A Vida e a História de Madam C.J.Walker é uma série que se destaca, principalmente, pela história que conta. Ver toda a superação, foco e disciplina da protagonista é um exemplo para todos aqueles que querem desistir ao primeiro obstáculo. Ela tinha um sonho e correu atrás dele até que ele pudesse ser realizado. Isso é admirável! No entanto, a série peca muito no desenvolvimento da sua narrativa. Talvez, por ter somente quatro episódios, as soluções narrativas, especialmente nos conflitos antagônicos, soam muito simplistas.
Vou soar repetitiva, mas a quarta parte de La Casa de Papel se apoia em todos os elementos que fizeram desta série um grande sucesso: a alternância entre os flashbacks (que nos mostram um pouco mais sobre cada personagem e sobre o planejamento do assalto) e o momento presente da trama e a edição ágil e que contribui para o clima de mistério e suspense que são permanentes em uma trama como essa.
Apesar disso, nesta quarta parte, La Casa de Papel começa a dar alguns sinais de cansaço. Após assistirmos aos oito episódios e chegarmos ao cliffhanger que finaliza a quarta parte, ficamos com a sensação de que a trama pouco avançou - os melhores momentos, aliás, vêm dos antagonistas dos ladrões, representados pelo chefe de vigilância do Banco da Espanha (José Manuel Poga) e da inspetora Alicia Sierra (Najwa Nimri). Parece que os produtores estão estendendo ao máximo que podem essa “temporada”, de forma a esgotarem esse formato de vez. O caminho não é esse!
Dividida em seis episódios, Bebês em Foco aborda temas como: a formação dos laços afetivos entre pais e bebê, a introdução alimentar, o ato de engatinhar, a emissão das primeiras palavras, como se desenvolve o sono no bebê e como eles começam a dar os seus primeiros passos. Esta é uma série extremamente informativa e que será muito útil, principalmente, para acalmar os corações e as mentes dos pais de primeira viagem. Aprenderemos que cada bebê tem sua particularidade e cada um deles vivencia os marcos do primeiro ano da sua maneira.
Para manter a atenção do público diante de tantas situações, a primeira temporada de Messiah também está envolta em um grande mistério. Não nos contar tudo ou ir revelando as coisas aos poucos faz parte da estratégia dos roteiristas. E essa aura de mistério é o suficiente para nos manter intrigados até o fim da primeira temporada. O que fica é a reflexão sobre se Messiah tem fôlego suficiente para sustentar-se desta forma por outras temporadas.
O diferencial de The Crown em relação a outras séries que abordam elementos históricos é que Peter Morgan aproveita estes acontecimentos e os liga às histórias pessoais de cada personagem. Apesar da costumeira qualidade dos episódios e do magistral elenco, a terceira temporada da série nos deixa com a sensação de ser muito mais anticlimática, quando comparada com as anteriores. Talvez, isso seja um indicativo do momento de transição pelo qual The Crown passou nesta terceira temporada.
No ano de 2019, o diretor Joe Berlinger mergulhou no universo deste personagem, lançando dois produtos sobre Ted Bundy: o filme Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal e a série documental Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy. As duas obras se complementam. Enquanto o filme se caracteriza como uma cinebiografia sobre Bundy (interpretado por Zac Efron), enfocando, principalmente, o relacionamento que ele desenvolveu com Liz Kloepfer (Lily Collins); a série aborda materiais de arquivo e gravações de áudio que foram feitas no corredor da morte, com o objetivo de traçar o perfil de Ted.
Se o filme dá ênfase a esta personalidade magnética e sedutora de Ted Bundy, abordando os efeitos que ele causava nas mulheres; a série documental percorre um caminho completamente diferente, mostrando o quanto Bundy era um sociopata frio, incapaz de compreender a natureza de seus atos e de se responsabilizar por eles. São duas visões completamente diferentes sobre uma mesma pessoa.
Por isso mesmo, analisando do ponto de vista narrativo, Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal tem um caráter muito mais problemático, especialmente pela tentativa que faz de humanização de uma figura que não merece esse tipo de retrato. A série documental acaba exercendo um papel muito mais forte, pela forma como nos mostra Ted: como ele realmente merecia ser visto por todos nós. São dois vieses tão diferentes que, no final, fica até difícil crer que são dois produtos dirigidos por uma mesma pessoa.
Série de 2 capítulos produzida pela revista People e que tenta analisar o impacto da figura da Princesa Diana sob a família real inglesa, ao mesmo tempo em que nos mostra como ela redefiniu a persona da realeza.
A terceira temporada desta série reforça o egoísmo do personagem principal. Apesar da trama central capturar a nossa atenção, muitas pontas ficam soltas. Não sei se uma quarta temporada ajudaria a elucidar alguns fatos mal explicados.
A segunda temporada desta série tem uma trama mais bem elaborada, no entanto, termina de uma forma muito anticlimática. Você começa a assistir a terceira temporada sem se dar conta de que a segunda terminou.
Para levar a sério a primeira temporada deste seriado baseado num filme estrelado por Mark Wahlberg, você precisa relevar os inúmeros furos de roteiro. Vale, no entanto, pelo entretenimento.
"The Story of Diana" é uma série de dois capítulos produzida pela revista People e que tenta analisar o impacto da figura da Princesa Diana sob a família real inglesa, ao mesmo tempo em que nos mostra como ela redefiniu a persona da realeza. Note que o irmão de Diana, Earl Spencer, concede depoimentos para a série - o que indica que se trata de um programa devidamente autorizado pela família dela.
Como seriado, Inacreditável é um programa com uma trama muito bem construída e que prende a atenção do público. Além disso, a série chama a atenção pela capacidade do seu elenco e, mais ainda, pelo fato de que a trama - apesar de abordar um tema muito delicado - nunca cai no sensacionalismo. Este é mais um acerto da Netflix, que, somente em 2019, entregou para o seu assinante séries excelentes, como esta e Olhos que Condenam - e, em breve, estreará a terceira temporada de The Crown.
A série Explicando, produzida pelo canal de streaming Netflix, tem um objetivo bem claro: elucidar temas diversos em episódios de curta duração. com uma média de 20 minutos, cada. Em decorrência da boa aceitação que o programa tem tido junto ao público, algumas spinoffs já estão acontecendo.
A primeira delas é Explicando: A Mente, cuja primeira temporada tem a narração da atriz Emma Stone, e é composta por cinco episódios com o objetivo de tentar desvendar como o nosso cérebro funciona. Assim, a série aborda temas como a memória, os sonhos, a ansiedade, a meditação e a psicodelia. Alguns dos assuntos são tratados de forma superficial, enquanto outros são retratados com um pouco mais de profundidade. De toda maneira, um programa que vale a pena, especialmente para aqueles interessados no tema.
Dividida em sete episódios, a série conta com ricos depoimentos e imagens de arquivo, dos envolvidos nesta trama: Wallace Souza, seus filhos, jornalistas que cobriram o caso, profissionais da equipe do Canal Livre, policiais envolvidos com a força-tarefa. As reconstituições do inquérito, da realidade na qual o programa surgiu e da atual situação da cena-crime em Manaus são alguns dos pontos altos desta obra.
Chama a atenção em Bandidos na TV o fato de que o seriado não tem o objetivo de condenar ou inocentar a figura de Wallace Souza. A montagem dos episódios caminha bem para trabalhar, junto à plateia, a construção de uma verdadeira dúvida razoável sobre a culpabilidade do apresentador/político. A verdade é que, nem Wallace era tão inocente assim (sim, ele tinha relações bem escusas com figuras bastante complicadas) e nem a força-tarefa conseguiu realizar um trabalho contundente e que convença a gente. No final, Bandidos na TV nos incita a fazer uma reflexão básica: vale tudo pela audiência? Vale tudo por uma notícia? Vale tudo por um sonho (o de Wallace era se transformar em Secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas...)?
Baseado em uma história real, a série Olhos que Condenam, dirigida e co-escrita por Ava DuVernay, nos retrata um dos casos mais impressionantes de injustiça do sistema penal e policial norte-americano.
Em 1991, uma jovem branca, bonita e loira, que costumava correr diariamente no Central Park, foi vítima de um estupro brutal, que a deixou em coma e com sequelas irreversíveis.
Acontece que, na mesma noite em que esse crime foi cometido, jovens negros oriundos do bairro do Harlem foram conduzidos a uma delegacia sob a acusação de estarem promovendo algazarra nas ruas. Àquela altura, a polícia ainda não sabia sobre o estupro, mas, a partir do momento em que se teve o conhecimento sobre essa situação, a equipe liderada por Linda Fairstein (Felicity Huffman) tomou para si a responsabilidade de resolver o caso. E eles decidiram ali mesmo que quem havia cometido o crime tinha que ser um daqueles jovens - que tinham entre 14 e 16 anos.
O que se vê em seguida é uma série de abusos cometidos pelos policiais, que tomaram depoimentos de menores de idade sem o devido acompanhamento de um representante legal (sejam os pais ou advogados), que coagiram esses jovens com ameaças e agressões, que os conduziram a contar mentiras que ocasionaram na confissão do crime de estupro. Foi assim que Kevin Richardson (Asante Blackk), Antron McCray (Caleel Harris), Yusef Salaam (Ethan Herisse), Raymond Santana (Marquis Rodriguez) e Korey Wise (Jharrel Jerome) foram conduzidos a reformatórios juvenis e a presídios, onde passaram boa parte de sua juventude e início de vida adulta presos por um crime que não cometeram.
Toda essa história nos é contada nos dois primeiros episódios de Olhos que Condenam. O primeiro episódio, que enfoca o trabalho policial para encurralar esses meninos, é revoltante e nos deixa com um embrulho no estômago. Ao longo dos três últimos episódios da série, Ava DuVernay abranda o tom para nos mostrar os efeitos que a condenação teve em cada um desses meninos e em suas famílias. E a diretora peca por não nos mostrar o que realmente aconteceu com os policiais e os promotores que participaram desta farsa.
Porém, além de tudo isso que falamos aqui, Olhos que Condenam é mais uma prova de que ainda temos muito a evoluir como sociedade. Precisamos, antes de tudo, aprender a olhar o nosso semelhante com um olhar empático. Precisamos nos ater à verdade. Precisamos entender que ninguém é melhor do que ninguém por causa de sua cor, religião, classe social ou cultura. Precisamos, acima de tudo, optar por caminhos e escolhas que sejam os corretos e que nos levem à compaixão e ao bem. Quando aprenderemos?
Os elementos principais vistos nas duas primeiras partes permanecem: a trama é dinâmica (alternando momentos presentes com flashbacks que retratam o planejamento do novo roubo), a montagem é ágil e existe um bom trabalho entre o antagonismo do grupo de assaltantes e os policiais responsáveis pela negociação, investigação e possível captura do grupo. Da mesma maneira, a terceira parte de La Casa de Papel mantém os mesmos erros das anteriores, principalmente aqueles que dizem respeito a como os relacionamentos pessoais entre o grupo de ladrões, em alguns casos, se sobressaem aos interesses coletivos deles.
Como já sabem a receita do sucesso, está claro que a terceira parte de La Casa de Papel joga completamente para a plateia. Todo passo é calculado, toda reviravolta é meticulosamente planejada e até o cliffhanger que encerra esta parte é bem previsível, de forma a que fiquemos ainda mais ansiosos para o que vem na quarta parte, cuja data de estreia ainda não foi anunciada pela Netflix.
Um resumo do que é "Vikings" e dos elementos mais recorrentes de sua narrativa: uma série bem produzida, com excelentes cenas de lutas e um trabalho primoroso de direção de arte e de figurinos; uma trama que sempre terá toques de ambição e de ganância; relações superficiais e repletas de interesses pessoais.
Um resumo do que é "Vikings" e dos elementos mais recorrentes de sua narrativa: uma série bem produzida, com excelentes cenas de lutas e um trabalho primoroso de direção de arte e de figurinos; uma trama que sempre terá toques de ambição e de ganância; relações superficiais e repletas de interesses pessoais.
Um resumo do que é "Vikings" e dos elementos mais recorrentes de sua narrativa: uma série bem produzida, com excelentes cenas de lutas e um trabalho primoroso de direção de arte e de figurinos; uma trama que sempre terá toques de ambição e de ganância; relações superficiais e repletas de interesses pessoais. Essa primeira temporada enfoca a ascensão de Ragnar ao poder e o diferencial que ele possui como líder.
Uma produção caprichada da BBC inglesa indicada a 11 Primetime Emmy Awards 2009 (dos quais venceu 7 estatuetas), “Little Dorrit” é uma minissérie que chama a atenção pela riqueza (sem trocadilhos, por favor) de personagens e pela presença de uma trama que exerce mesmo uma influência positiva em todos nós (tendo em vista que somos defrontados com personagens admiráveis, como John Chivery, Amy Dorrit e Arthur Clennam). A única ressalva que fazemos em relação ao programa vai diretamente ao roteiro de Andrew Davies – ele se preocupa tanto com o desenvolvimento dos personagens que a minissérie fica totalmente morna no seu meio e só consegue recuperar o seu ritmo nos três episódios finais, que são simplesmente sensacionais.
A série toca em temas que passam pela aspiração de uma independência feminina, por mães que criam sozinhas seus filhos, por mulheres que são arrimos de família, por mulheres que tentam se firmar num mercado de trabalho altamente dominado pelos homens, por mulheres que tentam tomar as rédeas das suas vidas, por mulheres que desejam realizar seus sonhos. Tudo isso embalado por uma bossa nova que ainda era embrionária, por um ambiente sofisticado e por uma cidade que realmente não deixa de ser maravilhosa.
A sucessão de acontecimentos que levaram ao desaparecimento e que ocorreram após o sumiço da garota é o objeto de investigação da série documental O Desaparecimento de Madeleine McCann, dirigida por Chris Smith. Em 8 episódios, vemos um desenho bastante completo (apesar de não ser uma série aprovada pelos pais de Maddie) sobre as investigações que foram feitas pela polícia portuguesa e, posteriormente, pela polícia britânica e por detetives contratados pela família McCann.
Ao final de O Desaparecimento de Madeleine McCann temos uma grande certeza: a de que houve uma boa dose de irresponsabilidade no trabalho, não só da polícia portuguesa, como também da imprensa (britânica e portuguesa) na condução deste caso. Pistas iniciais valiosas não foram investigadas e oportunidades de ouro foram perdidas. Caso os atores envolvidos nesta equação tivessem desempenhado a contento o seu papel, talvez Maddie já tivesse sido encontrada... Enquanto isso, vamos torcer para que, um dia, este caso seja solucionado.
Dividido em seis episódios, a série Nossa História com Morgan Freeman, produzida pelo canal National Geographic, coloca o ator norte-americano numa viagem ao mundo em busca da compreensão sobre o que diferentes pessoas, de culturas diversas, pensam sobre questões importantes e que contribuem para o nosso elo como seres humanos e como uma humanidade em geral.
Cada episódio trata sobre temas distintos, como a luta pela paz, o poder do amor, a intolerância, o poder do nós e sobre como atos de rebeldia podem nos ajudar a avançar como pessoas. Cada história dessa é povoada com depoimentos interessantes e que contribuem para a discussão destes assuntos.
Esta é uma série importante e que nos suscita reflexões particulares, especialmente sobre quem nós somos e o que queremos deixar neste mundo.
O Assassinato de Gianni Versace: American Crime Story não nos apresenta a nada que já não era de domínio público sobre Andrew Cunanan e seus crimes. O que a série tenta mostrar de novo é uma possível motivação para o assassinato de Versace, implicando que Cunanan tinha uma certa obsessão pelo estilista italiano e uma vontade de, talvez, ser como ele, de ter fama, dinheiro e homens bonitos. Tudo isso não sairá do terreno da suposição, uma vez que Cunanan levou consigo os motivos pelos quais decidiu acabar com a vida de uma das pessoas mais célebres do mundo fashion.
A Vida e a História de Madam C.J. Walker
4.2 222 Assista AgoraA Vida e a História de Madam C.J.Walker é uma série que se destaca, principalmente, pela história que conta. Ver toda a superação, foco e disciplina da protagonista é um exemplo para todos aqueles que querem desistir ao primeiro obstáculo. Ela tinha um sonho e correu atrás dele até que ele pudesse ser realizado. Isso é admirável! No entanto, a série peca muito no desenvolvimento da sua narrativa. Talvez, por ter somente quatro episódios, as soluções narrativas, especialmente nos conflitos antagônicos, soam muito simplistas.
La Casa de Papel (Parte 4)
3.7 658 Assista AgoraVou soar repetitiva, mas a quarta parte de La Casa de Papel se apoia em todos os elementos que fizeram desta série um grande sucesso: a alternância entre os flashbacks (que nos mostram um pouco mais sobre cada personagem e sobre o planejamento do assalto) e o momento presente da trama e a edição ágil e que contribui para o clima de mistério e suspense que são permanentes em uma trama como essa.
Apesar disso, nesta quarta parte, La Casa de Papel começa a dar alguns sinais de cansaço. Após assistirmos aos oito episódios e chegarmos ao cliffhanger que finaliza a quarta parte, ficamos com a sensação de que a trama pouco avançou - os melhores momentos, aliás, vêm dos antagonistas dos ladrões, representados pelo chefe de vigilância do Banco da Espanha (José Manuel Poga) e da inspetora Alicia Sierra (Najwa Nimri). Parece que os produtores estão estendendo ao máximo que podem essa “temporada”, de forma a esgotarem esse formato de vez. O caminho não é esse!
Bebês em Foco
4.1 8Dividida em seis episódios, Bebês em Foco aborda temas como: a formação dos laços afetivos entre pais e bebê, a introdução alimentar, o ato de engatinhar, a emissão das primeiras palavras, como se desenvolve o sono no bebê e como eles começam a dar os seus primeiros passos. Esta é uma série extremamente informativa e que será muito útil, principalmente, para acalmar os corações e as mentes dos pais de primeira viagem. Aprenderemos que cada bebê tem sua particularidade e cada um deles vivencia os marcos do primeiro ano da sua maneira.
Messiah (1ª Temporada)
3.8 165 Assista AgoraPara manter a atenção do público diante de tantas situações, a primeira temporada de Messiah também está envolta em um grande mistério. Não nos contar tudo ou ir revelando as coisas aos poucos faz parte da estratégia dos roteiristas. E essa aura de mistério é o suficiente para nos manter intrigados até o fim da primeira temporada. O que fica é a reflexão sobre se Messiah tem fôlego suficiente para sustentar-se desta forma por outras temporadas.
The Crown (3ª Temporada)
4.3 217 Assista AgoraO diferencial de The Crown em relação a outras séries que abordam elementos históricos é que Peter Morgan aproveita estes acontecimentos e os liga às histórias pessoais de cada personagem. Apesar da costumeira qualidade dos episódios e do magistral elenco, a terceira temporada da série nos deixa com a sensação de ser muito mais anticlimática, quando comparada com as anteriores. Talvez, isso seja um indicativo do momento de transição pelo qual The Crown passou nesta terceira temporada.
Conversando Com um Serial Killer: Ted Bundy
4.2 221No ano de 2019, o diretor Joe Berlinger mergulhou no universo deste personagem, lançando dois produtos sobre Ted Bundy: o filme Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal e a série documental Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy. As duas obras se complementam. Enquanto o filme se caracteriza como uma cinebiografia sobre Bundy (interpretado por Zac Efron), enfocando, principalmente, o relacionamento que ele desenvolveu com Liz Kloepfer (Lily Collins); a série aborda materiais de arquivo e gravações de áudio que foram feitas no corredor da morte, com o objetivo de traçar o perfil de Ted.
Se o filme dá ênfase a esta personalidade magnética e sedutora de Ted Bundy, abordando os efeitos que ele causava nas mulheres; a série documental percorre um caminho completamente diferente, mostrando o quanto Bundy era um sociopata frio, incapaz de compreender a natureza de seus atos e de se responsabilizar por eles. São duas visões completamente diferentes sobre uma mesma pessoa.
Por isso mesmo, analisando do ponto de vista narrativo, Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal tem um caráter muito mais problemático, especialmente pela tentativa que faz de humanização de uma figura que não merece esse tipo de retrato. A série documental acaba exercendo um papel muito mais forte, pela forma como nos mostra Ted: como ele realmente merecia ser visto por todos nós. São dois vieses tão diferentes que, no final, fica até difícil crer que são dois produtos dirigidos por uma mesma pessoa.
The Story of Diana
4.4 50Série de 2 capítulos produzida pela revista People e que tenta analisar o impacto da figura da Princesa Diana sob a família real inglesa, ao mesmo tempo em que nos mostra como ela redefiniu a persona da realeza.
O Atirador (3ª Temporada)
3.7 42 Assista AgoraA terceira temporada desta série reforça o egoísmo do personagem principal. Apesar da trama central capturar a nossa atenção, muitas pontas ficam soltas. Não sei se uma quarta temporada ajudaria a elucidar alguns fatos mal explicados.
O Atirador (2ª Temporada)
3.8 36 Assista AgoraA segunda temporada desta série tem uma trama mais bem elaborada, no entanto, termina de uma forma muito anticlimática. Você começa a assistir a terceira temporada sem se dar conta de que a segunda terminou.
O Atirador (1ª Temporada)
4.0 77 Assista AgoraPara levar a sério a primeira temporada deste seriado baseado num filme estrelado por Mark Wahlberg, você precisa relevar os inúmeros furos de roteiro. Vale, no entanto, pelo entretenimento.
The Story of Diana
4.4 50"The Story of Diana" é uma série de dois capítulos produzida pela revista People e que tenta analisar o impacto da figura da Princesa Diana sob a família real inglesa, ao mesmo tempo em que nos mostra como ela redefiniu a persona da realeza. Note que o irmão de Diana, Earl Spencer, concede depoimentos para a série - o que indica que se trata de um programa devidamente autorizado pela família dela.
Inacreditável
4.4 424 Assista AgoraComo seriado, Inacreditável é um programa com uma trama muito bem construída e que prende a atenção do público. Além disso, a série chama a atenção pela capacidade do seu elenco e, mais ainda, pelo fato de que a trama - apesar de abordar um tema muito delicado - nunca cai no sensacionalismo. Este é mais um acerto da Netflix, que, somente em 2019, entregou para o seu assinante séries excelentes, como esta e Olhos que Condenam - e, em breve, estreará a terceira temporada de The Crown.
Explicando: A Mente (1ª Temporada)
4.4 29A série Explicando, produzida pelo canal de streaming Netflix, tem um objetivo bem claro: elucidar temas diversos em episódios de curta duração. com uma média de 20 minutos, cada. Em decorrência da boa aceitação que o programa tem tido junto ao público, algumas spinoffs já estão acontecendo.
A primeira delas é Explicando: A Mente, cuja primeira temporada tem a narração da atriz Emma Stone, e é composta por cinco episódios com o objetivo de tentar desvendar como o nosso cérebro funciona. Assim, a série aborda temas como a memória, os sonhos, a ansiedade, a meditação e a psicodelia. Alguns dos assuntos são tratados de forma superficial, enquanto outros são retratados com um pouco mais de profundidade. De toda maneira, um programa que vale a pena, especialmente para aqueles interessados no tema.
Bandidos na TV
4.2 260 Assista AgoraDividida em sete episódios, a série conta com ricos depoimentos e imagens de arquivo, dos envolvidos nesta trama: Wallace Souza, seus filhos, jornalistas que cobriram o caso, profissionais da equipe do Canal Livre, policiais envolvidos com a força-tarefa. As reconstituições do inquérito, da realidade na qual o programa surgiu e da atual situação da cena-crime em Manaus são alguns dos pontos altos desta obra.
Chama a atenção em Bandidos na TV o fato de que o seriado não tem o objetivo de condenar ou inocentar a figura de Wallace Souza. A montagem dos episódios caminha bem para trabalhar, junto à plateia, a construção de uma verdadeira dúvida razoável sobre a culpabilidade do apresentador/político. A verdade é que, nem Wallace era tão inocente assim (sim, ele tinha relações bem escusas com figuras bastante complicadas) e nem a força-tarefa conseguiu realizar um trabalho contundente e que convença a gente. No final, Bandidos na TV nos incita a fazer uma reflexão básica: vale tudo pela audiência? Vale tudo por uma notícia? Vale tudo por um sonho (o de Wallace era se transformar em Secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas...)?
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraBaseado em uma história real, a série Olhos que Condenam, dirigida e co-escrita por Ava DuVernay, nos retrata um dos casos mais impressionantes de injustiça do sistema penal e policial norte-americano.
Em 1991, uma jovem branca, bonita e loira, que costumava correr diariamente no Central Park, foi vítima de um estupro brutal, que a deixou em coma e com sequelas irreversíveis.
Acontece que, na mesma noite em que esse crime foi cometido, jovens negros oriundos do bairro do Harlem foram conduzidos a uma delegacia sob a acusação de estarem promovendo algazarra nas ruas. Àquela altura, a polícia ainda não sabia sobre o estupro, mas, a partir do momento em que se teve o conhecimento sobre essa situação, a equipe liderada por Linda Fairstein (Felicity Huffman) tomou para si a responsabilidade de resolver o caso. E eles decidiram ali mesmo que quem havia cometido o crime tinha que ser um daqueles jovens - que tinham entre 14 e 16 anos.
O que se vê em seguida é uma série de abusos cometidos pelos policiais, que tomaram depoimentos de menores de idade sem o devido acompanhamento de um representante legal (sejam os pais ou advogados), que coagiram esses jovens com ameaças e agressões, que os conduziram a contar mentiras que ocasionaram na confissão do crime de estupro. Foi assim que Kevin Richardson (Asante Blackk), Antron McCray (Caleel Harris), Yusef Salaam (Ethan Herisse), Raymond Santana (Marquis Rodriguez) e Korey Wise (Jharrel Jerome) foram conduzidos a reformatórios juvenis e a presídios, onde passaram boa parte de sua juventude e início de vida adulta presos por um crime que não cometeram.
Toda essa história nos é contada nos dois primeiros episódios de Olhos que Condenam. O primeiro episódio, que enfoca o trabalho policial para encurralar esses meninos, é revoltante e nos deixa com um embrulho no estômago. Ao longo dos três últimos episódios da série, Ava DuVernay abranda o tom para nos mostrar os efeitos que a condenação teve em cada um desses meninos e em suas famílias. E a diretora peca por não nos mostrar o que realmente aconteceu com os policiais e os promotores que participaram desta farsa.
Porém, além de tudo isso que falamos aqui, Olhos que Condenam é mais uma prova de que ainda temos muito a evoluir como sociedade. Precisamos, antes de tudo, aprender a olhar o nosso semelhante com um olhar empático. Precisamos nos ater à verdade. Precisamos entender que ninguém é melhor do que ninguém por causa de sua cor, religião, classe social ou cultura. Precisamos, acima de tudo, optar por caminhos e escolhas que sejam os corretos e que nos levem à compaixão e ao bem. Quando aprenderemos?
La Casa de Papel (Parte 3)
4.0 637Os elementos principais vistos nas duas primeiras partes permanecem: a trama é dinâmica (alternando momentos presentes com flashbacks que retratam o planejamento do novo roubo), a montagem é ágil e existe um bom trabalho entre o antagonismo do grupo de assaltantes e os policiais responsáveis pela negociação, investigação e possível captura do grupo. Da mesma maneira, a terceira parte de La Casa de Papel mantém os mesmos erros das anteriores, principalmente aqueles que dizem respeito a como os relacionamentos pessoais entre o grupo de ladrões, em alguns casos, se sobressaem aos interesses coletivos deles.
Como já sabem a receita do sucesso, está claro que a terceira parte de La Casa de Papel joga completamente para a plateia. Todo passo é calculado, toda reviravolta é meticulosamente planejada e até o cliffhanger que encerra esta parte é bem previsível, de forma a que fiquemos ainda mais ansiosos para o que vem na quarta parte, cuja data de estreia ainda não foi anunciada pela Netflix.
Vikings (3ª Temporada)
4.4 465 Assista AgoraUm resumo do que é "Vikings" e dos elementos mais recorrentes de sua narrativa: uma série bem produzida, com excelentes cenas de lutas e um trabalho primoroso de direção de arte e de figurinos; uma trama que sempre terá toques de ambição e de ganância; relações superficiais e repletas de interesses pessoais.
Vikings (2ª Temporada)
4.5 559 Assista AgoraUm resumo do que é "Vikings" e dos elementos mais recorrentes de sua narrativa: uma série bem produzida, com excelentes cenas de lutas e um trabalho primoroso de direção de arte e de figurinos; uma trama que sempre terá toques de ambição e de ganância; relações superficiais e repletas de interesses pessoais.
Vikings (1ª Temporada)
4.3 779 Assista AgoraUm resumo do que é "Vikings" e dos elementos mais recorrentes de sua narrativa: uma série bem produzida, com excelentes cenas de lutas e um trabalho primoroso de direção de arte e de figurinos; uma trama que sempre terá toques de ambição e de ganância; relações superficiais e repletas de interesses pessoais. Essa primeira temporada enfoca a ascensão de Ragnar ao poder e o diferencial que ele possui como líder.
Little Dorrit
4.2 39Uma produção caprichada da BBC inglesa indicada a 11 Primetime Emmy Awards 2009 (dos quais venceu 7 estatuetas), “Little Dorrit” é uma minissérie que chama a atenção pela riqueza (sem trocadilhos, por favor) de personagens e pela presença de uma trama que exerce mesmo uma influência positiva em todos nós (tendo em vista que somos defrontados com personagens admiráveis, como John Chivery, Amy Dorrit e Arthur Clennam). A única ressalva que fazemos em relação ao programa vai diretamente ao roteiro de Andrew Davies – ele se preocupa tanto com o desenvolvimento dos personagens que a minissérie fica totalmente morna no seu meio e só consegue recuperar o seu ritmo nos três episódios finais, que são simplesmente sensacionais.
Coisa Mais Linda (1ª Temporada)
4.2 401 Assista AgoraA série toca em temas que passam pela aspiração de uma independência feminina, por mães que criam sozinhas seus filhos, por mulheres que são arrimos de família, por mulheres que tentam se firmar num mercado de trabalho altamente dominado pelos homens, por mulheres que tentam tomar as rédeas das suas vidas, por mulheres que desejam realizar seus sonhos. Tudo isso embalado por uma bossa nova que ainda era embrionária, por um ambiente sofisticado e por uma cidade que realmente não deixa de ser maravilhosa.
Coisa Mais Linda é uma série muito promissora.
O Desaparecimento de Madeleine McCann
3.6 90 Assista AgoraA sucessão de acontecimentos que levaram ao desaparecimento e que ocorreram após o sumiço da garota é o objeto de investigação da série documental O Desaparecimento de Madeleine McCann, dirigida por Chris Smith. Em 8 episódios, vemos um desenho bastante completo (apesar de não ser uma série aprovada pelos pais de Maddie) sobre as investigações que foram feitas pela polícia portuguesa e, posteriormente, pela polícia britânica e por detetives contratados pela família McCann.
Ao final de O Desaparecimento de Madeleine McCann temos uma grande certeza: a de que houve uma boa dose de irresponsabilidade no trabalho, não só da polícia portuguesa, como também da imprensa (britânica e portuguesa) na condução deste caso. Pistas iniciais valiosas não foram investigadas e oportunidades de ouro foram perdidas. Caso os atores envolvidos nesta equação tivessem desempenhado a contento o seu papel, talvez Maddie já tivesse sido encontrada... Enquanto isso, vamos torcer para que, um dia, este caso seja solucionado.
Nossa história com Morgan Freeman
4.3 2Dividido em seis episódios, a série Nossa História com Morgan Freeman, produzida pelo canal National Geographic, coloca o ator norte-americano numa viagem ao mundo em busca da compreensão sobre o que diferentes pessoas, de culturas diversas, pensam sobre questões importantes e que contribuem para o nosso elo como seres humanos e como uma humanidade em geral.
Cada episódio trata sobre temas distintos, como a luta pela paz, o poder do amor, a intolerância, o poder do nós e sobre como atos de rebeldia podem nos ajudar a avançar como pessoas. Cada história dessa é povoada com depoimentos interessantes e que contribuem para a discussão destes assuntos.
Esta é uma série importante e que nos suscita reflexões particulares, especialmente sobre quem nós somos e o que queremos deixar neste mundo.
American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace (2ª Temporada)
4.1 392 Assista AgoraO Assassinato de Gianni Versace: American Crime Story não nos apresenta a nada que já não era de domínio público sobre Andrew Cunanan e seus crimes. O que a série tenta mostrar de novo é uma possível motivação para o assassinato de Versace, implicando que Cunanan tinha uma certa obsessão pelo estilista italiano e uma vontade de, talvez, ser como ele, de ter fama, dinheiro e homens bonitos. Tudo isso não sairá do terreno da suposição, uma vez que Cunanan levou consigo os motivos pelos quais decidiu acabar com a vida de uma das pessoas mais célebres do mundo fashion.