Filme que serve como uma metáfora para a América e o movimento de contracultura dos anos 1960. Um país que perdeu sua direção e que a liberdade, pela qual se lutou tanto, virou uma ameaça e símbolo de subversão.
A síntese disso é o diálogo entre Dennis Hopper e Jack Nicholson: - George Hanson (Jack Nicholson): “Sabem… Este país já foi muito bom. Não entendo o que está acontecendo com ele.” - Billy (Dennis Hopper): “Todos viraram covardes, é isso. Nós nem podemos ficar num hotel de segunda, aliás, um motel! O cara achou que a gente fosse matá-lo. Eles têm medo.” - George Hanson (Jack Nicholson): “Não têm medo de vocês, mas do que vocês representam.” - Billy (Dennis Hopper): “Cara, para eles só representamos alguém que deveria cortar o cabelo!” - George Hanson (Jack Nicholson): “Não. Para eles, vocês representam a liberdade.” - Billy (Dennis Hopper): “E qual é o problema? Liberdade é legal!” - George Hanson (Jack Nicholson): “É verdade, é legal mesmo… Mas falar dela e vivê-la são duas coisas diferentes. É difícil ser livre quando se é comprado e vendido no mercado. Mas nunca diga a alguém que ele não é livre… Porque ele vai tratar de matar e aleijar para provar que é. Eles falam sem parar de liberdade individual… Mas, quando veem um indivíduo livre, ficam com medo.” - Billy (Dennis Hopper): “Eu não boto ninguém para correr de medo.” - George Hanson (Jack Nicholson): “Não. Você é que corre perigo.”
Os cortes caóticos também dão o tom de psicodelia típico dos anos 1960 e a trilha sonora é primorosa.
Não é um filme que se diga "minha nossa... que filme primoroso". Mas ele te prende. Para quem gosta de filmes focados em personagens e suas relações ele entrega isso de maneira eficiente.
Agora, se você ta pouco se lixando pra isso assista apenas pelo final!
Que história! O grupo já era mítico e o filme aumenta ainda a miticidade deles!!! Alguns acontecimentos ficam mal contados no filme, pelo menos para mim. Como a questão do Rodney King e a violência policial que se desenrolou naquele imenso protesto; e o aparecimento do Suge, quando me dei conta ele já estava na história - e metendo o loko kkkkk. Mas para quem não conhece a história (como eu) fica meio desconexo, comprometendo um pouco o desenrolar do filme. Mas fico maravilhado de conhecer um pouco mais da história desse grande grupo e de uma cena riquíssima como a do Hip Hop da virada dos anos 80 para 90. Dou 3,5 por esses detalhes, mas super recomendo.
Atuações muito boas de Jeremy Renner e Elizabeth Olsen. A tensão inicial entre os indígenas e a oficial Banners (e Cory servindo como ponto) é uma ótima apresentação para as tensões que o filme aborda. Os elementos como o próprio título que faz alusão a ideia de wilderness, o próprio personagem de Renner e o espaço que o filme se passa remete ao cinema western clássico, mas com uma nova roupagem.
Talvez como ponto negativo tenha ficado a revelação do enredo muito rapidamente, sem uma progressão mais intrigante do ocorrido. Mas isso não chega a comprometer o filme, que para mim é um dos melhores filmes de 2017.
Assistindo esse filme também me veio a cabeça a questão da relação dos regimes totalitários/autoritários com a memória. Quer dizer, a memória não foi banida totalmente da sociedade, ela eh controlada pelo regime. Utilizada para controlar os que não a possuem por aqueles q a detém. Mas vai além no sentido de apresentar o detentor de memórias (o historiador, acho q não tem como não pensar nisso) como alguém essencial para a sociedade no sentido de olhar o passado, interpretá-lo e definir o que sue quer para o futuro. E também relacionar isso com as emoções, pois se falamos de memórias, falamos de vivências e de emoções sentidas, o que deixa o ofício do historiador mais complicado ainda, pois mexemos com vidas - msm se não existem mais. O problema eh o caminho escolhido. Naquela sociedade, cessando as emoções, por medo de ser algo nocivo. Ao contrário de se aceitar as emoções, entender q são nocivas de fato e ter isso em vista para que não se ocorra catástrofes, aumentando a empatia entre as pessoas, não as cessando.
O filme me empolgou no começo, essa discussão eh sensacional. Mas olhando com calma, o final eh "feijão com arroz", não li o livro, mas eh aquela msma pira q tive anos atrás: "finais felizes pra mim não trazem o ímpeto de mudança". Mas a fotografia do filme e algumas atuações (como do Jeff Briggs) são foda pa caralho. Acho q me empolguei pelo lance de estudar história e também pq o filme consegue me cativar nesse lance de vivências e buscar um mundo melhor.
Sem Destino
4.0 580 Assista AgoraFilme que serve como uma metáfora para a América e o movimento de contracultura dos anos 1960. Um país que perdeu sua direção e que a liberdade, pela qual se lutou tanto, virou uma ameaça e símbolo de subversão.
A síntese disso é o diálogo entre Dennis Hopper e Jack Nicholson:
- George Hanson (Jack Nicholson): “Sabem… Este país já foi muito bom. Não entendo o que está acontecendo com ele.”
- Billy (Dennis Hopper): “Todos viraram covardes, é isso. Nós nem podemos ficar num hotel de segunda, aliás, um motel! O cara achou que a gente fosse matá-lo. Eles têm medo.”
- George Hanson (Jack Nicholson): “Não têm medo de vocês, mas do que vocês representam.”
- Billy (Dennis Hopper): “Cara, para eles só representamos alguém que deveria cortar o cabelo!”
- George Hanson (Jack Nicholson): “Não. Para eles, vocês representam a liberdade.”
- Billy (Dennis Hopper): “E qual é o problema? Liberdade é legal!”
- George Hanson (Jack Nicholson): “É verdade, é legal mesmo… Mas falar dela e vivê-la são duas coisas diferentes. É difícil ser livre quando se é comprado e vendido no mercado. Mas nunca diga a alguém que ele não é livre… Porque ele vai tratar de matar e aleijar para provar que é. Eles falam sem parar de liberdade individual… Mas, quando veem um indivíduo livre, ficam com medo.”
- Billy (Dennis Hopper): “Eu não boto ninguém para correr de medo.”
- George Hanson (Jack Nicholson): “Não. Você é que corre perigo.”
Os cortes caóticos também dão o tom de psicodelia típico dos anos 1960 e a trilha sonora é primorosa.
Os Olhos de Minha Mãe
3.6 180 Assista Agorao filme mais pesado que eu já vi!
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraNão é um filme que se diga "minha nossa... que filme primoroso". Mas ele te prende. Para quem gosta de filmes focados em personagens e suas relações ele entrega isso de maneira eficiente.
Agora, se você ta pouco se lixando pra isso assista apenas pelo final!
Straight Outta Compton - A História do N.W.A.
4.2 361 Assista AgoraQue história! O grupo já era mítico e o filme aumenta ainda a miticidade deles!!! Alguns acontecimentos ficam mal contados no filme, pelo menos para mim. Como a questão do Rodney King e a violência policial que se desenrolou naquele imenso protesto; e o aparecimento do Suge, quando me dei conta ele já estava na história - e metendo o loko kkkkk. Mas para quem não conhece a história (como eu) fica meio desconexo, comprometendo um pouco o desenrolar do filme. Mas fico maravilhado de conhecer um pouco mais da história desse grande grupo e de uma cena riquíssima como a do Hip Hop da virada dos anos 80 para 90. Dou 3,5 por esses detalhes, mas super recomendo.
Terra Selvagem
3.8 594 Assista AgoraAtuações muito boas de Jeremy Renner e Elizabeth Olsen. A tensão inicial entre os indígenas e a oficial Banners (e Cory servindo como ponto) é uma ótima apresentação para as tensões que o filme aborda. Os elementos como o próprio título que faz alusão a ideia de wilderness, o próprio personagem de Renner e o espaço que o filme se passa remete ao cinema western clássico, mas com uma nova roupagem.
Talvez como ponto negativo tenha ficado a revelação do enredo muito rapidamente, sem uma progressão mais intrigante do ocorrido. Mas isso não chega a comprometer o filme, que para mim é um dos melhores filmes de 2017.
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisAssistindo esse filme também me veio a cabeça a questão da relação dos regimes totalitários/autoritários com a memória. Quer dizer, a memória não foi banida totalmente da sociedade, ela eh controlada pelo regime. Utilizada para controlar os que não a possuem por aqueles q a detém. Mas vai além no sentido de apresentar o detentor de memórias (o historiador, acho q não tem como não pensar nisso) como alguém essencial para a sociedade no sentido de olhar o passado, interpretá-lo e definir o que sue quer para o futuro. E também relacionar isso com as emoções, pois se falamos de memórias, falamos de vivências e de emoções sentidas, o que deixa o ofício do historiador mais complicado ainda, pois mexemos com vidas - msm se não existem mais. O problema eh o caminho escolhido. Naquela sociedade, cessando as emoções, por medo de ser algo nocivo. Ao contrário de se aceitar as emoções, entender q são nocivas de fato e ter isso em vista para que não se ocorra catástrofes, aumentando a empatia entre as pessoas, não as cessando.
O filme me empolgou no começo, essa discussão eh sensacional. Mas olhando com calma, o final eh "feijão com arroz", não li o livro, mas eh aquela msma pira q tive anos atrás: "finais felizes pra mim não trazem o ímpeto de mudança". Mas a fotografia do filme e algumas atuações (como do Jeff Briggs) são foda pa caralho. Acho q me empolguei pelo lance de estudar história e também pq o filme consegue me cativar nesse lance de vivências e buscar um mundo melhor.