Tem uma coisa em Argentina, 1985 que é muito latente e eu ainda não tinha visto em filmes sobre o regime militar que é a paranóia do pós regime. Se você não morre por milico você fica paranóico com a iminência da morte, e isso dura é anos. A violência do Estado mói os miolos das pessoas completamente, é um trator. Tem um gesto bonito do personagem do Darín de dar cigarro pra filha antes da escola, como um pai que deseja um futuro de liberdade pra ela. Ao mesmo tempo, ele fica completamente paranóico com a fic de que o namoradinho da filha na verdade seja um informante. Baita filme!
Um problema que sempre tive com relacionamentos é o fato de que as pessoas tendem a pensar que todos sabem o que querem. Especialmente quando alguém está tomando uma decisão significativa, essa é sempre a suposição de que as pessoas sabem por que e com que intenções estão fazendo o que decidiram fazer. Então, ocasionalmente, parece que uma separação faz parte de algum esquema maquiavélico, quando a verdade, muitas vezes, é ainda mais assustadora e as pessoas são apenas incertas, confusas e bagunçadas.
A Jenna Ortega realmente é a Next Big Thing, manda muito.
Um filme tragédia que evita a todo custo e a todo tempo ser um misery-porn, só por isso já vale a pena; mas o ponto alto é a dinâmica de Ortega e Maddie Ziegler.
A casa como um ser vivo com humores particulares, onipresente e onipotente, nunca aconchegante, mas não exatamente estranho; o espaço liminar de uma noite esperando que seus pais o levem para a cama, mas ninguém vem.
O medo de não ter ninguém pra te chamar no escuro.
Exercício de gênero delicioso, 90 min sem precisar inventar ou fugir dos paradigmas clássicos de thriller/paranoia/alienação. E que delícia um filme de terror contemporâneo que se basta em ser um filme de terrror. Maika Monroe Supremacy!
A primeira metade aponta para uma reflexão bem mais interessante do que acaba sendo no fim, mas gostei até. Divertido apesar da bagunça, a histeria costumeira dos filmes do Noah Baumbach miram numa coisa mais melancólica mas também menos cínica etc.
Assisti esse filme sem grandes expectativas, tinha adicionado à minha lista e o deixei lá, logo uma pessoa também me indicou e finalmente descidi conferir. Não sei dizer ao certo o quanto esse filme mexeu comigo, uma intensa experimentação de sentimentos do passado... Me emocionei muito com a chegada do clímax com 'Under Pressure' que perde os seus instrumentais para a voz de David Bowie ecoar no silêncio. Aftersun é um filme feito para chorar que utiliza os mecanismos audiovisuais mais honestos para isso, algo definitivamente raro.
Sissy é um dos melhores slashers contemporâneos. Extremamente divertido e sangrento, talvez seja meio cedo pra dizer que achei melhor que Bodies Bodies Bodies... Gosto de slasher pelos mesmos motivos, começa original mas depois não tem muito compromisso de manter o tom.
Barbarian é aquele típico filme de terror que eu acho engraçado e ao mesmo tempo fico puta da cara, porque a coisa sempre começa a partir de atitudes estúpidas pra depois a pessoa tomar decisões supostamente inteligentes.
Rob Savage é completamente fora da casinha, puta merda! Desnorteada após ter assistido Dashcam, essa porra é um cinema "gameplay" no melhor sentido possível, curto, grosso, maldoso e divertido. O cara vem construindo um arsenal muito rico de observações pandêmicas desde Host.
Muitos sentimentos! The Photograph é uma história de amor agradável, charmosa e reconfortante de várias formas. Rae e Stanfield têm uma química fácil, reforçada pela maneira como ele olha para ela. O que Robert Glasper fez na trilha sonora é brincadeira e adorei as referências a Kanye West, Drake e Kendrick Lamar, simplesmente.
Tudo muito bonito e bem executado, cheio de referências ótimas. Como disseram é realmente uma dessas conjunções planetárias dentro e fora da tela, simplesmente incrível. A trilha sonora é perfeita também, conversa com as personagens, versatilidade do Kid Cudi sempre me impressiona. Entergalactic foi uma das melhores escolhas para esse sábado a noite...
Bodies Bodies Bodies é uma delicinha. O texto soa como saído do Twitter mas com uma qualidade, a sequência que Rachel Sennott fala pra garota que ela é "high middle class" e não rica é pura canetada, simplesmente.
Amores Brutos
4.2 818 Assista AgoraHistórias cruzadas.
Argentina, 1985
4.3 335Tem uma coisa em Argentina, 1985 que é muito latente e eu ainda não tinha visto em filmes sobre o regime militar que é a paranóia do pós regime. Se você não morre por milico você fica paranóico com a iminência da morte, e isso dura é anos. A violência do Estado mói os miolos das pessoas completamente, é um trator. Tem um gesto bonito do personagem do Darín de dar cigarro pra filha antes da escola, como um pai que deseja um futuro de liberdade pra ela. Ao mesmo tempo, ele fica completamente paranóico com a fic de que o namoradinho da filha na verdade seja um informante. Baita filme!
Crash: Estranhos Prazeres
3.6 328 Assista Agora"After being bombarded endlessly by road safety propaganda, almost a relief to have found myself in an actual accident".
Águas Profundas
2.5 364 Assista AgoraEu acho que o relacionamento deles foi assim mesmo e esse filme é uma biografia.
(Trixie muito fofa)
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 603 Assista AgoraUm problema que sempre tive com relacionamentos é o fato de que as pessoas tendem a pensar que todos sabem o que querem. Especialmente quando alguém está tomando uma decisão significativa, essa é sempre a suposição de que as pessoas sabem por que e com que intenções estão fazendo o que decidiram fazer. Então, ocasionalmente, parece que uma separação faz parte de algum esquema maquiavélico, quando a verdade, muitas vezes, é ainda mais assustadora e as pessoas são apenas incertas, confusas e bagunçadas.
A Vida Depois
3.4 158 Assista AgoraA Jenna Ortega realmente é a Next Big Thing, manda muito.
Um filme tragédia que evita a todo custo e a todo tempo ser um misery-porn, só por isso já vale a pena; mas o ponto alto é a dinâmica de Ortega e Maddie Ziegler.
Skinamarink: Canção de Ninar
2.3 234 Assista AgoraA casa como um ser vivo com humores particulares, onipresente e onipotente, nunca aconchegante, mas não exatamente estranho; o espaço liminar de uma noite esperando que seus pais o levem para a cama, mas ninguém vem.
O medo de não ter ninguém pra te chamar no escuro.
M3gan
3.0 801 Assista AgoraYou shoot me down, but I won't fall. I am titanium...
Os Fabelmans
4.0 389Adoro filmes que falam sobre filmes, logo, adorei The Fabelmans. Spielberg nunca decepciona!
A cena final é simplesmente genial.
David Lynch meu eterno. 🥲
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraThe Menu se leva bem menos a sério do que as pessoas têm dito, é mais divertido que "crítico" e tem até seus momentos bonitos.
Isolamento Mortal
3.3 195 Assista AgoraMaluco, finalmente assisti Sick e só consigo pensar que John Hyams é um puta diretor de ação e Kevin Williamson escreveu um Pânico pandêmico, foda.
Observador
3.4 281 Assista AgoraExercício de gênero delicioso, 90 min sem precisar inventar ou fugir dos paradigmas clássicos de thriller/paranoia/alienação. E que delícia um filme de terror contemporâneo que se basta em ser um filme de terrror. Maika Monroe Supremacy!
Ruído Branco
2.7 204A primeira metade aponta para uma reflexão bem mais interessante do que acaba sendo no fim, mas gostei até. Divertido apesar da bagunça, a histeria costumeira dos filmes do Noah Baumbach miram numa coisa mais melancólica mas também menos cínica etc.
Até os Ossos
3.3 264 Assista AgoraTotalmente brutalizada.
Aftersun
4.1 709Assisti esse filme sem grandes expectativas, tinha adicionado à minha lista e o deixei lá, logo uma pessoa também me indicou e finalmente descidi conferir. Não sei dizer ao certo o quanto esse filme mexeu comigo, uma intensa experimentação de sentimentos do passado... Me emocionei muito com a chegada do clímax com 'Under Pressure' que perde os seus instrumentais para a voz de David Bowie ecoar no silêncio. Aftersun é um filme feito para chorar que utiliza os mecanismos audiovisuais mais honestos para isso, algo definitivamente raro.
A Assediadora
3.2 89 Assista AgoraSissy é um dos melhores slashers contemporâneos. Extremamente divertido e sangrento, talvez seja meio cedo pra dizer que achei melhor que Bodies Bodies Bodies... Gosto de slasher pelos mesmos motivos, começa original mas depois não tem muito compromisso de manter o tom.
O Método de Stutz
3.8 29 Assista AgoraQueria abraçar o Jonah Hill e agradecer por Stutz.
Ryuichi Sakamoto: Coda
4.4 2Paisagens sonoras! Ryuichi Sakamoto gigante.
Roda do Destino
4.0 43O tipo de filme que cresce dentro de você. Precioso demais! Obrigado, Ryusuke Hamaguchi.
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraBarbarian é aquele típico filme de terror que eu acho engraçado e ao mesmo tempo fico puta da cara, porque a coisa sempre começa a partir de atitudes estúpidas pra depois a pessoa tomar decisões supostamente inteligentes.
Dashcam
2.4 75Rob Savage é completamente fora da casinha, puta merda! Desnorteada após ter assistido Dashcam, essa porra é um cinema "gameplay" no melhor sentido possível, curto, grosso, maldoso e divertido. O cara vem construindo um arsenal muito rico de observações pandêmicas desde Host.
A Fotografia
3.6 55Muitos sentimentos! The Photograph é uma história de amor agradável, charmosa e reconfortante de várias formas. Rae e Stanfield têm uma química fácil, reforçada pela maneira como ele olha para ela. O que Robert Glasper fez na trilha sonora é brincadeira e adorei as referências a Kanye West, Drake e Kendrick Lamar, simplesmente.
Entergalactic
4.1 90 Assista AgoraTudo muito bonito e bem executado, cheio de referências ótimas. Como disseram é realmente uma dessas conjunções planetárias dentro e fora da tela, simplesmente incrível. A trilha sonora é perfeita também, conversa com as personagens, versatilidade do Kid Cudi sempre me impressiona. Entergalactic foi uma das melhores escolhas para esse sábado a noite...
Virgil Abloh VIVE.
Morte Morte Morte
3.1 638 Assista AgoraBodies Bodies Bodies é uma delicinha. O texto soa como saído do Twitter mas com uma qualidade, a sequência que Rachel Sennott fala pra garota que ela é "high middle class" e não rica é pura canetada, simplesmente.