Tava em exibição num sesc daqui de onde eu moro. Só entrei na sessão sem saber direito o que ia passar e tive uma das melhores experiencias e surpresas da minha vida.
Um filme artístico, definição necessária na nossa era de blockbusters instantâneos, é um filme que te caminha por uma diferente gama de emoções durante sua duração.
Eu lembro de sentir impaciência no começo moroso e ser confrontada pela extrema paciência do protagonista. Ele vive uma vida lenta e muito contrastante com a nossa de ritmo acelerado na qual mesmo quando nos dispomos a parar e ver um filme nós somos condicionados a querer toda essa ação e ritmo frenético da nossa vida urbana ocidental.
A nossa protagonista é uma mulher desabrochando, na sua idade aparente de catorze anos, talvez? Assim como o milho, ela tem seu ciclo. Os dois desabrocham lentamente diante dos nossos olhos e amadurecem tão lentamente, mas tão rápido.
Tem bastante coisa nesse filme que eu não entendi bem e eu sou uma maníaca por entender bem as coisas. Eu assisto cinquenta vezes o mesmo filme até achar que o entendi. Mas esse filme e seus aspectos que eu não entendi (possivelmente falhas de direção porque eu nunca assisti um filme tão atenta em toda minha vida) me fazem pensar em como a arte imita a vida e a vida imita a arte. Na vida a gente nem sempre termina entendo tudo.
Eu vou lembrar desse filme pro resto da minha vida, mas eu não vou assistir ele de novo. Sabe, questão de respeito quando um filme marca a gente desse jeito.
A Ilha do Milharal
4.0 40Tava em exibição num sesc daqui de onde eu moro. Só entrei na sessão sem saber direito o que ia passar e tive uma das melhores experiencias e surpresas da minha vida.
Um filme artístico, definição necessária na nossa era de blockbusters instantâneos, é um filme que te caminha por uma diferente gama de emoções durante sua duração.
Eu lembro de sentir impaciência no começo moroso e ser confrontada pela extrema paciência do protagonista. Ele vive uma vida lenta e muito contrastante com a nossa de ritmo acelerado na qual mesmo quando nos dispomos a parar e ver um filme nós somos condicionados a querer toda essa ação e ritmo frenético da nossa vida urbana ocidental.
A nossa protagonista é uma mulher desabrochando, na sua idade aparente de catorze anos, talvez? Assim como o milho, ela tem seu ciclo. Os dois desabrocham lentamente diante dos nossos olhos e amadurecem tão lentamente, mas tão rápido.
Tem bastante coisa nesse filme que eu não entendi bem e eu sou uma maníaca por entender bem as coisas. Eu assisto cinquenta vezes o mesmo filme até achar que o entendi. Mas esse filme e seus aspectos que eu não entendi (possivelmente falhas de direção porque eu nunca assisti um filme tão atenta em toda minha vida) me fazem pensar em como a arte imita a vida e a vida imita a arte. Na vida a gente nem sempre termina entendo tudo.
Eu vou lembrar desse filme pro resto da minha vida, mas eu não vou assistir ele de novo. Sabe, questão de respeito quando um filme marca a gente desse jeito.