Um filme de quase 80 anos atrás que ainda será atual daqui a 100 anos. A vida nunca será exatamente do jeito que nós queremos que ela seja, mas essa é a beleza desse caminho misterioso que percorremos por aqui. Não é justo querer medir a sua vida comparando-a com outras. Cada um tem o seu caminho a cumprir aqui, de forma única e insubstituível. O filme apresenta uma mensagem muito simbólica através da vida do George e de toda cidade de Bedford Falls. Que possamos olhar nossa caminhada aqui na Terra com outra perspectiva depois desse filmaço!
É, parece não ter jeito, eu realmente não consigo gostar dos filmes do Terrence Malick. O lado bom é que realmente existem filmes de guerra bons, e esse não é um.
Vale muito a pena assistir. O arco de redenção do personagem principal é muito legal e os personagens secundários são cativantes. Destaque para o vilão e a irmã do protagonista que dão show.
Um filme feito para aqueles que não tem medo de sonhar (and here's to the fools who dream♪). O filme é uma linda, leve e energizada homenagem do Damien Chazelle aos grandes musicais e conta com uma fotografia linda, ajudada, pela excelente direção de arte (não entendi pq não foi indicada ao Oscar) e pelos lindos figurinos e iluminação. O roteiro é simples, mas tem um final surpreendente e que funciona muito bem. As músicas são originais e se encaixam perfeitamente aos devidos momentos, destacam-se, claro, a música da audição e city of stars, que já são clássicos instantâneos. Sobre as atuações, não acho que o Ryan Gosling ficou devendo em nada pra Emma Stone, acho inclusive que ele deu um suporte legal pra ela se destacar, pois ao contrário dele a personagem dela se mostra sempre mais extrovertida e expansiva.
Quando terminei de assistir a primeira coisa que me veio a cabeça foi uma frase da Elizabeth Gilbert que diz assim: "As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque ela derruba as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você outra camada de você mesma, e depois vão embora." E foi isso que a Mia e o Sebastian foram um pro outro.
Sim, La La Land é isso tudo que todos estão falando por aí.
Se você não gostou de La La land isso quer dizer que você está morto por dentro? Acho que a resposta é sim.
A expectativa é a maior vilã da experiência cinematográfica. Por isso, indico para todos parar de ver trailer, ler sinopse, enfim, qualquer coisa que faça com que você crie expectativas sobre determinada obra. Temos que aprender a encarar o cinema como arte e não como uma prostituta, onde nós pagamos e esperamos que tudo esteja dentro daquilo que acreditamos/esperamos.
o texto da análise do filme tá no site: cronologiadoacaso. não consegui postar o link porque o filmow marca como spam.
CHORA POVO QUE DIZ QUE CINEMA NACIONAL NÃO PRESTA!
O argumento do filme é muito bom, aborda desde o exôdo nordestino e suas consequências, até a diminuição da diferença de oportunidades no novo Brasil ("O País está mudando, né?" *cara de nojo*). O filme põe em discussão principalmente as regras de convivência entre patrões e empregados domésticos que são passadas de geração em geração desde o período escravocrata, regras essas que mudaram de cara, mas não de objetivo, que é de tentar fazer do outro um ser de menor valor.
Você é como se fosse da família, mas não pode comer na nossa mesa, não pode tomar nosso sorvete, não pode nadar na nossa piscina, não pode frequentar a faculdade que meu filho frequenta, não pode viajar de avião, entre outras.
A fotografia do filme é linda (destaque pra cena do COPAN e pra cena da Val estendendo roupa). O filme usa e abusa de cenas na cozinha, no quartinho, na favela, isso é a diretora sempre tentando fazer espectador ver por onde a Val vê as coisas acontecerem (destaque pra cena da Val servindo salgados na festa, não olham na cara dela, muito menos agradecem).
Mas o que impressiona mesmo são os diálogos e as atuações da Regina Casé e da Camila Márdila. Regina consegue dosar muito bem o humor no filme e a Camila consegue mostrar impetuosidade na medida certa (btw: adorei o sotaque nordestino das duas ♥).
- Num sei onde tu aprendeu essas coisas, fica falando: "Num pode isso num pode aquilo". - Isso aí num precisa explicar não, a pessoa já nasce sabendo, o que pode e o que não pode.
- Onde que já se viu?! Filha de empregada sentada na mesa dos patrões!
- É preto no branco e branco no preto. É mUderno que nem tu!
- Como é que uma pessoa tira o gelo e bota a forminha vazia dentro do freezer?! A pessoa tem que ser muito ruim...
É um thriller psicológico muito bem atuado pelas crianças que se é um pouco arrastado no primeiro ato, consegue no segundo e o terceiro prender a atenção do espectador. Destaque pra fotografia que é muito bonita, limpa e clara. O diretor abusa de planos bem abertos e vazios sem perder em nenhum momento a tensão do filme, essa, apoiada principalmente por um silêncio que paira quase durante todo o longa, feito de poucos diálogos.
O requinte de crueldade me lembrou Funny Games, e o plot twist no final me faz lembrar filmes como Os Outros e O Sexto Sentido, mas isso não desmerece o filme de jeito algum.
Goodnight Mommy não é terror, é muito melhor que isso.
Os filmes são avaliados pelo tempo contextual histórico. Como Era Verde Meu Vale enaltece o valor da família, a importância do trabalho e a América como uma terra de oportunidades, numa época em que o mundo estava em guerra (Segunda Guerra Mundial durou de 39 à 45), talvez esse seja o principal motivo do filme ter vencido Cidadão Kane no Oscar. O roteiro escrito por Philip Dunne e que foi baseado no livro de Richard Llewellyn, contém duras críticas a industrialização, a alienação religiosa e a educação. As atuações que se destacam são do Roddy McDowall, que interpreta o Huw, e de Sara Allgood, que interpreta a mãezona da família. Se direção erra a mão em algumas cenas, criando um "dramalhão fake", (como quando o médico diz que o menino nunca mais vai andar ou quando aqueles boxeadores vão bater no professor) acerta a mão em cheio em outras, como a ótima cena em que o pastor Gruffydd critica a hipocrisia do povo da igreja, nos proporcionando além de um bom texto, um bom movimento de câmera (enquanto o pastor fala ele vai girando a câmera e mostrando um a um o rosto dos atores e suas expressões). É um filme que te pega pela emoção que passa por ser totalmente nostálgico.
Com diálogos afiados de um casal de meia idade em crise, Mike Nichols nos dá um filme que mostra o quanto podemos ser cruéis, especialmente com as pessoas que amamos. O longa tem um roteiro muito bom (com diálogos pesados e repletos de ofensas) e atuações brilhantes, e com isso o diretor consegue nos dar um filme perturbador, sufocante e difícil de ser digerido.
Esse filme consegue ser perfeito na direção, na fotografia, no roteiro e nas atuações, conseguindo emocionar sem ser parecer piegas. O filme trata basicamente do conflito de Rick, que deve escolher se ajuda ou não Ilsa (sua amada) a escapar de Casablanca com seu marido Victor Lazlo, um dos líderes da resistência Tcheca contra o Nazismo, de modo que ele possa continuar sua luta . A direção do Michael Curtiz é precisa, esperta e a câmera sempre está focada no rosto dos atores, capturando cada expressão. A trilha sonora é um espetáculo à parte, como quando Rick entra no salão e está tocando “As time goes by” ( http://www.youtube.com/watch?v=wxMeu34o_jQ ) e ele olha para Ilsa, que já está com os olhos marejados de tanto sofrimento. O roteiro é perfeito e tem diálogos inteligentes e objetivos. A fotografia em preto e branco é bem trabalhada e consegue em certas cenas passar a mensagem que deseja,
De olhos bem fechados deve ficar para a história como o último trabalho de um mestre. É um filme para se ver várias vezes, tamanha a riqueza de detalhes. Você pode ou não gostar do filme, mas nunca, até então, Nicole Kidman e Tom Cruise estiveram tão bem em seus papéis, entregando-se ao máximo aos personagens. Kubrick conseguiu colocar dois astros de Hollywood em um filme de arte e ainda tirou o máximo deles. Kubrick morreu sem ver o lançamento do filme, mas não antes de terminá-lo do jeito que ele queria.
A premissa do filme parece bem simplista - um grupo de jovens entre seus 20 anos alivia a tensão quebrando um a cara do outro - mas é bem mais que isso. David Fincher não fez concessões, fez um retrato fiel da tal "geração X" que incomoda muita gente, mas não importa se você ama ou odeia o filme, ele no final vai fazer você pensar. Apesar de ser um filme com lutas físicas, ele é sobre alguém que entra em uma luta contra tudo que lhe foi ensinado na vida, afim de se sentir vivo. O filme tem diálogos carregados de humor negro, atuações boas e Fincher conseguindo imprimir um estilo único seu.
Divertido, tem um bom elenco, é estiloso, mas tem uns probleminhas de ritmo que o roteiro e a edição poderiam ter resolvido, além de que o diretor às vezes parece um pouco perdido na linha tênue entre a ação e comédia. É um filme que diverte muito e não é pra ser levado à sério, mas piada no final do filme pra mim foi de um mal gosto extremo (apesar de entender que faz uma alusão à filmes antigos em que os espiões sempre transavam com mulheres no final).
"Algumas mulheres escolhem seguir os homens e outras escolhem seguir seus sonhos. Se você está se perguntando em qual direção seguir, lembre-se de que sua carreira jamais acordará de manhã e dirá que não te ama mais." - Lady Gaga
Com um roteiro inteligente e ágil "Um Caminho para Dois” é um filme que mostra como o tempo pode acabar ou não com o amor. Mark e Joanna se conhecem quando jovens no interior da França e tiveram momentos de pura alegria e amor. Anos depois, já casados, estão de novo passeando pelo interior da França, mas a magia do amor se perdeu em algum lugar do caminho. A edição e o roteiro do filme são excelentes, intercalam as cenas de quando eles eram alegres, com as cenas onde o casal já está infeliz e nem o sexo é bom. Os diálogos são inteligentes, como exemplo:
Mark: "Just wish that you'd stop sniping" Joanna: "I haven't said a word!" Mark: "Just because you use a silencer doesn't mean you're not a sniper"
ou
Joanna: "What sort of people sit together and don't talk to each other?" Mark: "Married people"
Um filme que consegue misturar drama/comédia/romance durante quase 2h e não consegue ficar chato em nenhum momento. É triste (ou não) como no começo tudo o amor suporta, mas com o passar do tempo é preciso mais que amor para manter uma relação, é preciso respeito, lealdade, comprometimento e principalmente compreensão. Um filme de 1967 que ainda vai soar atual em 2067.
Susan Sarandon e Kathy Bates agora fazem parte do elenco principal.
Dolan diz que o filme será um take muito particular sobre a forma como a família e, especificamente, as mães - tanto a mãe de Donovan (Sarandon) quanto a mãe do menino de 11 anos - vão responder a fama de seus filhos. Para diretor, que é mais conhecido por "Mommy" e "I Killed My Mother", explorar a relação mãe-filho é um território familiar e a ligação que ele tem com a mãe será novamente a inspiração para o novo material.
Mais informações no link: http://www.hollywoodreporter.com/news/susan-sarandon-kathy-bates-board-755461
“O Silêncio dos Inocentes” é o melhor filme de suspense que já foi feito. Dirigido por Jonathan Demme e contando com um elenco afiadíssimo com Jodie Foster e Anthony Hopkins, o filme consegue criar uma atmosfera densa e que captura quem está assistindo, isso sem apelar para grandes derramamentos de sangue e imagens chocantes. O que dá esse tom sombrio ao filme são os personagens, a fotografia, mas principalmente o roteiro que prende e envolve o espectador na investigação de Clarice. A dinâmica de cena de Foster e Hopkins é memorável e inigualável, e aliada a esperta direção do Demme, que faz com que a câmera de um close-up no rosto tanto do Hannibal quanto no da Clarice, pra transmitir muito bem o perigo e o medo. Tudo nesse filme é perfeito pra mim, o roteiro não apela pra reviravoltas (o assassino é revelado com 30min de filme), a direção é ótima, as atuações são de outro mundo, a montagem do filme é excelente (perto do final observe como a alternância entre os planos nos dá a sensação de que o FBI está invadindo a casa certa, sendo que na verdade é Clarice quem está). É sem dúvidas o meu filme favorito de todos os tempos e cada vez que assisto só consigo ficar mais maravilhado porque os arrepios ainda acontecem quando o Hopkins fala: "Hello Clarice.."
Anna é uma noviça criada em um convento, que às vésperas de jurar seus votos parte a procura de sua tia Wanda, sua única parente viva. As duas partem em busca de desvendar o destino dos pais de Anna, mas essa busca pelo passado acarreta mudanças na vida de ambas. Para Anna tudo é uma descoberta, já que passou toda sua vida trancada num convento, desde a experiecência do primeiro beijo até a primeira transa; contudo, para Wanda, é justamente o contrário, é um retorno ao passado, a sua gloriosa juventude. O diretor se utiliza de uma tela apertada com a projeção toda no preto e branco para dar uma melhor ambientação (já que é assim que os filme eram, em sua maioria, na década de 60) e aliado aos diretores de fotografia, usa e abusa do silêncio e de cenários frios, bucólicos e desolados, por entre árvores, neve e vilas antigas, nos dando assim um excelente trabalho visual. Mas Ida é bem mais que visual, é sobre como o passado tem o poder de modificar o presente e o futuro.
Relatos Selvagens é um apanhado de capítulos que tem uma enorme carga de humor negro e que tem como personagem principal o descontrole emocional, seja ele causado por uma traição, uma tragédia ou detalhes do cotidiano. Todos os episódios são bons, mas dois se destacam pra mim: El más fuerte e Hasta que la muerte nos separe. As atuações são boas, a direção é cuidadosa pra não deixar o filme com cara de pastelão, a edição deixou o filme enxuto, mas é o roteiro que é fenomenal e dá um ritmo muito bom.
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraUm filme de quase 80 anos atrás que ainda será atual daqui a 100 anos. A vida nunca será exatamente do jeito que nós queremos que ela seja, mas essa é a beleza desse caminho misterioso que percorremos por aqui. Não é justo querer medir a sua vida comparando-a com outras. Cada um tem o seu caminho a cumprir aqui, de forma única e insubstituível. O filme apresenta uma mensagem muito simbólica através da vida do George e de toda cidade de Bedford Falls. Que possamos olhar nossa caminhada aqui na Terra com outra perspectiva depois desse filmaço!
Além da Linha Vermelha
3.9 382 Assista AgoraÉ, parece não ter jeito, eu realmente não consigo gostar dos filmes do Terrence Malick.
O lado bom é que realmente existem filmes de guerra bons, e esse não é um.
Saltburn
3.5 848nunca imaginei sentir inveja de um túmulo ????
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraJesus, what the fuck?
Vale muito a pena assistir. O arco de redenção do personagem principal é muito legal e os personagens secundários são cativantes. Destaque para o vilão e a irmã do protagonista que dão show.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista Agoranós somos os primos
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraNão senta na pia caralho!
e o pior é que a gente não tá só sentando a gente tá é sambando em cima da pia
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraUm filme feito para aqueles que não tem medo de sonhar (and here's to the fools who dream♪).
O filme é uma linda, leve e energizada homenagem do Damien Chazelle aos grandes musicais e conta com uma fotografia linda, ajudada, pela excelente direção de arte (não entendi pq não foi indicada ao Oscar) e pelos lindos figurinos e iluminação.
O roteiro é simples, mas tem um final surpreendente e que funciona muito bem.
As músicas são originais e se encaixam perfeitamente aos devidos momentos, destacam-se, claro, a música da audição e city of stars, que já são clássicos instantâneos.
Sobre as atuações, não acho que o Ryan Gosling ficou devendo em nada pra Emma Stone, acho inclusive que ele deu um suporte legal pra ela se destacar, pois ao contrário dele a personagem dela se mostra sempre mais extrovertida e expansiva.
Sobre o final do filme:
Quando terminei de assistir a primeira coisa que me veio a cabeça foi uma frase da Elizabeth Gilbert que diz assim: "As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque ela derruba as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você outra camada de você mesma, e depois vão embora." E foi isso que a Mia e o Sebastian foram um pro outro.
Sim, La La Land é isso tudo que todos estão falando por aí.
Se você não gostou de La La land isso quer dizer que você está morto por dentro?
Acho que a resposta é sim.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraA expectativa é a maior vilã da experiência cinematográfica. Por isso, indico para todos parar de ver trailer, ler sinopse, enfim, qualquer coisa que faça com que você crie expectativas sobre determinada obra. Temos que aprender a encarar o cinema como arte e não como uma prostituta, onde nós pagamos e esperamos que tudo esteja dentro daquilo que acreditamos/esperamos.
o texto da análise do filme tá no site: cronologiadoacaso. não consegui postar o link porque o filmow marca como spam.
Looking: O Filme
4.0 250 Assista AgoraTOCA PIECE OF ME ♥
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista Agoratem uma parte que eu ri muito:
"seus pais tão no mar aberto"
dory: "meus pais tão no bar do alberto"
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraCHORA POVO QUE DIZ QUE CINEMA NACIONAL NÃO PRESTA!
O argumento do filme é muito bom, aborda desde o exôdo nordestino e suas consequências, até a diminuição da diferença de oportunidades no novo Brasil ("O País está mudando, né?" *cara de nojo*). O filme põe em discussão principalmente as regras de convivência entre patrões e empregados domésticos que são passadas de geração em geração desde o período escravocrata, regras essas que mudaram de cara, mas não de objetivo, que é de tentar fazer do outro um ser de menor valor.
Você é como se fosse da família, mas não pode comer na nossa mesa, não pode tomar nosso sorvete, não pode nadar na nossa piscina, não pode frequentar a faculdade que meu filho frequenta, não pode viajar de avião, entre outras.
A fotografia do filme é linda (destaque pra cena do COPAN e pra cena da Val estendendo roupa). O filme usa e abusa de cenas na cozinha, no quartinho, na favela, isso é a diretora sempre tentando fazer espectador ver por onde a Val vê as coisas acontecerem (destaque pra cena da Val servindo salgados na festa, não olham na cara dela, muito menos agradecem).
Mas o que impressiona mesmo são os diálogos e as atuações da Regina Casé e da Camila Márdila. Regina consegue dosar muito bem o humor no filme e a Camila consegue mostrar impetuosidade na medida certa (btw: adorei o sotaque nordestino das duas ♥).
- Num sei onde tu aprendeu essas coisas, fica falando: "Num pode isso num pode aquilo".
- Isso aí num precisa explicar não, a pessoa já nasce sabendo, o que pode e o que não pode.
- Onde que já se viu?! Filha de empregada sentada na mesa dos patrões!
- É preto no branco e branco no preto. É mUderno que nem tu!
- Como é que uma pessoa tira o gelo e bota a forminha vazia dentro do freezer?! A pessoa tem que ser muito ruim...
- SABE ONDE EU TÔ? TÔ DENTRO DA PISCINA!!!
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraÉ um thriller psicológico muito bem atuado pelas crianças que se é um pouco arrastado no primeiro ato, consegue no segundo e o terceiro prender a atenção do espectador.
Destaque pra fotografia que é muito bonita, limpa e clara. O diretor abusa de planos bem abertos e vazios sem perder em nenhum momento a tensão do filme, essa, apoiada principalmente por um silêncio que paira quase durante todo o longa, feito de poucos diálogos.
O requinte de crueldade me lembrou Funny Games, e o plot twist no final me faz lembrar filmes como Os Outros e O Sexto Sentido, mas isso não desmerece o filme de jeito algum.
Goodnight Mommy não é terror, é muito melhor que isso.
Como Era Verde Meu Vale
4.1 152 Assista AgoraOs filmes são avaliados pelo tempo contextual histórico. Como Era Verde Meu Vale enaltece o valor da família, a importância do trabalho e a América como uma terra de oportunidades, numa época em que o mundo estava em guerra (Segunda Guerra Mundial durou de 39 à 45), talvez esse seja o principal motivo do filme ter vencido Cidadão Kane no Oscar.
O roteiro escrito por Philip Dunne e que foi baseado no livro de Richard Llewellyn, contém duras críticas a industrialização, a alienação religiosa e a educação.
As atuações que se destacam são do Roddy McDowall, que interpreta o Huw, e de Sara Allgood, que interpreta a mãezona da família.
Se direção erra a mão em algumas cenas, criando um "dramalhão fake", (como quando o médico diz que o menino nunca mais vai andar ou quando aqueles boxeadores vão bater no professor) acerta a mão em cheio em outras, como a ótima cena em que o pastor Gruffydd critica a hipocrisia do povo da igreja, nos proporcionando além de um bom texto, um bom movimento de câmera (enquanto o pastor fala ele vai girando a câmera e mostrando um a um o rosto dos atores e suas expressões).
É um filme que te pega pela emoção que passa por ser totalmente nostálgico.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraCom diálogos afiados de um casal de meia idade em crise, Mike Nichols nos dá um filme que mostra o quanto podemos ser cruéis, especialmente com as pessoas que amamos.
O longa tem um roteiro muito bom (com diálogos pesados e repletos de ofensas) e atuações brilhantes, e com isso o diretor consegue nos dar um filme perturbador, sufocante e difícil de ser digerido.
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraEsse filme consegue ser perfeito na direção, na fotografia, no roteiro e nas atuações, conseguindo emocionar sem ser parecer piegas.
O filme trata basicamente do conflito de Rick, que deve escolher se ajuda ou não Ilsa (sua amada) a escapar de Casablanca com seu marido Victor Lazlo, um dos líderes da resistência Tcheca contra o Nazismo, de modo que ele possa continuar sua luta .
A direção do Michael Curtiz é precisa, esperta e a câmera sempre está focada no rosto dos atores, capturando cada expressão.
A trilha sonora é um espetáculo à parte, como quando Rick entra no salão e está tocando “As time goes by” ( http://www.youtube.com/watch?v=wxMeu34o_jQ ) e ele olha para Ilsa, que já está com os olhos marejados de tanto sofrimento.
O roteiro é perfeito e tem diálogos inteligentes e objetivos. A fotografia em preto e branco é bem trabalhada e consegue em certas cenas passar a mensagem que deseja,
como quando Ilsa está indo embora e ela vai desaparecendo na névoa aos poucos.
Casablanca é um clássico que nunca vai envelhecer.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraDe olhos bem fechados deve ficar para a história como o último trabalho de um mestre. É um filme para se ver várias vezes, tamanha a riqueza de detalhes. Você pode ou não gostar do filme, mas nunca, até então, Nicole Kidman e Tom Cruise estiveram tão bem em seus papéis, entregando-se ao máximo aos personagens. Kubrick conseguiu colocar dois astros de Hollywood em um filme de arte e ainda tirou o máximo deles. Kubrick morreu sem ver o lançamento do filme, mas não antes de terminá-lo do jeito que ele queria.
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraA premissa do filme parece bem simplista - um grupo de jovens entre seus 20 anos alivia a tensão quebrando um a cara do outro - mas é bem mais que isso. David Fincher não fez concessões, fez um retrato fiel da tal "geração X" que incomoda muita gente, mas não importa se você ama ou odeia o filme, ele no final vai fazer você pensar. Apesar de ser um filme com lutas físicas, ele é sobre alguém que entra em uma luta contra tudo que lhe foi ensinado na vida, afim de se sentir vivo. O filme tem diálogos carregados de humor negro, atuações boas e Fincher conseguindo imprimir um estilo único seu.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraDivertido, tem um bom elenco, é estiloso, mas tem uns probleminhas de ritmo que o roteiro e a edição poderiam ter resolvido, além de que o diretor às vezes parece um pouco perdido na linha tênue entre a ação e comédia.
É um filme que diverte muito e não é pra ser levado à sério, mas piada no final do filme pra mim foi de um mal gosto extremo (apesar de entender que faz uma alusão à filmes antigos em que os espiões sempre transavam com mulheres no final).
Educação
3.8 1,2K Assista Agora"Algumas mulheres escolhem seguir os homens
e outras escolhem seguir seus sonhos.
Se você está se perguntando em qual direção seguir,
lembre-se de que sua carreira jamais acordará de
manhã e dirá que não te ama mais." - Lady Gaga
Um Caminho Para Dois
4.1 95Com um roteiro inteligente e ágil "Um Caminho para Dois” é um filme que mostra como o tempo pode acabar ou não com o amor.
Mark e Joanna se conhecem quando jovens no interior da França e tiveram momentos de pura alegria e amor. Anos depois, já casados, estão de novo passeando pelo interior da França, mas a magia do amor se perdeu em algum lugar do caminho.
A edição e o roteiro do filme são excelentes, intercalam as cenas de quando eles eram alegres, com as cenas onde o casal já está infeliz e nem o sexo é bom.
Os diálogos são inteligentes, como exemplo:
Mark: "Just wish that you'd stop sniping"
Joanna: "I haven't said a word!"
Mark: "Just because you use a silencer doesn't mean you're not a sniper"
ou
Joanna: "What sort of people sit together and don't talk to each other?"
Mark: "Married people"
Um filme que consegue misturar drama/comédia/romance durante quase 2h e não consegue ficar chato em nenhum momento.
É triste (ou não) como no começo tudo o amor suporta, mas com o passar do tempo é preciso mais que amor para manter uma relação, é preciso respeito, lealdade, comprometimento e principalmente compreensão. Um filme de 1967 que ainda vai soar atual em 2067.
A Morte e Vida de John F. Donovan
3.3 193Susan Sarandon e Kathy Bates agora fazem parte do elenco principal.
Dolan diz que o filme será um take muito particular sobre a forma como a família e, especificamente, as mães - tanto a mãe de Donovan (Sarandon) quanto a mãe do menino de 11 anos - vão responder a fama de seus filhos.
Para diretor, que é mais conhecido por "Mommy" e "I Killed My Mother", explorar a relação mãe-filho é um território familiar e a ligação que ele tem com a mãe será novamente a inspiração para o novo material.
Mais informações no link:
http://www.hollywoodreporter.com/news/susan-sarandon-kathy-bates-board-755461
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista Agora“O Silêncio dos Inocentes” é o melhor filme de suspense que já foi feito.
Dirigido por Jonathan Demme e contando com um elenco afiadíssimo com Jodie Foster e Anthony Hopkins, o filme consegue criar uma atmosfera densa e que captura quem está assistindo, isso sem apelar para grandes derramamentos de sangue e imagens chocantes. O que dá esse tom sombrio ao filme são os personagens, a fotografia, mas principalmente o roteiro que prende e envolve o espectador na investigação de Clarice.
A dinâmica de cena de Foster e Hopkins é memorável e inigualável, e aliada a esperta direção do Demme, que faz com que a câmera de um close-up no rosto tanto do Hannibal quanto no da Clarice, pra transmitir muito bem o perigo e o medo.
Tudo nesse filme é perfeito pra mim, o roteiro não apela pra reviravoltas (o assassino é revelado com 30min de filme), a direção é ótima, as atuações são de outro mundo, a montagem do filme é excelente (perto do final observe como a alternância entre os planos nos dá a sensação de que o FBI está invadindo a casa certa, sendo que na verdade é Clarice quem está).
É sem dúvidas o meu filme favorito de todos os tempos e cada vez que assisto só consigo ficar mais maravilhado porque os arrepios ainda acontecem quando o Hopkins fala: "Hello Clarice.."
Ida
3.7 439Anna é uma noviça criada em um convento, que às vésperas de jurar seus votos parte a procura de sua tia Wanda, sua única parente viva. As duas partem em busca de desvendar o destino dos pais de Anna, mas essa busca pelo passado acarreta mudanças na vida de ambas.
Para Anna tudo é uma descoberta, já que passou toda sua vida trancada num convento, desde a experiecência do primeiro beijo até a primeira transa; contudo, para Wanda, é justamente o contrário, é um retorno ao passado, a sua gloriosa juventude.
O diretor se utiliza de uma tela apertada com a projeção toda no preto e branco para dar uma melhor ambientação (já que é assim que os filme eram, em sua maioria, na década de 60) e aliado aos diretores de fotografia, usa e abusa do silêncio e de cenários frios, bucólicos e desolados, por entre árvores, neve e vilas antigas, nos dando assim um excelente trabalho visual.
Mas Ida é bem mais que visual, é sobre como o passado tem o poder de modificar o presente e o futuro.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraRelatos Selvagens é um apanhado de capítulos que tem uma enorme carga de humor negro e que tem como personagem principal o descontrole emocional, seja ele causado por uma traição, uma tragédia ou detalhes do cotidiano. Todos os episódios são bons, mas dois se destacam pra mim: El más fuerte e Hasta que la muerte nos separe.
As atuações são boas, a direção é cuidadosa pra não deixar o filme com cara de pastelão, a edição deixou o filme enxuto, mas é o roteiro que é fenomenal e dá um ritmo muito bom.