:| não pinta um retrato fidedigno da nise, distorce alguns acontecimentos que pra dizer conhecer-se nise são importantes, mas que pro decorrer da história não se fariam necessários, assim como não se fizeram pra grandeza da doutora. porém glória pires atua maravilhosamente como sempre.
Eu não esperava muito desde o casting. Emma Stone não tem nada a ver com Cruella, não tem a alma camp e viciosa da vilã. Toda a ideia de transformar a Cruella numa punk é risível, a Cruella é tudo o que o punk rejeita. Não dá pra construir um filme inteiro numa linguagem como o figurino quando tem essa incoerência tão natal. E dói assistir mais um filme fedendo ao corporativismo girlboss de Hollywood. A próxima vez que eu ouvir "empoderada" eu mesma piso num filhotinho de dálmata. A trilha sonora é boa. Os figurinos não são nada mau, mas se você olha eles como peças de roupas, e não como figurino, que se propõe a contar uma história. E sinceramente, uma Cruella que ama cachorrinhos? E que não é louca por peles? Ai, ai...
A DC me deixa triste, porque toda vez que anunciam um filme, eu tenho uma sensação que é só pra marcar presença e surfar no hype criado pela Marvel :/ muito potencial disperdiçado. E olha que eu sou fã da DC desde criancinha.
Um olhar raro sobre a descoberta masculina do que consiste ser mulher. Monica Bellucci é uma gigante, só ela poderia ter conduzido tão bem uma personagem dessas. Lindamente dirigido, direção de arte impecável, figurinos marcantes.
Nunca vi um filme tão naïf, em sua narrativa e estética. Delicioso, divertido e inteligente ao discutir sexo. Gosto muito de todas as camadas de fantasia que tem.
Como é possível acreditar na sedução do Marco Antônio quando ele parece ser tão fraco, passivo e dominado pela Cleópatra? Fica difícil acreditar sequer que ela consegue amar ele, quando se tem um César tão carismático em contraponto.
Liz Taylor é precisa, sedutora em sua leveza, convence na atuação. Merecido o lugar que ocupa na história. Primeira metade do filme é ótima. A segunda metade é aguada, um pouco difícil de convencer.
Como comunista que esperou muito por um filme sobre Marighella/ALN, é triste dar só três estrelas. O melhor do filme foi o hype que ele criou. Cinematograficamente tem problemas sérios na direção, na continuidade e algumas coisas imperdoáveis, como enquadrar prédios mui contemporâneos em uma cena ou outra. Alguns diálogos secos e sem humor são seguidos de risos forçados. É desconfortável. A direção inexperiente de Wagner Moura fica andando nessa meia linha entre querer escrever uma ficção e se ater aos fatos da guerrilha armada. O problema disso é que na invenção da história, fica aguado. Ao invés de inventar sucessões de acontecimentos que nunca houveram na realidade e não encaixam bem na narrativa, por que não contar a história real, já que o filme se propõe a falar sobre ela? A existência dessa personagem Bella foi broxante no meu coração, porque ela remete à Iara, mas perde a chance de contar a história da mulher que eu considero a maior mulher da luta armada. E no fim, só temos a Clara como representação de uma pessoa real (que é viva até hoje). Das atuações, Bruno Gagliasso carrega o filme nas costas. Tenebroso. Jorge Paz também é outro ponto alto do elenco, domina a cena em todos os momentos, é expressivo, confuso, inteligentíssimo ator. Seu Jorge é um Marighella frio, distante e pouco carismático. Parece que só tem duas expressões ao longo do filme - sério e marejando o olhar. Herson Capri entregou uma das melhores cenas da sua carreira, dolorosa, contida e visceral. O que mais me incomodou:
A gratuidade da cena de tortura. Eu entendo de onde parte Wagner Moura, querendo expor os horrores da ditadura. Porém ele não aprendeu nada com Tropa de Elite sobre a glamourização da violência na mídia. Muito brutal, desconfortável e romantizada. Ser torturado não é romântico, como retratado na cena, em que o Jorge se mantém firme até o fim. Inúmeros quebraram sob tortura. Esse poderia ter sido um aspecto explorado. Não é enobrecedor. Muitos sobreviventes continuam até hoje sem falar sobre suas torturas pela reprodução de ideias como essas, a vergonha de ter quebrado etc
Gosto da maneira como o filme bota a reflexão da responsabilidade do Marighella sobre seus companheiros da luta, como ele é um personagem contraditório.
Pra quem já viu "O que é isso, companheiro?", Marighella é um filme ruim de navegar, tedioso, sem um fio condutor que entretém e conduz enquanto obra.
Séverine é o domínio do superego, é a mulher da sociedade e do clube, composta, sexualmente reprimida, que dorme em cama separada do próprio marido, de roupas impecáveis e trejeitos contidos. Mas esse domínio e essa repressão causam uma tremenda infelicidade e a impedem de amar plenamente seu marido e causam nela o que a psicanálise chama de perversão - as fantasias em que ela é agredida, arrastada, violentada por seu marido e por homens estranhos. Essa repressão tão forte é colocada em cheque quando ela se depara com a fofoca da mulher sexualmente liberada e a encontra, dentro dessa mesma sociedade, usufruindo das mesmas coisas que ela. Ali ergue-se um véu da fantasia de Séverinne de que a felicidade residia nessa repressão, em ser tão comedida. Ela passa então a dissociar-se em duas: A Séverinne, do domínio do Superego, e a Belle de Jour, do domínio do Id. A Belle de Jour é o inconsciente de Séverinne pedindo espaço e exigindo que sua libido seja ouvida e atendida. Mas Belle de Jour não tem o discernimento que Séverinne tem e age a partir de pulsões e de uma busca incessante por erotismo. Eventualmente quando sua neurose é confrontada com a realidade, no episódio em que seu amante Marcel invade seu apartamento, dois mundos e duas mulheres diferentes acabam implodindo em uma. Ao final, no entanto, vemos que Séverinne não cresceu nem aprendeu. Termina o filme como começou - a mesma mulher, reprimida, exercendo o papel que acredita lhe caber, bem penteada, bordando e fantasiando com o marido a quem condenou a uma vida vegetativa.
Acho que no final, o que eu levei do filme é como em sociedades totalitárias, não existe liberdade sequer a quem as escapa. Quando o véu de uma fantasia é erguido, outro pousa sob ela.
Todo o ranço e medo do poder da literatura é substituído por um fetichismo exacerbado pela literatura, onde as pessoas perdem sua identidade em prol de uma suposta resistência, enquanto não conseguem ver que suas próprias práticas são contraditórias - no caso, decorar o livro para recitar, queimar o livro, para um dia reescrevê-lo. Mas ao mesmo tempo, não poderia ser diferente dentro dessa sociedade, o que torna essa uma fantasia muito doce aos olhos do espectador.
Outra coisa que me chamou atenção, é como em dado momento falam sobre como é cíclico o processo de totalitarismo e repressão e dias de liberdade. Nada é perene. Me disseram que o filme é bem diferente do livro, o que eu vou ter que descobrir fazendo a prova dos nove.
É uma história muito importante e muito difícil de contar. A história ficou atropelada, as atuações não convenceram e a Mia W. me pareceu apática e ordinária demais pruma personagem como a Jane. Ainda assim o filme tem boas cenas e bons diálogos. E uma excelente história é sempre uma excelente história, mesmo quando a adaptação é fraca em pontos importantes.
Ah, o amor. Essa coisa irracionável, implacável e imortal. Uma história longe de ser cafona sobre como o amor tem raízes profundas, capazes de estrangular e florescer. Ótimo.
Fui levar um date pra ver esse filme na cinemateca e saí na metade. Ela até tava gostando, ficou falando do filme depois, mas eu não consegui não, me deu muita vergonha alheia.
Caramba, a Emily Browning é realmente uma baita duma atriz. Eu vi uma resenha sobre como ela chegou a ler 150 scrips antes de aceitar um que ela achava que tinha uma consistência que valeria a pena para aceitar e foi nessa impressão que eu fui assistir Beleza Adormecida.
Esse filme vai além de palavras. É balanceado perfeitamente entre ternura e brutalidade, entre intimidade e despersonalização, entre amor e luxúria e oscila de um ao outro com leveza e determinação. Um filme muito bem costurado com seu roteiro e direção de arte, atuações muito marcantes e monólogos como o do Chris Haywood (creditado como Homem 2) que além de ser no tom perfeito foi tão lindo o enquadramento. Eu gosto muito do diálogo sobre sexo, prostituição e estupro que o filme faz. Um bom roteiro induz o espectador a tirar suas próprias conclusões, ter suas próprias experiências revividas, experimentar diferentes emoções e esse filme é excelente sob esse ponto de vista.
A personagem de Emily é tudo o que a atriz defende - uma personagem repleta de contradições e que passa longe do óbvio. Durante vários momentos você questiona os motivos que a regem a tomar as atitudes que toma e eu pessoalmente fui capaz de ao mesmo tempo discordar das suas atitudes e empatizar por ela. Parece o ser o tipo de pessoa que não tem muita certeza do porquê faz o que faz e age com uma melancolia despersonalizada, mas é capaz de sofrer e sentir profundamente em contraste com esse aspecto desligado e adormecido da personalidade dela.
A cena em que ela desperta de sua quase morte e grita ficou mal compreendida por mim no instante em que eu terminei o filme, mas eu entendi depois olhando pra mim mesma. Quando você passa um tempo despersonalizada, você é capaz de despertar em meio de cenas que você não compreende bem e se chocar e agonizar com as coisas que você fez ou permitiu serem feitas com você. Brutal.
Eu inclusive não tinha certeza se era esse o filme que eu tinha visto, mas então tá. Por que esse filme foi elevado ao patamar que foi? Essa é uma pergunta séria, não é deboche.
Eu fiquei bem chocada com a maneira como a Odile é tratada pelos dois, como ela é manipulada e agredida e como tudo isso é pintado com cores de inofensividade. E como hoje em dia esse filme não foi revisitado com um olhar sobre como violência à mulher era normalizada antigamente.
Lunar
3.8 686 Assista AgoraEle se desenvolve duma maneira confusa, né? Achei bem tedioso. Mas os efeitos especiais são legais.
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista Agora:|
não pinta um retrato fidedigno da nise, distorce alguns acontecimentos que pra dizer conhecer-se nise são importantes, mas que pro decorrer da história não se fariam necessários, assim como não se fizeram pra grandeza da doutora. porém glória pires atua maravilhosamente como sempre.
A Menina que Matou os Pais
3.1 679 Assista AgoraHmmmmmmmm muito ruinzinho. Mas tinha potencial com a premissa.
Uma vez em Veneza
3.2 2Puxa, que filme insuportável.
Shiva Baby
3.8 259 Assista AgoraUma esquete muito legal sobre a escrotidão humana. Tem um humor bem seco e um timing cômico perfeito.
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraUma das melhores histórias que já me foram contadas. Sabe trabalhar suspense de uma forma deliciosa.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraEu não esperava muito desde o casting. Emma Stone não tem nada a ver com Cruella, não tem a alma camp e viciosa da vilã. Toda a ideia de transformar a Cruella numa punk é risível, a Cruella é tudo o que o punk rejeita. Não dá pra construir um filme inteiro numa linguagem como o figurino quando tem essa incoerência tão natal. E dói assistir mais um filme fedendo ao corporativismo girlboss de Hollywood. A próxima vez que eu ouvir "empoderada" eu mesma piso num filhotinho de dálmata. A trilha sonora é boa. Os figurinos não são nada mau, mas se você olha eles como peças de roupas, e não como figurino, que se propõe a contar uma história.
E sinceramente, uma Cruella que ama cachorrinhos? E que não é louca por peles? Ai, ai...
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraA DC me deixa triste, porque toda vez que anunciam um filme, eu tenho uma sensação que é só pra marcar presença e surfar no hype criado pela Marvel :/ muito potencial disperdiçado. E olha que eu sou fã da DC desde criancinha.
Malena
3.9 406 Assista AgoraUm olhar raro sobre a descoberta masculina do que consiste ser mulher. Monica Bellucci é uma gigante, só ela poderia ter conduzido tão bem uma personagem dessas. Lindamente dirigido, direção de arte impecável, figurinos marcantes.
Barbarella
3.2 277 Assista AgoraNunca vi um filme tão naïf, em sua narrativa e estética. Delicioso, divertido e inteligente ao discutir sexo. Gosto muito de todas as camadas de fantasia que tem.
Cleópatra
4.0 310 Assista AgoraO talento do Rex Harrison de dominar qualquer filme que ele aparece é absurdo.
Como é possível acreditar na sedução do Marco Antônio quando ele parece ser tão fraco, passivo e dominado pela Cleópatra? Fica difícil acreditar sequer que ela consegue amar ele, quando se tem um César tão carismático em contraponto.
Liz Taylor é precisa, sedutora em sua leveza, convence na atuação. Merecido o lugar que ocupa na história.
Primeira metade do filme é ótima. A segunda metade é aguada, um pouco difícil de convencer.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraBoa direção de arte, bom elenco, gostei do desfecho. No mais, é fraco de roteiro e direção.
O Morro dos Ventos Uivantes
3.7 361 Assista AgoraSheila Mello dá um tempo na alegria e chora
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraComo comunista que esperou muito por um filme sobre Marighella/ALN, é triste dar só três estrelas. O melhor do filme foi o hype que ele criou.
Cinematograficamente tem problemas sérios na direção, na continuidade e algumas coisas imperdoáveis, como enquadrar prédios mui contemporâneos em uma cena ou outra. Alguns diálogos secos e sem humor são seguidos de risos forçados. É desconfortável.
A direção inexperiente de Wagner Moura fica andando nessa meia linha entre querer escrever uma ficção e se ater aos fatos da guerrilha armada. O problema disso é que na invenção da história, fica aguado. Ao invés de inventar sucessões de acontecimentos que nunca houveram na realidade e não encaixam bem na narrativa, por que não contar a história real, já que o filme se propõe a falar sobre ela? A existência dessa personagem Bella foi broxante no meu coração, porque ela remete à Iara, mas perde a chance de contar a história da mulher que eu considero a maior mulher da luta armada. E no fim, só temos a Clara como representação de uma pessoa real (que é viva até hoje).
Das atuações, Bruno Gagliasso carrega o filme nas costas. Tenebroso. Jorge Paz também é outro ponto alto do elenco, domina a cena em todos os momentos, é expressivo, confuso, inteligentíssimo ator. Seu Jorge é um Marighella frio, distante e pouco carismático. Parece que só tem duas expressões ao longo do filme - sério e marejando o olhar. Herson Capri entregou uma das melhores cenas da sua carreira, dolorosa, contida e visceral.
O que mais me incomodou:
A gratuidade da cena de tortura. Eu entendo de onde parte Wagner Moura, querendo expor os horrores da ditadura. Porém ele não aprendeu nada com Tropa de Elite sobre a glamourização da violência na mídia. Muito brutal, desconfortável e romantizada. Ser torturado não é romântico, como retratado na cena, em que o Jorge se mantém firme até o fim. Inúmeros quebraram sob tortura. Esse poderia ter sido um aspecto explorado. Não é enobrecedor. Muitos sobreviventes continuam até hoje sem falar sobre suas torturas pela reprodução de ideias como essas, a vergonha de ter quebrado etc
Pra não dizer que não elogiei:
Gosto da maneira como o filme bota a reflexão da responsabilidade do Marighella sobre seus companheiros da luta, como ele é um personagem contraditório.
Pra quem já viu "O que é isso, companheiro?", Marighella é um filme ruim de navegar, tedioso, sem um fio condutor que entretém e conduz enquanto obra.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraAhhh, não tem nem o que falar duma obra prima dessas, apenas sentir.
A Bela da Tarde
4.1 342 Assista AgoraPrato cheio pra quem gosta de psicanálise.
Séverine é o domínio do superego, é a mulher da sociedade e do clube, composta, sexualmente reprimida, que dorme em cama separada do próprio marido, de roupas impecáveis e trejeitos contidos. Mas esse domínio e essa repressão causam uma tremenda infelicidade e a impedem de amar plenamente seu marido e causam nela o que a psicanálise chama de perversão - as fantasias em que ela é agredida, arrastada, violentada por seu marido e por homens estranhos. Essa repressão tão forte é colocada em cheque quando ela se depara com a fofoca da mulher sexualmente liberada e a encontra, dentro dessa mesma sociedade, usufruindo das mesmas coisas que ela. Ali ergue-se um véu da fantasia de Séverinne de que a felicidade residia nessa repressão, em ser tão comedida. Ela passa então a dissociar-se em duas: A Séverinne, do domínio do Superego, e a Belle de Jour, do domínio do Id. A Belle de Jour é o inconsciente de Séverinne pedindo espaço e exigindo que sua libido seja ouvida e atendida. Mas Belle de Jour não tem o discernimento que Séverinne tem e age a partir de pulsões e de uma busca incessante por erotismo. Eventualmente quando sua neurose é confrontada com a realidade, no episódio em que seu amante Marcel invade seu apartamento, dois mundos e duas mulheres diferentes acabam implodindo em uma. Ao final, no entanto, vemos que Séverinne não cresceu nem aprendeu. Termina o filme como começou - a mesma mulher, reprimida, exercendo o papel que acredita lhe caber, bem penteada, bordando e fantasiando com o marido a quem condenou a uma vida vegetativa.
Fahrenheit 451
4.2 419Acho que no final, o que eu levei do filme é como em sociedades totalitárias, não existe liberdade sequer a quem as escapa. Quando o véu de uma fantasia é erguido, outro pousa sob ela.
Todo o ranço e medo do poder da literatura é substituído por um fetichismo exacerbado pela literatura, onde as pessoas perdem sua identidade em prol de uma suposta resistência, enquanto não conseguem ver que suas próprias práticas são contraditórias - no caso, decorar o livro para recitar, queimar o livro, para um dia reescrevê-lo. Mas ao mesmo tempo, não poderia ser diferente dentro dessa sociedade, o que torna essa uma fantasia muito doce aos olhos do espectador.
Outra coisa que me chamou atenção, é como em dado momento falam sobre como é cíclico o processo de totalitarismo e repressão e dias de liberdade. Nada é perene.
Me disseram que o filme é bem diferente do livro, o que eu vou ter que descobrir fazendo a prova dos nove.
Jane Eyre
3.9 787 Assista AgoraÉ uma história muito importante e muito difícil de contar. A história ficou atropelada, as atuações não convenceram e a Mia W. me pareceu apática e ordinária demais pruma personagem como a Jane. Ainda assim o filme tem boas cenas e bons diálogos. E uma excelente história é sempre uma excelente história, mesmo quando a adaptação é fraca em pontos importantes.
Meu Rei
3.9 137 Assista AgoraAh, o amor. Essa coisa irracionável, implacável e imortal. Uma história longe de ser cafona sobre como o amor tem raízes profundas, capazes de estrangular e florescer. Ótimo.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraBem fraquinho, mas vai ser o Ghost World de uma geração.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista Agoramaravilhoso!
Kryptonita
2.6 6Fui levar um date pra ver esse filme na cinemateca e saí na metade. Ela até tava gostando, ficou falando do filme depois, mas eu não consegui não, me deu muita vergonha alheia.
Beleza Adormecida
2.4 1,2K Assista AgoraCaramba, a Emily Browning é realmente uma baita duma atriz. Eu vi uma resenha sobre como ela chegou a ler 150 scrips antes de aceitar um que ela achava que tinha uma consistência que valeria a pena para aceitar e foi nessa impressão que eu fui assistir Beleza Adormecida.
Esse filme vai além de palavras. É balanceado perfeitamente entre ternura e brutalidade, entre intimidade e despersonalização, entre amor e luxúria e oscila de um ao outro com leveza e determinação. Um filme muito bem costurado com seu roteiro e direção de arte, atuações muito marcantes e monólogos como o do Chris Haywood (creditado como Homem 2) que além de ser no tom perfeito foi tão lindo o enquadramento. Eu gosto muito do diálogo sobre sexo, prostituição e estupro que o filme faz. Um bom roteiro induz o espectador a tirar suas próprias conclusões, ter suas próprias experiências revividas, experimentar diferentes emoções e esse filme é excelente sob esse ponto de vista.
A personagem de Emily é tudo o que a atriz defende - uma personagem repleta de contradições e que passa longe do óbvio. Durante vários momentos você questiona os motivos que a regem a tomar as atitudes que toma e eu pessoalmente fui capaz de ao mesmo tempo discordar das suas atitudes e empatizar por ela. Parece o ser o tipo de pessoa que não tem muita certeza do porquê faz o que faz e age com uma melancolia despersonalizada, mas é capaz de sofrer e sentir profundamente em contraste com esse aspecto desligado e adormecido da personalidade dela.
A cena em que ela desperta de sua quase morte e grita ficou mal compreendida por mim no instante em que eu terminei o filme, mas eu entendi depois olhando pra mim mesma. Quando você passa um tempo despersonalizada, você é capaz de despertar em meio de cenas que você não compreende bem e se chocar e agonizar com as coisas que você fez ou permitiu serem feitas com você. Brutal.
Elegante, marcante e provocativo.
O Bando à Parte
4.1 211Eu inclusive não tinha certeza se era esse o filme que eu tinha visto, mas então tá. Por que esse filme foi elevado ao patamar que foi? Essa é uma pergunta séria, não é deboche.
Eu fiquei bem chocada com a maneira como a Odile é tratada pelos dois, como ela é manipulada e agredida e como tudo isso é pintado com cores de inofensividade. E como hoje em dia esse filme não foi revisitado com um olhar sobre como violência à mulher era normalizada antigamente.