Diálogos, monólogos como só Linklater consegue fazer. Tudo soa tão natural em seus filmes, é impossível ser indiferente a qualquer uma de suas histórias. Tantas fragmentações que me fazem pensar que a pessoa que passa por mim na rua deve ser repleta das mais loucas opiniões. O que mais gosto em seus longas é que os personagens são avessos à ideia de carreira. Bom, ao que parece, trabalhar é muito oneroso. Como posso exercer meu direito de pensar se tenho que acordar às 7 horas? Um prato cheio para quem gosta de teorias da conspiração. Duas coisas bem interessantes que notei: a cena em que Linklater fala sobre realidade e ilusão com o taxista. Não só Linklater a usou como inspiração em Waking Life, na cena em que joga fliperama, como também, ao longo do filme, percebemos que cada personagem segue sua história mesmo não estando em cena. Como se a mudança de personagens representasse essas diversas realidades criadas a partir de nossas decisões. Outra coisa interessante é pra quem assistiu "É Impossível Aprender a Arar Lendo Livros". A casa de Linklater é representada como sendo a casa do jovem que atropelou a mãe em "Slacker". E
Em seus filmes parece que estamos todos conectados.
Um jovem Linklater com seu estilo característico ainda embrionário. Vestimentas, cenários, diálogos naturais que soam sem propósito, muito disso é encontrado nesse e em outros de seus filmes. Os poucos diálogos, em grande parte preenchidos por vozes de televisão e estações de trem, parecem ser talvez a única forma de interação humana que Linklater Protagonista conseguia manter. Não é um grande filme, em fato nem o terminei, mas é ótimo ver que a ideia de "deslocado" que o diretor imprimiria em outros longas se fazia presente em sua primeira tentativa na direção de um longa.
Filme de uma simplicidade tão bela que poucas vezes encontrei em outros filmes. A primeira vez que fiquei sabendo desse filme foi há anos, na quinta ou sexta série (2005/06), numa apostila de colégio onde falava um pouco sobre os maoris e tinha uma foto da Pai (protagonista) com a boca pintada de preto, embaixo o nome "Encantadora de Baleias", desde então nunca me esqueci desse filme. Ontem finalmente o assisti e me emocionei bastante, a espera tinha valido a pena. E agradeço o fato do filme não ser tão conhecido, e não é sintoma de síndrome de underground, mas é que terei a certeza de que pouquíssimas pessoas terão ouvido falar sobre ele, sendo assim, a todas que jamais tiveram conhecimento de tal história quero ter o prazer de indicar e que elas façam a mesma incrível descoberta que fiz. Detalhe pra autêntica interpretação de Keisha Castle-Hughes, impossível não se identificar com a busca de sua personagem de contato com o seus ancestrais e a afirmação de suas raízes.
Slacker
3.6 89Diálogos, monólogos como só Linklater consegue fazer. Tudo soa tão natural em seus filmes, é impossível ser indiferente a qualquer uma de suas histórias. Tantas fragmentações que me fazem pensar que a pessoa que passa por mim na rua deve ser repleta das mais loucas opiniões. O que mais gosto em seus longas é que os personagens são avessos à ideia de carreira. Bom, ao que parece, trabalhar é muito oneroso. Como posso exercer meu direito de pensar se tenho que acordar às 7 horas? Um prato cheio para quem gosta de teorias da conspiração. Duas coisas bem interessantes que notei: a cena em que Linklater fala sobre realidade e ilusão com o taxista. Não só Linklater a usou como inspiração em Waking Life, na cena em que joga fliperama, como também, ao longo do filme, percebemos que cada personagem segue sua história mesmo não estando em cena. Como se a mudança de personagens representasse essas diversas realidades criadas a partir de nossas decisões. Outra coisa interessante é pra quem assistiu "É Impossível Aprender a Arar Lendo Livros". A casa de Linklater é representada como sendo a casa do jovem que atropelou a mãe em "Slacker". E
Em seus filmes parece que estamos todos conectados.
É Impossível Aprender a Arar Lendo Livros
3.3 11Um jovem Linklater com seu estilo característico ainda embrionário. Vestimentas, cenários, diálogos naturais que soam sem propósito, muito disso é encontrado nesse e em outros de seus filmes. Os poucos diálogos, em grande parte preenchidos por vozes de televisão e estações de trem, parecem ser talvez a única forma de interação humana que Linklater Protagonista conseguia manter. Não é um grande filme, em fato nem o terminei, mas é ótimo ver que a ideia de "deslocado" que o diretor imprimiria em outros longas se fazia presente em sua primeira tentativa na direção de um longa.
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraBeijar na boca é tranquilo, só não pode ficar andando de mãos dadas. Aí é via: dagem.
Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera
4.3 377É de impressionar a fotografia do filme que, por vezes, faz da natureza impassível à realidade da alma humana. Impactante!
Rashomon
4.4 301 Assista Agora"É inevitável suspeitar dos outros num dia como este."
A Garota que Conquistou o Tempo
4.1 320Filme bem interessante, até o romance entrar em cena.
Corações e Mentes
4.5 48É tanta alienação que parece ser uma afronta pessoal. Digo isso pensando no depoimento do pai do soldado Bing.
Encantadora de Baleias
3.8 102Filme de uma simplicidade tão bela que poucas vezes encontrei em outros filmes. A primeira vez que fiquei sabendo desse filme foi há anos, na quinta ou sexta série (2005/06), numa apostila de colégio onde falava um pouco sobre os maoris e tinha uma foto da Pai (protagonista) com a boca pintada de preto, embaixo o nome "Encantadora de Baleias", desde então nunca me esqueci desse filme. Ontem finalmente o assisti e me emocionei bastante, a espera tinha valido a pena. E agradeço o fato do filme não ser tão conhecido, e não é sintoma de síndrome de underground, mas é que terei a certeza de que pouquíssimas pessoas terão ouvido falar sobre ele, sendo assim, a todas que jamais tiveram conhecimento de tal história quero ter o prazer de indicar e que elas façam a mesma incrível descoberta que fiz. Detalhe pra autêntica interpretação de Keisha Castle-Hughes, impossível não se identificar com a busca de sua personagem de contato com o seus ancestrais e a afirmação de suas raízes.