Uma amostra do governo tirânico de Putin que permite ter uma noção de como ele foi escalando os degraus do poder russo ( vai até 2036). Conta um pouco da sua ascensão e a forma estratégica do ex-agente da KGB de como se livrar dos seus inimigos. Não traz toda história dele, mas me fez conjecturar ( hipótese/ espero estar completamente equivocada) que seu sonho é dominar com ideia de tornar a Rússia grande novamente, não importa se pessoas inocentes serão feridas e nem a quantidade de cadáveres que ele deixará no caminho.
Esteticamente perfeito, com imagens tecnicamente perfeitas. Só que o discurso do documentário, apesar de necessário, não me conectou. Até agora minhas atenções estão voltadas para "Summer of Soul" e "Flee".
Agnieszka Holland e Andrea Serdaru Barbul mostram uma biografia com pinceladas de liberdade criativa ao introduzir na história o "encontro" de Jones com Orwells ( autor de "A Revolução dos Bichos"). Gostei de Gareth Jones defendido por Norton e também a figura de Walter Duranty representado por Peter Sarsgaard ( jornalista do "The New York Times" , ganhador do Prêmio Pulitzer e que ignorou o genocídio perpetrado por Stalin na Ucrânia).
A cena inicial torna-se quase um prenúncio do que há de vir, onde o ambiente está sendo praticamente destruído para remoção de favelas com objetivo ceder lugar a uma nova construção residencial.
Merecida indicação ao Oscar e a disputa como sempre promete ser acirrada. Ariana DeBose ( indicada como atriz coadjuvante) ilumina a tela com sua Anita, assim como Rita Moreno no musical de 1961. Rita é produtora executiva e assume o papel de Valentina em 2021.
Cena memorável quando Ariana dança e canta: "América" com figurinos de Paul Tazewell com cores quentes traduzindo o espírito das personagens. A fotografia de Janusz Kamiński capta toda efervescência da época.
Spielberg já consagrado, mostra que gosta de desafios, estreando como diretor de musical.
Inédito pelo menos para mim, o formato ( a decisão de misturar imagens e animação) desse filme. Essa decisão criativa fez com que determinadas cenas ficassem um pouco mais leves ( como a do barco). Filme mais catártico que assisti até agora.
Joachim Trier traz uma atmosfera de Woody Wallen para seu filme em determinado momento ( quando Julie e Aksel estão juntos no apartamento, ao som de "The Way You Look Tonight"). Fotografia inebriante na cena em que as pessoas e o ambiente ficam inertes ( clara alusão ao realismo fantástico) à medida que a protagonista corre pelas ruas e a trilha sonora mostra nossa música brasileira: Águas de Março (Tom Jobim) na voz de Art Garfunkel.
Pegar uma peça consagrada e colocar sua impressão digital não é para qualquer um. Joel Coen num filme solo, sem a presença do seu irmão, consegue tal feito. Quantos conseguiram a proeza de trazer para telas uma obra de Shakespeare? Obra da Literatura Inglesa que trata de ambição e traição; e que recebera diversas adaptações para o teatro e cinema. Mais denso que o clássico "Romeu e Julieta", "A Tragédia de Macbeth" carrega a fama de ser uma obra amaldiçoada ( dizem por aí) e que ganha nova versão nas mãos de Coen, além de contar com atuações memoráveis de Washington, McDormand e Hunter.
O mesmo tem inúmeras influências (Fritz Lang) e a que mais me deixou admirada foi a homenagem ao mestre Ingmar Bergman. Em dado momento, parecia-me estar adentrando em "O Sétimo Selo".
Destaque para direção, roteiro, fotografia e atuações. Além de ser esteticamente impecável, onde forma e conteúdo conversam harmoniosamente.
A narrativa é bastante centrada na profecia de três bruxas que dizem a Macbeth, um general do Rei Duncan, que ele será rei. Quando a profecia é proferida, Banquo está presente. As bruxas afirmam que ele não será rei, mas sim o pai de uma linhagem de reis. Aí, temos o fio condutor de toda história.
“Coisas que começam mal, no mal se fortalecem.” “ A vida é só uma sombra ambulante, uma pobre atriz que se agita por uma hora no palco, e logo saí de cena. É uma história contada por um idiota cheia de barulho e fúria que nada significam.” Macbeth
As frutas estragadas, a boneca, a forma de cortar a fruta junto às filhas e a laranja ao final do filme. Nada está ali, por acaso. Não tive oportunidade de ler o livro de Elena Ferrante, mas eu gostaria de saber mais sobre a infância de Leda. A sensação que passa é de que o espectador é um espião ao decorrer do filme todo, tentando compreender a mente dessa mulher solitária de aproximadamente 50 anos de idade e que aparenta carregar uma culpa enorme por abandonar suas filhas no passado. A personagem Nina parece ser, em alguns momentos, o seu reflexo no espelho. Final em aberto que traz infinitas possibilidades de interpretações. Leda sobreviveu ou morreu? Ela finalmente encontrou a paz? Parece que sim. Tema com abordagem bastante psicológica. Não vai agradar a todos.
Mark Ruffalo parece gostar de fazer filmes que tratam de denúncia como " Spotlight- Segredos Revelados". Em "O Preço da Verdade", ele não só é protagonista como também produtor. Alguns reclamam da demora para as coisas acontecerem de fato. Acho que a cadência do filme é proposital para o melhor entendimento do assunto.
eu que não sou mestre em Química, entendi perfeitamente o significado do produto químico sintético PFOA (C-8) e suas consequências prejudiciais a saúde humana.
Pena que o mesmo não tenha recebido maior destaque, pois é um excelente filme inspirado em uma história verídica.
É a desconstrução do arquétipo do ideal: bom versus mal em histórias do Velho Oeste. Aqui, todo mundo ou quase todo mundo é simplesmente imperdoável. “Já matei mulheres e crianças. Já matei quase tudo que anda ou rasteja. Estou aqui para matar você, Little Bill.”
Em conversa com a personagem Liz Ingram (Viola Davis) e nos flashbacks, fica a noção de que a menina ( Katie Slater) de 5 anos matou o policial e Ruth foi para prisão.
Descobri que Kotsur, Matlin e Durant são todos surdos na vida real assim como os personagens que eles representam. Ao final, caiu um cisco nos meus olhos na cena da apresentação do colégio ( genial a parte onde fica só o silêncio no momento do dueto - observamos por alguns instantes a apresentação sob a ótica de quem é surdo) e ao final na audição, aqueceu meu coração.
Roteiro e direção de Sian Heder que tem umas sacadas perfeitas.
Totalmente fora da caixinha, isso traz o diferencial. Não segue a cartilha habitual hollywoodiana, simplesmente amei. Ótimo filme norueguês. Ótima atuação de Aksel Hennie. Disponível na Amazon Prime dublado e também no YouTube ( não sei a qualidade).
A adaptação de David Lynch 1984 deixou-me frustrada, Denis Villeneuve conseguiu realizar o que muitos acreditavam ser um obra inadaptável para o cinema. Aguardando a continuação que parece-me já confirmada para 2023.
Com a pirâmide do Louvre ( França/ espero não ter errado) no final, parece que terá continuação. Possível spoiler: a galera da internet agradece se observarem melhor a geolocalização.
"Antonia - Uma Sinfonia" conta a história de uma maestrina extraordinária. Maria Pertes fez um ótimo trabalho colocando em evidência o nome de Antonia Brico. Quantas mulheres quebraram barreiras, derrubaram tabus e não foram reverenciadas na sua época ou foram simplesmente relegadas ao esquecimento?
Uma boa dramédia canadense. Não me lembro de ter visto nada que abordasse ansiedade por desempenho. Apesar desenvolver muito pouco a relação Martin e Rose (pai e filha), o filme faz a gente refletir o quanto depositar nossas expectativas no outro; pode sem querer ferir psicologicamente e até ter consequências maiores.
Cenas marcantes: Martin diz que paga a filha de acordo com suas notas. Mathias, o filho caçula, diz na escolinha que ser cabeleireiro e Marie, a mãe, prontamente o corrige. É astronauta.
Assisti como "Eu, Cary Grant do outro lado do espelho" . Creio que a produção é francesa. Direção: Mark Kidel. Para quem é fã de Cary Grant é um presente conhecê-lo mais. Aqui, vemos o homem para além da atuação. A relação familiar, um pouco da sua vida registrada por ele mesmo em vídeos.
O Sistema Putin
3.0 6Uma amostra do governo tirânico de Putin que permite ter uma noção de como ele foi escalando os degraus do poder russo ( vai até 2036). Conta um pouco da sua ascensão e a forma estratégica do ex-agente da KGB de como se livrar dos seus inimigos. Não traz toda história dele, mas me fez conjecturar ( hipótese/ espero estar completamente equivocada) que seu sonho é dominar com ideia de tornar a Rússia grande novamente, não importa se pessoas inocentes serão feridas e nem a quantidade de cadáveres que ele deixará no caminho.
Ascensão
3.3 34 Assista AgoraEsteticamente perfeito, com imagens tecnicamente perfeitas. Só que o discurso do documentário, apesar de necessário, não me conectou. Até agora minhas atenções estão voltadas para "Summer of Soul" e "Flee".
A Sombra de Stalin
3.5 59 Assista AgoraAgnieszka Holland e Andrea Serdaru Barbul mostram uma biografia com pinceladas de liberdade criativa ao introduzir na história o "encontro" de Jones com Orwells ( autor de "A Revolução dos Bichos"). Gostei de Gareth Jones defendido por Norton e também a figura de Walter Duranty representado por Peter Sarsgaard ( jornalista do "The New York Times" , ganhador do Prêmio Pulitzer e que ignorou o genocídio perpetrado por Stalin na Ucrânia).
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraFalar que Shakespeare é pop tornou-se quase um clichê. :)
A cena inicial torna-se quase um prenúncio do que há de vir, onde o ambiente está sendo praticamente destruído para remoção de favelas com objetivo ceder lugar a uma nova construção residencial.
Merecida indicação ao Oscar e a disputa como sempre promete ser acirrada. Ariana DeBose ( indicada como atriz coadjuvante) ilumina a tela com sua Anita, assim como Rita Moreno no musical de 1961. Rita é produtora executiva e assume o papel de Valentina em 2021.
Cena memorável quando Ariana dança e canta: "América" com figurinos de Paul Tazewell com cores quentes traduzindo o espírito das personagens. A fotografia de Janusz Kamiński capta toda efervescência da época.
Spielberg já consagrado, mostra que gosta de desafios, estreando como diretor de musical.
Flee: Nenhum Lugar Para Chamar de Lar
4.3 129 Assista AgoraInédito pelo menos para mim, o formato ( a decisão de misturar imagens e animação) desse filme. Essa decisão criativa fez com que determinadas cenas ficassem um pouco mais leves ( como a do barco). Filme mais catártico que assisti até agora.
A Felicidade das Pequenas Coisas
4.0 96 Assista AgoraHistória simples e cativante. Fotografia de perder o fôlego com paisagens belíssimas.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 603 Assista AgoraMerecido Prêmio Interpretação Feminina recebido por Renate Reinsve no Festival de Cannes.
Joachim Trier traz uma atmosfera de Woody Wallen para seu filme em determinado momento ( quando Julie e Aksel estão juntos no apartamento, ao som de "The Way You Look Tonight"). Fotografia inebriante na cena em que as pessoas e o ambiente ficam inertes ( clara alusão ao realismo fantástico) à medida que a protagonista corre pelas ruas e a trilha sonora mostra nossa música brasileira: Águas de Março (Tom Jobim) na voz de Art Garfunkel.
A Tragédia de Macbeth
3.7 191 Assista AgoraPegar uma peça consagrada e colocar sua impressão digital não é para qualquer um. Joel Coen num filme solo, sem a presença do seu irmão, consegue tal feito. Quantos conseguiram a proeza de trazer para telas uma obra de Shakespeare? Obra da Literatura Inglesa que trata de ambição e traição; e que recebera diversas adaptações para o teatro e cinema. Mais denso que o clássico "Romeu e Julieta", "A Tragédia de Macbeth" carrega a fama de ser uma obra amaldiçoada ( dizem por aí) e que ganha nova versão nas mãos de Coen, além de contar com atuações memoráveis de Washington, McDormand e Hunter.
O mesmo tem inúmeras influências (Fritz Lang) e a que mais me deixou admirada foi a homenagem ao mestre Ingmar Bergman. Em dado momento, parecia-me estar adentrando em "O Sétimo Selo".
Destaque para direção, roteiro, fotografia e atuações. Além de ser esteticamente impecável, onde forma e conteúdo conversam harmoniosamente.
A narrativa é bastante centrada na profecia de três bruxas que dizem a Macbeth, um general do Rei Duncan, que ele será rei. Quando a profecia é proferida, Banquo está presente. As bruxas afirmam que ele não será rei, mas sim o pai de uma linhagem de reis. Aí, temos o fio condutor de toda história.
“Coisas que começam mal, no mal se fortalecem.”
“ A vida é só uma sombra ambulante, uma pobre atriz que se agita por uma hora no palco, e logo saí de cena. É uma história contada por um idiota cheia de barulho e fúria que nada significam.” Macbeth
A Filha Perdida
3.6 573A Filha Perdida é um filme carregado em simbolismos.
As frutas estragadas, a boneca, a forma de cortar a fruta junto às filhas e a laranja ao final do filme. Nada está ali, por acaso. Não tive oportunidade de ler o livro de Elena Ferrante, mas eu gostaria de saber mais sobre a infância de Leda. A sensação que passa é de que o espectador é um espião ao decorrer do filme todo, tentando compreender a mente dessa mulher solitária de aproximadamente 50 anos de idade e que aparenta carregar uma culpa enorme por abandonar suas filhas no passado. A personagem Nina parece ser, em alguns momentos, o seu reflexo no espelho. Final em aberto que traz infinitas possibilidades de interpretações. Leda sobreviveu ou morreu? Ela finalmente encontrou a paz? Parece que sim. Tema com abordagem bastante psicológica. Não vai agradar a todos.
O Último Vermeer
3.6 9 Assista AgoraÓtimo filme com Guy Pearce baseado no livro "The Man Who Made Vermeers" de Jonathan Lopez.
O Preço da Verdade
3.9 208 Assista AgoraMark Ruffalo parece gostar de fazer filmes que tratam de denúncia como " Spotlight- Segredos Revelados". Em "O Preço da Verdade", ele não só é protagonista como também produtor. Alguns reclamam da demora para as coisas acontecerem de fato. Acho que a cadência do filme é proposital para o melhor entendimento do assunto.
eu que não sou mestre em Química, entendi perfeitamente o significado do produto químico sintético PFOA (C-8) e suas consequências prejudiciais a saúde humana.
Os Imperdoáveis
4.3 655É a desconstrução do arquétipo do ideal: bom versus mal em histórias do Velho Oeste. Aqui, todo mundo ou quase todo mundo é simplesmente imperdoável.
“Já matei mulheres e crianças. Já matei quase tudo que anda ou rasteja. Estou aqui para matar você, Little Bill.”
Imperdoável
3.6 521 Assista AgoraSandra Bullock encarna maravilhosamente Ruth Slater, mulher sofrida condenada a 20 anos de prisão.
Em conversa com a personagem Liz Ingram (Viola Davis) e nos flashbacks, fica a noção de que a menina ( Katie Slater) de 5 anos matou o policial e Ruth foi para prisão.
No Ritmo do Coração
4.1 754 Assista AgoraAssisti ao filme, inicialmente, sem saber que era inspirado em "A Família Bélier".
Descobri que Kotsur, Matlin e Durant são todos surdos na vida real assim como os personagens que eles representam. Ao final, caiu um cisco nos meus olhos na cena da apresentação do colégio ( genial a parte onde fica só o silêncio no momento do dueto - observamos por alguns instantes a apresentação sob a ótica de quem é surdo) e ao final na audição, aqueceu meu coração.
Por Toda a Minha Vida
3.4 42 Assista AgoraLembrei-me de "Shadowhunters", aqui Harry Shum Jr. em um papel totalmente diferente. Filme sensível, triste e belo na dosagem certa.
Headhunters
3.9 355Totalmente fora da caixinha, isso traz o diferencial. Não segue a cartilha habitual hollywoodiana, simplesmente amei. Ótimo filme norueguês. Ótima atuação de Aksel Hennie. Disponível na Amazon Prime dublado e também no YouTube ( não sei a qualidade).
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraA adaptação de David Lynch 1984 deixou-me frustrada, Denis Villeneuve conseguiu realizar o que muitos acreditavam ser um obra inadaptável para o cinema. Aguardando a continuação que parece-me já confirmada para 2023.
Uma História Americana
3.8 63 Assista AgoraFilme simples e ao mesmo tempo excelente com atuações mostruosas de Sissy Spacek e Whoopi Goldberg. Disponível na Amazon Prime.
Alerta Vermelho
3.1 528Com a pirâmide do Louvre ( França/ espero não ter errado) no final, parece que terá continuação. Possível spoiler: a galera da internet agradece se observarem melhor a geolocalização.
Antonia - Uma Sinfonia
4.1 53 Assista Agora"Antonia - Uma Sinfonia" conta a história de uma maestrina extraordinária. Maria Pertes fez um ótimo trabalho colocando em evidência o nome de Antonia Brico. Quantas mulheres quebraram barreiras, derrubaram tabus e não foram reverenciadas na sua época ou foram simplesmente relegadas ao esquecimento?
O Recepcionista
2.6 232Esperava mais, talvez por conta do elenco.
Um Milagre Inesperado
3.6 46 Assista AgoraUm bom filme sobre superação inspirado numa história real e mais um filme que o título em português deixa a desejar.
O Guia da Família Perfeita
3.2 27 Assista AgoraUma boa dramédia canadense. Não me lembro de ter visto nada que abordasse ansiedade por desempenho. Apesar desenvolver muito pouco a relação Martin e Rose (pai e filha), o filme faz a gente refletir o quanto depositar nossas expectativas no outro; pode sem querer ferir psicologicamente e até ter consequências maiores.
Cenas marcantes: Martin diz que paga a filha de acordo com suas notas. Mathias, o filho caçula, diz na escolinha que ser cabeleireiro e Marie, a mãe, prontamente o corrige. É astronauta.
Becoming Cary Grant
2Assisti como "Eu, Cary Grant do outro lado do espelho" . Creio que a produção é francesa. Direção: Mark Kidel. Para quem é fã de Cary Grant é um presente conhecê-lo mais. Aqui, vemos o homem para além da atuação. A relação familiar, um pouco da sua vida registrada por ele mesmo em vídeos.