I have all these things that I want to say to her, like... Like how I can tell she's a lonely person, even if other people can't. Cause I know what it feels like to be lost and lonely and invisible.
se referindo, exatamente ao ponto em que o filme toma um ritmo diferente.
A cena final é: <3. Mesmo com o pé atrás, por ser um filme da Disney sobre a Disney, não tem como não enxergar a tamanha sensibilidade envolta na obra.
Direção de arte 10/10. Não fui esperando terror, a partir da sinopse fiquei presa à fantasia e ao suspense e foi isso que encontrei; além do drama que envolve e fecha toda a história. Nem de longe o meu favorito do Del Toro, história bem previsível e que poderia ter sido explorada por outros caminhos (torci muito pra que isso acontecesse). Enfim, me lembrou por vezes Não Tenha Medo do Escuro.
Uma obra que capta mazelas concretas e abstratas, permeia a vida e a morte, deixando a realidade ferrenha entrar no espectro desconhecido do "lado de lá" e arrasta esse lado -menos obscuro na visão do diretor - para dentro da vida.
A menina de quem foi tirado tudo, aos poucos, cada escolha assemelhando-se a uma auto-guilhotina; a morte vem como redenção, será? A menina tentou. Tentou rezar, tentou persistir, tentou não rasgar a foto da mãe: rasgou, colou...queimou. Tentou pela via da esperança: os EUA fora um dia para ela tão promissor quanto a Suécia. Mas nada fluía da maneira que esperava. A culpa não era dela, e ela ainda se culparia (vide final do filme: e se ela tivesse feito escolhas diferentes? Eram escolhas possíveis no momento que foram feitas?). A realidade fria, suja, caricata expôs suas garras. Um embate injusto: indefesa x mundo bem articulado para o mal. Acabou em um mar de marcas profundas: o abandono, o machismo, a escravidão sexual, o vazio. E de repente tudo vêm a tona: a infância que nunca teve: lápis-de-cor, boneca e mochila rosa; o anjo em forma de amigo suicida: metáfora de sua inocência roubada?
Ele dizia: você tem apenas essa vida. Ela esboçava um vazio maior; porque aquela já não era ela, aquela vida já havia tomado todos os caminhos da dor do estupro, da submissão, da falta de escolha, do erro involuntário.
Um mundo que além desse, sofrimento palpável, parece sem promessas. Um subúrbio onde não há grandes perspectivas, alastrado por desilusão (aqui fomentada pelo contexto histórico - sinto teor crítico), cuja principal distração seria "cheirar cola".
Não é uma obra que simplesmente recorre à fórmula: sofrimento - tentativas - suicídio; ou: sofrimento - tentativa - melhora. É muito além: é sobre descobrir ser refém da própria realidade, de ter ações intrincadas nas decisões de terceiros, de ser dependente mesmo quando deseja emancipação; uma obra com atmosfera solitária e ao mesmo tempo sutilmente solidária (relação entre Lilya e o amigo); uma obra em que a tentativa não é suficiente, e nos deixa a dúvida: seria o suicídio suficiente para ela? Para o garoto foi? Se foi, porque ele insistia para que ela não saltasse da ponte?
A ficção é tão real que arrepia. A menina não é apenas a Lilya.
E a morte é uma promessa incerta para nós, mas, pode ter sido, (essa é minha maior dúvida sobre o filme) para Lilya, a realização do sua fala: "E eu vou ter um futuro brilhante, sim.".
You're not perfect, sport, and let me save you the suspense: this girl you've met, she's not perfect either. But the question is whether or not you're perfect for each other.
É tanta metáfora e ponto alto que digerir esse filme é bem mais do que analisar a história posta. "Grito e sussurro" infinitas vezes a maestria de Bergman que consegue nos colocar em posição de êxtase com relação à própria raça humana. Um homem que nos faz entender ou desesperar por aquilo que é ser humano.
Não é uma ficção, é um recorte do cotidiano! Esse filme invade feito lâmina: ora fere nossos ouvidos pelos discursos absurdos; ora corta nosso coração pela veracidade da desigualdade. Realidade quando escancarada faz sangrar muito.
"I don't know what it could be. I'm not happy. I'm going crazy. Every morning when I wake up, I rub my eyes and I see your face and I start crying. I realise that my life is passing me by. How can you stay so calm? How can you be like that? You're not human! I don't know what to do! It's not my fault, right? You're not gonna leave me, are you?" "No no no, I love you!" "I hurt everybody! I hurt you, the children... this can't go on." "Together we can do it." " Then you're all gonna end up drowning with me." "We'll learn to swim. I love you." "I love you." "I love you..."
A possibilidade de sermos quem quisermos = liberdade. Seja ''um professor, um cantor, um escritor'', você tem o pleno direito de ''ser'' e merece ser respeitado da maneira que o é, pelas aptidões que possui. Pluralidade é algo lindo e nossa posição deve ir além do ''tolerar'', deve ser mais próxima ao ''respeitar'' o outro. Todos merecem ter sua individualidade protegida, oprimir o ''eu'' alheio é o maior ato de covardia. Toda a gratidão do mundo a esse filme por incentivar as singularidades que nos fazem sociedade plural!
O pai, dentro de todo seu dogmatismo, precisou superar suas próprias limitações e dar asas a uma modernidade antes considerada incompatível com sua persoalidade; o filho( que por ser o mais novo supostamente representaria a visão ''á frente do tempo''), pela doença, para na linha temporal, sendo então, a personagem aquém do momento real.
É afinal, uma obra sobre inversão de sintonia seguida por uma intensa ressonancia, permeada por uma trilha sonora mais digna de ser classificada como A trilha sonora e nos lembrando: Nunca julgue o que não entende. P.S: J.K. é inigualável.
There's a song by Baz Luhrmann called Sunscreen. He says worrying about the future is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubble gum. The real troubles in your life will always be things that never crossed your worried mind.
Não existe linha tênue nesse filme, é escracho, incômodo, mas desnuda a sociedade. Do nosso lado da tela, em certas cenas, existe angústia, enquanto para a realidade das personagens ''julgamento'' é uma palavra inexistente. Consequentemente infância e idade adulta se confundem, para nós espectadores, as crianças não precisam procurar monstros embaixo das camas, elas os incorporam, não existe limite social/moral, portanto o tornado não deixou resquícios físicos, somente. Cenas aleatórias, representando a rotina em uma abordagem (como já muito dita) niilista e que nos diz tanto pelo ''nu e cru'' quanto pela metaforização: o exagero de expressão dessa obra é um apelo ao fim da idealização exagerada da vida e alerta para o que existe em inúmeros núcleos sociais (o argumento do roteiro é irrefutável).
A maneira intimista como foram filmadas as cenas é extremamente agradável, passa a sensação de estarmos presenciando uma sucessão de takes caseiros. É um drama, entretanto seu maior entendimento não se dá pelos diálogos, mas, pela interpretação das letras das canções. Cada uma delas remetia fielmente às cenas nas quais se apresentavam; no mínimo sensível. A música os uniu e me uniu ao enredo, por ela foi possível desmantelar o psicológico das personagens, conhecer suas realidades subjetivas. Outro ponto é a naturalidade das atuações, nao existe nada "conforme o script", os diálogos são retratos da realidade em meio a uma atmosfera incrível.
''The heart weighs 300 grams''. Essa obra é uma metonímia: do todo pela parte. Como espectadores somos o todo; a história da Elena é a parte, da qual nos valemos, quando a narrativa aflora nossas lacunas sentimentais e nostálgicas. Somos afinal partes de Elena, partes de Petra. E o que mais encanta: a realidade e honestidade desse enredo nos prova que o cotidiano e as experiências podem ser vistas com os olhos da poesia. Eu adoraria '''degradar'' esse filme e o deixar ''escorrer'' pela minha alma (continuamente).
Só Bergman para metaforizar a vida por imagens com maestria. Ele dispensa os diálogos e bombardeia, pelo simbolismo imagético, milhares de sensações simultâneas, de representações. Eu tenho vontade de aplaudir a cada obra vista dele: universal e atemporal. Além de tudo: Liv Ullmann nos olha nos olhos, faz do espectador parte do filme.
Sobre a angústia diluida na cidade, sobre os olhos falarem mais diante dos grandes centros. O filme que indica a condição humana: do desencontro interno ao desencontro das relações que se tornaram rotina (aqui metaforizada pelo casamento); enquanto ao mesmo tempo a esperança é desnovelada pela busca constante de quem somos, e tendo como motivação o encontro com alguém que impulsione e/ou complete a existência (Bob e Charlotte). Por isso, não considero o título em português um "pecado", ele faz jus ao filme, tanto quanto a poesia do nome "Lost in Translation".
CONTÉM SPOILERS: Esse filme me encanta e me angustia, com a mesma intensidade, nos seus diferentes focos, os quais, não deixam de se conectarem em uma beleza fluida de diálogos escassos - mas simples e profundos - fotografia e trilha sonora. Em um primeiro momento nos é apresentada uma realidade envolvida em um bálsamo de costumes, rotineiros afinal; os diálogos repetidos ( acho interessante a mudança de visão, o modo de contextualizacao dos diálogos nas cenas do café da manhã), o silêncio humano que persiste enquanto prevalecem sons da natureza. A natureza, por sua vez, está além desses sons, está nas cenas do cemitério: a morte é a expressão temporal dela. A chegada da jovem modifica lentamente todo o ambiente. Esteticamente, o filme torna- se cada vez mais iluminado, mais aberto, nosso campo de visão se amplia (talvez essa seja somente uma percepção pessoal, não sei); no cotidiano, Rita parece trazer vida aos idosos, e estes, por sua vez trazem-na a uma vida que ela desejara conhecer, é uma admirável simbiose.... Rita encontra vida e beleza aonde são consideradas findadas. Esse mutualismo se edifica no ponto comum: a fotografia. E o desenrolar da trama enche nossos olhos de esperança, enquanto o martelo da realidade nos bate à porta. Mais dois detalhes: - O encontro entre gerações é maravilhoso, e que atire a primeira pedra quem não se lembrou de avós, pais ou da influência dos costumes de algum idoso marcante em nossas vidas. -A cena em que Rita ouve Franz Ferdinand: o ambiente escuro parece dizer que aquele mundo em que ela se encontra durante a música é fechado, só dela, bem como, no início do filme, Madalena encontra- se em um ambiente escuro, fechado, só dela. Acho fantástico também, o contraste que essa cena representa no filme, confrontando o atual com o mundo fora dos fones: retrógrado.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraI have all these things that I want to say to her, like... Like how I can tell she's a lonely person, even if other people can't. Cause I know what it feels like to be lost and lonely and invisible.
Walt nos Bastidores de Mary Poppins
3.8 580 Assista AgoraTudo bem que o título em Português não é nada ok (como de costume). Mas o título em Inglês, na minha visão, solta um super spoiler,
se referindo, exatamente ao ponto em que o filme toma um ritmo diferente.
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista AgoraDireção de arte 10/10. Não fui esperando terror, a partir da sinopse fiquei presa à fantasia e ao suspense e foi isso que encontrei; além do drama que envolve e fecha toda a história. Nem de longe o meu favorito do Del Toro, história bem previsível e que poderia ter sido explorada por outros caminhos (torci muito pra que isso acontecesse). Enfim, me lembrou por vezes Não Tenha Medo do Escuro.
Para Sempre Lilya
4.2 869Uma obra que capta mazelas concretas e abstratas, permeia a vida e a morte, deixando a realidade ferrenha entrar no espectro desconhecido do "lado de lá" e arrasta esse lado -menos obscuro na visão do diretor - para dentro da vida.
A menina de quem foi tirado tudo, aos poucos, cada escolha assemelhando-se a uma auto-guilhotina; a morte vem como redenção, será? A menina tentou. Tentou rezar, tentou persistir, tentou não rasgar a foto da mãe: rasgou, colou...queimou. Tentou pela via da esperança: os EUA fora um dia para ela tão promissor quanto a Suécia. Mas nada fluía da maneira que esperava. A culpa não era dela, e ela ainda se culparia (vide final do filme: e se ela tivesse feito escolhas diferentes? Eram escolhas possíveis no momento que foram feitas?). A realidade fria, suja, caricata expôs suas garras. Um embate injusto: indefesa x mundo bem articulado para o mal. Acabou em um mar de marcas profundas: o abandono, o machismo, a escravidão sexual, o vazio. E de repente tudo vêm a tona: a infância que nunca teve: lápis-de-cor, boneca e mochila rosa; o anjo em forma de amigo suicida: metáfora de sua inocência roubada?
Ele dizia: você tem apenas essa vida. Ela esboçava um vazio maior; porque aquela já não era ela, aquela vida já havia tomado todos os caminhos da dor do estupro, da submissão, da falta de escolha, do erro involuntário.
Um mundo que além desse, sofrimento palpável, parece sem promessas. Um subúrbio onde não há grandes perspectivas, alastrado por desilusão (aqui fomentada pelo contexto histórico - sinto teor crítico), cuja principal distração seria "cheirar cola".
Não é uma obra que simplesmente recorre à fórmula: sofrimento - tentativas - suicídio; ou: sofrimento - tentativa - melhora. É muito além: é sobre descobrir ser refém da própria realidade, de ter ações intrincadas nas decisões de terceiros, de ser dependente mesmo quando deseja emancipação; uma obra com atmosfera solitária e ao mesmo tempo sutilmente solidária (relação entre Lilya e o amigo); uma obra em que a tentativa não é suficiente, e nos deixa a dúvida: seria o suicídio suficiente para ela? Para o garoto foi? Se foi, porque ele insistia para que ela não saltasse da ponte?
A ficção é tão real que arrepia. A menina não é apenas a Lilya.
E a morte é uma promessa incerta para nós, mas, pode ter sido, (essa é minha maior dúvida sobre o filme) para Lilya, a realização do sua fala: "E eu vou ter um futuro brilhante, sim.".
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista AgoraYou're not perfect, sport, and let me save you the suspense: this girl you've met, she's not perfect either. But the question is whether or not you're perfect for each other.
Gritos e Sussurros
4.3 472É tanta metáfora e ponto alto que digerir esse filme é bem mais do que analisar a história posta. "Grito e sussurro" infinitas vezes a maestria de Bergman que consegue nos colocar em posição de êxtase com relação à própria raça humana. Um homem que nos faz entender ou desesperar por aquilo que é ser humano.
Eu, Mamãe e os Meninos
3.7 162 Assista AgoraQue desconstrução de gêneros mais linda, que papel principal bem interpretado!
Cronicamente Inviável
4.0 140Não é uma ficção, é um recorte do cotidiano! Esse filme invade feito lâmina: ora fere nossos ouvidos pelos discursos absurdos; ora corta nosso coração pela veracidade da desigualdade. Realidade quando escancarada faz sangrar muito.
Ponto de Mutação
4.0 149‘’Isso é fisica’’
‘’Não, isto é poesia’’
Uma obra sobre pontos de vista.
Sr. Ninguém
4.3 2,7K"I don't know what it could be. I'm not happy. I'm going crazy. Every morning when I wake up, I rub my eyes and I see your face and I start crying. I realise that my life is passing me by. How can you stay so calm? How can you be like that? You're not human! I don't know what to do! It's not my fault, right? You're not gonna leave me, are you?"
"No no no, I love you!"
"I hurt everybody! I hurt you, the children... this can't go on."
"Together we can do it."
" Then you're all gonna end up drowning with me."
"We'll learn to swim. I love you."
"I love you."
"I love you..."
Despachado Para a Índia
3.4 29 Assista AgoraEsse filme é tão sutil e consegue transmitir a mensagem política/social de um modo fluído. Um trabalho muito bem lapidado!
That's What I Am
4.0 136 Assista AgoraA possibilidade de sermos quem quisermos = liberdade.
Seja ''um professor, um cantor, um escritor'', você tem o pleno direito de ''ser'' e merece ser respeitado da maneira que o é, pelas aptidões que possui.
Pluralidade é algo lindo e nossa posição deve ir além do ''tolerar'', deve ser mais próxima ao ''respeitar'' o outro. Todos merecem ter sua individualidade protegida, oprimir o ''eu'' alheio é o maior ato de covardia.
Toda a gratidão do mundo a esse filme por incentivar as singularidades que nos fazem sociedade plural!
A Música Nunca Parou
4.3 379 Assista AgoraNão é apenas uma história sobre a relação pai e filho, mas também uma lição de auto-superação através do tempo.
O pai, dentro de todo seu dogmatismo, precisou superar suas próprias limitações e dar asas a uma modernidade antes considerada incompatível com sua persoalidade; o filho( que por ser o mais novo supostamente representaria a visão ''á frente do tempo''), pela doença, para na linha temporal, sendo então, a personagem aquém do momento real.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraThere's a song by Baz Luhrmann called Sunscreen. He says worrying about the future is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubble gum. The real troubles in your life will always be things that never crossed your worried mind.
Vidas sem Destino
3.7 659Não existe linha tênue nesse filme, é escracho, incômodo, mas desnuda a sociedade. Do nosso lado da tela, em certas cenas, existe angústia, enquanto para a realidade das personagens ''julgamento'' é uma palavra inexistente. Consequentemente infância e idade adulta se confundem, para nós espectadores, as crianças não precisam procurar monstros embaixo das camas, elas os incorporam, não existe limite social/moral, portanto o tornado não deixou resquícios físicos, somente. Cenas aleatórias, representando a rotina em uma abordagem (como já muito dita) niilista e que nos diz tanto pelo ''nu e cru'' quanto pela metaforização: o exagero de expressão dessa obra é um apelo ao fim da idealização exagerada da vida e alerta para o que existe em inúmeros núcleos sociais (o argumento do roteiro é irrefutável).
Nostalgia
4.3 186Metáforas incessantes orbitando em diversos âmbitos humanos, em tudo aquilo que a vida rege ou que rege a vida. 1+1=1.
Apenas Uma Vez
4.0 1,4K Assista AgoraA maneira intimista como foram filmadas as cenas é extremamente agradável, passa a sensação de estarmos presenciando uma sucessão de takes caseiros. É um drama, entretanto seu maior entendimento não se dá pelos diálogos, mas, pela interpretação das letras das canções. Cada uma delas remetia fielmente às cenas nas quais se apresentavam; no mínimo sensível.
A música os uniu e me uniu ao enredo, por ela foi possível desmantelar o psicológico das personagens, conhecer suas realidades subjetivas.
Outro ponto é a naturalidade das atuações, nao existe nada "conforme o script", os diálogos são retratos da realidade em meio a uma atmosfera incrível.
Geração Prozac
3.6 465All he can say is, "Gradually, then suddenly." That's how depression hits. You wake up one morning, afraid that you're gonna live.
Elena
4.2 1,3K Assista Agora''The heart weighs 300 grams''.
Essa obra é uma metonímia: do todo pela parte. Como espectadores somos o todo; a história da Elena é a parte, da qual nos valemos, quando a narrativa aflora nossas lacunas sentimentais e nostálgicas. Somos afinal partes de Elena, partes de Petra. E o que mais encanta: a realidade e honestidade desse enredo nos prova que o cotidiano e as experiências podem ser vistas com os olhos da poesia. Eu adoraria '''degradar'' esse filme e o deixar ''escorrer'' pela minha alma (continuamente).
Educação
3.8 1,2K Assista Agora"Pra vida que eu quero, não existem atalhos."
A Hora do Lobo
4.2 308Só Bergman para metaforizar a vida por imagens com maestria. Ele dispensa os diálogos e bombardeia, pelo simbolismo imagético, milhares de sensações simultâneas, de representações. Eu tenho vontade de aplaudir a cada obra vista dele: universal e atemporal.
Além de tudo: Liv Ullmann nos olha nos olhos, faz do espectador parte do filme.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraSobre a angústia diluida na cidade, sobre os olhos falarem mais diante dos grandes centros. O filme que indica a condição humana: do desencontro interno ao desencontro das relações que se tornaram rotina (aqui metaforizada pelo casamento); enquanto ao mesmo tempo a esperança é desnovelada pela busca constante de quem somos, e tendo como motivação o encontro com alguém que impulsione e/ou complete a existência (Bob e Charlotte). Por isso, não considero o título em português um "pecado", ele faz jus ao filme, tanto quanto a poesia do nome "Lost in Translation".
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
4.1 3,5K Assista Agora"Sabe como deveria se chamar essa operação? Operação Iraque".
Histórias Que Só Existem Quando Lembradas
4.1 283 Assista AgoraCONTÉM SPOILERS:
Esse filme me encanta e me angustia, com a mesma intensidade, nos seus diferentes focos, os quais, não deixam de se conectarem em uma beleza fluida de diálogos escassos - mas simples e profundos - fotografia e trilha sonora. Em um primeiro momento nos é apresentada uma realidade envolvida em um bálsamo de costumes, rotineiros afinal; os diálogos repetidos ( acho interessante a mudança de visão, o modo de contextualizacao dos diálogos nas cenas do café da manhã), o silêncio humano que persiste enquanto prevalecem sons da natureza. A natureza, por sua vez, está além desses sons, está nas cenas do cemitério: a morte é a expressão temporal dela.
A chegada da jovem modifica lentamente todo o ambiente. Esteticamente, o filme torna- se cada vez mais iluminado, mais aberto, nosso campo de visão se amplia (talvez essa seja somente uma percepção pessoal, não sei); no cotidiano, Rita parece trazer vida aos idosos, e estes, por sua vez trazem-na a uma vida que ela desejara conhecer, é uma admirável simbiose.... Rita encontra vida e beleza aonde são consideradas findadas. Esse mutualismo se edifica no ponto comum: a fotografia. E o desenrolar da trama enche nossos olhos de esperança, enquanto o martelo da realidade nos bate à porta.
Mais dois detalhes:
- O encontro entre gerações é maravilhoso, e que atire a primeira pedra quem não se lembrou de avós, pais ou da influência dos costumes de algum idoso marcante em nossas vidas.
-A cena em que Rita ouve Franz Ferdinand: o ambiente escuro parece dizer que aquele mundo em que ela se encontra durante a música é fechado, só dela, bem como, no início do filme, Madalena encontra- se em um ambiente escuro, fechado, só dela. Acho fantástico também, o contraste que essa cena representa no filme, confrontando o atual com o mundo fora dos fones: retrógrado.