Documentário muito bem realizado. O mais interessante em minha opinião é não focar somente em Caetano e Gil, mas, mostrando a amplidão do tropicalismo, para muito além da música. Ou mesmo na perspectiva musical, mostrando a participação d'Os mutantes, Nara Leão, Gal Costa, entre outros. Antes de ver o documentário li o livro "Tropicália: a história de uma revolução musical", de Carlos Calado, acredito que seja uma ótima dica para quem quer conhecer melhor sobre o movimento.
Jorge Furtado acertou novamente e acaba se tornando um dos meus diretores e roteiristas preferidos do cinema nacional. Com destaque para esse último, admiro muito os roteiros escritos por ele. Nesse documentário temos uma discussão extremamente necessária sobre jornalismo, imprensa, etc. Na qual Furtado utiliza-se de duas formas narrativas, a primeira a encenação da peça "o mercado de notícias" de Ben Jonson, escrito num período logo posterior a invenção da imprensa. E também traz entrevistas com jornalistas dos principais meios de informação do país. Entre muitas das discussões propiciadas pelo documentário destaco o debate a respeito da imparcialidade da imprensa, que parece quase uma questão inquestionável, mas que é inverossímil, cada empresa tem suas afinidades políticas, umas mais evidentes e outras menos claras.
Um filme muito denso, muito mesmo, não é pra ser visto em qualquer ocasião, deve ser experenciado num dia no mínimo bom, porque é difícil assistí-lo sem sair afetado por uma gigantesca melancolia. Eu acho que antes de qualquer coisa esse filme trata da decadência humana, a que todos estamos sujeitos. Muito além de um filme didático sobre o efeito das drogas na vida das pessoas, como foi apontado abaixo.
Que filme! Eu acredito que o título em português acertou em cheio, o filme trata sobre a falta de entendimento entre pais e filhos, entre professores e alunos, entre sociedade e indivíduos. Entre tantas outras coisas é preciso reformar o sistema educacional, que, pelo menos no nosso caso, pouco avançou. As crianças e adolescentes continuam sendo incompreendidos, suas habilidades continuam sendo deixadas de lado, busca-se ainda um modelo de ser humano ideal e único, quando na verdade existem particularidades, construções de ser diferenciados.
Duas cenas para mim são muito marcantes, além do tão famoso final, e da lágrima negra, gostaria de destacar a cena em que Cabíria é hipnotizada. A forma como Fellini filma essa cena é genial.
Cabíria, de flores nos cabelos, fecha os olhos, de costas para a plateia e para a luz, o mágico começa a narrar a cena, você acaba sendo sendo transportado para ela assim como a personagem, só pela sugestão, Cabíria colhe flores no chão e acredita que encontrou o verdadeiro amor, acorda do transe, vê a plateia rindo, não entende, as cortinas se fecham.
Já tinha ouvido falar do filme muitas vezes, porque ele está enraizado na cultura pop, mas nunca tinha visto, e me surpreendi muito. Não imaginava do que se tratava realmente. É um filme que aborda a falta de pertencimento. Não, não estou falando sobre pertencer a outro alguém como o protagonista masculino sugere, digo sobre algo muito maior e mais profundo, pertencer a si mesmo. Isso pode ser representado pela própria falta de identificação que Holly/Lula Mae mantém com os seus nomes. Fiquei curioso para ler o texto de Capote, que originou o filme.
Esse filme é extremamente perturbador, como só os bons filmes podem fazer: causar sensações, sejam elas boas ou más. "Bicho de sete cabeças", em referência à música de Zé Ramalho, que surge no fim na voz de Zeca Baleiro, me causou um grande mal-estar, algo físico realmente. A diretora consegue transmitir essas sensações, fez um trabalho muito eficaz, ainda apontando um problema muito sério, em consonância com a realidade vivida por muitas pessoas. Acredito que "Vigiar e Punir", de Foucault, seja uma boa leitura complementar ao filme, pensar como os órgãos de repressão se constituem historicamente.
Eu sou um grande admirador do cenário da caatinga, dessa estética, da mata cinza, que se tinge de verde com os primeiros pingos de chuva. Eu percebi algumas referências bem interessantes, aquela que me chamou mais atenção foi em relação à música "Alfonsina y el mar", que eu conheci na voz de Mercedes Sosa: "Te vas Alfonsina con tu soledad/¿Qué poemas nuevos fuiste a buscar?" Filme lindo, é preciso ser visto.
Valeria a pena apenas pela apresentação de Joan Baez, mas tem muito mais. Um evento que os próprios atores sabiam que seria lembrado para sempre, é uma espécie de síntese de uma geração (como se isso fosse possível).
Depois de revê-lo agora eu percebo como esse filme é um dos melhores já feitos. EM MINHA OPINIÃO (não que valha muito) é o melhor do gênero - tendo como concorrentes diretos "Era uma vez no oeste" de Leone; "Matar ou morrer" de Fred Zinnemann; e "No tempo das diligências" de John Ford. A sua genialidade está no fato dele ser irretocável, apesar de suas (quase) 3 horas.
Uma coisa peculiar desse filme em relação aos outros de Kubrick é a presença em maior número de músicas populares, "These boots are make for walkin'", "Paint it back", etc. Nos outros filmes que assisti do mesmo diretor, confesso que não foram muitos, percebi que a trilha sonora era formada praticamente de música clássica e/ou instrumental (exemplo clássico é "2001: uma odisseia no espaço").
O melhor do filme é a narração em terceira pessoa e a consequente falta de informação sobre o que ocorre dentro das paredes da casa dos Lisbons. Assim o clima de suspense permanece, o que me instigou à assisti-lo.
Tropicália
4.1 289Documentário muito bem realizado. O mais interessante em minha opinião é não focar somente em Caetano e Gil, mas, mostrando a amplidão do tropicalismo, para muito além da música. Ou mesmo na perspectiva musical, mostrando a participação d'Os mutantes, Nara Leão, Gal Costa, entre outros.
Antes de ver o documentário li o livro "Tropicália: a história de uma revolução musical", de Carlos Calado, acredito que seja uma ótima dica para quem quer conhecer melhor sobre o movimento.
O Mercado de Notícias
4.0 45 Assista AgoraJorge Furtado acertou novamente e acaba se tornando um dos meus diretores e roteiristas preferidos do cinema nacional. Com destaque para esse último, admiro muito os roteiros escritos por ele.
Nesse documentário temos uma discussão extremamente necessária sobre jornalismo, imprensa, etc. Na qual Furtado utiliza-se de duas formas narrativas, a primeira a encenação da peça "o mercado de notícias" de Ben Jonson, escrito num período logo posterior a invenção da imprensa. E também traz entrevistas com jornalistas dos principais meios de informação do país.
Entre muitas das discussões propiciadas pelo documentário destaco o debate a respeito da imparcialidade da imprensa, que parece quase uma questão inquestionável, mas que é inverossímil, cada empresa tem suas afinidades políticas, umas mais evidentes e outras menos claras.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraUm filme muito denso, muito mesmo, não é pra ser visto em qualquer ocasião, deve ser experenciado num dia no mínimo bom, porque é difícil assistí-lo sem sair afetado por uma gigantesca melancolia.
Eu acho que antes de qualquer coisa esse filme trata da decadência humana, a que todos estamos sujeitos. Muito além de um filme didático sobre o efeito das drogas na vida das pessoas, como foi apontado abaixo.
Os Incompreendidos
4.4 645Que filme!
Eu acredito que o título em português acertou em cheio, o filme trata sobre a falta de entendimento entre pais e filhos, entre professores e alunos, entre sociedade e indivíduos.
Entre tantas outras coisas é preciso reformar o sistema educacional, que, pelo menos no nosso caso, pouco avançou. As crianças e adolescentes continuam sendo incompreendidos, suas habilidades continuam sendo deixadas de lado, busca-se ainda um modelo de ser humano ideal e único, quando na verdade existem particularidades, construções de ser diferenciados.
Noites de Cabíria
4.5 381 Assista AgoraDuas cenas para mim são muito marcantes, além do tão famoso final, e da lágrima negra, gostaria de destacar a cena em que Cabíria é hipnotizada. A forma como Fellini filma essa cena é genial.
Cabíria, de flores nos cabelos, fecha os olhos, de costas para a plateia e para a luz, o mágico começa a narrar a cena, você acaba sendo sendo transportado para ela assim como a personagem, só pela sugestão, Cabíria colhe flores no chão e acredita que encontrou o verdadeiro amor, acorda do transe, vê a plateia rindo, não entende, as cortinas se fecham.
Acabou se tornando minha preferida do cinema.
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista AgoraJá tinha ouvido falar do filme muitas vezes, porque ele está enraizado na cultura pop, mas nunca tinha visto, e me surpreendi muito. Não imaginava do que se tratava realmente. É um filme que aborda a falta de pertencimento.
Não, não estou falando sobre pertencer a outro alguém como o protagonista masculino sugere, digo sobre algo muito maior e mais profundo, pertencer a si mesmo. Isso pode ser representado pela própria falta de identificação que Holly/Lula Mae mantém com os seus nomes.
Fiquei curioso para ler o texto de Capote, que originou o filme.
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraEsse filme é extremamente perturbador, como só os bons filmes podem fazer: causar sensações, sejam elas boas ou más. "Bicho de sete cabeças", em referência à música de Zé Ramalho, que surge no fim na voz de Zeca Baleiro, me causou um grande mal-estar, algo físico realmente. A diretora consegue transmitir essas sensações, fez um trabalho muito eficaz, ainda apontando um problema muito sério, em consonância com a realidade vivida por muitas pessoas.
Acredito que "Vigiar e Punir", de Foucault, seja uma boa leitura complementar ao filme, pensar como os órgãos de repressão se constituem historicamente.
Fly Jefferson Airplane
4.6 2Que banda fantástica!
A História da Eternidade
4.3 448Eu sou um grande admirador do cenário da caatinga, dessa estética, da mata cinza, que se tinge de verde com os primeiros pingos de chuva.
Eu percebi algumas referências bem interessantes, aquela que me chamou mais atenção foi em relação à música "Alfonsina y el mar", que eu conheci na voz de Mercedes Sosa: "Te vas Alfonsina con tu soledad/¿Qué poemas nuevos fuiste a buscar?"
Filme lindo, é preciso ser visto.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraQuando termina o filme o pensamento que me vem à cabeça: precisamos de mais Jéssicas.
Woodstock - 3 Dias de Paz, Amor e Música
4.4 92Valeria a pena apenas pela apresentação de Joan Baez, mas tem muito mais. Um evento que os próprios atores sabiam que seria lembrado para sempre, é uma espécie de síntese de uma geração (como se isso fosse possível).
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraMuito bom! A ideia me lembrou muito "E não sobrou nenhum" de Agatha Christie.
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraDepois de revê-lo agora eu percebo como esse filme é um dos melhores já feitos. EM MINHA OPINIÃO (não que valha muito) é o melhor do gênero - tendo como concorrentes diretos "Era uma vez no oeste" de Leone; "Matar ou morrer" de Fred Zinnemann; e "No tempo das diligências" de John Ford. A sua genialidade está no fato dele ser irretocável, apesar de suas (quase) 3 horas.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraUma coisa peculiar desse filme em relação aos outros de Kubrick é a presença em maior número de músicas populares, "These boots are make for walkin'", "Paint it back", etc. Nos outros filmes que assisti do mesmo diretor, confesso que não foram muitos, percebi que a trilha sonora era formada praticamente de música clássica e/ou instrumental (exemplo clássico é "2001: uma odisseia no espaço").
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraO melhor do filme é a narração em terceira pessoa e a consequente falta de informação sobre o que ocorre dentro das paredes da casa dos Lisbons. Assim o clima de suspense permanece, o que me instigou à assisti-lo.