Não tem como falar desse assunto sem fazer um textão. Eu sou um grande fã de Michael Jackson, primeiramente por conta de sua música, mas conforme os anos foram passando eu quis saber mais e mais a respeito de sua vida pessoal, seus hábitos e tudo o que fosse relacionado a ele. Eu vi vídeos, li todos os livros possíveis e considerei todos os depoimentos de pessoas próximas pra tentar montar o que seria a sua personalidade enigmática. Sendo assim formei a minha opinião a respeito de seu caráter e sua conduta.
Nesse ano porém saiu o documentário Leaving Neverland que é um contraponto a tudo isso. Claro que a reação inicial é tentar renegar, porém eu assisti o documentário pra entender o que os rapazes Wade e James tinham a dizer. A parte 1 me convenceu até certo ponto onde eles introduzem como os dois se tornaram amigos de Michael assim como suas famílias, com fotos, aúdios e faxes. Tirando o aúdio do Michael com o James Safechuck que é claramente cortado (Aquela parte do The best thing is being with you) Até aí nada de anormal, pelo conhecimento que tenho era assim que MJ tinha suas amizades com os Cascios e outras famílias. Tudo começa a desandar na parte sexual, quando eles falam dos atos com detalhes excessivos e ao meu ver não convencem. Aliás a forma que eles tratam disso é tão fria e bizarra que chega a parecer que foi tudo roterizado. Se eu der crédito pros seus depoimentos, também posso dar a Shana Mangatal que escreveu um livro cheio de supostos detalhes a respeito da relação sexual que tinha com MJ (e diz ter sido amante dele por 20 anos). Ou seja parece que nesse caso cada um acredita no que é mais conveniente pra si. O auge da parte 1 porém foi incluir Macaulin Culkin e Brett Barnes como prováveis vitimas sendo que os dois sempre defenderam o cantor. Aliás o doc é cheio de partes onde eles dão a entender que coisas aconteceram, mas deixam pro público tirar suas conclusões quando por exemplo falam das relações de MJ com mulheres e quando a esposa do Wade diz que fica receosa pensando quantas vitimas o cantor poderia ter feito.
A parte 2 no entanto me tocou mais. As histórias me tocaram e de muitas formas eu me senti culpado por ser um fã de Michael, aliás é essa a intenção quando eles põe vídeos dos fanáticos por MJ e refutam todas as possiveis defesas dos fãs, dando a sensação é que todo fã é um iludido por defender uma pessoa da qual não teve contato. A história da morte do pai do Wade me deixou bastante sentido e também quando supostamente ele revelou os abusos, todos se emocionam. Porém a tentativa de culpar MJ por tudo de pior que aconteceu na vida deles é no minimo tendenciosa. Eu senti ressentimento da parte deles não apenas pelo suposto abuso, como também por ele não ter dado o que lhes prometeu ou algo do tipo.
Coisas que eu senti falta de comentários: Porque não foi citado que em 1994 Wade conseguiu através da MJJ Music (Gravadora do Michael e filiada da Sony) um contrato e o seu primeiro lançamento artístico, um álbum de rap da dupla QUO, o qual fez ficar mais conhecido do público? Porque ele não citou que namorou Brandi Jackson durante vários anos desde o meio dos anos 90 até 2001, antes dele conhecer Amanda e no período quando supostamente sofria os abusos? Porque ele não citou que eles tem uma fundação que arrecada fundos no Havaí para vitimas de abuso sexual? E mesmo que agora ele não tenha interesse em dinheiro, mas sim em justiça como ignorar o fato que ele entrou com o processo em 2013 pedindo a bagatela de 1,5 bilhão de dólares?
Leaving Neverland não é a prova definitiva de que MJ era culpado. Mas o que Leaving Neverland faz com certo brilhantismo é tentar preencher todas as lacunas da opinião pública em relação ao comportamento questionável do cantor, misturando informações verídicas com pura especulação e uma sensação de que há mais o que se revelar. Esse doc pode representar o fim de como encaramos a grandes artistas com benevolência e admiração ou a forma como a grande mídia constrói mitos pra destruí-los logo em seguida. Vai depender do seu ponto de vista e do que você resolve acreditar.
Pra mim esse documentário é desrespeitoso e ultrajante. Acredito que eles tentaram aproveitar o movimento Me Too e trazer de volta essa história que foi rejeitada em um processo póstumo contra o Espólio. A maior parte dessa narrativa sexual e bizarra que eles relatam foi retirado do livro do jornalista Victor Gutierrez (um suposto diário do garoto Jordan Chandler que nunca existiu) que foi processado pelo próprio Michael no final dos anos 90. Diversos erros de datas, informações e o vídeo manipulado não vão chamar a atenção de quem não acompanha a carreira de MJ e só quer ver o doc pra confirmar suas suspeitas de que realmente Michael era pedófilo pq era bizarro e "onde há fumaça, há fogo". Durante mais de uma década se discutiu as possibilidades do Michael ter possivelmente abusado de crianças, houve o julgamento de 2005 e mesmo depois todo o circo midiático e provada a inocência de MJ continuou se discutindo se ele era pedófilo ou não baseado nesse esteriótipo de pessoa bizarra que foi vendido durante décadas a respeito do mesmo. Jogo barato e sujo. Mas enfim cada um acredita no quer...
Como terror deixa muito a desejar, parece uma versão pobre do Exorcista. O destaque realmente fica pro julgamento e as questões que o envolvem. Laura Linner está fantástica no filme.
Interessante o debate. Gostei do ponto sobre o politicamente correto, os humoristas querem se isentar de qualquer tipo de critica e já logo apontam censura. PS: A maioria das piadas são MUITO sem graça.
Incrível como querem reduzir grandes artistas apenas a "drogados" e problemáticos. A Amy era uma artista de muita personalidade e que foi cercada de pessoas que apenas queriam lucrar em cima dela inclusive seu pai. É triste ver o vazio que a vida dela acabou se tornando. Penso que esse mundo era medíocre demais pra ela.
Deveria ser obrigado esse documentário nas escolas ou qualquer espaço em que haja predominância de homens. É tão incrível. Acredito que tds os homens vão se identificar de alguma forma pq essas situações acontecem quase que diariamente. Essa masculinidade forçada e imposta é tão repressora.
Em nada parece a Janelle da época de Tightrope. Mas isso foi bom, porque ela mostra grande ousadia tanto no álbum como no filme em que alguns dos clipes beiram o épico. O quão incríveis são Make me feel e Pynk com visuais insanos.
Vejo esse filme como a busca de um jovem por sua identidade e não apenas uma tentativa fiel de retratar a biografia do Obama. Muito interessante a abordagem a respeito de colorismo e do racismo em alguns pontos que normalmente passariam despercebidos. Gostei muito porque dá pra se identificar com o personagem em diversos momentos.
Visual, trilha sonora, protagonista incrível. Mas as cenas de luta me cansaram um pouco. De qualquer forma achei o filme digno de ser considerado clássico.
Não consegui sentir a essência do Basquiat nesse filme, afinal ele é uma figura tão incrível. Mas só de tratar desse gênio e da amizade com Andy Warhol valeu a pena assistir.
Deixando Neverland
3.4 245Não tem como falar desse assunto sem fazer um textão. Eu sou um grande fã de Michael Jackson, primeiramente por conta de sua música, mas conforme os anos foram passando eu quis saber mais e mais a respeito de sua vida pessoal, seus hábitos e tudo o que fosse relacionado a ele. Eu vi vídeos, li todos os livros possíveis e considerei todos os depoimentos de pessoas próximas pra tentar montar o que seria a sua personalidade enigmática. Sendo assim formei a minha opinião a respeito de seu caráter e sua conduta.
Nesse ano porém saiu o documentário Leaving Neverland que é um contraponto a tudo isso. Claro que a reação inicial é tentar renegar, porém eu assisti o documentário pra entender o que os rapazes Wade e James tinham a dizer. A parte 1 me convenceu até certo ponto onde eles introduzem como os dois se tornaram amigos de Michael assim como suas famílias, com fotos, aúdios e faxes. Tirando o aúdio do Michael com o James Safechuck que é claramente cortado (Aquela parte do The best thing is being with you) Até aí nada de anormal, pelo conhecimento que tenho era assim que MJ tinha suas amizades com os Cascios e outras famílias. Tudo começa a desandar na parte sexual, quando eles falam dos atos com detalhes excessivos e ao meu ver não convencem. Aliás a forma que eles tratam disso é tão fria e bizarra que chega a parecer que foi tudo roterizado. Se eu der crédito pros seus depoimentos, também posso dar a Shana Mangatal que escreveu um livro cheio de supostos detalhes a respeito da relação sexual que tinha com MJ (e diz ter sido amante dele por 20 anos). Ou seja parece que nesse caso cada um acredita no que é mais conveniente pra si. O auge da parte 1 porém foi incluir Macaulin Culkin e Brett Barnes como prováveis vitimas sendo que os dois sempre defenderam o cantor. Aliás o doc é cheio de partes onde eles dão a entender que coisas aconteceram, mas deixam pro público tirar suas conclusões quando por exemplo falam das relações de MJ com mulheres e quando a esposa do Wade diz que fica receosa pensando quantas vitimas o cantor poderia ter feito.
A parte 2 no entanto me tocou mais. As histórias me tocaram e de muitas formas eu me senti culpado por ser um fã de Michael, aliás é essa a intenção quando eles põe vídeos dos fanáticos por MJ e refutam todas as possiveis defesas dos fãs, dando a sensação é que todo fã é um iludido por defender uma pessoa da qual não teve contato. A história da morte do pai do Wade me deixou bastante sentido e também quando supostamente ele revelou os abusos, todos se emocionam. Porém a tentativa de culpar MJ por tudo de pior que aconteceu na vida deles é no minimo tendenciosa. Eu senti ressentimento da parte deles não apenas pelo suposto abuso, como também por ele não ter dado o que lhes prometeu ou algo do tipo.
Coisas que eu senti falta de comentários: Porque não foi citado que em 1994 Wade conseguiu através da MJJ Music (Gravadora do Michael e filiada da Sony) um contrato e o seu primeiro lançamento artístico, um álbum de rap da dupla QUO, o qual fez ficar mais conhecido do público? Porque ele não citou que namorou Brandi Jackson durante vários anos desde o meio dos anos 90 até 2001, antes dele conhecer Amanda e no período quando supostamente sofria os abusos? Porque ele não citou que eles tem uma fundação que arrecada fundos no Havaí para vitimas de abuso sexual? E mesmo que agora ele não tenha interesse em dinheiro, mas sim em justiça como ignorar o fato que ele entrou com o processo em 2013 pedindo a bagatela de 1,5 bilhão de dólares?
Leaving Neverland não é a prova definitiva de que MJ era culpado. Mas o que Leaving Neverland faz com certo brilhantismo é tentar preencher todas as lacunas da opinião pública em relação ao comportamento questionável do cantor, misturando informações verídicas com pura especulação e uma sensação de que há mais o que se revelar. Esse doc pode representar o fim de como encaramos a grandes artistas com benevolência e admiração ou a forma como a grande mídia constrói mitos pra destruí-los logo em seguida. Vai depender do seu ponto de vista e do que você resolve acreditar.
Deixando Neverland
3.4 245Pra mim esse documentário é desrespeitoso e ultrajante. Acredito que eles tentaram aproveitar o movimento Me Too e trazer de volta essa história que foi rejeitada em um processo póstumo contra o Espólio. A maior parte dessa narrativa sexual e bizarra que eles relatam foi retirado do livro do jornalista Victor Gutierrez (um suposto diário do garoto Jordan Chandler que nunca existiu) que foi processado pelo próprio Michael no final dos anos 90. Diversos erros de datas, informações e o vídeo manipulado não vão chamar a atenção de quem não acompanha a carreira de MJ e só quer ver o doc pra confirmar suas suspeitas de que realmente Michael era pedófilo pq era bizarro e "onde há fumaça, há fogo".
Durante mais de uma década se discutiu as possibilidades do Michael ter possivelmente abusado de crianças, houve o julgamento de 2005 e mesmo depois todo o circo midiático e provada a inocência de MJ continuou se discutindo se ele era pedófilo ou não baseado nesse esteriótipo de pessoa bizarra que foi vendido durante décadas a respeito do mesmo. Jogo barato e sujo. Mas enfim cada um acredita no quer...
O Exorcismo de Emily Rose
3.5 1,5K Assista AgoraComo terror deixa muito a desejar, parece uma versão pobre do Exorcista. O destaque realmente fica pro julgamento e as questões que o envolvem. Laura Linner está fantástica no filme.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraQueria entender quem não gosta de uma obra prima dessas? Provavelmente o filme mais tenso e bizarro já feito ou pelo menos top 5 desse estilo.
O Exorcista
4.1 2,3K Assista AgoraA aflição que dá na cena do exorcismo é indescritível. Só posso dizer uma coisa além disso que clássico, não tem comparação.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraNão lembro de já ter me sentido tão desconfortável assistindo um filme. Impactante e confuso ao mesmo tempo.
O Riso dos Outros
4.2 152Interessante o debate. Gostei do ponto sobre o politicamente correto, os humoristas querem se isentar de qualquer tipo de critica e já logo apontam censura.
PS: A maioria das piadas são MUITO sem graça.
Contatos de 4º Grau
3.1 1,8KTema muito interessante, filme descartável
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraSem comentários pra essa obra prima. Ainda mais sabendo que o David Duke se identifica e elogia o presidente do Brasil.
Ponto de Mutação
4.0 149Simples e reflexivo. Me surpreendeu.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraHistória interessante e fotografia perfeita, porém um pouco cansativo
A 13ª Emenda
4.6 354 Assista AgoraDocumentário essencial
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraIncrível como querem reduzir grandes artistas apenas a "drogados" e problemáticos. A Amy era uma artista de muita personalidade e que foi cercada de pessoas que apenas queriam lucrar em cima dela inclusive seu pai. É triste ver o vazio que a vida dela acabou se tornando. Penso que esse mundo era medíocre demais pra ela.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraGenial. Um dos melhores filmes que eu já vi na vida.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraRevi esse filme e continuo achando ótimo
A Máscara em que Você Vive
4.5 201Deveria ser obrigado esse documentário nas escolas ou qualquer espaço em que haja predominância de homens. É tão incrível. Acredito que tds os homens vão se identificar de alguma forma pq essas situações acontecem quase que diariamente. Essa masculinidade forçada e imposta é tão repressora.
Janelle Monáe: Dirty Computer
4.4 20Em nada parece a Janelle da época de Tightrope. Mas isso foi bom, porque ela mostra grande ousadia tanto no álbum como no filme em que alguns dos clipes beiram o épico. O quão incríveis são Make me feel e Pynk com visuais insanos.
Justin Timberlake - Live From London
4.6 3Dá pra ver neste show como Justin Timberlake era um bom performer e o quanto iria evoluir em sua carreira
Michael Jackson: A Vida de um Ícone
4.0 50Gostei porém achei muito tendencioso. Eles nem sequer citam o Bad, Dangerous, History e focam muito na época do Jackson 5.
Barry
3.1 85 Assista AgoraVejo esse filme como a busca de um jovem por sua identidade e não apenas uma tentativa fiel de retratar a biografia do Obama. Muito interessante a abordagem a respeito de colorismo e do racismo em alguns pontos que normalmente passariam despercebidos. Gostei muito porque dá pra se identificar com o personagem em diversos momentos.
Paul: O Alien Fugitivo
3.4 758 Assista AgoraQue louco esse filme. E que alien mais sem vergonha kkkk Filme muito bom e divertido.
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraVisual, trilha sonora, protagonista incrível. Mas as cenas de luta me cansaram um pouco. De qualquer forma achei o filme digno de ser considerado clássico.
Cinderela em Paris
4.0 419 Assista AgoraVisual incrível
Basquiat - Traços de uma Vida
3.7 111Não consegui sentir a essência do Basquiat nesse filme, afinal ele é uma figura tão incrível. Mas só de tratar desse gênio e da amizade com Andy Warhol valeu a pena assistir.