Essa cena inicial dá o tom de todo o filme, como muita gente já disse aí pra baixo. A dimensão da bandeira dos EUA, a centralização do protagonista e tal... tudo muito perfeito.
Meu destaque aqui vai pra cena final: pode ser um exagero de interpretação minha, mas o moinho de vento poderia ser uma referência ao Dom Quixote - já que Patton é quixotesco, como dito pelo oficial alemão.
O subcomandante, que está sempre com o protagonista, fala em certo momento que os outros não sabem se Patton está representando ou não. Talvez esse jeito farsesco - e tão real - seja a principal crítica desse filme.
A mensagem desse filme é bem interessante e a estética é divertida. Tem várias intertextualidades bacanas e a trilha sonora é gostosa de ouvir... Um filme na medida pra agradar
1. Faça terapia 2. Um drama forte sem apelar pro dramalhão novelesco 3. Atuações equlibradíssimas e direção muito competente do Redford 3.1 to completamente apaixonado à primeira vista pela Elizabeth McGovern nesse filme.
ótimo trabalho do David Watkin e do John Barry. Primoroso em sua forma, a trama deixa um tanto a desejar, por conta do novelão. O filme se salva pelos cenários, fotografia, trilha sonora e figurino. Muito bonito de ver!
tecnicamente muito bonito, as elipses muito bem feitas - ótimo trabalho de montagem. Cenário, atuações, figurino e maquiagem... tudo impecável. Direção confortável, roteiro com escolhas simples, e eu entendo que toda obra deve ser analisada dentro de seu contexto... então: trama ok.
sendo sincero, eu achei esse filme parecido com aquelas pessoas bonitas que a gente vê por aí, mas que não sai muita coisa delas. Fiquei com a sensação de "um deleite para os olhos, mas um chiado para os ouvidos", muito por conta da superficialidade do enredo.
Eu tinha tanta coisa pra dizer sobre esse filme. Mas só queria contar que meu pai adoraria esse filme (e ele não é muito fã de filme), essa história, e quase consigo ouvir ele chamando os índios de "meus parente", porque minha vó veio de uma linhagem kaingang.
E, que coisa, acabei me emocionando mais do que gostaria.
gostei demais desse título, unforgiven, porque é muito sugestivo: são imperdoáveis os vaqueiros que, mesmo pagando pelo crime, são mortos, mas também Will Munny trata seu passado de maneira imperdoável: por mais que diga que não é mais o que foi no passado, as lembranças ainda o assombram - e são revividas.
Não há, nesse filme, a lógica clássica dos westerns, de mocinho e bandido, mas a clareza de que todos são culpados, e vão carregar essa culpa. Aqui, o bem não vence o mal. No fim, quem vence são as memórias que carregamos, e que podem ser cruéis. Não há merecimento, há morte.
embora esse filme seja esteticamente primoroso - e aqui a trilha sonora muito sofisticada e as atuações dão corpo a esse refinamento - não tenho dúvidas que, se esse filme contasse a verdadeira história de Lazslo de Almásy, com certeza a trama seria muito mais interessante e viva.
não que eu seja um sádico, mas estamos acostumados com tramas de ascensão e queda. Faz parte do cinema desde que ele existe. A diferença, nesse filme, é que em sua última parte ele envereda por caminhos existenciais, discutindo ética, tempo, vida. Interessante, né? A trama é contada a partir da visão do Mr. Scrap (que nome importantíssimo nesse contexto), e ele arremata o destino das personagens todas: todo mundo pode perder. E perdem.
a primeira é a da kombi, muito bem realizada, e a segunda é a da tentativa de se aprovarem as reservas dos passageiros, com aquele jogo de câmera muito bem feito no escritório.
Além disso, não sei como alguém pode criticar um filme que tem
o filme conta com uma conclusão, um epílogo, nos segundos finais - após os créditos - que condensa tudo o que há de possibilidade dentro dele. É uma frase muito bem escolhida, do contexto de Maio de 68 (um dos movimentos teóricos e políticos mais importantes que já tivemos), que diz: "sous les pavés, la plage".
a minha experiência com o filme seria muito melhor se eu não tivesse lido absolutamente nada sobre ele, porque eu conseguiria acompanhar melhor o sensorialismo ao qual ele se propõe; a mudança de comportamento da protagonista se dá de maneira muito brusca, o que compromete o texto (se houvesse uma elipse maior ali teria resolvido quase tudo); que bom que o filme não deu nada mastigado e coloca o espectador pra fazer suas conjecturações. Esteticamente o filme é redondinho e tem um final amargo, reflexivo.
o filme traz, de maneira corajosa e não estereotipada, uma doença que ainda é tabu, e que, muitas vezes, foi confundida com "virilidade". Por isso, é um filme angustiante, dolorido, sem concessões.
o vício em pornografia e a ansiedade/frustração que leva a pessoa a descontar no sexo não apresenta nada de prazeroso, mas triste. Nesse filme, as relações são todas problemáticas, do protagonista, da sua irmã, do chefe, no ambiente de trabalho. É como se todo mundo fosse meio vazio, perturbado, inadaptável.
Em certo momento, o protagonista, William, pergunta para Penny Lane: "onde e quando acontece essa vida real?"
Eu acho essa questão fundamental, já que o filme é uma simulação dos anos 70 e os personagens estão todos simulando também. O momento da verdade ocorre durante uma turbulência: uma metáfora.
A vida real é entediante, sofrida, cansativa. Seja em 2020 ou nos anos 70. Melhor mesmo suspirar vendo um filme bem feito como esse, com um argumento até simples, mas muito bem executado. Ótimo road movie.
Interessante uma galera dizendo nos comentários que gostaria de ter vivido nessa época. Acho que o passado é sempre mais vistoso, embora seja "uma roupa que não nos serve mais"
Oliver!
3.8 61 Assista AgoraAs músicas são muito tocantes, as coreografias são ótimas, o cenário impecável, figurino belíssimo. Tecnicamente esse filme é realmente esplêndido!
Uma ressalva aqui foi só o fato de o Oliver ficar meio pra escanteio no segundo ato.
Patton, Rebelde ou Herói?
3.9 133 Assista AgoraEssa cena inicial dá o tom de todo o filme, como muita gente já disse aí pra baixo. A dimensão da bandeira dos EUA, a centralização do protagonista e tal... tudo muito perfeito.
Meu destaque aqui vai pra cena final: pode ser um exagero de interpretação minha, mas o moinho de vento poderia ser uma referência ao Dom Quixote - já que Patton é quixotesco, como dito pelo oficial alemão.
O subcomandante, que está sempre com o protagonista, fala em certo momento que os outros não sabem se Patton está representando ou não. Talvez esse jeito farsesco - e tão real - seja a principal crítica desse filme.
Golpe de Mestre
4.3 232Robert Redford e Paul Newman no mesmo filme minha heterossexualidade correu perigo.
Filme divertido, com um desfecho ótimo, trilha sonora adequadíssima e esse figurino que me deu vontade de comprar um chapéu. Bom demais!
Trolls
3.5 392 Assista AgoraA mensagem desse filme é bem interessante e a estética é divertida. Tem várias intertextualidades bacanas e a trilha sonora é gostosa de ouvir... Um filme na medida pra agradar
O Franco Atirador
4.0 356 Assista Agoraselo John Cazale de filme FODA.
Gente Como a Gente
3.8 143 Assista Agora1. Faça terapia 2. Um drama forte sem apelar pro dramalhão novelesco 3. Atuações equlibradíssimas e direção muito competente do Redford 3.1 to completamente apaixonado à primeira vista pela Elizabeth McGovern nesse filme.
Entre Dois Amores
3.7 238 Assista Agoraótimo trabalho do David Watkin e do John Barry. Primoroso em sua forma, a trama deixa um tanto a desejar, por conta do novelão. O filme se salva pelos cenários, fotografia, trilha sonora e figurino. Muito bonito de ver!
O Último Imperador
3.8 159 Assista Agoraque sequência belíssima aquela da Wan Jung comendo a flor e chorando, e depois saindo em meio às serpentinas.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 415 Assista Agoratecnicamente muito bonito, as elipses muito bem feitas - ótimo trabalho de montagem. Cenário, atuações, figurino e maquiagem... tudo impecável. Direção confortável, roteiro com escolhas simples, e eu entendo que toda obra deve ser analisada dentro de seu contexto... então: trama ok.
sendo sincero, eu achei esse filme parecido com aquelas pessoas bonitas que a gente vê por aí, mas que não sai muita coisa delas. Fiquei com a sensação de "um deleite para os olhos, mas um chiado para os ouvidos", muito por conta da superficialidade do enredo.
Dança com Lobos
4.0 495Eu tinha tanta coisa pra dizer sobre esse filme. Mas só queria contar que meu pai adoraria esse filme (e ele não é muito fã de filme), essa história, e quase consigo ouvir ele chamando os índios de "meus parente", porque minha vó veio de uma linhagem kaingang.
E, que coisa, acabei me emocionando mais do que gostaria.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraEdgar Allan Poe ficaria muito orgulhoso com esse filme.
Trabalho técnico primoroso, uma aula de cinema.
Não é muito meu tipo de filme, mas eu o veria tantas vezes mais.
Os Imperdoáveis
4.3 655gostei demais desse título, unforgiven, porque é muito sugestivo: são imperdoáveis os vaqueiros que, mesmo pagando pelo crime, são mortos, mas também Will Munny trata seu passado de maneira imperdoável: por mais que diga que não é mais o que foi no passado, as lembranças ainda o assombram - e são revividas.
Não há, nesse filme, a lógica clássica dos westerns, de mocinho e bandido, mas a clareza de que todos são culpados, e vão carregar essa culpa. Aqui, o bem não vence o mal. No fim, quem vence são as memórias que carregamos, e que podem ser cruéis. Não há merecimento, há morte.
O Paciente Inglês
3.7 459 Assista Agoraembora esse filme seja esteticamente primoroso - e aqui a trilha sonora muito sofisticada e as atuações dão corpo a esse refinamento - não tenho dúvidas que, se esse filme contasse a verdadeira história de Lazslo de Almásy, com certeza a trama seria muito mais interessante e viva.
Crash: No Limite
3.9 1,2Kkarma is a bitch.
Chicago
4.0 997*filmes que merecem ser acompanhados por um vinho*
esse filme é tão chique que eu pus até uma gravata pra assisti-lo
- preta, porque não posso deliberadamente ignorar a glamourização da violência na sociedade do espetáculo...
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista Agorapra mim, a melhor parte do filme é, justamente, o terceiro ato:
não que eu seja um sádico, mas estamos acostumados com tramas de ascensão e queda. Faz parte do cinema desde que ele existe. A diferença, nesse filme, é que em sua última parte ele envereda por caminhos existenciais, discutindo ética, tempo, vida. Interessante, né? A trama é contada a partir da visão do Mr. Scrap (que nome importantíssimo nesse contexto), e ele arremata o destino das personagens todas: todo mundo pode perder. E perdem.
Argo
3.9 2,5Kótimo filme de ação. Tenso na medida certa, e destaco aqui duas sequências que eu gostei muito:
a primeira é a da kombi, muito bem realizada, e a segunda é a da tentativa de se aprovarem as reservas dos passageiros, com aquele jogo de câmera muito bem feito no escritório.
Além disso, não sei como alguém pode criticar um filme que tem
o Chewbacca azul.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraÉ quase um conto de fadas, né.
e eu acho isso ruim pra caramba...
direção competente e, bom, Mahershala Ali é minha religião.
Vício Inerente
3.5 554 Assista Agorao filme conta com uma conclusão, um epílogo, nos segundos finais - após os créditos - que condensa tudo o que há de possibilidade dentro dele. É uma frase muito bem escolhida, do contexto de Maio de 68 (um dos movimentos teóricos e políticos mais importantes que já tivemos), que diz: "sous les pavés, la plage".
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraResumindo:
😢😏🤑🤥🍑🍻⛱️🎶👙🚬🔫
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraAssim, ó:
a minha experiência com o filme seria muito melhor se eu não tivesse lido absolutamente nada sobre ele, porque eu conseguiria acompanhar melhor o sensorialismo ao qual ele se propõe; a mudança de comportamento da protagonista se dá de maneira muito brusca, o que compromete o texto (se houvesse uma elipse maior ali teria resolvido quase tudo); que bom que o filme não deu nada mastigado e coloca o espectador pra fazer suas conjecturações. Esteticamente o filme é redondinho e tem um final amargo, reflexivo.
Sinédoque, Nova York
4.0 477*lágrimas artificiais*
Shame
3.6 2,0K Assista Agorao filme traz, de maneira corajosa e não estereotipada, uma doença que ainda é tabu, e que, muitas vezes, foi confundida com "virilidade". Por isso, é um filme angustiante, dolorido, sem concessões.
o vício em pornografia e a ansiedade/frustração que leva a pessoa a descontar no sexo não apresenta nada de prazeroso, mas triste. Nesse filme, as relações são todas problemáticas, do protagonista, da sua irmã, do chefe, no ambiente de trabalho. É como se todo mundo fosse meio vazio, perturbado, inadaptável.
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista AgoraEm certo momento, o protagonista, William, pergunta para Penny Lane: "onde e quando acontece essa vida real?"
Eu acho essa questão fundamental, já que o filme é uma simulação dos anos 70 e os personagens estão todos simulando também. O momento da verdade ocorre durante uma turbulência: uma metáfora.
A vida real é entediante, sofrida, cansativa. Seja em 2020 ou nos anos 70. Melhor mesmo suspirar vendo um filme bem feito como esse, com um argumento até simples, mas muito bem executado. Ótimo road movie.
Interessante uma galera dizendo nos comentários que gostaria de ter vivido nessa época. Acho que o passado é sempre mais vistoso, embora seja "uma roupa que não nos serve mais"