[Artigo] O mise-èn-scene do sensibilíssimo diretor Wes Anderson é encantador – com cores em tons pastéis, narrativas e firulas estéticas. Muito de seus filmes anteriores, tais como Excêntricos Tenenbaums (2001) e A Vida Marinha Com Steve Zissou (2004), prevalece em Moonrise Kingdom (2012).
Os personagens principais são outsiders, mas não de uma sociedade como a nossa. Anderson faz questão de criar um novo universo por inteiro, adequando cada um de seus personagens e tornando-os únicos.
Mais aqui: http://take148.net/2014/04/04/moonrise-kingdom-um-filme-de-wes-anderson/
[Crítica] No campo da física quântica existe um problema ainda não resolvido, apelidado de problema da medição. Em poucas palavras, o dilema consiste em saber se o mero ato de observar um processo físico pode transformá-lo e, nesse caso, qual será a leitura do observador. O mais recente trabalho do norueguês Erik Poppe, Mil Vezes Boa Noite, trata essa questão científica com grande amparo na realidade. Absolutamente brilhante em seu papel, Juliette Binoche vive uma fotógrafa de guerra que, toda vez que volta para casa, leva junto às cicatrizes causadas pelo o que testemunhou, além de uma enorme aversão à inércia da “vida normal”.
Mais aqui: http://take148.net/2014/11/07/mil-vezes-boa-noite-critica/
[Crítica] A julgar pelo título, pelas cores vibrantes do cartaz ou até mesmo pelo divertido trailer de Uma Viagem Extraordinária, era de se esperar que o público alvo da mais recente obra do francês Jean-Pierre Jeunet fosse as crianças. Mas o diretor e roteirista do longa, que se tornou uma promessa do cinema mundial com O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, mais uma vez foge do óbvio e, por baixo do visual deslumbrante e do tom de magia, escolhe contar uma história que nada tem de infantil, apesar da tão pouca idade de seu protagonista.
Mais aqui: http://take148.net/2014/11/06/uma-viagem-extraordinaria-critica/
[Crítica] Não são todos os diretores que conseguem captar as passagens de tempo com maestria, mas Richard Linklater figura na lista dos que raramente erraram a mão. E não se poderia exigir menos de um filme que se passa ao longo de 12 anos. Mas Boyhood – Da Infância à Juventude vai além: suas filmagens também ocorreram ao longo dos mesmos 12 anos, e só agora vêm a público em um arremate que, apesar de toda sua atualidade, o torna extremamente saudosista.
O retrato fiel da adolescência é mais uma das virtudes da direção de Linklater, que já deixou para trás o estilo blockbuster do ótimo Escola de Rock para, com altas doses de realismo, provar que não caminha para se tornar uma espécie de John Hughes dos anos 2000. Se na trilogia composta por Antes do Pôr do Sol, Antes do Amanhecer e Antes da Meia-noite, Linklater estica os momentos de um ou dois dias por meio de cenas e diálogos imensos, em Boyhood, ele comprime os 12 anos em uma série de pequenas sequências que privilegiam os diálogos curtos. O diretor imprime um olhar sério sobre o crescer, mas que obviamente conta também com uma coleção de momentos cômicos, que, mantendo a consistência, as vezes dão a impressão de que certas situações estão sendo documentadas, e não criadas.
Mais aqui: http://take148.net/2014/11/03/boyhood-da-infancia-a-juventude-critica/
[Artigo] A receita das comédias românticas é geralmente seguida à risca: sabemos de cara quem vai terminar com quem, vemos as alfinetadas, a descoberta do amor, o erro, a briga, o discurso, o perdão, o felizes para sempre e fim. Um gênero que dificilmente favorece a originalidade, mas que, quando o faz, costuma trazer boas surpresas. A Primeira Noite de um Homem, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e Alta Fidelidade são exemplos frequentemente citados entre os melhores da categoria, justamente por fugirem da fórmula. Mais incrível, no entanto, são os bolos que, apesar dos exatos 254,6 gramas de açúcar, saem do forno completamente diferentes da foto na capa do livro. (500) Dias com Ela é um bolo de receita que encontra seu sabor no aparente desastre.
Mais aqui: http://take148.net/2014/08/02/porque-500-dias-com-ela-e-a-melhor-comedia-romantica-existente/
[Crítica] Apesar do esforço em manter Hollywood como um lugar onde aquele que não pode ser nomeado é justamente Ele, a indústria americana vem bombardeando o público, como nunca antes, com épicos bíblicos e a presença de Satã em carne e osso. Deus Não Está Morto não é nem um, nem outro, mas, de certa forma, engrossa a mesma lista. A pequena produção inicia propondo um debate sobre a existência de Deus, mas termina fazendo campanha.
Mais aqui: http://take148.net/2014/08/08/deus-nao-esta-morto-critica/
[Crítica] Raros são os filmes sobre a pré-adolescência que não focam os pré-adolescentes como público alvo. Raros são os diretores que sabem como proceder com tal ideia. Destes, Lucas Moodysson pode ser considerado um líder. Seu primeiro filme, Amigas de Colégio, de 1998, foi chamado por Ingmar Bergman de “uma obra prima por um jovem mestre”. E não são poucas as comparações entre eles, que renderam ao sueco o título de “herdeiro legítimo de Bergman” – sem medo de ser desproporcional. Seu novo filme, Nós Somos as Melhores!, dá sentido à tudo isso, enquanto paradoxalmente se firma como o mais engraçado e leve dentre a curta (mas fenomenal) filmografia do diretor.
Mais aqui: http://take148.net/2014/12/02/nos-somos-as-melhores/
[Crítica] Relatos Selvagens, terceiro longa de Damián Szifrón, é uma antologia de seis curta-metragens unidos pela mesma temática: a violência que queima dentro de nós no vai e vem do cotidiano. A violência que ultrapassa aquele gentil dedo do meio para alguém que te fecha no trânsito para se transformar no desejo incontrolável de enforcar o atendente burocrático do outro lado do vidro.
O filme parte da ideia de que todo mundo tem um limite, e que, considerando a entropia da coisa, esse limite há de extrapolar-se algum dia. Tendo isso em mente, sigamos: é um filme realista.
Mais aqui: http://take148.net/2014/10/27/relatos-selvagens-critica/
[Crítica] Não é novidade para ninguém que a Marvel vem se provando uma das produtoras que mais preza pela qualidade de seus filmes. E o que mais impressiona são suas arriscadas jogadas nos últimos anos, que só resultaram em ótimas, leais e divertidas adaptações das obras, entre elas Guardiões da Galáxia, que talvez, seja a mais ousada até hoje. Isso porque o original é um quadrinho de humor “negro” dos anos 70, que fez pouco sucesso na época, mas, agora, se tornou um golaço da Marvel.
Mais aqui: http://take148.net/2014/08/04/guardioes-da-galaxia/
[Crítica] Com um elenco de estrelas, que conta com Christian Bale, Woody Harrelson, William Dafoe e Forest Whitaker, e dois gigantes da indústria cinematográfica na produção, Leonardo DiCaprio e Ridley Scott, Tudo por Justiça está aí para provar que, sem uma direção competente nem mesmo um elenco extremamente talentoso consegue sustentar um filme.
Mais aqui: http://take148.net/2014/04/01/tudo-por-justica-critica/
[Crítica] “Não é uma cinebiografia”. Com essas palavras, o diretor francês Olivier Dahan começou sua explicação sobre a obra na coletiva de imprensa que seguiu a exibição de Grace de Mônaco, na abertura do Festival de Cannes. Se Dahan se consagrou em Hollywood ao dirigir Marion Cotillard na pele de Edith Piaf, papel que rendeu a ela o Oscar de Melhor Atriz em 2008, agora é transparente que o mérito por Piaf – Um Hino ao Amor é de uma grande atriz e não de um grande diretor.
Mais aqui: http://take148.net/2014/05/23/grace-de-monaco-critica/
[Crítica] Lucrar com tragédias não é uma exclusividade hollywoodiana, mas uma especialidade, principalmente se crianças estão envolvidas. O polêmico assassinato de três garotos na cidadezinha americana de West Memphis, no estado de Arkansas, já rendeu a trilogia documental Paradise Lost, dos diretores Joe Berlinger and Bruce Sinofsky, e o documentário West of Memphis, de Amy J. Berg. Além disso, inúmeros programas de tevê foram realizados – eles advogam pelos réus, como se tentassem se desculpar pelos supostos erros do sistema de justiça americano. Agora, plantando a dúvida novamente, o drama biográfico Sem Evidências reconstitui as investigações policiais e os julgamentos que deram tanto o que falar de 1994 até hoje.
Mais aqui: http://take148.net/2014/07/26/sem-evidencias-critica/
[Crítica] Para quem já conhecia Xavier, de Albergue Espanhol e Bonecas Russas, foi de novo um prazer ser convidado para entrar em sua cabeça no filme que completa a trilogia dirigida por Cédric Klapisch, O Enigma Chinês. Para quem não o conhecia, a experiência não deve ter sido muito diferente.
No provavelmente último “episódio” da saga, Klapisch leva o triângulo amoroso – Xavier, Wendy e Martine – e sua ponta extra – Isabelle – para Nova York, completando seu tour pelas cidades mais badaladas do mundo, depois de passar por Barcelona, Paris, São Petersburgo e Londres.
Mais aqui: http://take148.net/2014/07/17/o-enigma-chines-critica/
[Crítica] “Estilo individual é um plágio de si mesmo”, dizia Alfred Hitchcock quando o confrontavam sobre as semelhanças espalhadas ao largo de sua obra. Não só ele, muitos outros cineastas também empregam técnicas recorrentes em suas filmografias. Talvez Wes Anderson seja o mais explícito deles, pelo menos nos últimos tempos. Em seu filme mais recente, O Grande Hotel Budapeste, Anderson mais uma vez demonstra sua incrível habilidade em construir um mundo visualmente extraordinário como palco para suas histórias. Assim como o público, principalmente seus fãs, Anderson parece estar cada vez mais consciente de seu característico estilo, e nessa obra parece extrapolá-lo quase ao infinito, o que faz surgir a pergunta: até que ponto seu estilo ajuda na narrativa de uma história?
Mais aqui: http://take148.net/2014/07/06/o-grande-hotel-budapeste-hotel-critica/
[Crítica] Era 1999 quando os irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne receberam seu primeiro Palma de Ouro, em Cannes. O filme, Rosetta, é a história de uma jovem belga que, em meio à crise que assolava a Europa no fim dos anos 90, transforma a busca por um emprego em uma verdadeira guerra, egoísta e sem traços de moralidade. Quinze anos depois, os Dardenne revisitam o tema em Deux Jours, Une Nuit, mas dessa vez com um olhar um pouco mais otimista, na tentativa de transformar o individualismo em coletivismo.
Mais aqui: http://take148.net/2014/06/02/deux-jours-une-nuit-critica/
[Crítica] Eu, Mamãe e os Meninos é uma autobiografia, mas o motivo de Galienne para contar sua história é muito mais a graça da anedota em si do que arrogância, como a maioria dos textos do gênero. Por ter trejeitos femininos, um traço fruto da grande admiração que o jovem Guillaume nutre pela mãe, sua família está convencida de que ele é gay. Mais do que isso, eles conseguiram confundir o próprio garoto, que, na falta de uma explicação delicada por parte dos pais, acredita realmente ser uma menina. E Galliene interpreta seu eu adolescente de forma a também convencer o espectador disso.
Mais aqui: http://take148.net/2014/03/30/o-triunfo-da-comedia-francesa/
[Crítica] Já estava mais do que na hora de Paul Greengrass entregar mais um de seus filmes, especialmente depois da obra-prima de ação e espionagem, O Ultimato Bourne, e a eletrizante experiência de Voo 93. Com Capitão Philips, Greengrass não só apresenta outro thriller formidável, como oferece a chance para o lendário Tom Hanks brilhar mais uma vez.
Grenngrass monta o filme de forma similar à Voo 93, com um realismo silencioso, dando ao público um retrato rápido, mas completo, dos personagens. Logo no início, enquanto vemos Tom Hanks, na pele de Phillips, se preparar para o trabalho, vemos um verdadeiro homem de família, que se importa muito com o emprego. Com a performance perfeita de Hanks, a conversa de Phillips com sua esposa no carro, só ilustra o realismo de sua vida.
Mais aqui: http://take148.net/2014/03/24/capitao-phillips-critica/
[Crítica] Quando é que temos o prazer de ver um cineasta tirar sarro de sua própria filmografia, de sua imagem, de sua própria arte? Às vezes, em trabalhos recentes, Woody Allen referencia sutilmente sua época de ouro; Martin Scorsese costuma fazer homenagens engraçadas aos seus clássicos; e até Adam Sandler reutiliza piadas com um leve tom de ironia. Mas quantas vezes essa reciclagem ultrapassa a qualidade das fontes? Em Ninfomaníaca isso acontece. [...] Opostos à frieza de Joe ao narrar seus sentimentos, mesmo os mais profundos, os comentários do inocente Seligman são o convite de von Trier aos desavisados. Ainda que o orgulho cinéfilo grite, parece completa perda de tempo mergulhar nos simbolismos dessas falas e imagens em busca de significado. Fazer relações entre os fatos narrados e outros fatos, encontrar metáforas, envolver em antecedentes históricos e inevitavelmente imprimir uma subjetividade pessoal ao que nos é dito de forma tão objetiva na tela é um comportamento quase que patológico dos críticos de cinema.
Mais aqui:http://take148.net/2014/03/20/ninfocinemaniaco-lars-von-trier-esta-rindo-de-voce-blablabla/
[Crítica]Quando é que temos o prazer de ver um cineasta tirar sarro de sua própria filmografia, de sua imagem, de sua própria arte? Às vezes, em trabalhos recentes, Woody Allen referencia sutilmente sua época de ouro; Martin Scorsese costuma fazer homenagens engraçadas aos seus clássicos; e até Adam Sandler reutiliza piadas com um leve tom de ironia. Mas quantas vezes essa reciclagem ultrapassa a qualidade das fontes? Em Ninfomaníaca isso acontece.
O diretor dessa longa e polêmica obra não é o mesmo de Dançando no Escuro ou Melancolia, muito menos de Dogville ou Anticristo. Mas lembra vagamente o realizador do filme #2 do Manifesto Dogma 95, Os Idiotas. Aliás, se Lars von Trier e Thomas Vinterberg criaram o Manifesto como forma de rebelião ao cinema comercial e ao crescente uso de tecnologia e dos efeitos especiais, em uma afronta à poderosa Hollywood e à França (que decidiam o que era cinema e o que não era), as dez regras do Dogma 95 eram, acima de tudo, uma ótima piada para aqueles que sabiam do que estavam rindo.
Mais aqui:http://take148.net/2014/03/20/ninfocinemaniaco-lars-von-trier-esta-rindo-de-voce-blablabla/
[Crítica] Depois do sucesso de Sete Dias Com Marilyn, o diretor britânico Kenneth Branagah volta às telas. Apesar de pouca divulgação, há um elenco competente e de qualidade em Operação Sombra – Jack Ryan, um reboot, que nos leva às origens do personagem. É o quinto filme baseado na obra composta por treze livros do escritor norte-americano Tom Clancy.
Por ser um filme de Kenneth havia talvez a expectativa de um noir. Mas Operação Sombra é um genérico de ação – durante a maior parte do tempo. É possível identificar as técnicas típicas do diretor, como cores menos saturadas, baixo brilho e contraste, contínuas mudanças de clima e cenário e o suspense até o desfecho.
Mais aqui: http://take148.net/2014/03/19/operacao-sombra-jack-ryan-critica/
[Crítica] A receita é clara: Emma Thompson e Tom Hanks, a história sobre um dos musicais mais adorados do cinema, um tour por um dos estúdios mais fascinantes do planeta e, além de tudo, uma produção da Disney. Tinha como Walt nos Bastidores de Mary Poppins dar errado? Talvez, se estivesse nas mãos da pessoa errada. Mas felizmente não é o caso. John Lee Hancock – diretor dos sucessos Desafio do Destino e Um Sonho Possível – comanda a obra e, apesar dos acidentes de percurso, faz bom uso desse conjunto maravilhoso de vantagens. Mais aqui: http://take148.net/2014/03/13/walt-nos-bastidores-de-mary-poppins/
[Crítica] A surpreendente obra cinematográfica de Christopher Miller e Phil Lord pode ser descrita como magnífica, do princípio ao fim. O famoso brinquedo Lego é conhecido internacionalmente pela sua capacidade de criar infinitas combinações de cenários e personagens. O criador dinamarquês Ole Kirk utilizou-se de duas palavras de sua língua materna para a criação do nome agora conhecido por todos: leg godt, que significa “brincar bem”. Chris e Lord levaram ao pé da letra a expressão. Uma Aventura Lego é uma comédia agradável e divertida, não somente para crianças.
A verdade é que grande parte do humor da obra consiste em sarcasmos e ironias – o que de início foi uma surpresa –, logo as “piadas” acabam tornando-se inteligentes e bem trabalhadas. O lado infantil não é deixado de lado, arrancando boas risadas das crianças, com personagens atrapalhados e exagerados, coloridos e brilhantes; mas adultos também se divertem e aproveitam a comicidade da produção.
Mais aqui: http://take148.net/2014/03/05/uma-aventura-lego-critica/
[Crítica] Aparentemente, há uma tendência no cinema atual de se falar sobre a tecnologia e seu impacto na vida das pessoas, algo como aconteceu no início das imagens animadas, com Tempos Modernos como o melhor exemplo. Ela, protagonizado por Joaquin Phoenix e dirigido por Spike Jonze – o mesmo dos espetaculares Adaptação e Quero Ser John Malkovich – traz de volta esse conceito em um cenário extremamente envolvente e ainda mais identificável com o espectador.
O roteiro é simples. Em um futuro não muito distante, o escritor de cartas Theodore – uma carreira nascida por causa do desenvolvimento tecnológico e o consequente o distanciamento emocional –, depois de um divórcio difícil, está em depressão. Ele se fecha para o mundo, até que conhece uma tecnologia inovadora: um sistema operacional (SO) que é capaz de falar, evoluir por conta própria e até se relacionar com seu operador. Não tarda para o início de uma relação amorosa entre os dois.
Mais aqui: http://take148.net/2014/02/25/ela-critica/
[Crítica] Aparentemente, David O. Russel está se tornando um diretor-roteirista que lança projetos uma vez ao ano. Isso graças ao sucesso de O Vencedor, em 2010, e de O Lado Bom da Vida, em 2012. Este ano, é Trapaça que assume a liderança dos seus bem-sucedidos filmes, inclusive nas indicações para o Oscar. E o próximo projeto do diretor, Nailed, provavelmente também ocupará lugar nessa mesma fila.
Russel é conhecido por misturar muito bem humor e drama em uma história, o que ficou claro em Três Reis (1999), além de em O Vencedor. Em Trapaça, o diretor está ainda melhor nesse aspecto. O filme tem um foco dramático e, ao mesmo tempo, o humor aparece naturalmente na história sobre dois amantes das fraudes no ramo artístico.
Mais aqui: http://take148.net/2014/02/21/trapaca-critica/#more-1242
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista Agora[Artigo] O mise-èn-scene do sensibilíssimo diretor Wes Anderson é encantador – com cores em tons pastéis, narrativas e firulas estéticas. Muito de seus filmes anteriores, tais como Excêntricos Tenenbaums (2001) e A Vida Marinha Com Steve Zissou (2004), prevalece em Moonrise Kingdom (2012).
Os personagens principais são outsiders, mas não de uma sociedade como a nossa. Anderson faz questão de criar um novo universo por inteiro, adequando cada um de seus personagens e tornando-os únicos.
Mais aqui: http://take148.net/2014/04/04/moonrise-kingdom-um-filme-de-wes-anderson/
Mil Vezes Boa Noite
4.0 160 Assista Agora[Crítica] No campo da física quântica existe um problema ainda não resolvido, apelidado de problema da medição. Em poucas palavras, o dilema consiste em saber se o mero ato de observar um processo físico pode transformá-lo e, nesse caso, qual será a leitura do observador. O mais recente trabalho do norueguês Erik Poppe, Mil Vezes Boa Noite, trata essa questão científica com grande amparo na realidade. Absolutamente brilhante em seu papel, Juliette Binoche vive uma fotógrafa de guerra que, toda vez que volta para casa, leva junto às cicatrizes causadas pelo o que testemunhou, além de uma enorme aversão à inércia da “vida normal”.
Mais aqui: http://take148.net/2014/11/07/mil-vezes-boa-noite-critica/
Uma Viagem Extraordinária
4.1 611 Assista Agora[Crítica] A julgar pelo título, pelas cores vibrantes do cartaz ou até mesmo pelo divertido trailer de Uma Viagem Extraordinária, era de se esperar que o público alvo da mais recente obra do francês Jean-Pierre Jeunet fosse as crianças. Mas o diretor e roteirista do longa, que se tornou uma promessa do cinema mundial com O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, mais uma vez foge do óbvio e, por baixo do visual deslumbrante e do tom de magia, escolhe contar uma história que nada tem de infantil, apesar da tão pouca idade de seu protagonista.
Mais aqui: http://take148.net/2014/11/06/uma-viagem-extraordinaria-critica/
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista Agora[Crítica] Não são todos os diretores que conseguem captar as passagens de tempo com maestria, mas Richard Linklater figura na lista dos que raramente erraram a mão. E não se poderia exigir menos de um filme que se passa ao longo de 12 anos. Mas Boyhood – Da Infância à Juventude vai além: suas filmagens também ocorreram ao longo dos mesmos 12 anos, e só agora vêm a público em um arremate que, apesar de toda sua atualidade, o torna extremamente saudosista.
O retrato fiel da adolescência é mais uma das virtudes da direção de Linklater, que já deixou para trás o estilo blockbuster do ótimo Escola de Rock para, com altas doses de realismo, provar que não caminha para se tornar uma espécie de John Hughes dos anos 2000. Se na trilogia composta por Antes do Pôr do Sol, Antes do Amanhecer e Antes da Meia-noite, Linklater estica os momentos de um ou dois dias por meio de cenas e diálogos imensos, em Boyhood, ele comprime os 12 anos em uma série de pequenas sequências que privilegiam os diálogos curtos. O diretor imprime um olhar sério sobre o crescer, mas que obviamente conta também com uma coleção de momentos cômicos, que, mantendo a consistência, as vezes dão a impressão de que certas situações estão sendo documentadas, e não criadas.
Mais aqui: http://take148.net/2014/11/03/boyhood-da-infancia-a-juventude-critica/
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista Agora[Artigo] A receita das comédias românticas é geralmente seguida à risca: sabemos de cara quem vai terminar com quem, vemos as alfinetadas, a descoberta do amor, o erro, a briga, o discurso, o perdão, o felizes para sempre e fim. Um gênero que dificilmente favorece a originalidade, mas que, quando o faz, costuma trazer boas surpresas. A Primeira Noite de um Homem, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e Alta Fidelidade são exemplos frequentemente citados entre os melhores da categoria, justamente por fugirem da fórmula. Mais incrível, no entanto, são os bolos que, apesar dos exatos 254,6 gramas de açúcar, saem do forno completamente diferentes da foto na capa do livro. (500) Dias com Ela é um bolo de receita que encontra seu sabor no aparente desastre.
Mais aqui: http://take148.net/2014/08/02/porque-500-dias-com-ela-e-a-melhor-comedia-romantica-existente/
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista Agora[Crítica] Apesar do esforço em manter Hollywood como um lugar onde aquele que não pode ser nomeado é justamente Ele, a indústria americana vem bombardeando o público, como nunca antes, com épicos bíblicos e a presença de Satã em carne e osso. Deus Não Está Morto não é nem um, nem outro, mas, de certa forma, engrossa a mesma lista. A pequena produção inicia propondo um debate sobre a existência de Deus, mas termina fazendo campanha.
Mais aqui: http://take148.net/2014/08/08/deus-nao-esta-morto-critica/
Nós Somos as Melhores!
4.1 112[Crítica] Raros são os filmes sobre a pré-adolescência que não focam os pré-adolescentes como público alvo. Raros são os diretores que sabem como proceder com tal ideia. Destes, Lucas Moodysson pode ser considerado um líder. Seu primeiro filme, Amigas de Colégio, de 1998, foi chamado por Ingmar Bergman de “uma obra prima por um jovem mestre”. E não são poucas as comparações entre eles, que renderam ao sueco o título de “herdeiro legítimo de Bergman” – sem medo de ser desproporcional. Seu novo filme, Nós Somos as Melhores!, dá sentido à tudo isso, enquanto paradoxalmente se firma como o mais engraçado e leve dentre a curta (mas fenomenal) filmografia do diretor.
Mais aqui: http://take148.net/2014/12/02/nos-somos-as-melhores/
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista Agora[Crítica] Relatos Selvagens, terceiro longa de Damián Szifrón, é uma antologia de seis curta-metragens unidos pela mesma temática: a violência que queima dentro de nós no vai e vem do cotidiano. A violência que ultrapassa aquele gentil dedo do meio para alguém que te fecha no trânsito para se transformar no desejo incontrolável de enforcar o atendente burocrático do outro lado do vidro.
O filme parte da ideia de que todo mundo tem um limite, e que, considerando a entropia da coisa, esse limite há de extrapolar-se algum dia. Tendo isso em mente, sigamos: é um filme realista.
Mais aqui: http://take148.net/2014/10/27/relatos-selvagens-critica/
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista Agora[Crítica] Não é novidade para ninguém que a Marvel vem se provando uma das produtoras que mais preza pela qualidade de seus filmes. E o que mais impressiona são suas arriscadas jogadas nos últimos anos, que só resultaram em ótimas, leais e divertidas adaptações das obras, entre elas Guardiões da Galáxia, que talvez, seja a mais ousada até hoje. Isso porque o original é um quadrinho de humor “negro” dos anos 70, que fez pouco sucesso na época, mas, agora, se tornou um golaço da Marvel.
Mais aqui: http://take148.net/2014/08/04/guardioes-da-galaxia/
Tudo por Justiça
3.4 375 Assista Agora[Crítica] Com um elenco de estrelas, que conta com Christian Bale, Woody Harrelson, William Dafoe e Forest Whitaker, e dois gigantes da indústria cinematográfica na produção, Leonardo DiCaprio e Ridley Scott, Tudo por Justiça está aí para provar que, sem uma direção competente nem mesmo um elenco extremamente talentoso consegue sustentar um filme.
Mais aqui: http://take148.net/2014/04/01/tudo-por-justica-critica/
Grace de Mônaco
3.0 240 Assista Agora[Crítica] “Não é uma cinebiografia”. Com essas palavras, o diretor francês Olivier Dahan começou sua explicação sobre a obra na coletiva de imprensa que seguiu a exibição de Grace de Mônaco, na abertura do Festival de Cannes. Se Dahan se consagrou em Hollywood ao dirigir Marion Cotillard na pele de Edith Piaf, papel que rendeu a ela o Oscar de Melhor Atriz em 2008, agora é transparente que o mérito por Piaf – Um Hino ao Amor é de uma grande atriz e não de um grande diretor.
Mais aqui: http://take148.net/2014/05/23/grace-de-monaco-critica/
Sem Evidências
3.3 252 Assista Agora[Crítica] Lucrar com tragédias não é uma exclusividade hollywoodiana, mas uma especialidade, principalmente se crianças estão envolvidas. O polêmico assassinato de três garotos na cidadezinha americana de West Memphis, no estado de Arkansas, já rendeu a trilogia documental Paradise Lost, dos diretores Joe Berlinger and Bruce Sinofsky, e o documentário West of Memphis, de Amy J. Berg. Além disso, inúmeros programas de tevê foram realizados – eles advogam pelos réus, como se tentassem se desculpar pelos supostos erros do sistema de justiça americano. Agora, plantando a dúvida novamente, o drama biográfico Sem Evidências reconstitui as investigações policiais e os julgamentos que deram tanto o que falar de 1994 até hoje.
Mais aqui: http://take148.net/2014/07/26/sem-evidencias-critica/
O Enigma Chinês
3.9 130[Crítica] Para quem já conhecia Xavier, de Albergue Espanhol e Bonecas Russas, foi de novo um prazer ser convidado para entrar em sua cabeça no filme que completa a trilogia dirigida por Cédric Klapisch, O Enigma Chinês. Para quem não o conhecia, a experiência não deve ter sido muito diferente.
No provavelmente último “episódio” da saga, Klapisch leva o triângulo amoroso – Xavier, Wendy e Martine – e sua ponta extra – Isabelle – para Nova York, completando seu tour pelas cidades mais badaladas do mundo, depois de passar por Barcelona, Paris, São Petersburgo e Londres.
Mais aqui: http://take148.net/2014/07/17/o-enigma-chines-critica/
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0K[Crítica] “Estilo individual é um plágio de si mesmo”, dizia Alfred Hitchcock quando o confrontavam sobre as semelhanças espalhadas ao largo de sua obra. Não só ele, muitos outros cineastas também empregam técnicas recorrentes em suas filmografias. Talvez Wes Anderson seja o mais explícito deles, pelo menos nos últimos tempos. Em seu filme mais recente, O Grande Hotel Budapeste, Anderson mais uma vez demonstra sua incrível habilidade em construir um mundo visualmente extraordinário como palco para suas histórias. Assim como o público, principalmente seus fãs, Anderson parece estar cada vez mais consciente de seu característico estilo, e nessa obra parece extrapolá-lo quase ao infinito, o que faz surgir a pergunta: até que ponto seu estilo ajuda na narrativa de uma história?
Mais aqui: http://take148.net/2014/07/06/o-grande-hotel-budapeste-hotel-critica/
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542[Crítica] Era 1999 quando os irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne receberam seu primeiro Palma de Ouro, em Cannes. O filme, Rosetta, é a história de uma jovem belga que, em meio à crise que assolava a Europa no fim dos anos 90, transforma a busca por um emprego em uma verdadeira guerra, egoísta e sem traços de moralidade. Quinze anos depois, os Dardenne revisitam o tema em Deux Jours, Une Nuit, mas dessa vez com um olhar um pouco mais otimista, na tentativa de transformar o individualismo em coletivismo.
Mais aqui: http://take148.net/2014/06/02/deux-jours-une-nuit-critica/
Eu, Mamãe e os Meninos
3.7 162 Assista Agora[Crítica] Eu, Mamãe e os Meninos é uma autobiografia, mas o motivo de Galienne para contar sua história é muito mais a graça da anedota em si do que arrogância, como a maioria dos textos do gênero. Por ter trejeitos femininos, um traço fruto da grande admiração que o jovem Guillaume nutre pela mãe, sua família está convencida de que ele é gay. Mais do que isso, eles conseguiram confundir o próprio garoto, que, na falta de uma explicação delicada por parte dos pais, acredita realmente ser uma menina. E Galliene interpreta seu eu adolescente de forma a também convencer o espectador disso.
Mais aqui: http://take148.net/2014/03/30/o-triunfo-da-comedia-francesa/
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista Agora[Crítica] Já estava mais do que na hora de Paul Greengrass entregar mais um de seus filmes, especialmente depois da obra-prima de ação e espionagem, O Ultimato Bourne, e a eletrizante experiência de Voo 93. Com Capitão Philips, Greengrass não só apresenta outro thriller formidável, como oferece a chance para o lendário Tom Hanks brilhar mais uma vez.
Grenngrass monta o filme de forma similar à Voo 93, com um realismo silencioso, dando ao público um retrato rápido, mas completo, dos personagens. Logo no início, enquanto vemos Tom Hanks, na pele de Phillips, se preparar para o trabalho, vemos um verdadeiro homem de família, que se importa muito com o emprego. Com a performance perfeita de Hanks, a conversa de Phillips com sua esposa no carro, só ilustra o realismo de sua vida.
Mais aqui: http://take148.net/2014/03/24/capitao-phillips-critica/
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista Agora[Crítica] Quando é que temos o prazer de ver um cineasta tirar sarro de sua própria filmografia, de sua imagem, de sua própria arte? Às vezes, em trabalhos recentes, Woody Allen referencia sutilmente sua época de ouro; Martin Scorsese costuma fazer homenagens engraçadas aos seus clássicos; e até Adam Sandler reutiliza piadas com um leve tom de ironia. Mas quantas vezes essa reciclagem ultrapassa a qualidade das fontes? Em Ninfomaníaca isso acontece.
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Opostos à frieza de Joe ao narrar seus sentimentos, mesmo os mais profundos, os comentários do inocente Seligman são o convite de von Trier aos desavisados. Ainda que o orgulho cinéfilo grite, parece completa perda de tempo mergulhar nos simbolismos dessas falas e imagens em busca de significado. Fazer relações entre os fatos narrados e outros fatos, encontrar metáforas, envolver em antecedentes históricos e inevitavelmente imprimir uma subjetividade pessoal ao que nos é dito de forma tão objetiva na tela é um comportamento quase que patológico dos críticos de cinema.
Mais aqui:http://take148.net/2014/03/20/ninfocinemaniaco-lars-von-trier-esta-rindo-de-voce-blablabla/
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista Agora[Crítica]Quando é que temos o prazer de ver um cineasta tirar sarro de sua própria filmografia, de sua imagem, de sua própria arte? Às vezes, em trabalhos recentes, Woody Allen referencia sutilmente sua época de ouro; Martin Scorsese costuma fazer homenagens engraçadas aos seus clássicos; e até Adam Sandler reutiliza piadas com um leve tom de ironia. Mas quantas vezes essa reciclagem ultrapassa a qualidade das fontes? Em Ninfomaníaca isso acontece.
O diretor dessa longa e polêmica obra não é o mesmo de Dançando no Escuro ou Melancolia, muito menos de Dogville ou Anticristo. Mas lembra vagamente o realizador do filme #2 do Manifesto Dogma 95, Os Idiotas. Aliás, se Lars von Trier e Thomas Vinterberg criaram o Manifesto como forma de rebelião ao cinema comercial e ao crescente uso de tecnologia e dos efeitos especiais, em uma afronta à poderosa Hollywood e à França (que decidiam o que era cinema e o que não era), as dez regras do Dogma 95 eram, acima de tudo, uma ótima piada para aqueles que sabiam do que estavam rindo.
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Operação Sombra - Jack Ryan
3.1 322 Assista Agora[Crítica] Depois do sucesso de Sete Dias Com Marilyn, o diretor britânico Kenneth Branagah volta às telas. Apesar de pouca divulgação, há um elenco competente e de qualidade em Operação Sombra – Jack Ryan, um reboot, que nos leva às origens do personagem. É o quinto filme baseado na obra composta por treze livros do escritor norte-americano Tom Clancy.
Por ser um filme de Kenneth havia talvez a expectativa de um noir. Mas Operação Sombra é um genérico de ação – durante a maior parte do tempo. É possível identificar as técnicas típicas do diretor, como cores menos saturadas, baixo brilho e contraste, contínuas mudanças de clima e cenário e o suspense até o desfecho.
Mais aqui: http://take148.net/2014/03/19/operacao-sombra-jack-ryan-critica/
Walt nos Bastidores de Mary Poppins
3.8 580 Assista Agora[Crítica] A receita é clara: Emma Thompson e Tom Hanks, a história sobre um dos musicais mais adorados do cinema, um tour por um dos estúdios mais fascinantes do planeta e, além de tudo, uma produção da Disney. Tinha como Walt nos Bastidores de Mary Poppins dar errado?
Talvez, se estivesse nas mãos da pessoa errada. Mas felizmente não é o caso. John Lee Hancock – diretor dos sucessos Desafio do Destino e Um Sonho Possível – comanda a obra e, apesar dos acidentes de percurso, faz bom uso desse conjunto maravilhoso de vantagens.
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Uma Aventura LEGO
3.8 907 Assista Agora[Crítica] A surpreendente obra cinematográfica de Christopher Miller e Phil Lord pode ser descrita como magnífica, do princípio ao fim. O famoso brinquedo Lego é conhecido internacionalmente pela sua capacidade de criar infinitas combinações de cenários e personagens. O criador dinamarquês Ole Kirk utilizou-se de duas palavras de sua língua materna para a criação do nome agora conhecido por todos: leg godt, que significa “brincar bem”. Chris e Lord levaram ao pé da letra a expressão. Uma Aventura Lego é uma comédia agradável e divertida, não somente para crianças.
A verdade é que grande parte do humor da obra consiste em sarcasmos e ironias – o que de início foi uma surpresa –, logo as “piadas” acabam tornando-se inteligentes e bem trabalhadas. O lado infantil não é deixado de lado, arrancando boas risadas das crianças, com personagens atrapalhados e exagerados, coloridos e brilhantes; mas adultos também se divertem e aproveitam a comicidade da produção.
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Ela
4.2 5,8K Assista Agora[Crítica] Aparentemente, há uma tendência no cinema atual de se falar sobre a tecnologia e seu impacto na vida das pessoas, algo como aconteceu no início das imagens animadas, com Tempos Modernos como o melhor exemplo. Ela, protagonizado por Joaquin Phoenix e dirigido por Spike Jonze – o mesmo dos espetaculares Adaptação e Quero Ser John Malkovich – traz de volta esse conceito em um cenário extremamente envolvente e ainda mais identificável com o espectador.
O roteiro é simples. Em um futuro não muito distante, o escritor de cartas Theodore – uma carreira nascida por causa do desenvolvimento tecnológico e o consequente o distanciamento emocional –, depois de um divórcio difícil, está em depressão. Ele se fecha para o mundo, até que conhece uma tecnologia inovadora: um sistema operacional (SO) que é capaz de falar, evoluir por conta própria e até se relacionar com seu operador. Não tarda para o início de uma relação amorosa entre os dois.
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Trapaça
3.4 2,2K Assista Agora[Crítica] Aparentemente, David O. Russel está se tornando um diretor-roteirista que lança projetos uma vez ao ano. Isso graças ao sucesso de O Vencedor, em 2010, e de O Lado Bom da Vida, em 2012. Este ano, é Trapaça que assume a liderança dos seus bem-sucedidos filmes, inclusive nas indicações para o Oscar. E o próximo projeto do diretor, Nailed, provavelmente também ocupará lugar nessa mesma fila.
Russel é conhecido por misturar muito bem humor e drama em uma história, o que ficou claro em Três Reis (1999), além de em O Vencedor. Em Trapaça, o diretor está ainda melhor nesse aspecto. O filme tem um foco dramático e, ao mesmo tempo, o humor aparece naturalmente na história sobre dois amantes das fraudes no ramo artístico.
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