Muito se fala do Villeneuve. Bom, esse é apenas o terceiro filme dele que vi. Incêndios, um puta filme e um dos meus favoritos e Sicario um bom filme, apenas. Então não posso falar dele como diretor.
Acho legal como os símbolos de linguagem dos aliens seja circular e isso seja uma analogia para o próprio enredo, que é cíclico. Estava vidrado vendo o desenrolar da história, muito bem contada, por sinal. A Amy Adams está perfeita aqui (Oscar, quem perdeu foi você, tá?). A aparência dos aliens e o relacionamento deles com os humanos não é nada óbvia. Quando estava assistindo a cena da primeira vez que a personagem da Amy entra na nave e existe a inversão de gravidade eu me lembrei de 2001. Mas só por um momento, já que a proposta desse filme passa longe da proposta da obra prima kubrickiana. A intenção desse filme é ser acessível, coisa que consegue e ainda assim não perde a beleza e engajamento que a ficção científica propõe. Então, em geral, esse filme está mais perto de Interstellar. O que pra mim não chegou a ser um grande problema mas uma leve decepçãozinha. No terceiro ato esse filme fica explicadinho demais e toma certas escolhas narrativas que particularmente não gostei muito. Mas ainda assim é um grande filme e um dos melhores do gênero feito em muitos anos.
Gostei bastante do filme até a primeira metade. A atuação - mesmo que só e não mais que alguns momentos exagerada - da Natalie retrata muito bem o desespero, a tristeza e o abalo de uma mulher que testemunha de forma protagonizante o assassinato de seu marido. O diálogo dela explicando à filha que seu pai não voltaria para casa é destruidoramente tocante. A ambientação é muito bem feita, e a sincronia da cena do assassinato é simplesmente perfeita. Mas lá perto do final o filme começa a ficar cíclico demais e começa a ser redundante de si mesmo.
Até onde a crença espiritual pode ser maior que o amor familiar? Quanto mal um grupo com uma fé em comum pode fazer a uma minoria? A qualidade técnica desse filme não será uma das melhores coisas que você verá por aí. Nem as suas atuações. Mas o que importa aqui é a sua mensagem: "Antes de ecoar ‘Amém’ na sua casa e no lugar de adoração, pensem. Pensem e lembrem-se. Uma criança está ouvindo.” (Mary Griffith)
Criamos cercas para deixar quem está fora do lado de fora ou para quem está dentro do lado de dentro?
Sobre a história desse homem frustrado e que espelha as suas frustrações no filho mais novo, autoritário e ao mesmo tempo doce com a sua esposa e um bom cidadão de bem. A dupla Denzel e Viola são um choque de monstro. A cena da discussão e o monólogo com a morte são muito boas. Mas tenho resalvas a fazer: não costumo gostar de filmes muito verborrágicos, coisa que definitivamente esse filme é. Ficava sem fôlego com o tanto que os personagens desse filme falam. Senti a falta de momentos mais contemplativos.
Aqui cada silêncio e cada olhar é carregado de uma imensidade de sentimentos e sentidos. Um relato de como o preconceito (racismo, bullying, homofobia) podem ser destrutivos a uma pessoa. Me assombro quando penso que por pouco não poderia ser um Chiron da vida real. A sensiblidade e a verdade aqui passadas são tão extasiantes que nos tiram o chão. Os três atores que interpretam o protagonista são excelentes e suas entregas complementam o mesmo. Os enquadramentos são um show à parte. E a música do Caetano <3 Que bom que temos filmes como esse.
Audrey Tautou interpreta Nathalie, uma mulher que vive um amor e vida perfeitos. Até que o seu marido morre - isso não é spoiler - e a partir daí o filme toma um rumo totalmente desinteressante, com escolhas de roteiro e personagens mornas, completamente sem sal. Um filme que começa tão bem e termina com cada minuto pesaroso.
É difícil comentar sobre esse filme, já que ele é todo sentimento. Ginger é uma garota de uma sensibilidade tocante. Sua personalidade introspectiva, crises existenciais são muito bem retradadas com as imagens desse filme. Só tenho uma coisa a dizer: nunca conhecemos as pessoas por completo. Quando pensamos que sim, elas podem nos surpreender. Outra coisa a dizer: Elle Fanning sua princesa <3
Jack Frost, um garoto que tem poderes de congelar as coisas, não sabe a sua história e nem o por quê de ter sido escolhido para ser um guardião. Ao lado do Coelho da Páscoa, do Papai Noel, do Sandman e da Fada dos Dentes ele irá lutar contra o Bicho Papão e descobrir a sua origem. Não sei se esse filme em um dado momento é emocionante mesmo ou se estou ficando besta, mas chorei perto do final. Sobre a pureza infantil. Acreditar nos seres mágicos aqui talvez seja uma metáfora para acreditar em si mesmo. Ou nos seus sonhos.
12 indicações ao Oscar. Levou 4 nas principais categorias. O então Príncipe Albert e futuro rei George VI, pai da rainha Elizabeth, sofre com sua gagueira, problema que o impede de falar em público. Um designe de produção maravilhoso, atuações extremamente competentes. Mas o que brilha aqui é o roteiro: flashbacks nos momentos precisos e personagens cativantes. O Colin Firth aqui está sensacional, ele ultimamente está se saindo um dos melhores da atualidade. De uns tempos pra cá estou ficando cada vez mais interessado em biografias de monarcas, gosto que talvez foi despertado por Downton Abbey, depois passei a ver Victoria e agora estou terminando The Crown.
Uma menina de 14 que perdeu a sua mãe muito cedo quer entender melhor a história dela é consequentemente a sua própria. Esse filme traz temas como a cumplicidade, o racismo, o machismo e como às vezes nosso orgulho pode ferir quem amamos. De uma beleza leve e sincera.
E não acho que a menina Dakota não tenha talento. Quem diz isso ainda não conseguiu me convencer.
Uma mulher que não quer que sua filha sofra do mesmo destino que ela. Destino esse determinado pela sociedade patriarcal extremamente machista do Paquistão, ou do oriente como um todo.
Um filme de fuga que tem mensagens universais como o valor das família e a independência feminina. Tem horas que fica meio piegas e clichê mas vale a pena.
Uma mulher com certas excentricidades e que tem desejos como qualquer ser humano que é culpada pelo conservadorismo e moralismo careta das pessoas ou uma assassina fria e calculista que não mostra sinal nenhum de arrependimento pelo crime que cometeu? Não espere respostas. Só entrar no filme com dúvidas e sair com o dobro delas.
Existe um momento em que a Amanda fala que as pessoas tentam encontrar no seu olhar provas de sua culpa, e isso me lembrou o terror francês Martirys, onde as pessoas tentam encontrar traços da divindade no olhar das vítimas (não vou explicar muito pra não dar spoiler). Espero não ter viajado demais.
Acho que eu fui a única criança que não assistiu esse filme e a última pessoa a fazê-lo. Ele é a junção de uma coisa que eu amo, animação em stop motion, e uma que acho um saco, musical. O lado que acho um saco pesou mais. O interessante desse filme são as criaturas e a mistura do Halloween com o natal. Interessante também é que as pessoas juram que ele foi dirigido pelo Tim Burton. Ele só fez o roteiro.
Adolf Hitler volta à Alemanha e é confundido com um comediante. Mas o que no começo é visto como piada passa a ser ovacionado como glorioso. O filme funciona bastante bem como uma crítica à sociedade alemã e se encaixa para a europeia como um todo. O nacionalismo tão doentio da era do nazismo e tão criticado hoje em dia mostra-se nem tão superado assim. Ele ainda - e talvez sempre vá ser - é latente nas pessoas. Baseado no formato de Borat, existem alguns momentos em que a câmera cria consciência e mostra pessoas reais falando sobre o assunto e suas mais variadas reações ao verem o figurão travestido de Hitler. O problema do filme é quando ele tenta ser engraçado, coisa que nunca ele consegue ser. (Uma ressalva para uma cena em que o Furher dá uma certa gargalhada).
Crítico, heterogêneo e sem graça. Mas ele não esquece do tema que aborda. E isso já é o bastante.
Maggie Smith é uma mendig... eerr, perdão, uma autônoma que vive numa van e que esconde um grande segredo do seu passado. Quando a sua cida e a de um escritor solitário de meia idade se cruzam um passa a ser coadjuvante da história do outro e ao mesmo tempo, protagonista. Um filme bonitinho sobre amizade e sobre como a nossa essência, mesmo que invisível aos olhos (ou aos ouvidos, nesse caso) nunca se perderá.
Uma protistuta e uma mãe dona de casa que se encontram num episódio no mínimo inusitado e começam a fazer parte uma da vida da outra. Eu gosto bastante da Kathryn Hahn (vide Transparent) e nesse filme ela mostra mais uma vez que é uma das melhores atrizes da atualidade. A cena em que ela surta entre um copo de vinho e outro é maravilhosa. O filme tem uns probleminhas mas que não chegam a estragar a experiência de assisti-lo. Em suma é um filme sobre irmandade - principalmente a feminina - e como pessoas que gostamos podem nos machucar. Mas o mundo continua girando e a vida segue.
Um filme sobre vingança, dor e arrependimento. Aqui nada do que é mostrado é apenas aquilo mesmo. O filme possui várias camadas e nem sei se consegui captar tudo. A Amy Adams como sempre está maravilhosa. A sua personagem tem muitos momentos imersivos e sem muitos diálogos ou sem muitos movimentos expressivos e isso é muito mais difícil de fazer do que o contrário. O destaque também vai para o Jake Gyllenhaal e o Michael Sheen, que juntos fazem um thriller de tirar o fôlego. E sim, o filme tem bastante de Hitchcock.
Eu já perdi as contas de quantas vezes eu já vi esse filme.
Essa obra é uma síntese da genialidade do mestre Ariano Suassuna. Um retrato da vida sofrida do povo sertanejo, que passa pela fome e seca desde o seu nascimento até a sua morte, mas com as peripécias vindas da sabedoria de João Grilo - que apesar de ser um analfabeto, é o mais sabido de todos nessa história - o filme nos faz rir de situações que são trágicas e ao mesmo tempo cômicas. Então esquecemos do panorama que pode ser chamado até de jornalístico que há por trás de toda aquela dramaturgia (no sentido mais puro da palavra). Mas isso deixa de acontecer quando a personagem da Virgem Maria, que por ironia é interpretada pela divindade brasileira Fernanda Montenegro, nos conta do passado dos personagens que estão sendo julgados. Em especial do cangaceiro Severino e do João Grilo. Nesse momento o filme que tem toda essa beleza lírica joga a realidade crua ao espectador, com fotografias de pessoas reais que vivem essa cruel realidade. Nós que tínhamos os olhos cheios de lágrimas de tanto rir voltamos a tê-los marejados pelo sentimento contrário.
Esse é o tipo de filme que agrada todas as classes de pessoas: pobres, ricos, jovens, velhos, crianças, homens, mulheres, etc. Sua estrutura narrativa e até a mise-en-scène é de uma simplicidade tão grande que não há alguma restrição.
Tirando toda a parte etérica, esotérica ou como você preferir chamar, o filme até é interessante. A parte da investigação é até envolvente. Eu me peguei muito mais interessado em saber o que ia acontecer com o assassino do que pra onde a menina ia depois do purgatório. O nível de pieguice é alto demais e torna o filme uma redundância de si próprio em determinado momento.
Não tô sabendo o que falar. Essa deve ser a sensação de todos quando terminam de assistir esse filme. Filmes sobre a Segunda Guerra geralmente me deixam pra baixo, mas esse foi um caso especial. Ele é de uma intensidade, de uma beleza... Simplesmente um dos melhores filmes de todos os tempos. Num dos piores momentos da história da humanidade, ainda se pode ver brotar um fiozinho de esperança nela.
O filme vai criando um clima que vai te envolvendo, te deixando tenso, incomodado. Ele te assusta não por mostrar cenas muito gráficas e sangrentas como muitos estão acostumados, mas sim pela sugestão. A fotografia muito bonita, o uso da luz natural, a edição e mixagem de som fazem este filme tecnicamente perfeito, Junto com Invocação do Mal, esse é o meu filme de terror preferido dos últimos tempos.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraMuito se fala do Villeneuve. Bom, esse é apenas o terceiro filme dele que vi. Incêndios, um puta filme e um dos meus favoritos e Sicario um bom filme, apenas. Então não posso falar dele como diretor.
Acho legal como os símbolos de linguagem dos aliens seja circular e isso seja uma analogia para o próprio enredo, que é cíclico. Estava vidrado vendo o desenrolar da história, muito bem contada, por sinal. A Amy Adams está perfeita aqui (Oscar, quem perdeu foi você, tá?). A aparência dos aliens e o relacionamento deles com os humanos não é nada óbvia.
Quando estava assistindo a cena da primeira vez que a personagem da Amy entra na nave e existe a inversão de gravidade eu me lembrei de 2001. Mas só por um momento, já que a proposta desse filme passa longe da proposta da obra prima kubrickiana. A intenção desse filme é ser acessível, coisa que consegue e ainda assim não perde a beleza e engajamento que a ficção científica propõe. Então, em geral, esse filme está mais perto de Interstellar. O que pra mim não chegou a ser um grande problema mas uma leve decepçãozinha. No terceiro ato esse filme fica explicadinho demais e toma certas escolhas narrativas que particularmente não gostei muito. Mas ainda assim é um grande filme e um dos melhores do gênero feito em muitos anos.
Jackie
3.4 740 Assista AgoraGostei bastante do filme até a primeira metade. A atuação - mesmo que só e não mais que alguns momentos exagerada - da Natalie retrata muito bem o desespero, a tristeza e o abalo de uma mulher que testemunha de forma protagonizante o assassinato de seu marido.
O diálogo dela explicando à filha que seu pai não voltaria para casa é destruidoramente tocante.
A ambientação é muito bem feita, e a sincronia da cena do assassinato é simplesmente perfeita.
Mas lá perto do final o filme começa a ficar cíclico demais e começa a ser redundante de si mesmo.
Orações para Bobby
4.4 1,4KAté onde a crença espiritual pode ser maior que o amor familiar?
Quanto mal um grupo com uma fé em comum pode fazer a uma minoria?
A qualidade técnica desse filme não será uma das melhores coisas que você verá por aí. Nem as suas atuações. Mas o que importa aqui é a sua mensagem:
"Antes de ecoar ‘Amém’ na sua casa e no lugar de adoração, pensem. Pensem e lembrem-se. Uma criança está ouvindo.” (Mary Griffith)
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraCriamos cercas para deixar quem está fora do lado de fora ou para quem está dentro do lado de dentro?
Sobre a história desse homem frustrado e que espelha as suas frustrações no filho mais novo, autoritário e ao mesmo tempo doce com a sua esposa e um bom cidadão de bem. A dupla Denzel e Viola são um choque de monstro. A cena da discussão e o monólogo com a morte são muito boas. Mas tenho resalvas a fazer: não costumo gostar de filmes muito verborrágicos, coisa que definitivamente esse filme é. Ficava sem fôlego com o tanto que os personagens desse filme falam. Senti a falta de momentos mais contemplativos.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraAqui cada silêncio e cada olhar é carregado de uma imensidade de sentimentos e sentidos. Um relato de como o preconceito (racismo, bullying, homofobia) podem ser destrutivos a uma pessoa. Me assombro quando penso que por pouco não poderia ser um Chiron da vida real.
A sensiblidade e a verdade aqui passadas são tão extasiantes que nos tiram o chão. Os três atores que interpretam o protagonista são excelentes e suas entregas complementam o mesmo. Os enquadramentos são um show à parte. E a música do Caetano <3
Que bom que temos filmes como esse.
A Delicadeza do Amor
3.9 920 Assista AgoraAudrey Tautou interpreta Nathalie, uma mulher que vive um amor e vida perfeitos. Até que o seu marido morre - isso não é spoiler - e a partir daí o filme toma um rumo totalmente desinteressante, com escolhas de roteiro e personagens mornas, completamente sem sal. Um filme que começa tão bem e termina com cada minuto pesaroso.
Ginger & Rosa
3.4 428 Assista AgoraÉ difícil comentar sobre esse filme, já que ele é todo sentimento. Ginger é uma garota de uma sensibilidade tocante. Sua personalidade introspectiva, crises existenciais são muito bem retradadas com as imagens desse filme. Só tenho uma coisa a dizer: nunca conhecemos as pessoas por completo. Quando pensamos que sim, elas podem nos surpreender.
Outra coisa a dizer: Elle Fanning sua princesa <3
A Origem dos Guardiões
4.0 1,5K Assista AgoraJack Frost, um garoto que tem poderes de congelar as coisas, não sabe a sua história e nem o por quê de ter sido escolhido para ser um guardião. Ao lado do Coelho da Páscoa, do Papai Noel, do Sandman e da Fada dos Dentes ele irá lutar contra o Bicho Papão e descobrir a sua origem.
Não sei se esse filme em um dado momento é emocionante mesmo ou se estou ficando besta, mas chorei perto do final.
Sobre a pureza infantil. Acreditar nos seres mágicos aqui talvez seja uma metáfora para acreditar em si mesmo. Ou nos seus sonhos.
O Discurso do Rei
4.0 2,6K Assista Agora12 indicações ao Oscar. Levou 4 nas principais categorias. O então Príncipe Albert e futuro rei George VI, pai da rainha Elizabeth, sofre com sua gagueira, problema que o impede de falar em público. Um designe de produção maravilhoso, atuações extremamente competentes. Mas o que brilha aqui é o roteiro: flashbacks nos momentos precisos e personagens cativantes. O Colin Firth aqui está sensacional, ele ultimamente está se saindo um dos melhores da atualidade.
De uns tempos pra cá estou ficando cada vez mais interessado em biografias de monarcas, gosto que talvez foi despertado por Downton Abbey, depois passei a ver Victoria e agora estou terminando The Crown.
A Vida Secreta das Abelhas
4.1 964 Assista AgoraUma menina de 14 que perdeu a sua mãe muito cedo quer entender melhor a história dela é consequentemente a sua própria. Esse filme traz temas como a cumplicidade, o racismo, o machismo e como às vezes nosso orgulho pode ferir quem amamos. De uma beleza leve e sincera.
E não acho que a menina Dakota não tenha talento. Quem diz isso ainda não conseguiu me convencer.
Filha
3.4 24Uma mulher que não quer que sua filha sofra do mesmo destino que ela. Destino esse determinado pela sociedade patriarcal extremamente machista do Paquistão, ou do oriente como um todo.
Um filme de fuga que tem mensagens universais como o valor das família e a independência feminina. Tem horas que fica meio piegas e clichê mas vale a pena.
Amanda Knox
3.6 229 Assista AgoraUma mulher com certas excentricidades e que tem desejos como qualquer ser humano que é culpada pelo conservadorismo e moralismo careta das pessoas ou uma assassina fria e calculista que não mostra sinal nenhum de arrependimento pelo crime que cometeu? Não espere respostas. Só entrar no filme com dúvidas e sair com o dobro delas.
Existe um momento em que a Amanda fala que as pessoas tentam encontrar no seu olhar provas de sua culpa, e isso me lembrou o terror francês Martirys, onde as pessoas tentam encontrar traços da divindade no olhar das vítimas (não vou explicar muito pra não dar spoiler). Espero não ter viajado demais.
O Estranho Mundo de Jack
4.1 1,3K Assista AgoraAcho que eu fui a única criança que não assistiu esse filme e a última pessoa a fazê-lo. Ele é a junção de uma coisa que eu amo, animação em stop motion, e uma que acho um saco, musical. O lado que acho um saco pesou mais. O interessante desse filme são as criaturas e a mistura do Halloween com o natal. Interessante também é que as pessoas juram que ele foi dirigido pelo Tim Burton. Ele só fez o roteiro.
Ele Está de Volta
3.8 681Adolf Hitler volta à Alemanha e é confundido com um comediante. Mas o que no começo é visto como piada passa a ser ovacionado como glorioso.
O filme funciona bastante bem como uma crítica à sociedade alemã e se encaixa para a europeia como um todo. O nacionalismo tão doentio da era do nazismo e tão criticado hoje em dia mostra-se nem tão superado assim. Ele ainda - e talvez sempre vá ser - é latente nas pessoas. Baseado no formato de Borat, existem alguns momentos em que a câmera cria consciência e mostra pessoas reais falando sobre o assunto e suas mais variadas reações ao verem o figurão travestido de Hitler. O problema do filme é quando ele tenta ser engraçado, coisa que nunca ele consegue ser. (Uma ressalva para uma cena em que o Furher dá uma certa gargalhada).
Crítico, heterogêneo e sem graça. Mas ele não esquece do tema que aborda. E isso já é o bastante.
A Senhora da Van
3.5 223 Assista AgoraMaggie Smith é uma mendig... eerr, perdão, uma autônoma que vive numa van e que esconde um grande segredo do seu passado. Quando a sua cida e a de um escritor solitário de meia idade se cruzam um passa a ser coadjuvante da história do outro e ao mesmo tempo, protagonista.
Um filme bonitinho sobre amizade e sobre como a nossa essência, mesmo que invisível aos olhos (ou aos ouvidos, nesse caso) nunca se perderá.
As Delícias da Tarde
2.9 116 Assista AgoraUma protistuta e uma mãe dona de casa que se encontram num episódio no mínimo inusitado e começam a fazer parte uma da vida da outra. Eu gosto bastante da Kathryn Hahn (vide Transparent) e nesse filme ela mostra mais uma vez que é uma das melhores atrizes da atualidade. A cena em que ela surta entre um copo de vinho e outro é maravilhosa. O filme tem uns probleminhas mas que não chegam a estragar a experiência de assisti-lo. Em suma é um filme sobre irmandade - principalmente a feminina - e como pessoas que gostamos podem nos machucar. Mas o mundo continua girando e a vida segue.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraUm filme sobre vingança, dor e arrependimento. Aqui nada do que é mostrado é apenas aquilo mesmo. O filme possui várias camadas e nem sei se consegui captar tudo. A Amy Adams como sempre está maravilhosa. A sua personagem tem muitos momentos imersivos e sem muitos diálogos ou sem muitos movimentos expressivos e isso é muito mais difícil de fazer do que o contrário. O destaque também vai para o Jake Gyllenhaal e o Michael Sheen, que juntos fazem um thriller de tirar o fôlego.
E sim, o filme tem bastante de Hitchcock.
O Auto da Compadecida
4.3 2,3K Assista AgoraEu já perdi as contas de quantas vezes eu já vi esse filme.
Essa obra é uma síntese da genialidade do mestre Ariano Suassuna. Um retrato da vida sofrida do povo sertanejo, que passa pela fome e seca desde o seu nascimento até a sua morte, mas com as peripécias vindas da sabedoria de João Grilo - que apesar de ser um analfabeto, é o mais sabido de todos nessa história - o filme nos faz rir de situações que são trágicas e ao mesmo tempo cômicas. Então esquecemos do panorama que pode ser chamado até de jornalístico que há por trás de toda aquela dramaturgia (no sentido mais puro da palavra). Mas isso deixa de acontecer quando a personagem da Virgem Maria, que por ironia é interpretada pela divindade brasileira Fernanda Montenegro, nos conta do passado dos personagens que estão sendo julgados. Em especial do cangaceiro Severino e do João Grilo. Nesse momento o filme que tem toda essa beleza lírica joga a realidade crua ao espectador, com fotografias de pessoas reais que vivem essa cruel realidade. Nós que tínhamos os olhos cheios de lágrimas de tanto rir voltamos a tê-los marejados pelo sentimento contrário.
Esse é o tipo de filme que agrada todas as classes de pessoas: pobres, ricos, jovens, velhos, crianças, homens, mulheres, etc. Sua estrutura narrativa e até a mise-en-scène é de uma simplicidade tão grande que não há alguma restrição.
É realmente um clássico do cinema nacional.
A Jornada de Hank Williams
3.0 29dormi assistindo
A Morte e Vida de John F. Donovan
3.3 193❤❤❤ ADELE ❤❤❤
Hitchcock/Truffaut
4.2 38só um pouco curto demais
Um Olhar do Paraíso
3.7 2,7K Assista AgoraTirando toda a parte etérica, esotérica ou como você preferir chamar, o filme até é interessante. A parte da investigação é até envolvente. Eu me peguei muito mais interessado em saber o que ia acontecer com o assassino do que pra onde a menina ia depois do purgatório. O nível de pieguice é alto demais e torna o filme uma redundância de si próprio em determinado momento.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraNão tô sabendo o que falar. Essa deve ser a sensação de todos quando terminam de assistir esse filme. Filmes sobre a Segunda Guerra geralmente me deixam pra baixo, mas esse foi um caso especial. Ele é de uma intensidade, de uma beleza... Simplesmente um dos melhores filmes de todos os tempos. Num dos piores momentos da história da humanidade, ainda se pode ver brotar um fiozinho de esperança nela.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraO filme vai criando um clima que vai te envolvendo, te deixando tenso, incomodado. Ele te assusta não por mostrar cenas muito gráficas e sangrentas como muitos estão acostumados, mas sim pela sugestão. A fotografia muito bonita, o uso da luz natural, a edição e mixagem de som fazem este filme tecnicamente perfeito, Junto com Invocação do Mal, esse é o meu filme de terror preferido dos últimos tempos.