Gostei. Espero uma continuação que aborde mais à fundo sobre a entidade. Esse tem a característica de ser raso justamente por causa disso. Caso tivessem, em seus 110 minutos, abordado mais toda a questão em torno dela, teríamos um produto final mais robusto.
Foi um tributo digno. 🙅🏿♂️ Chadwick Boseman eternizou sua figura carismática, honrosa, guerreira, não só na Sétima Arte, mas no mundo, através do UCM. A trilha sonora transforma tudo em um mix de emoções, fazendo rir e chorar nos momentos corretos. Quando os créditos sobem com o hino Lift Me Up e, logo após, temos um "Dedicado ao nosso amigo...", impossível algumas lágrimas não rolarem aqui e ali. O peso do filme são as circunstâncias que o construíram, e não tanto o produto final em si. Eu poderia me ater à aspectos negativos e todo aquele blablablá, mas como o ser humano que sou, me aterei ao ponto crucial da obra: foi uma emocionante e justa homenagem ao nosso eterno T'challa. 🙅🏿♂️
Curti do começo ao fim. Um dos roteiros que mais me surpreendeu esse ano. Quando você acha que a história vai por determinado caminho, toma outro completamente diferente. Fotografia excelente, em certos momentos lembra videogames pela perspectiva dos personagens, em outros lembra uma fantasia surreal com aqueles cenários e personagens coloridos, vivos. Uma hora e trinta e sete minutos muito bem aproveitados. Com certeza assistirei mais algumas vezes. É uma concepção minha: o filme se torna bom quando você compra a ideia que ele vende, e a ideia de Barbarian eu comprei desde o momento em que a Tess adentrou naquela casa sinistra.
Cada momento de fala do Sacerdote/Pinhead é estupendo, especialmente pelo jogo de luzes que dá a impressão de que o rosto se distorce, se deforma, sendo que continua o mesmo, mas os olhos e a própria pele esbranquiçada causam esse efeito curioso. O gore é aceitável, tanto em nível de presença quanto em questão de efeitos utilizados, e o desenho dos cenobitas é muito bem elaborado. O roteiro atinge um clímax interessante no ato final, traz o frescor necessário para manter os fãs do material original e também angariar fãs da nova geração. Peca, talvez, na falta de um elemento intrínseco à obra de Barker: o sexo, o prazer. Em paralelo, sobra desespero e lamento.
John Carpenter deve considerar uma lástima o que fizeram com Michael Myers, sua principal obra prima, sua magnum opus. Primeiros 15 minutos, ok. Últimos 15 minutos, também. O problema é que o filme tem 1h50 min., então né... O resto afunda toda e qualquer esperança de considerar a obra, no mínimo, mediana. Halloween Ends é bizarro, cafona, tosco, ridículo do começo ao fim. Inadmissível o que fizeram com o vilão mais icônico do terror. Nada se salva. Talvez a Jamie Lee Curtis, mas ainda acredito que ela devia ter parado no primeiro e seguido a vida, à menos que esteja devendo algum financiamento da casa ou coisa assim, aí essa patifaria viria à calhar. Sério, assistam e tirem suas próprias conclusões. Na minha concepção, Halloween Ends não serve e não agrada: nem os fãs da franquia, nem os fãs do gênero.
Fui ver sem expectativas e me surpreendeu demais, positivamente. O Brad Pitt, bom, em mais um papel de Brad Pitt; mas os outros personagens, excelentes. Bebe da fonte de Quentin Tarantino tanto pelas claras referências na ação quanto pelo sarcasmo ácido empregado nos diálogos. Quando você acredita que tudo vai ir por um rumo, toma outro bem mais caótico, exatamente como um trem desgovernado (rs, perdão pelo trocadilho). Vale a pena conferir.
O ritmo do conto e o ritmo do filme é exatamente o mesmo. A adaptação é bem fiel, alterando apenas a morte de um dos personagens, que no livro é mais brutal. Em suma, basicamente, dá sim para concluir que tanto o conto quanto a adaptação são bem medianos. Não é, nem de longe, o melhor de King: nem nas páginas, nem nas telas.
O aspecto negativo de alcançar um clímax irretocável, que foi a Era de Ouro do UCM com Guerra Infinita e Ultimato, é que depois fica muito, muito difícil entregar a mesma qualidade e sincronia nas obras esperada pelos fãs e espectadores no geral. Thor: Love and Thunder é xoxo, fraco, capenga, e vai além: não empolga, não emociona, não faz rir, não diverte, não é corajoso. Falta muito aqui, principalmente um STOP! no Taika Waititi que sim, tem o espetacular Jojo Rabbit no currículo, mas é espetacular graças ao material de origem, um livro de peso, formidável e tocante na medida certa, não necessariamente por causa da mão do Waititi. Uma lástima o Bale colocando seu talento estupendo em uma patifaria dessas.
É um bom divertimento e, como sci-fi, bem interessante. Destaque para a concepção da criatura que, para mim, é um dos grandes pontos do filme. Estive vendo algumas artes da produção e, sem dúvida alguma, o desenho é um espetáculo visual, atraente e aterrorizador na mesma intensidade. A tragédia no sitcom vai permanecer na memória por anos. Acontecimento muito bem elaborado. Isso de comparar com filmes anteriores do diretor é um tanto banal, visto que são temáticas beeeem diferentes. Sim, há críticas sociais nas três obras do Peele, mas também existem conceitos diferentes de roteiro em cada um. Não é uma trilogia para querer equiparar os níveis de tensão e afins, sendo a própria narrativa, em cada obra, única. Vale muito à pena conferir, mas se teu gosto for mais voltado ao suspense construído em 'Corra!', melhor desviar.
Bem construído e sem "colher de açúcar" para amenizar o roteiro, o mundo representado na obra é visceral. Scarface é um clássico policial/gângster que deve ser conferido até mesmo por quem não curte o gênero, e digo o porquê: é um clássico que envelheceu muito bem.
The Black Phone surpreende, uma vez que o material de origem é curtíssimo, um conto do Joe Hill - filho do Stephen King -, dos mais rasos. Então aqui temos muito mais envolvimento com os personagens, especialmente com a carismática dupla de irmãos, que sustenta todo o desenvolvimento do filme sem torná-lo cansativo. Tenho percebido, como métrica para definir atores formidáveis, os olhos. E é isso que torna a atuação de Ethan Hawke tenebrosa, pois vemos nos olhos do personagem aquela mistura de tristeza/raiva em momentos conturbados nos quais ele não pode seguir o roteiro perverso idealizado em sua mente
(perseguindo o Finney ou assassinando o próprio irmão)
, e, em contrapartida, o sadismo/satisfação ao conseguir o que deseja. O plot no final, interessantíssimo. Cada ação no decorrer do filme contribuiu para o desfecho apresentado. Em uma atualidade deprimente do gênero, na qual os jump scares têm definido o quanto um terror é bom ou não, The Black Phone consegue com eficiência prender na cadeira e fazer o coração acelerar, sem apelar para recursos mais fáceis, do contrário: exige apenas que o espectador compre a ideia apresentada e se divirta diante disso.
A mudança vertiginosa de percepção do protagonista em relação à realidade que o cerca, a partir do segundo ato do filme, é aterradora. O espectador, quando imerso na obra, sente-se mais um cidadão daquela cidade suja, corrupta, fétida, graças aos diálogos excelentes e aos movimentos de câmera que lhe inserem naquela realidade. A trilha de Bernard Herrmann (responsável pela icônica trilha de Psicose do Hitchcock), é a última de sua carreira, e não só isso: é irretocável, única, a chave de ouro para encerrar a carreira de um compositor brilhante. A atuação do De Niro, impecável. Você vê nos olhos do cara aquela angústia, aquela desesperança, e isso que nos joga de um lado para o outro: em um primeiro momento, o desconforto, assim como o Travis ao ouvir o passageiro (vivido pelo próprio Scorsese) que pretendia matar a mulher e, em um segundo momento, a conformidade com aquela realidade, a ideia um tanto banal de que, infelizmente, é daquele modo que as coisas deveriam acontecer. Chamá-lo de "incel", como vi em alguns comentários, chega ser controverso, tendo em vista que o ápice do filme é justamente
ele eliminando os carrascos da jovem Iris, brutalmente explorada pelos homens de todas as formas possíveis.
Na verdade, é bem perceptível que no início do filme o personagem tinha certa perspectiva em relação às pessoas, uma perspectiva já um tanto perturbada - não totalmente negativa -, justamente pelo passado não explorado do mesmo, mas implícito, tanto na guerra quanto nas ruas; contudo, mesmo assim, ele via na Betsy um "fio de esperança", a ideia de que não, nem todos eram tão horríveis quanto ele imaginava. E ele busca alimentar isso, até que o fio de esperança se rompe quando a ida ao cinema revela que, infelizmente, a visão de mundo dos dois era bem distinta. Não porque ele era mal ou cruel ou qualquer adjetivo semelhante, mas sim porque, simplesmente, a lente pela qual o mundo foi apresentado à ele é diferente da lente utilizada pelas pessoas ditas 'normais'.
O conceito é interessantíssimo, mas o desenvolvimento maçante não colabora com o espectador. São 75 min. em um nível "ok" de suspense, razoavelmente bom, para nos últimos 15 min. apelar para um horror fantasioso, esdrúxulo, medíocre. Tenta beber da fonte de "Mother!" de um jeito beeem banal, risível. Nos resta torcer para a A24 não tornar-se mais um estúdio "caça-níqueis" como vêm ocorrendo com outros estúdios, priorizando a quantidade de filmes lançados enquanto a qualidade despenca.
Por hora, é o típico filme "ame ou odeie", e eu amei. O flerte com o terror em vários momentos é a cereja do bolo. Sam Raimi tem uma direção impecável no gênero que se propor a fazer. Um ponto não exatamente negativo, mas que poderia ter sido melhor trabalhado, foi a
inserção dos Illuminati na história. Poderia ter sido em um ritmo mais leve para que nos conectássemos mais com os mesmos. Salvo o professor Xavier, o resto dos membros serviu como figurante.
Raimi disse, em entrevista recente, que a obra teria 2h40min. Cruzar os dedos para que esses quarenta minutos venham à luz um dia. É bom? Sem dúvida alguma. Queremos mais? Sempre.
Me surpreendi positivamente. A Ocultista é uma personagem bem interessante, queria mais sobre ela. Um ritmo mais enérgico, bem costurado com tensão e piadas pontuais para amenizar o clima, deixando de lado o jump scare que, com a frequência usada nos filmes anteriores, perdia força.
Poderoso. A obra, quando realizada de modo majestoso, torna a duração um fator irrelevante. Quatro horas passam tão rápido que ao final ainda queremos mais. O filme que todo fã da DC merece. Uma homenagem louvável aos heróis que fizeram parte da infância de muita gente. Ao final, nos indagamos: Quantas obras teriam sido melhores caso não sofressem com a impiedosa tesoura dos estúdios? Aquela tesoura que ceifa ideias, também condena ao fracasso histórias grandiosas. Felizmente, aqui, os papéis de Snyder e dos fãs venceram a tesoura da Warner. A pedra enrolamos na versão de 2017 e jogamos no fundo do oceano.
o irmão do Saroo morreu com o peso na consciência de ter perdido o irmãozinho, com a dor de carregar a responsabilidade por ter levado-o para a viagem
, impossível não chorar de soluçar. O diálogo da Sue com o Saroo sobre seu propósito é outra cena que faz os olhos brilharem, de emoção, felicidade e uma certa tristeza. Por fim, o nó na garganta causado pela sensação de não-pertencimento presente em quase todo o filme. Um dos mais belos dramas que já vi.
Sou fã de tudo que sai da mente do King, então meu senso crítico para classificar as obras é extremamente brando.
Amei a adaptação.
Rose, a Cartola, é a exata representação daquilo que imaginei lendo: uma líder fria, sem escrúpulos e disposta a tudo para garantir a sobrevivência do Verdadeiro Nó, porém, fracassa pela ganância e por subestimar a adversária.
(Achei desnecessário apresentar as cenas de O Iluminado novamente, porque a obra do Kubrick - ainda que Stephen a abomine - é irretocável, tornou-se um clássico atemporal e assim o seguirá sendo.)
O universo de Stephen King é louvável, brilhante. O modo como as obras se conectam, as pequenas referências aqui e acolá... Os olhos brilham!
Adão Negro
3.1 687 Assista AgoraDwayne Johnson não me desce, um canastrão com aquela expressão imutável. Sofrível.
Fora ele, seria uma obra interessante.
Sorria
3.1 849 Assista AgoraGostei. Espero uma continuação que aborde mais à fundo sobre a entidade. Esse tem a característica de ser raso justamente por causa disso. Caso tivessem, em seus 110 minutos, abordado mais toda a questão em torno dela, teríamos um produto final mais robusto.
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
3.5 799 Assista AgoraFoi um tributo digno. 🙅🏿♂️
Chadwick Boseman eternizou sua figura carismática, honrosa, guerreira, não só na Sétima Arte, mas no mundo, através do UCM.
A trilha sonora transforma tudo em um mix de emoções, fazendo rir e chorar nos momentos corretos. Quando os créditos sobem com o hino Lift Me Up e, logo após, temos um "Dedicado ao nosso amigo...", impossível algumas lágrimas não rolarem aqui e ali.
O peso do filme são as circunstâncias que o construíram, e não tanto o produto final em si.
Eu poderia me ater à aspectos negativos e todo aquele blablablá, mas como o ser humano que sou, me aterei ao ponto crucial da obra: foi uma emocionante e justa homenagem ao nosso eterno T'challa. 🙅🏿♂️
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraCurti do começo ao fim. Um dos roteiros que mais me surpreendeu esse ano. Quando você acha que a história vai por determinado caminho, toma outro completamente diferente. Fotografia excelente, em certos momentos lembra videogames pela perspectiva dos personagens, em outros lembra uma fantasia surreal com aqueles cenários e personagens coloridos, vivos. Uma hora e trinta e sete minutos muito bem aproveitados. Com certeza assistirei mais algumas vezes. É uma concepção minha: o filme se torna bom quando você compra a ideia que ele vende, e a ideia de Barbarian eu comprei desde o momento em que a Tess adentrou naquela casa sinistra.
Órfã 2: A Origem
2.7 773 Assista AgoraDiverte.
Aterrorizante
2.9 456 Assista AgoraO gore tem um público muito específico, e com Terrifier percebo que não sou parte deste público.
Hellraiser
3.2 406 Assista AgoraCada momento de fala do Sacerdote/Pinhead é estupendo, especialmente pelo jogo de luzes que dá a impressão de que o rosto se distorce, se deforma, sendo que continua o mesmo, mas os olhos e a própria pele esbranquiçada causam esse efeito curioso.
O gore é aceitável, tanto em nível de presença quanto em questão de efeitos utilizados, e o desenho dos cenobitas é muito bem elaborado. O roteiro atinge um clímax interessante no ato final, traz o frescor necessário para manter os fãs do material original e também angariar fãs da nova geração.
Peca, talvez, na falta de um elemento intrínseco à obra de Barker: o sexo, o prazer. Em paralelo, sobra desespero e lamento.
Halloween Ends
2.3 537 Assista AgoraJohn Carpenter deve considerar uma lástima o que fizeram com Michael Myers, sua principal obra prima, sua magnum opus.
Primeiros 15 minutos, ok. Últimos 15 minutos, também. O problema é que o filme tem 1h50 min., então né... O resto afunda toda e qualquer esperança de considerar a obra, no mínimo, mediana.
Halloween Ends é bizarro, cafona, tosco, ridículo do começo ao fim. Inadmissível o que fizeram com o vilão mais icônico do terror. Nada se salva. Talvez a Jamie Lee Curtis, mas ainda acredito que ela devia ter parado no primeiro e seguido a vida, à menos que esteja devendo algum financiamento da casa ou coisa assim, aí essa patifaria viria à calhar.
Sério, assistam e tirem suas próprias conclusões.
Na minha concepção, Halloween Ends não serve e não agrada: nem os fãs da franquia, nem os fãs do gênero.
Trem-Bala
3.6 585 Assista AgoraFui ver sem expectativas e me surpreendeu demais, positivamente. O Brad Pitt, bom, em mais um papel de Brad Pitt; mas os outros personagens, excelentes. Bebe da fonte de Quentin Tarantino tanto pelas claras referências na ação quanto pelo sarcasmo ácido empregado nos diálogos. Quando você acredita que tudo vai ir por um rumo, toma outro bem mais caótico, exatamente como um trem desgovernado (rs, perdão pelo trocadilho). Vale a pena conferir.
O Telefone do Sr. Harrigan
2.8 216 Assista AgoraO ritmo do conto e o ritmo do filme é exatamente o mesmo. A adaptação é bem fiel, alterando apenas a morte de um dos personagens, que no livro é mais brutal. Em suma, basicamente, dá sim para concluir que tanto o conto quanto a adaptação são bem medianos. Não é, nem de longe, o melhor de King: nem nas páginas, nem nas telas.
Abracadabra 2
3.3 349 Assista AgoraDiverte, sem dúvida alguma. Mas no caminho perdeu parte da essência que nos atraía no original. Não é tão memorável quanto.
Thor: Amor e Trovão
2.9 973 Assista AgoraO aspecto negativo de alcançar um clímax irretocável, que foi a Era de Ouro do UCM com Guerra Infinita e Ultimato, é que depois fica muito, muito difícil entregar a mesma qualidade e sincronia nas obras esperada pelos fãs e espectadores no geral.
Thor: Love and Thunder é xoxo, fraco, capenga, e vai além: não empolga, não emociona, não faz rir, não diverte, não é corajoso. Falta muito aqui, principalmente um STOP! no Taika Waititi que sim, tem o espetacular Jojo Rabbit no currículo, mas é espetacular graças ao material de origem, um livro de peso, formidável e tocante na medida certa, não necessariamente por causa da mão do Waititi.
Uma lástima o Bale colocando seu talento estupendo em uma patifaria dessas.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraÉ um bom divertimento e, como sci-fi, bem interessante.
Destaque para a concepção da criatura que, para mim, é um dos grandes pontos do filme. Estive vendo algumas artes da produção e, sem dúvida alguma, o desenho é um espetáculo visual, atraente e aterrorizador na mesma intensidade.
A tragédia no sitcom vai permanecer na memória por anos. Acontecimento muito bem elaborado.
Isso de comparar com filmes anteriores do diretor é um tanto banal, visto que são temáticas beeeem diferentes. Sim, há críticas sociais nas três obras do Peele, mas também existem conceitos diferentes de roteiro em cada um. Não é uma trilogia para querer equiparar os níveis de tensão e afins, sendo a própria narrativa, em cada obra, única.
Vale muito à pena conferir, mas se teu gosto for mais voltado ao suspense construído em 'Corra!', melhor desviar.
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraBem construído e sem "colher de açúcar" para amenizar o roteiro, o mundo representado na obra é visceral. Scarface é um clássico policial/gângster que deve ser conferido até mesmo por quem não curte o gênero, e digo o porquê: é um clássico que envelheceu muito bem.
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraThe Black Phone surpreende, uma vez que o material de origem é curtíssimo, um conto do Joe Hill - filho do Stephen King -, dos mais rasos. Então aqui temos muito mais envolvimento com os personagens, especialmente com a carismática dupla de irmãos, que sustenta todo o desenvolvimento do filme sem torná-lo cansativo.
Tenho percebido, como métrica para definir atores formidáveis, os olhos. E é isso que torna a atuação de Ethan Hawke tenebrosa, pois vemos nos olhos do personagem aquela mistura de tristeza/raiva em momentos conturbados nos quais ele não pode seguir o roteiro perverso idealizado em sua mente
(perseguindo o Finney ou assassinando o próprio irmão)
O plot no final, interessantíssimo. Cada ação no decorrer do filme contribuiu para o desfecho apresentado.
Em uma atualidade deprimente do gênero, na qual os jump scares têm definido o quanto um terror é bom ou não, The Black Phone consegue com eficiência prender na cadeira e fazer o coração acelerar, sem apelar para recursos mais fáceis, do contrário: exige apenas que o espectador compre a ideia apresentada e se divirta diante disso.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraA mudança vertiginosa de percepção do protagonista em relação à realidade que o cerca, a partir do segundo ato do filme, é aterradora.
O espectador, quando imerso na obra, sente-se mais um cidadão daquela cidade suja, corrupta, fétida, graças aos diálogos excelentes e aos movimentos de câmera que lhe inserem naquela realidade. A trilha de Bernard Herrmann (responsável pela icônica trilha de Psicose do Hitchcock), é a última de sua carreira, e não só isso: é irretocável, única, a chave de ouro para encerrar a carreira de um compositor brilhante.
A atuação do De Niro, impecável. Você vê nos olhos do cara aquela angústia, aquela desesperança, e isso que nos joga de um lado para o outro: em um primeiro momento, o desconforto, assim como o Travis ao ouvir o passageiro (vivido pelo próprio Scorsese) que pretendia matar a mulher e, em um segundo momento, a conformidade com aquela realidade, a ideia um tanto banal de que, infelizmente, é daquele modo que as coisas deveriam acontecer.
Chamá-lo de "incel", como vi em alguns comentários, chega ser controverso, tendo em vista que o ápice do filme é justamente
ele eliminando os carrascos da jovem Iris, brutalmente explorada pelos homens de todas as formas possíveis.
Na verdade, é bem perceptível que no início do filme o personagem tinha certa perspectiva em relação às pessoas, uma perspectiva já um tanto perturbada - não totalmente negativa -, justamente pelo passado não explorado do mesmo, mas implícito, tanto na guerra quanto nas ruas; contudo, mesmo assim, ele via na Betsy um "fio de esperança", a ideia de que não, nem todos eram tão horríveis quanto ele imaginava. E ele busca alimentar isso, até que o fio de esperança se rompe quando a ida ao cinema revela que, infelizmente, a visão de mundo dos dois era bem distinta. Não porque ele era mal ou cruel ou qualquer adjetivo semelhante, mas sim porque, simplesmente, a lente pela qual o mundo foi apresentado à ele é diferente da lente utilizada pelas pessoas ditas 'normais'.
Men: Faces do Medo
3.2 407 Assista AgoraO conceito é interessantíssimo, mas o desenvolvimento maçante não colabora com o espectador.
São 75 min. em um nível "ok" de suspense, razoavelmente bom, para nos últimos 15 min. apelar para um horror fantasioso, esdrúxulo, medíocre. Tenta beber da fonte de "Mother!" de um jeito beeem banal, risível.
Nos resta torcer para a A24 não tornar-se mais um estúdio "caça-níqueis" como vêm ocorrendo com outros estúdios, priorizando a quantidade de filmes lançados enquanto a qualidade despenca.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraPor hora, é o típico filme "ame ou odeie", e eu amei.
O flerte com o terror em vários momentos é a cereja do bolo. Sam Raimi tem uma direção impecável no gênero que se propor a fazer.
Um ponto não exatamente negativo, mas que poderia ter sido melhor trabalhado, foi a
inserção dos Illuminati na história. Poderia ter sido em um ritmo mais leve para que nos conectássemos mais com os mesmos. Salvo o professor Xavier, o resto dos membros serviu como figurante.
Raimi disse, em entrevista recente, que a obra teria 2h40min.
Cruzar os dedos para que esses quarenta minutos venham à luz um dia.
É bom? Sem dúvida alguma.
Queremos mais? Sempre.
Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio
3.2 960 Assista AgoraMe surpreendi positivamente. A Ocultista é uma personagem bem interessante, queria mais sobre ela. Um ritmo mais enérgico, bem costurado com tensão e piadas pontuais para amenizar o clima, deixando de lado o jump scare que, com a frequência usada nos filmes anteriores, perdia força.
À Espreita do Mal
3.6 898É como ler um grande thriller, não deixa nada a desejar.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KPoderoso. A obra, quando realizada de modo majestoso, torna a duração um fator irrelevante. Quatro horas passam tão rápido que ao final ainda queremos mais.
O filme que todo fã da DC merece. Uma homenagem louvável aos heróis que fizeram parte da infância de muita gente. Ao final, nos indagamos: Quantas obras teriam sido melhores caso não sofressem com a impiedosa tesoura dos estúdios?
Aquela tesoura que ceifa ideias, também condena ao fracasso histórias grandiosas. Felizmente, aqui, os papéis de Snyder e dos fãs venceram a tesoura da Warner.
A pedra enrolamos na versão de 2017 e jogamos no fundo do oceano.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraQuando termina o filme e você reflete que
o irmão do Saroo morreu com o peso na consciência de ter perdido o irmãozinho, com a dor de carregar a responsabilidade por ter levado-o para a viagem
O diálogo da Sue com o Saroo sobre seu propósito é outra cena que faz os olhos brilharem, de emoção, felicidade e uma certa tristeza.
Por fim, o nó na garganta causado pela sensação de não-pertencimento presente em quase todo o filme.
Um dos mais belos dramas que já vi.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraSuperestimado.
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista AgoraSou fã de tudo que sai da mente do King, então meu senso crítico para classificar as obras é extremamente brando.
Amei a adaptação.
Rose, a Cartola, é a exata representação daquilo que imaginei lendo: uma líder fria, sem escrúpulos e disposta a tudo para garantir a sobrevivência do Verdadeiro Nó, porém, fracassa pela ganância e por subestimar a adversária.
(Achei desnecessário apresentar as cenas de O Iluminado novamente, porque a obra do Kubrick - ainda que Stephen a abomine - é irretocável, tornou-se um clássico atemporal e assim o seguirá sendo.)
O universo de Stephen King é louvável, brilhante. O modo como as obras se conectam, as pequenas referências aqui e acolá... Os olhos brilham!