencial, levando em consideração os dois primeiros filmes.
Godzilla: Minus One
4.0 380Visualmente o filme realmente chama a atenção trazendo um Godzilla com um visual clássico fazendo o que se espera dele que é destruir tudo por onde passa. As cenas de destruição na cidade são excelentes e mostram como o Oscar de Melhores Efeitos Visuais ficou em boas mãos.
O ponto fraco do filme é seu roteiro simplório demais e focado exageradamente em dramas humanos cafonas. Mostrar o Godzilla desde o início como uma criatura invulnerável tira bastante a graça da história, pois já sabemos com antecedência que qualquer ataque militar seria inútil. O plano exótico desenvolvido para matá-lo por "afogamento" é ridículo demais para ser levado a sério e obviamente também seria fadado ao fracasso, tanto que o "plano B" Kamikaze já é desenvolvido em paralelo.
Não se sabe também o motivo do Godzilla ter surgido exatamente no pós-guerra do Japão e nem de onde ele viria. É o tipo de filme onde a proposta é simplesmente soltar um monstro para espalhar o caos por onde passa, sem maiores explicações nem justificativas. Neste ponto as versões americanas se saem muito melhor ao dar motivações mais criativas e bem elaboradas para justificar os acontecimentos.
Mas para quem não se importa com roteiros medíocres o filme vai agradar. O filme pode ser superestimado mas ainda é divertido e presta boa homenagem aos clássicos do gênero.
Curiosidade: Sobre a explicação para o título, o diretor Yamazaki disse que seria pelo filme se passar antes do filme original de Godzilla de 1954.
Stalingrado
3.3 70 Assista AgoraO filme é ambientado durante a Batalha de Stalingrado em novembro de 1942, três meses após o início da batalha. Essa foi um dos combates mais famosos da Segunda Guerra e definiu os rumos do conflito. Durou seis meses e causou quase 2 milhões de vítimas totais entre russos e alemães.
A história tem seus bons momentos mas o ritmo do filme oscila muito, entre as boas cenas de ação existem dramas enfadonhos que estragaram bastante a experiência para quem esperava um filme de guerra mais dinâmico.
Também é frustrante que o cenário fique restrito a disputa por um único prédio e não se tem uma visão geral do que realmente foi a famosa batalha de Stalingrado. A dublagem dos diálogos apenas dos russos causa estranheza e tira a credibilidade das cenas.
De mais positivo temos a cenografia da cidade destruída que impressiona por ser fielmente reproduzida. As sequências de ação são grandiosas e graficamente impactantes, dando uma noção real da brutalidade dos combates e dos do poder de destruição dos bombardeios. O resultado é tão bom que tem muito blockbuster atual de Hollywood que não consegue ter essa mesma qualidade de efeitos especiais...
Pode não ser o melhor filme sobre o tema mas vale a pena conhecer.
Pânico no Lago
2.4 215Não dá para entender a classificação tão baixa, o filme é divertido e mesmo tendo sido produzido no século passado ainda supera DE LONGE muita porcaria que é lançada atualmente.
Os personagens são carismáticos e o elenco é bem entrosado. Os diálogos espirituosos tem uma certa dose de sarcasmo que funciona muito bem dentro da trama. E ainda tem a participação da velha rabugenta que é memorável ("Se eu tivesse um pau, é aqui que eu diria para você chupá-lo!").
O roteiro é simples mas funcional. Ao contrário de outros filmes do gênero, esse muito mais verossímil sem precisar apelar para baboseiras de engenharia genética e mutações para explicar as criaturas assassinas. Todas as explicações para o aparecimento dos crocodilos fora do seu habitat e do motivo de eles terem aprendido a atacar humanos são devidamente esclarecidos dentro do enredo.
Os efeitos visuais também são excelentes. Mesmo com seus 25 anos de idade as cenas dos ataques do crocodilo envelheceram com dignidade e ainda impressionam pelo realismo. Mas foram muito econômicos na quantidade de mortes...
Este filme já é um clássico e está acima da média para a categoria de animais assassinos. Pena que apesar do final em aberto para futuras sequências nunca tiveram a competência de fazer uma continuação no mesmo nível.
Do Fundo do Mar 2
1.7 107 Assista AgoraProdução barata que usa a mesma fórmula batida do projeto ultrassecreto envolvendo tubarões transgênicos inteligentes que de repente sai do controle e causa estragos. A novidade bizarra que inventaram desta vez é que os experimentos seriam para que o cérebro humano não ficasse defasado em relação à inteligência artificial!
No desespero pra tentar inovar de algum jeito os produtores chegaram à estúpida conclusão que fazer um filme focando no ataque de filhotes de tubarão parecendo piranhas seria uma ideia brilhante...
Outro ponto negativo que chamou a atenção é que não existe muita lógica que um cientista que está fazendo experimentos altamente questionáveis convidasse estranhos pra contar sobre o projeto, correndo o risco de se denunciado a qualquer momento. E o mais espantoso é que esse imbecil já estaria com a inteligência anabolizada pelos remédios que tomava.
Na parte de efeitos gráficos o resultado não é tão desastroso quanto o esperado, os tubarões em CGI são realistas e algumas mortes são bem produzidas e causam impacto. Por outro lado o barulho que os filhotes fazem quando atacam é tão ridículo e cômico que acaba tirando qualquer clima de tensão das cenas.
No final é um filme que só serviu pra decepcionar os fãs que aguardaram por longos 18 anos por uma sequência digna do filme original.
Os Espiões que Entraram Numa Fria
3.3 23 Assista AgoraÉ o tipo de comédia que falha no essencial, que é ser divertida. Além da falta de graça e inspiração, chama a atenção também a trama de espionagem que é totalmente desconexa e sem uma lógica mínima para sustentar o resto da comédia ou servir de paródia.
O que se salva são as belas locações tanto na Noruega quanto no Saara que deram ao filme uma qualidade estética que é incomum nesse tipo de comédia pastelão.
Chevy Chase e Dan Aykroyd proporcionam alguns raros bons momentos como as cenas de treinamento, sala de provas e a cirurgia no deserto. Eles fazem o que podem com o lixo que recebem do John Landis, mas não é o suficiente pra salvar o produto final da mediocridade.
Curiosidade: A música título "Spies Like Us" que foi escrita interpretada por Paul McCartney chegou a alcançar a 7ª posição entre as mais tocadas nos Estados Unidos. John Landis dirigiu o videoclipe da música, onde Aykroyd e Chase podem ser vistos tocando com McCartney.
Lute Por Sua Vida
2.4 21 Assista AgoraDá pra notar que o filme é bem intencionado em tentar passar uma mensagem de positividade mas falha por ser pessimamente executado.
As subtramas que acontecem paralelamente são rasas e desinteressantes, e a forma como são conectadas no final do filme é patética.
Vergonhosa também é a participação aleatória do Stallone que aparece umas três vezes durante o filme soltando frases completamente desconexas. O diretor so conseguiu convencer ele a participar por eles terem sido colegas de quarto quando estudaram na Universidade de Miami. E quando Stallone aceitou participar outros atores famosos concordaram em se juntar ao elenco, aceitando salários simbólicos.
A premissa do autor renegado de livro de autoajuda que cumpre seu objetivo das maneiras mais improváveis tinha potencial e talvez pudesse ter rendido um filme melhor em mãos mais capacitadas.
O Homem dos Sonhos
3.5 154Apesar de não ser uma grande produção é um filme instigante e criativo que desperta várias boas reflexões ao final. A trama é baseada em uma lenda urbana que surgiu a partir do meme "This Man" que surgiu na internet no início dos anos 2000 e era relacionado a uma figura enigmática que supostamente estaria invadindo sonhos alheios, como um tipo de alucinação coletiva.
Essa premissa é usada de forma inteligente para abordar temas atuais como a cultura do cancelamento, fake news e as subcelebridades que surgem diariamente graças aos memes de internet.
Outra crítica social aparece no final quando esse evento bizarro é usado de forma oportunista por empresas que passam a lucrar utilizando o subconsciente coletivo como espaço publicitário.
Mesmo sendo muito criticado pela mediocridade dos filmes que costuma escolher para participar, esse pode ser considerado um dos melhores trabalhos de Nicolas Cage nos últimos tempos.
Paranóia
3.5 1,5K Assista AgoraCom produção executiva de Steven Spielberg o filme é visto como uma releitura do "Janela Indiscreta" de Alfred Hitchcock, trazendo a clássica história de voyeurismo para os tempos atuais do stalking, vigilância virtual e tornozeleira eletrônica.
O filme tem o mérito de conseguir manter até os instantes finais o suspense sobre se a existência de um criminoso na vizinhança seria real ou apenas fruto da paranoia de um cara enclausurado, como o título do filme habilmente deixa no ar.
Mas incomodam alguns furos com relação aos descuidos de um serial killer que supostamente já teria tanta experiência. Essa atitude amadora as vezes parece muito conveniente para o roteiro poder funcionar.
Apesar disso é um thriller divertido de acompanhar. Com várias reviravoltas e uma mistura eficiente de comédia adolescente com suspense, o filme consegue prender facilmente a atenção do espectador desde o início.
Um Dia de Chuva em Nova York
3.2 295 Assista AgoraTípica comédia "pseudo-romântica" do Woody Allen, onde nada acontece de forma convencional. Podem dizer tudo dos filmes do cara menos que são previsíveis.
A ambientação com o cenário chuvoso de Nova York é esteticamente belíssima e reflete o estilo melancólico que combina com a trajetória dos personagens e a forma como eles conduzem seus relacionamentos problemáticos.
Os diálogos são bons mas o enredo é morno, as subtramas e os conflitos apresentados não empolgam tanto. Mas a imprevisibilidade da história é um fator positivo e gera alguns plot twists interessantes, apesar de nada muito marcante.
É uma produção assistível, mas para quem está familiarizado com a obra de Woody Allen é notável que o diretor está decadente e já não consegue se reinventar ou sair da sua zona de conforto. A sensação de "mais do mesmo" é inevitável ao final do filme...
Curiosidade: O filme quase foi engavetado após as acusações de abuso sexual feitas por Dylan Farrow contra Woody Allen retornarem à mídia em 2019.
Anaconda 3
1.8 240 Assista AgoraA franquia nunca foi grande coisa mas essa sequência quase chega a dar saudades do primeiro filme.
Tudo é barato e mal feito, desde o roteiro cheio de piadas ruins até as atuações amadoras. Tecnicamente o visual plastificado da cobra gigante é risível, conseguiram a façanha de piorar a qualidade dos efeitos visuais com relação ao filme feito 10 anos atrás...
O contexto científico do uso da cobra como cobaia para experiências para desenvolver uma cura para Alzheimer e com isso aumentar indevidamente a inteligência da cobra é uma cópia descarada do roteiro do filme "Do Fundo do Mar" de 1999. Só trocaram o tubarão pela anaconda.
O mais admirável é que apesar de tudo essa bomba ainda conseguiu ter continuação.
Cabana do Inferno 3
2.2 63 Assista AgoraA sequência foi idealizada para funcionar como "prequel" do filme de 2002. Mas o resultado é quase um desrespeito aos dois primeiros filmes, que mesmo não sendo lá grande coisa ainda mostravam certa coerência dentro do contexto trash da franquia.
Esta continuação perde totalmente a essência do que foi visto antes quando tentam dar "seriedade" a uma história que se destacava justamente por não se levar a sério e abraçar o estilo trash. Tanto que a única cena que presta é a luta bizarra entre as duas gostosas contaminadas, que mostra aquilo que o público realmente esperava ver em um filme desse tipo.
E além da falta de ironia o filme tem um enredo ruim e confuso com as duas histórias paralelas fluindo de forma desconexa e no fim a origem do tal vírus permanece sem explicação.
O roteiro precário só passa a fazer algum sentido quando se chega nas cenas pós créditos, onde o plano de fuga do paciente zero é revelado.
Assim ao fugir de suas origens esta terceira parte além de não cumprir seu propósito como prequel ainda finaliza a trilogia da forma mais decepcionante possível.
Do Fundo do Mar
2.9 402 Assista AgoraConsta que o roteiro foi inspirado em um pesadelo recorrente do roteirista Duncan Kennedy onde ele era perseguido por tubarões que podiam ler sua mente.
A história é bem articulada, com a trama científica mantendo boa coerência e dando uma motivação verossímil para o aumento incomum da inteligência dos tubarões, relacionada com as pesquisas para tratar Alzheimer.
Os efeitos visuais tanto de CGI quanto os tubarões animatrônicos são aceitáveis para um filme de 1999 e podemos dizer que envelheceram com dignidade.
Na parte da ação o filme as vezes se perde no caos da fuga através da plataforma subaquática que na maior parte das vezes é tão confusa que logo faz o espectador desistir de entender a lógica daquilo. A cena no final onde o crente é abocanhado pelo tubarão e sai sem nenhum arranhão graças ao seu crucifixo é tão absurda que se tornou até icônica.
Mesmo como seus altos e baixo o filme se tornou um dos clássicos do gênero e serviu para ressuscitar o interesse nesse tipo de filme com ataque de animais assassinos.
Curiosidade: A surpreendente cena da morte de Samuel L. Jackson aparece em algumas listas das melhores mortes em filmes de todos os tempos.
Ghost Town - Um Espírito Atrás de Mim
3.1 215 Assista AgoraSimpática comédia "semi-romântica", com o Ricky Gervais interpretando mais um dos seus típicos personagens antissociais, sarcásticos e rabugentos que ao longo da história vão se deparando com situações onde são forçados a repensar suas atitudes.
A trama é muito bem construída a partir da boa premissa de uma experiência de quase morte que permite ao personagem passar a interagir com espíritos ainda com pendências a resolver no mundo dos vivos.
O desfecho também é bem pensado e foge do óbvio, quando o "assunto não acabado" do fantasma do Frank coincide com o objetivo do Pincus, entregando o final feliz meio clichê que o filme pedia.
No geral é um filme muito bom, a história é bem contada e as atuações do elenco também agradam. Ricky Gervais sempre foi um excelente comediante, pena que seja meio subestimado e tenha poucos trabalhos no cinema.
Os Segredos dos Neandertais
3.4 6 Assista AgoraO que mais estragou a produção foram as várias especulações baratas tentando associar de toda forma a bobagem da hipótese do "enterro com flores" com supostos cultos religiosos primitivos praticados por Neandertais. Na realidade o que é mostrado não dá qualquer embasamento científica para esse tipo de conclusão, então é apenas desperdício de tempo no documentário.
Também deveriam ter abordado mais detalhes sobre as teorias de miscigenação entre Neandertais e Sapiens, afinal uma das explicações mais aceitas para o "desaparecimento" Neandertal diz que eles simplesmente teriam sido absorvidos ao longo do tempo pela população mais numerosa de Homo Sapiens.
No geral é uma boa produção, destaque para a recriação da cabeça de um Neandertal através de modelagem 3d que pareceu muito aproximada do que seria na realidade.
Mas talvez se tivessem optado pelo formato de uma série haveria mais tempo para detalhar melhor alguns pontos obscuros.
A Final: Caos em Wembley
3.4 11Bom documentário que deixa como lição que as autoridades nunca devem subestimar o tamanho que caos pode atingir nesse tipo de evento.
Também serviu pra mostrar como o ser humano se torna um animal irracional em determinadas situações e o poder do efeito manada em torcedores alucinados pelo álcool e drogas.
Juntos e Misturados
3.5 1,1K Assista AgoraO filme é ruim em vários aspectos. Pra começar o pretexto para o casal se reencontrar na viagem é forçado e inverossímil demais até para esse tipo de comédia barata. Além disso temos as várias subtramas patéticas e caricatas envolvendo os filhos do casal.
A representação exótica da África e dos africanos como abobalhados em cenários artificiais é de dar vergonha alheia, se um filme desses fosse hoje em dia já seria motivo de cancelamento sumário para todos os envolvidos.
De positivo a interação entre Sandler e Barrymore ainda rende alguns bons momentos. Pelas várias parcerias anteriores os dois já demonstram certa intimidade, permitindo inclusive que as improvisações entre eles funcionem bem nas cenas.
Mas isso não é suficiente pra salvar o filme, que conta com enredo, cenografia e encenações medíocres. Esperar um filme inteligente vindo do Adam Sandler todos sabemos que seria pedir muito, mas esse aí abusou bastante da boa vontade do público.
Antes de Partir
4.0 1,3K Assista AgoraO enredo é interessante quando aborda a inevitável chegada da morte de uma forma mais leve e descontraída. Mais do que realizar desejos materiais a lista de desejos tinha como objetivo promover acertos de contas mal resolvidos com o passado de cada moribundo antes do "game over".
Existe também uma boa sintonia entre Jack Nicholson e Morgan Freeman que estão bem a vontade e parecem se divertir em seus papéis. E cada um que assiste acaba fazendo sua própria lista imaginária com metas que ainda pretende atingir antes do apito final (em geral menos extravagantes do que a lista do Edward Cole).
Não é a comédia clássica que se espera inicialmente, mas é um bom filme dentro de sua proposta. Na realidade é uma "dramédia" e se for assistida com o olhar certo vai servir para despertar algumas boas reflexões sobre o que realmente merece ser valorizado durante nosso escasso tempo de vida.
Cabana do Inferno 2
2.0 241O filme tem um início promissor mostrando uma continuação direta da história anterior, com a contaminação se espalhando e levando caos para a cidade através da água contaminada. O personagem do policial Wilson também retorna para fazer as devidas conexões entre os dois filmes.
O problema é que tecnicamente as cenas mais violentas e sangrentas tem menos qualidade do que visto anteriormente. O filme também perde muito tempo com algumas subtramas colegiais bobas e irrelevantes.
Assim praticamente só a última meia hora realmente presta com algumas cenas de gore repugnantes e com certa dose de humor negro, que trouxeram a essência trash do filme de 1997. As animações vistas no início e no final são divertidas e também úteis ao enredo.
No geral não é uma sequência tão desastrosa e mesmo não sendo tão inspirada como o original ainda tem seus bons momentos, deixando caminho aberto para novas continuações. Era uma franquia que tinha potencial, pena que foi tão mal conduzida...
Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta
2.3 416 Assista AgoraApesar de uma breve referência aos acontecimentos vistos na história anterior é uma continuação que não tem tanta relação com o primeiro filme.
O filme de 1997 tinha uma proposta mais descompromissada e não havia muita tentativa de explicação. Era só uma cobra gigante devorando os invasores que apareciam pela frente e pronto! Talvez por isso parecesse mais divertido, os ataques da anaconda eram mais frequentes e as mortes mais criativas e violentas. É bem frustrante quando a maioria do elenco fica vivo no final de um filme desses...
Por outro lado, visivelmente os efeitos de CGI agora estão mais bem acabados e realistas, pena que com isso descartaram os efeitos animatrônicos que sempre davam um charme nestas produções.
O enredo envolvendo a orquídea imortal é meio forçado mas pelo menos oferece um bom pretexto para a expedição e funciona bem dentro da trama, dando até uma explicação coerente para o tamanho anormal das cobras.
No fim das contas é uma continuação satisfatória que diverte e soube manter a essência do filme original.
Capone, o Gângster
3.1 24 Assista AgoraNão é um filme memorável mas tenta dar uma resumida básica sobre a trajetória do Al Capone. Mostrando desde a fase inicial da carreira quando ele se associou aos grandes mafiosos graças à sua ambição e brutalidade, até sua queda quando foi preso em Alcatraz por sonegação fiscal e ainda teve sua sanidade ainda mais comprometida devido à sífilis.
Considerando o baixo orçamento do filme, o resultado até que não é tão desastroso. A cenografia, figurinos e locações retratando a década de 20 são realistas, dando uma ideia aproximada do caos que tomou conta de Chicago na época da Lei Seca.
O elenco também não decepciona, principalmente o Ben Gazzara que soube incorporar o famoso gangster psicopata, dizem inclusive que nos bastidores ele também deu uma pirada no estilo Capone.
O filme ainda tem o atrativo de trazer Sylvester Stallone em sua primeira aparição de destaque no cinema. Mesmo com um papel secundário de capanga e sucessor do Capone ele já mostrava afinidade com esse tipo de personagem violento e de poucas palavras.
Sisu: Uma História De Determinação
3.5 226 Assista AgoraÉ o tipo de filme que exige atenção ao contexto para ser devidamente apreciado. Inicialmente parece irreal e absurdo que o tal minerador sobreviva aos mais variados tipos de ataques nazistas sem sofrer grandes danos, mas quando se compreende o simbolismo por trás disto tudo faz mais sentido.
No começo do filme já somos informados sobre a palavra "sisu", que não teria tradução exata mas significa uma mistura de coragem e determinação diante de enormes dificuldades. A partir daí surge o personagem do minerador que seria a representação humana de tudo isso, um símbolo resistência imortal.
Então todos os absurdos vistos durante o filme se sustentam nesta metáfora. E tendo isso em mente o filme agrada, as cenas de ação são bem produzidas com bastante violência gráfica e os diálogos são praticamente desnecessários, já que o roteiro é bem linear e simplório para ser entendido sem esforço.
Os Rejeitados
4.0 321 Assista AgoraFilme superestimado demais.
Com um enredo melancólico, entediante e previsível o filme deixa uma sensação de ser uma versão de "Clube dos Cinco" da Shopee. Ficamos o tempo todo esperando algo que surpreendesse ou tirasse o filme do marasmo mas esse momento nunca chega.
O filme é só um amontoado de clichês natalinos com personagens fracassados se unindo em busca de alguma redenção. Falhando em tudo que se propõe, é um filme que como comédia não diverte e como drama é inexpressivo.
Ganha uma estrela só pela piada sobre qual olho do vesgo devemos focar durante uma conversa, dilema que sempre me intrigou pessoalmente. Tirando isso é uma total perda de tempo.