Outro caso de drop de terror desse ano em que uma performance de atuação foi a bengala do filme.
Alisha fez um excelente trabalho, mesmo tão jovem. O controle facial e corporal foram o espírito do papel, tornando ainda mais envolvente e impactante o desempenho do personagem na tela.
No geral, foi um filme divertido. Posso dizer que me empolgou mais que Late Night with the Devil e bem mais que Imaculada.
Efeitos práticos, carpete empoeirado, fumaça de cigarro em ambiente fechado e sonoplastia nostálgica.
LNWD fez um excelente papel de caracterização, o que ajudou e muito na imersão no enredo e na atmosfera. Foi uma agradável surpresa, que me fez sentir entretido ao longo de toda 1h30min.
Só não me ganhou completamente pois algumas atuações foram fracas e, se comparado aos clássicos e grandes títulos do gênero que temos até aqui, o plot foi simples e carente de camadas. Foi fácil ligar os pontos
O que fazer quando um filme causa um impacto irreparável em algum lugar imperceptível?
Aftersun é a personificação da saudade. Aquela nostalgia gostosa de sentir, mas que logo te envolve com o amargor do reconhecimento que estes dias não voltam mais.
Doeu assistir. Doeu entender. Está doendo processar.
Parabéns Charlotte, Corio e Mescal por essa experiência.
Abordagem criativa sobre o tema possessão, com raízes bem profundas no folclore argentino. Efeitos práticos incríveis, cenas gores super bem construídas, tensão no talo.
O que faltou para mim aqui foi orçamento.
O filme perde força na atuação bem sofrida de 60% do cast (destaque para a performance dos personagens Pedro, Sabrina, Ruiz e esposa), que impacta fortemente na imersão, sobretudo na ponte para o ato final.
Mas no geral gostei muito da produção. O trabalho de fotografia tá super legal, com belíssimos takes da campanha argentina. Excelente entretenimento e grata surpresa para o gênero esse ano.
Vou marcar todo o comentário como spoiler pois acho que de ponto em ponto posso deixar escapar algo (e odeio estragar a experiência fílmica das pessoas):
O filme não conseguiu captar minha atenção em nenhum dos três blocos. No primeiro, é difícil de tu abraçares a proposta de um ET com telecinesia ficar desfilando a passos lentos enquanto caça a humana (lentidão que possibilitou três mortes improváveis onde ela saiu vitoriosa).
No segundo, a caçada continuou tão improvável quanto no início, com a adição dos humanos "possuídos" onde acabou não implicando em nenhuma diferença para a periculosidade.
A transição e a entrada do último (e mais explicativo) bloco foi até interessante, já que em termos de atuação o filme ficou bem alimentado com a performance da Kaitlyn - que me agradou bastante -, mas o desfecho tirou o brilho que custosamente conseguira com um final de cenas desnecessariamente longas, plot twist previsível e conclusão sem punch.
Se as pessoas esperavam uma colher de chá por parte dos alienígenas vendo a jornada de aceitação da Brynn, é esperar demais haha A garota assassinou três da espécie deles e o flashback só comprovou que, mesmo sem a intenção e se tornando algo que martirizou a garota ao longo de toda a vida, ela matou também alguém da própria.
O final, com a região sendo colonizada, foi, de todas as possibilidades, a mais "coerente" para mim (coloco entre aspas pois coerência é uma palavra meio descabida quando tratamos de plot com ETs haha).
No más, o que mais valeu para mim foi a atuação da atriz principal, que carregou o filme com dinamismo e boas expressões faciais, e os belos efeitos práticos e visuais.
Senti um cheio forte de inspiração no The Exorcist, sobretudo pensando no confronto Psiquiatria x Possessão. A abordagem começou bem ousada e criativa, mas já no meio perdeu a força.
Algumas decisões ??? do psiquiatra (como agarrar-se na heresia e no papel profissional quando um claro perigo à segurança pessoal dele se anunciava), a presença policial apenas em momentos oportunos, o timing perfeito para o aparecimento dos itens do condenado e a cereja do bolo: a catadora porta-voz - ou até mesmo uma nova possuída - do coisa ruim. Tudo deu um gosto amargo ao enredo, transformando a experiência nada agradável.
Porém foi uma surpresa boa reencontrar o Sean Patrick (não o via desde Dexter), e foi graças ao comprometimento dele ao personagem que me mantive até o final (parte essa que para mim foi a pior, sem valor narrativo, um simples excesso).
Na minha opinião, ainda serviu como um leve entretenimento, longe de ser algo inventivo no gênero Thriller.
ter a mesma protagonista do filme Tigre e o Dragão performando lutas como no clássico de 2000 foi um sonho se tornando realidade 22 anos depois.
teve referências ao filme aos montões, assim como ao cinema trash chinês de ação (como Kunf-Fusão, sendo esse responsável por várias cenas de comédia de ficar WTFFFF).
para mim, robert não trouxe nenhuma novidade e profundidade em atuação para o Batman (embora tenha sido uma ótima performance), sendo pra mim Zoe a feliz surpresa nesse aspecto. quanto ao charada belo mergulho na caracterização de um psicopata narcisista.
ambientação nota mil (a sequência final em Glasglow foi de tirar o fôlego… que estética), trilha sonora deliciosa e roteiro super bem conduzido, 3h que fluíram super bem.
Entendo o que rolou: os fãs da franquia esperavam um ritmo frenético e receberam uma proposta bem diferente, e quando há quebra de expectativa não há qualidade técnica ou narrativa que cubra.
Mas pra mim, que não depositava nenhuma expectativa, fui surpreendido com uma história sobre o que é dever, honra e caráter em um contexto socialmente fragilizado e pautado no poder.
Foi uma experiência super positiva, no aguardo da sequência. Ainda mais depois dessa cena pós crédito.
soluções rápidas pouco explicadas, cenas de comédia um tanto forçadas e pouco aproveitamento do Dafoe na fase final do filme
pois eu não o odiei. na verdade amei como um bom fã de homem aranha. o hype levantou a minha expectativa onde a produção do filme não conseguiu atingir, porém de longe não foi uma experiência ruim. do mesmo jeito saí felizão do cinema, contente de ter visto novamente atores e personagens que marcaram profundamente a minha infância.
por uma vez na vida de vocês: divirtam-se com algo. claramente o filme tem erros de ritmo ou até mesmo no cast forçado, mas fez um ótimo papel em entreter com temas tão, infelizmente, relacionáveis.
no final ficamos apenas sabendo de uma coisa, que o xibom bombom já predizia: “o de cima sobe e o baixo desce”.
Acredito que o principal fator que está estragando a experiência de alguns é o hype que Hereditário causou. A narrativa deste, mesmo que haja metáforas, é mais direta e ganha mais na imersão, o que acaba sendo um polo oposto à proposta de Midsommar. A lentidão na contextualização está atrelada ao caráter do enredo que tem um contorno muito mais psico-emotivo (no qual a personagem Dani arrasa), então pra quem quer imediatismo ou um show de jumpscares acaba se decepcionando.
Meus problemas com o filme se deram muito mais com certas atitudes que alguns personagens tomaram ao longo do filme, porém não deixou de ser uma baita experiência cinematográfica (:
O filme foi lançado num contexto onde a Coréia do Sul emerge com força no cenário terror-horror-thriller. Pega carona no sucesso "Invasão Zumbi" (Train to Busan, 2016) e se dispõe a relatar a história da relação entre dois irmãos, dentro de uma família nuclear e aparentemente normal. A partir das veias que derivam desse centro notamos um pano de fundo que mistura admiração, inspiração e inveja.
Outro elemento nasce no enredo quando a família muda-se para uma nova casa onde há um cômodo que não pode ser adentrado. O mistério, surgindo desse ponto, impregna o desenvolvimento da obra quando o irmão mais novo começa a ouvir constantes barulhos na tal peça, assim como notar que a porta desta última, que fica em frente ao seu quarto, abre sozinha todas as noites.
Rastros de um Sequestro brinca com as superstições asiáticas, constrói sequências que prendem a atenção e usa e abusa do recurso mais genial do cinema: o plot twist.
A obra vem em um momento onde a discussão sobre o avanço tecnológico em contraposição aos tabus e contornos da sociedade se faz completamente necessária. O primeiro introduz-se timidamente, com bipes de notificação aleatórios, interrompendo conversas e o cotidiano dos personagens, até sua presença definitiva
com a publicação no grupo de Whatsapp e a disseminação da denúncia através do Facebook. O cenário, por sua vez, apresenta camadas já recorrentemente abordadas em outras películas: família, sexualidade, misoginia e discriminação.
Tudo isto se costura em um contexto onde a impunidade e a indignação são postas na lente e nos permite visualizar o roteiro através de diferentes óticas.
Desviando os olhos do enredo e encarando nossa realidade pode se perceber as redes sociais como potencial arma a partir do momento que compreendemos a sua capacidade de alastrar informação, falsa ou não. As timelines tornam-se praça pública que, ao mesmo tempo que propicia o debate, lincha. E é nessa praça na qual os personagens se reúnem. Invertem-se as prioridades e a necessidade de solucionar a problemática central que o enredo propõe dá lugar à simples vontade de suscitar a indignação generalizada, infertilizando o solo da justiça.
Seja aos meus olhos ou aos teus, toda e qualquer narrativa sobre toda e qualquer realidade nunca alcançará a complexidade de um fato. Não serão as redes sociais, com suas postagens tão fáceis e práticas de serem criadas, que o farão.
o filme não brincou quando se propôs a tratar do sobrenatural na sua forma mais crua e decadente. destaque mais do que especial pra Milly Shapiro, que, com poucas falas, conseguiu expressar a densidade da personagem apenas com o gestual. vale a pena cada segundo!
como muitos já disseram, é uma experiência (pra ser vivida de mente limpa e olhos bem atentos). achei que seria conduzido por uma trama entupida de símbolos e puramente gráfica, porém tomei um tombo. e feio.
os comparativos na narrativa com as figuras bíblicas, articulado numa aparente rotina simplória de um casal, não me surpreenderam mais que os paralelos com o silenciamento da figura feminina, a redução de sua importância à apenas reprodução e manutenção do lar, a sobreposição da figura masculina - pondo-a num pedestal enquanto a mulher se esgueira nas sombras, unicamente sendo útil para aparar as arestas deixadas pelos personagens restantes da trama... CARA, ISSO ME EMPUTECEU TANTO que passei o filme inteiro gastando todo os meus palavrões com ELE.
foi incrível, pra não dizer genial. cada um terá sua própria reflexão, mas sem dúvidas será atingido pela mensagem central.
Infestação
2.8 56A esmola de avaliação vai pelas cenas tensas e por algumas entregas de atuação.
No más, desenvolvimento de personagem e iluminação passaram longe desse filme.
La Mesita del Comedor
3.6 7Um dos filmes mais angustiantes que já assisti na vida.
Atuações impecáveis.
Abigail
3.2 116Outro caso de drop de terror desse ano em que uma performance de atuação foi a bengala do filme.
Alisha fez um excelente trabalho, mesmo tão jovem. O controle facial e corporal foram o espírito do papel, tornando ainda mais envolvente e impactante o desempenho do personagem na tela.
No geral, foi um filme divertido. Posso dizer que me empolgou mais que Late Night with the Devil e bem mais que Imaculada.
Imaculada
3.1 149Achei a condução fraquíssima, pecando e muito na construção dos momentos de tensão.
Ponto positivo foi a atuação dedicada da Sydney (a sequência final foi o que justificou boa parte da nota).
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 293Efeitos práticos, carpete empoeirado, fumaça de cigarro em ambiente fechado e sonoplastia nostálgica.
LNWD fez um excelente papel de caracterização, o que ajudou e muito na imersão no enredo e na atmosfera. Foi uma agradável surpresa, que me fez sentir entretido ao longo de toda 1h30min.
Só não me ganhou completamente pois algumas atuações foram fracas e, se comparado aos clássicos e grandes títulos do gênero que temos até aqui, o plot foi simples e carente de camadas. Foi fácil ligar os pontos
entre a referência a Bohemian Grove, a busca pelo estrelato no "shôbiss" e o sistema de troca e sacrifício que essa ascensão exige.
Ótimo lançamento e excelente performance David Dastmalchian.
Aftersun
4.1 702O que fazer quando um filme causa um impacto irreparável em algum lugar imperceptível?
Aftersun é a personificação da saudade. Aquela nostalgia gostosa de sentir, mas que logo te envolve com o amargor do reconhecimento que estes dias não voltam mais.
Doeu assistir. Doeu entender. Está doendo processar.
Parabéns Charlotte, Corio e Mescal por essa experiência.
Experiência da qual não saio o mesmo.
Coerência
4.1 1,3K Assista AgoraRevisitei em Coerência a mesma sensação nostálgica de tensão que senti em Identidade, de James Mangold.
Para mim o ponto alto está no ritmo e na construção narrativa, que garantem uma experiência super interessante.
Fiquei surpreso ao descobrir que o diretor já esteve à frente de um dos Piratas do Caribe.
O Mal Que Nos Habita
3.6 534 Assista AgoraAbordagem criativa sobre o tema possessão, com raízes bem profundas no folclore argentino. Efeitos práticos incríveis, cenas gores super bem construídas, tensão no talo.
O que faltou para mim aqui foi orçamento.
O filme perde força na atuação bem sofrida de 60% do cast (destaque para a performance dos personagens Pedro, Sabrina, Ruiz e esposa), que impacta fortemente na imersão, sobretudo na ponte para o ato final.
Mas no geral gostei muito da produção. O trabalho de fotografia tá super legal, com belíssimos takes da campanha argentina. Excelente entretenimento e grata surpresa para o gênero esse ano.
Ninguém Vai Te Salvar
3.2 558 Assista AgoraVou marcar todo o comentário como spoiler pois acho que de ponto em ponto posso deixar escapar algo (e odeio estragar a experiência fílmica das pessoas):
O filme não conseguiu captar minha atenção em nenhum dos três blocos. No primeiro, é difícil de tu abraçares a proposta de um ET com telecinesia ficar desfilando a passos lentos enquanto caça a humana (lentidão que possibilitou três mortes improváveis onde ela saiu vitoriosa).
No segundo, a caçada continuou tão improvável quanto no início, com a adição dos humanos "possuídos" onde acabou não implicando em nenhuma diferença para a periculosidade.
A transição e a entrada do último (e mais explicativo) bloco foi até interessante, já que em termos de atuação o filme ficou bem alimentado com a performance da Kaitlyn - que me agradou bastante -, mas o desfecho tirou o brilho que custosamente conseguira com um final de cenas desnecessariamente longas, plot twist previsível e conclusão sem punch.
Se as pessoas esperavam uma colher de chá por parte dos alienígenas vendo a jornada de aceitação da Brynn, é esperar demais haha A garota assassinou três da espécie deles e o flashback só comprovou que, mesmo sem a intenção e se tornando algo que martirizou a garota ao longo de toda a vida, ela matou também alguém da própria.
O final, com a região sendo colonizada, foi, de todas as possibilidades, a mais "coerente" para mim (coloco entre aspas pois coerência é uma palavra meio descabida quando tratamos de plot com ETs haha).
No más, o que mais valeu para mim foi a atuação da atriz principal, que carregou o filme com dinamismo e boas expressões faciais, e os belos efeitos práticos e visuais.
Nefasto
3.4 202 Assista AgoraSenti um cheio forte de inspiração no The Exorcist, sobretudo pensando no confronto Psiquiatria x Possessão. A abordagem começou bem ousada e criativa, mas já no meio perdeu a força.
Algumas decisões ??? do psiquiatra (como agarrar-se na heresia e no papel profissional quando um claro perigo à segurança pessoal dele se anunciava), a presença policial apenas em momentos oportunos, o timing perfeito para o aparecimento dos itens do condenado e a cereja do bolo: a catadora porta-voz - ou até mesmo uma nova possuída - do coisa ruim. Tudo deu um gosto amargo ao enredo, transformando a experiência nada agradável.
Porém foi uma surpresa boa reencontrar o Sean Patrick (não o via desde Dexter), e foi graças ao comprometimento dele ao personagem que me mantive até o final (parte essa que para mim foi a pior, sem valor narrativo, um simples excesso).
Na minha opinião, ainda serviu como um leve entretenimento, longe de ser algo inventivo no gênero Thriller.
Agente Oculto
3.2 380 Assista AgoraÓtimas cenas de ação.
E é isso.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista Agorater a mesma protagonista do filme Tigre e o Dragão performando lutas como no clássico de 2000 foi um sonho se tornando realidade 22 anos depois.
teve referências ao filme aos montões, assim como ao cinema trash chinês de ação (como Kunf-Fusão, sendo esse responsável por várias cenas de comédia de ficar WTFFFF).
teve tudo nesse filme e eu amei cada segundo.
que obra. que mensagem.
tysm, everything everywhere all at once.
Batman
4.0 1,9K Assista Agoragrande filme.
para mim, robert não trouxe nenhuma novidade e profundidade em atuação para o Batman (embora tenha sido uma ótima performance), sendo pra mim Zoe a feliz surpresa nesse aspecto. quanto ao charada belo mergulho na caracterização de um psicopata narcisista.
ambientação nota mil (a sequência final em Glasglow foi de tirar o fôlego… que estética), trilha sonora deliciosa e roteiro super bem conduzido, 3h que fluíram super bem.
King's Man: A Origem
3.1 297 Assista AgoraEntendo o que rolou: os fãs da franquia esperavam um ritmo frenético e receberam uma proposta bem diferente, e quando há quebra de expectativa não há qualidade técnica ou narrativa que cubra.
Mas pra mim, que não depositava nenhuma expectativa, fui surpreendido com uma história sobre o que é dever, honra e caráter em um contexto socialmente fragilizado e pautado no poder.
Foi uma experiência super positiva, no aguardo da sequência. Ainda mais depois dessa cena pós crédito.
Maligno
3.3 1,2KUma estrela para algumas atuações e outra pela fotografia (não para os efeitos práticos, plmds). De resto, super cringe.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista Agoranão me entendam mal quando falo que o filme teve problemas como
soluções rápidas pouco explicadas, cenas de comédia um tanto forçadas e pouco aproveitamento do Dafoe na fase final do filme
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista Agorapor uma vez na vida de vocês: divirtam-se com algo. claramente o filme tem erros de ritmo ou até mesmo no cast forçado, mas fez um ótimo papel em entreter com temas tão, infelizmente, relacionáveis.
no final ficamos apenas sabendo de uma coisa, que o xibom bombom já predizia: “o de cima sobe e o baixo desce”.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraMesma sensação que Midsommar provocou em mim enquanto ainda tinha o gostinho de Hereditário na boca.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraFilme pra quem reflete a estratificação como, sobretudo, ferramenta de opressão.
Filme psicologicamente incômodo, moralmente necessário.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAcredito que o principal fator que está estragando a experiência de alguns é o hype que Hereditário causou. A narrativa deste, mesmo que haja metáforas, é mais direta e ganha mais na imersão, o que acaba sendo um polo oposto à proposta de Midsommar. A lentidão na contextualização está atrelada ao caráter do enredo que tem um contorno muito mais psico-emotivo (no qual a personagem Dani arrasa), então pra quem quer imediatismo ou um show de jumpscares acaba se decepcionando.
Meus problemas com o filme se deram muito mais com certas atitudes que alguns personagens tomaram ao longo do filme, porém não deixou de ser uma baita experiência cinematográfica (:
Rastros de um Sequestro
3.8 563 Assista AgoraO filme foi lançado num contexto onde a Coréia do Sul emerge com força no cenário terror-horror-thriller. Pega carona no sucesso "Invasão Zumbi" (Train to Busan, 2016) e se dispõe a relatar a história da relação entre dois irmãos, dentro de uma família nuclear e aparentemente normal. A partir das veias que derivam desse centro notamos um pano de fundo que mistura admiração, inspiração e inveja.
Outro elemento nasce no enredo quando a família muda-se para uma nova casa onde há um cômodo que não pode ser adentrado. O mistério, surgindo desse ponto, impregna o desenvolvimento da obra quando o irmão mais novo começa a ouvir constantes barulhos na tal peça, assim como notar que a porta desta última, que fica em frente ao seu quarto, abre sozinha todas as noites.
Rastros de um Sequestro brinca com as superstições asiáticas, constrói sequências que prendem a atenção e usa e abusa do recurso mais genial do cinema: o plot twist.
Aos Teus Olhos
3.4 288 Assista AgoraA obra vem em um momento onde a discussão sobre o avanço tecnológico em contraposição aos tabus e contornos da sociedade se faz completamente necessária. O primeiro introduz-se timidamente, com bipes de notificação aleatórios, interrompendo conversas e o cotidiano dos personagens, até sua presença definitiva
com a publicação no grupo de Whatsapp e a disseminação da denúncia através do Facebook. O cenário, por sua vez, apresenta camadas já recorrentemente abordadas em outras películas: família, sexualidade, misoginia e discriminação.
Desviando os olhos do enredo e encarando nossa realidade pode se perceber as redes sociais como potencial arma a partir do momento que compreendemos a sua capacidade de alastrar informação, falsa ou não. As timelines tornam-se praça pública que, ao mesmo tempo que propicia o debate, lincha. E é nessa praça na qual os personagens se reúnem. Invertem-se as prioridades e a necessidade de solucionar a problemática central que o enredo propõe dá lugar à simples vontade de suscitar a indignação generalizada, infertilizando o solo da justiça.
Seja aos meus olhos ou aos teus, toda e qualquer narrativa sobre toda e qualquer realidade nunca alcançará a complexidade de um fato. Não serão as redes sociais, com suas postagens tão fáceis e práticas de serem criadas, que o farão.
Hereditário
3.8 3,0K Assista Agorao filme não brincou quando se propôs a tratar do sobrenatural na sua forma mais crua e decadente. destaque mais do que especial pra Milly Shapiro, que, com poucas falas, conseguiu expressar a densidade da personagem apenas com o gestual. vale a pena cada segundo!
Mãe!
4.0 3,9K Assista Agoracomo muitos já disseram, é uma experiência (pra ser vivida de mente limpa e olhos bem atentos). achei que seria conduzido por uma trama entupida de símbolos e puramente gráfica, porém tomei um tombo. e feio.
agora, ESSAS METÁFORAS:
os comparativos na narrativa com as figuras bíblicas, articulado numa aparente rotina simplória de um casal, não me surpreenderam mais que os paralelos com o silenciamento da figura feminina, a redução de sua importância à apenas reprodução e manutenção do lar, a sobreposição da figura masculina - pondo-a num pedestal enquanto a mulher se esgueira nas sombras, unicamente sendo útil para aparar as arestas deixadas pelos personagens restantes da trama... CARA, ISSO ME EMPUTECEU TANTO que passei o filme inteiro gastando todo os meus palavrões com ELE.
foi incrível, pra não dizer genial. cada um terá sua própria reflexão, mas sem dúvidas será atingido pela mensagem central.
ty, Aronofsky.