o começo até tava interessante, mas depois de 40 minutos perdi a atenção, deduzi tudo oq ia acontecer, inclusive o final triste, pq as coisas começaram a acontecer mto rápido, etc. tem bem o jeito melodramático do sparks mesmo, lembra o message in a bottle, só que bem menos charmoso pela ausência do kevin costner e de um drama mais convincente ao longo da história.
adorei o filme, é alegrinho, ingênuo, com a dose certa de drama, me lembrou um pouco o jeito do mike leigh. nem preciso dizer q estou doida pra ver os outros 3 contos, agora. as atuações são bem naturais, oq nos faz meio cúmplices tramas românticas. isso ainda se agravou, no meu caso, pq tenho amigas muito parecidas, fisicamente, com magali e rosine, é até engraçado... por fim, entendo perfeitamente o jeito complicado da protagonista, ah se entendo!
mais um filme que tenta entender a violência doméstica, dessa vez por meio de relatos reais muito bem interpretados (especialmente pela fantástica julia lemertz, mas tb pelo angelo antonio - de quem é possível sentir ódio assistindo, de tão real). o tema não me atraiu muito a ver esse filme na época q esteve no cinema, mas o formato é diferente e prendeu minha atenção.
achei interessante o caso das lésbicas, que inicialmente parecia ser a visão da agressora e da agredida, mas acaba por ser o mesmo personagem interpretado por 2 atrizes.
curiosamente, o único relato do lado agressor q é mulher é o mais sensível e mais fácil de entender, talvez pelo fato de se dar numa relação aparentemente mais igualitária (não só na questão da força física, mas por não serem mto bem definidos os papeis tradicionais machistas, como o de provedor, por exemplo)
já quanto aos personagens masculinos, é difícil ter alguma empatia pq os relatos são feitos na defensiva, como se eles estivessem cobertos de razão. cheios de frases como "ela mereceu", "ela provocou" e coisas do tipo. talvez fosse mais impactante se os relatos tivessem sido intercalados trecho a trecho com o lado agredido (enquanto eu ouvia esse tipo de frase eu lembrava do personagem da leticia colin dizendo do prazer sádico do parceiro em não querer q ela tivesse prazer nem mesmo assistindo tv)
oq eu n esperava é conseguiu me fazer refletir sobre mulheres q humilham os homens e tb tentam agredir fisicamente (levando a pior) por estarem insatisfeitas na relação, como o relato da personagem da lilia cabral (e tb do claudio jaborandy, salvo engano) mostra. ficou bem claro pra mim q a falta de diálogo está intimamente ligada à violência (oq só me faz ter certeza de q isso nunca vai acontecer comigo). fico pensando na quantidade de pessoas q tem relacionamentos limitados ao prazer físico e a afinidades superficiais, mas q de fato n conversam sobre coisas importantes e n sabem lidar com as limitações um do outro.
achei legal mostrarem isso pq eu to acostumada com a visão novelística de mulheres frágeis, fracas, dependentes, totalmente 'inocentes' e agressores psicopatas. e agora eu sei q há pessoas absolutamente normais q passam por isso por incapacidade de se expressarem e incompreensão do outro como igual. triste...
só implico mesmo com a tentativa de justificação dos agressores, pq NADA q a vítima possa falar justifica partir pra força bruta, é totalmente desproporcional. acho q o filme poderia ter deixado um pouquinho mais clara a crítica a esses trechos, mostrando q o modo mais fácil de se livrar daquele sentimento incômodo é saindo do relacionamento. permanecer com uma mulher q te faz infeliz por puro sentimento de posse e resolver bater para faze-la parar é doentio. mulheres q ficam com agressores por medo de ficarem sozinhas tb, mas pelo menos têm a justificativa de q foram educadas pra pensar dessa maneira patética, de q a maior meta de vida delas era casar e ter filhos.
as partes da mariana lima e do du moscovis são tocantes por abordarem a questão da violência contra crianças (e na frente delas) e em como isso vai afetar a vida adulta dessas vítimas do passado, perpetuando as relações de agressão.
concordo com o pessoal q disse q as cenas de transição, que poderiam ser bonitas, se tornaram cansativas e quebraram um pouco o ritmo do filme.
a música do bar é uma coisa q me aterroriza toda vez q eu ouço. vi uma vez pra nunca mais, a cena de gang rape é inesquecível.
eu não acho q foi uma falha do filme nos fazer oniscientes dos fatos, não era mesmo para haver dúvidas sobre a materialidade e autoria do crime. é pq o cinema (a ficção como um todo, a começar pela bíblia) explora sempre o argumento de "falsa acusação de estupro" (geralmente trazido à tona para desacreditar alguma personagem vilã), como se não fosse um fenômeno raríssimo, se comparado aos casos reais de violência sexual. uma vez q o filme se propõe a combater esse crime ele não poderia jamais fazer uso desse 'trope'
decepção, fui enganada por uma sinopse interessante. a primeira meia hora é legal, mas depois o filme se arrasta. não é ruim, mas não passa de um genérico de doce novemZzZzZ melhoradinho. cafoninha, triste... fãs do nicolas sparks irão gostar.
bem interessante, mais ágil do que eu esperava, trata sutilmente de questões universais, como o egoísmo e a aceitação. um monte de pessoas por quem é difícil sentir simpatia, de início, por serem todas tão multifacetadas e imperfeitas. assisti com uma expectativa diferente, queria me identificar mais com os personagens, mas mesmo assim gostei bastante (e agora q eu vi q é da diretora de "o gosto dos outros", acho q faz lembrar o estilo dele mesmo)
que engraçado, a sinopse dá a entender que se trata de um relacionamento amoroso ("apesar da idade") mas é um belo filme sobre amizade, busca pela identidade e recomeços. gostei bastante :)
clichê seria uma visão maniqueísta tão comum em filmes de disputa de guarda. alias, a primeira vez q eu vi, confesso q torci mais para o pai mesmo, mas quando a personagem da meryl decide expor as motivações dela, ela me ganhou. um filme muito bonito que trata da importância da paternidade presente e da independência da mulher sufocada pelo patriarcado.
dois atores maravilhosos (fora o garotinho, que é um fofo) que mereceram, sim, todos os elogios.
eu tinha a vhs lilás do globo ;____; era meu favorito daquela coleção (junto com o meu querido "now&then"). sonhava em entrar nos livros e era (era?) cagona q nem o menino. adoro esses personagens merlinescos/dumbledorescos e fui uma criança frustrada por n ter uma biblioteca assim na minha vida
é uma declaração de amor a paris e vale a pena pelo charme da cidade. o woody sempre escolhe uma trilha sonora bonita de jazz, que aqui casou como uma luva. há aquelas falas afiadas e humor característicos de allen (principalmente ao criticar o americano-médio, incorporado pela família da inez, e o pseudo intelectual soberbo, na figura do oponente, paul). mas, nesse ponto, ainda prefiro obras anteriores, como "whatever works" (cujo sentimento eu achei bem diferente deste filme aqui). "midnight" me remeteu mais a "dirigindo no escuro", "trapaceiros" (no que tange ao paul e à inez) e "a rosa purpura do cairo" (imaginem a cecília entrando na tela, em vez de ter seu heroi saindo dela?).
quanto à ode aos intelectuais do passado, eu achei meio fraco. ele praticamente só cita nomes e faz fofoquinhas. achei sinceramente q ele fosse usar as ideias de alguns desses autores na história, mas não consegui ver isso (se houver, alguém me aponte, por favor). eu não sei se é uma questão de direitos autorais, mas esperava q exibissem um pouco da arte do filme, ao invés das pessoas dos artistas (ironicamente, a capa do filme é inspirada no quadro de um artista q não aparece, nem é citado). é interessante saber q stein, matisse, picasso e hemingway eram amigos, mas esperava ver, pelo menos de leve, como essa relação afetou a obra de alguns deles. parece q o woody quis citar todos os artistas da época q ele admira, mas não tenta explicar o porquê. além do mais, ao fazer isso (e ainda colocar umas falas em francês, q não foram legendadas em inglês, talvez para impressionar quem não conhece um pouquinho da língua), o woody e seu protagonista acabam cometendo um erro apontado no personagem paul: uma exibição de conhecimento com a intenção de impressionar quem não o detém e envaidecer os entendidos. não que as viagens ao passado não sejam interessantes ou não causem curiosidade, mas não creio q realmente encante a todos da mesma forma q o gil.
a percepção que ele chega ao final (de que não era uma época melhor pq, só pra começar, as pessoas morriam e sentiam mais dor) não me causou impacto - como imagino q fosse a proposta, de marcar a mudança de pensamento - pq eu só ficava pensando em como aquela vida de jantares e sarais era restrita à elite. acho graça qd o sogro do gil o chama de esquerdinha pq em momento algum ele pensa em quão restrita era aquela vida hedonista.
tb não gostei muito de não haver um contraponto à mulher do gil. a adriana é uma musa, não exatamente um ser pensante. a que mais se aproxima disso seria a personagem da carla bruni cujo desenvolvimento é interrompido (ela não tem um final, preferiram introduzir uma loira lá só para fazer par romântico com o protagonista). eu me incomodo com filmes cujos personagens femininos não tem uma historia, a personalidade mais marcada, algo q atraia o 'mocinho' além da beleza
o curioso é que eu acabei de assistir com um sorriso aberto, mas quanto mais eu pensava, mais ia me incomodando em pequenas coisinhas. acabei dando nota 7 pq gosto muito do diretor/roteirista, dos 20 e poucos filmes que conheço (q são só metade da filmografia), considero a maioria excelente e gosto até dos mais fraquinhos (muito melhores q muito lixo produzido o tempo todo). mas tá longe de ser tão bom quanto falaram...
tem passagens divertidas, poderia ser melhor, o final é forçadíssimo (não pelo gringo preferir a empregada, essa é a graça do filme, mas pela forma como a personagem da silvia buarque reage) e o audio tava uma merda (mesmo no volume máximo, as falas parecem abafadas). vale a pena pelas alfinetadas aqui e ali, mas ainda prefiro o "Domésticas", do mesmo ano (
não aguento comparações com sociedade dos poetas mortos e cia pq ele é totalmente diferente. ele trata rapidamente da relação entre professores e alunos, sim, mas esse está longe de ser o tema do filme.
ele também fala de arte e questiona conceitos pre-moldados sobre o assunto, mas esse tópico (muito interessante, é verdade) é usado apenas para introduzir a verdadeira reflexão: o papel da mulher na sociedade.
há cenas muito interessantes q vão além de mostrar "credo, as mulheres eram escravas do lar" pq várias das coisas analisadas aqui ainda existem na sociedade. daí tanta gente "não gostar" do final, por exemplo: pq ainda não é aceitável que
uma mulher de 30 anos queira viver a própria vida sem dar satisfações, que ela não pense em casar enquanto não encontrar alguém que realmente a respeite como igual, que ela não seja a única a ceder num relacionamento, que ela continue a explorar seus sonhos e sexualidade após essa idade (isso até é aceito, hoje, entre mulheres jovens, q não chegaram à "idade de casar").
o filme pode não ser o mais completo do mundo, ele aborda um setor específico da sociedade (pessoas brancas e ricas, que portanto não deveriam sofrer/infligir nenhuma outra forma de opressão, mas o fazem contra as mulheres) talvez justamente com o propósito de mostrar como o machismo é invisível e assimilado.
hoje pode parecer ridículo alguém ser criado para amar serviços domésticos (pqp aquela cena da máquina de lavar) e ter uma vida em segundo plano (embora ainda exista essa possibilidade de ESCOLHA, como a joan mostra), mas é fácil perceber que para muitos homens essa seria uma boa alternativa, não fosse o ônus financeiro, vide aquele lugar-comum de que toda mulher é interesseira/gastadeira. e, infelizmente, muitas mulheres ainda reproduzem esses valores q afetam a elas mesmas (como mostra o filme. a betty era tão radical com convicções alheias q os argumentos frágeis se perderam no primeiro tropeço da vida e ela se vê perdida e agarrada na única coisa q havia aprendido por conta própria)
o filme fantasia um pouco, faz com que todas tenham finais felizes, e mantem um ar de leveza como se todos os problemas tivessem sido resolvidos ali. por mim, continuaria mostrando a vida delas, a dificuldade no mercado de trabalho, as disparidades salariais (oi, século XXI) e tantas outros problemas q ainda estão aí.
mas não deixa de dar uma mensagem esperançosa, positiva e importante de ser relembrada (ou aprendida).
acho q o filme não desenvolveu muito bem a fantasia sobre o relógio. mas gostei, achei mais ou menos coerente. 1) se o cara estivesse interessado pela steph, sabendo q o timer dela já estava programado pra dali a 15 anos, ele não teria colocado. ele teria investido num relacionamento incerto com ela (15 anos é bastante tempo, afinal de contas). 2) se a oona quisesse ficar mesmo com o garoto, ela teria ficado. ela percebe q ele não é o cara certo pra ela antes mesmo do troço apitar. ele era extremamente imaturo, não daria certo. portanto, me parece lógico q 3) uma vez estabelecido q os 2 casais n tem como dar certo, pela própria vontade deles, tanto a oona quando o soul mate dela tenham resolvido aceitar essa sugestão do destino. não acho q essa tenha sido a maior polêmica (com quem a oona ia ficar). acho q o filme levanta questões mais interessantes: relacionamentos sem longo prazo valem a pena, apenas por estar com alguém? é melhor ficar sem ninguém pra manter outras possibilidades melhores em aberto? é certo passar um tempo com alguém enquanto espera algo melhor aparecer? ou fazer isso impede q vc acredite e realmente se esforce pra fazer aquele caso dar certo? esquecendo toda a história do reloginho, dá pra classificar as duas irmãs em perfis de mulheres opostos: a que sai com um monte de pessoas que não querem compromisso e de vez em quando lamenta por não viver um amor e a que não acha q vale a pena sair com quase ninguém por querer encontrar alguém mais compatível, depositando esperanças demais em cada relacionamento. acho q n há só esses 2 tipos de mulher, o filme podia ter sido mais rico em possibilidades, ele acaba trazendo uma conclusão muito romântica/idealizada sobre olhinhos q brilham e afinidades ocultas q se revelam. mas não deixa de ser interessante, de alguma forma.
fraquinho, hein. julia está apagada, tom está péssimo, a história não chega a lugar algum. tem umas coisas tão absurdas q chega a irritar um pouco, mas tb tem algo de bom q te faz ficar curiosa sobre onde vai dar isso e não me deixa classifica-lo como "ruinzão". mas poderia passar sem assistir, não recomendo.
não é uma comédia romântica, é uma comédia sobre trabalho. o fato de não ser escrachada e apelativa não faz dela menos engraçada (no geral, é um filme bem leve, mas tem seus momentos de levar às gargalhadas)
é a história de uma mulher apaixonada pela própria profissão, que agarra com todas as forças a oportunidade meia-boca que aparece. quisera eu amar oq faço tanto quanto ela pq assim eu acredito q é possível ser genuinamente feliz através de realização profissional.
acho q oq eu mais gostei do filme foi justamente não colocarem a personagem num embate entre a vida pessoal e profissional (coisa q ocorre em todas as comédias românticas, nas quais a mocinha relegar a carreira pq o mocinho precisa demais da atenção dela).
a becky aqui pisa na bola, negligencia o namorado, mas corre atrás do prejuízo, pede desculpas e conta com a compreensão dele. e o cara respeita o modo de vida dela, a admira e apoia, sem que isso vire uma pedra no relacionamento. outra coisa bacana foi o fato da personagem principal não ser aquela a passar pela transformação. a becky muda de ideia, faz escolhas, se joga, mas não espera ser salva :)
diane keaton está bem divertida como a apresentadora veterana do programa matinal (tipo aqueles da rede tv), topando qualquer coisa para recuperar a audiência. os diálogos dela com a protagonista me lembraram o filme "little black book" (com a holly hunter, de "os bastidores da notícia", q sempre vai servir de parâmetro dentro do gênero).
se a trama tivesse entrado pela discussão ética do meio televisivo talvez fosse mais sério, com toques de drama, seria mais real. nesse ponto, o filme pode ser considerado bobinho, sem vilanices, todos estão ali com o mesmo objetivo, ninguém quer passar a perna em ninguém, o único babaca que assedia e não respeita os outros é logo demitido, enfim, as coisas funcionam simplesmente como deveriam ser no mundo real :/
harrison é um grande jornalista desacreditado, com fama de alcoólatra e encrenqueiro, vivendo de orgulho ferido. com 2 anos de contrato a cumprir, ele se vê obrigado a colaborar com a única pessoa q ainda investe nele, por admira-lo. resistente durante a maior parte do filme, ele acaba quebrando gelo ao ver q é a grande chance de reconstruir o programa e ele mesmo.
interessante ele levantar a reflexão sobre a qualidade do q é exibido: eles só mostram oq o público quer ou o público já degradado se acostuma com oq é oferecido? a cena em q ele percebe q é preciso dosar leveza e seriedade, infelizmente, é bastante obvia, meio piegas, feita pra emocionar, fazendo o final ser mais fraquinho q o resto do filme (q é todo mais sutil, contado de um jeito "limpo", como disseram ali embaixo, sem afetação.
gosto do jeito do filme, é gostosinho de acompanhar, as atrizes são divertidas, acho q por serem de teatro e tal. oq me irrita mesmo é a história. devia se chamar "confissões de mulheres de 40 brancas magras casadas de classe média alta moradoras da zona sul do rio" pq é uma realidade muito restrita. então alguns 'problemas' mostrados acabam sendo pura frescura de gente mimada, ao passo q outros problemas mais sérios são abordados de um jeito muito superficial, com uma análise rasa, machista, elitista. mas o filme não é ruim, sabe? é o pessoal do multishow amanhã. o lado bom de abstrair da questão social e racial é permitir que a história trate apenas dos desdobramentos dentro de relacionamentos convencionais (que não são muitos, de acordo com o próprio "personagem do diretor", ao definir as características possíveis das personagens da peça dentro do filme).
apesar de ter 2 atrizes q eu gosto muito (e acho q o elenco funciona bem), a historia é mei batida, sabe? n consigo torcer por personagem burro e a partir de determinado momento vc sabe q
homens de 40/50 anos que se envolvem com garotas de 17... e os ingênuos, tadinhos, são eles. é sério isso? várias filhinhas de papai doidas pra se prostituir, sem questionamentos?
esse diretor/roteirista assistiu pornô demais pq é uma fantasia sexual masculina, ponto. alguém aqui embaixo comparou com a bruna surfistinha, mas lá, pelo menos, o filme tenta mostrar as razões e sentimentos da prostituta.
pq né? não é sexo pelo sexo, não é namoro, não é casinho, não é nem um ato de rebeldia. se pelo menos mostrasse q elas curtem ser admiradas, q elas sentem desejo pelos caras, q se divertem por ser transgressor ou algo assim... mas não.
são homens casados q se ressentem pelo fato de suas esposas terem envelhecido e terem vida própria. então resolvem buscar garotas q estejam disponíveis na hora q eles querem, da forma como eles querem. e ainda tem a vantagem de poder usufruir a prostituta com a ajuda (não-ciente) da mulher.
olha as falas dos caras:
"tire uma foto sua pq vc está no seu melhor estado. olhe pra ela todo dia e nunca mude"
"um dia elas vão perceber o qt isso é especial. somos a melhor coisa que vai acontecer a elas"
oi? seja pra pagar a faculdade, seja apenas pra comprar roupas de marca, aquela situação não é exatamente um sonho de consumo para adolescentes de classe média em geral. n sabemos oq elas pensam, oq elas querem. são retratadas de modo tão frio q nem parecem ser o pólo vulnerável da relação.
além de ninfetas ambiciosas, oq mais elas são? n tem sentimentos, dores, vontades? sério mesmo q o ápice na vida de uma garota é comprar um casaco e um celular? até o garoto coadjuvante lá demonstra interesse pela protagonista, q recusa por estar confusa em relação ao cara casado. mas pq esse interesse n é explorado? q tipo de conclusão o filme quer chegar?
vc pega "beleza americana", um filme q fala da hipocrisia dos suburbios de classe media. olha como é diferente a forma como as personalidades do trio de adolescentes são retratadas e compara com esse filme. pois é...
lá pelas tantas eles resolver droga-las. depois um deles até diz "foi mal aí pelas pastilhas" mas só pq dá merda. uma delas tem uma reação ruim e o cara aproveita pra dar uma estupradinha. ela está passando mal e o cara decide q é uma boa hora para trepar. ela chora e pede pra parar, ele trata como se fosse charme e continua, mandando q ela n vomite. depois de um tempo a cara de moribunda corta o barato e ele desiste, com cara de contrariadinho =(
e a coisa toda é mostrada como se ela estivesse histérica à toa! quando ela diz q quer sair do esquema e tem uma crise no colégio, acaba sendo ameaçada... pelas próprias amigas! o autor coloca uma ceninha de ameaça pra amenizar a cena do estupro anterior, q n é nem mencionada!
agora vamos pensar: quem tinha algo a perder ali? a ruiva baixinha, q é a primeira a entrar no negócio voluntariamente, diz para a outra, logo no começo, q, por serem menores, o máximo q podia acontecer era irem pro psicologo. oras, se a lógica do esquema é justamente o fato de elas terem o poder de trazer a verdade à tona, não faz sentido umas temerem às outras.
por isso mesmo, é muito bizarro q a primeira menina tenha algum poder coercitivo sobre as outras. oras, cafetões exploram prostitutas pq são violentos, matam, estupram e drogam. oq a protagonista poderia fazer contras as outras? ah, claro... contar com a ajuda do cliente estuprador! HAHAHAHA o cara simplesmente vai ajuda-la a cobrar da outra garota, pq ele tem bom coração S2 e ainda salva a vida da mocinha ameaçada
aí temos aquele final patético, pq n faz diferença alguma se o pai da fulana era um dos clientes. isso era mais do q esperado, ¿verdad? a proposta do filme é q esse fato tivesse um peso "ó, vc acha excitante pq n é sua filha". uma situação machista onde a filha é vista como propriedade violada do pai. q n combina nada com a cena "cafetina do mal" q estava rolando segundos antes.
acho q tudo isso soa ainda mais forçado qd comparado a uma cena "carinhosa" (tentativa disso) entre pai e filhO, pra mostrar q o primeiro carinha era um bom pai, q respeita a pureza das crianças ¬¬
esse sujeito, alias, depois de ter tomado a iniciativa de dar dinheiro pra garota calar a boca no primeiro momento, resolve se dizer apaixonado por ela. e como ele demonstra esse amor todo? tentando agarra-la de forma agressiva enquanto berra: "quanto vc quer pra eu te conquistar por inteiro. estou cansada desse dinheiro entre nós"
uhauhauhuah inacreditável. ele n tem um gesto de atenção e respeito pela menina e se faz de incompreendido. o cara dá em cima da babá, oq eu já n acho nada certo, já q ela n tem a mesma maturidade e malícia q ele, um velho casado e tal. mas ok, a menina é livre pra explorar a própria sexualidade.
mas aí ele define o rumo da história. trata a garota como puta, pra n correr o risco de ela confundir as coisas e se interessar por ele (oq ela parece sentir, antes desse momento). aí qd ela incorpora o papel desejado, ele n se conforma q ela faça sexo só pelo dinheiro, q ela n esteja apaixonada por ele, q ela transe com outros clientes. é uma dorzinha no ego.
Noites de Tormenta
3.3 441 Assista Agorao começo até tava interessante, mas depois de 40 minutos perdi a atenção, deduzi tudo oq ia acontecer, inclusive o final triste, pq as coisas começaram a acontecer mto rápido, etc. tem bem o jeito melodramático do sparks mesmo, lembra o message in a bottle, só que bem menos charmoso pela ausência do kevin costner e de um drama mais convincente ao longo da história.
Conto de Outono
3.9 20adorei o filme, é alegrinho, ingênuo, com a dose certa de drama, me lembrou um pouco o jeito do mike leigh. nem preciso dizer q estou doida pra ver os outros 3 contos, agora.
as atuações são bem naturais, oq nos faz meio cúmplices tramas românticas. isso ainda se agravou, no meu caso, pq tenho amigas muito parecidas, fisicamente, com magali e rosine, é até engraçado...
por fim, entendo perfeitamente o jeito complicado da protagonista, ah se entendo!
Amor?
3.8 102 Assista Agoramais um filme que tenta entender a violência doméstica, dessa vez por meio de relatos reais muito bem interpretados (especialmente pela fantástica julia lemertz, mas tb pelo angelo antonio - de quem é possível sentir ódio assistindo, de tão real). o tema não me atraiu muito a ver esse filme na época q esteve no cinema, mas o formato é diferente e prendeu minha atenção.
achei interessante o caso das lésbicas, que inicialmente parecia ser a visão da agressora e da agredida, mas acaba por ser o mesmo personagem interpretado por 2 atrizes.
curiosamente, o único relato do lado agressor q é mulher é o mais sensível e mais fácil de entender, talvez pelo fato de se dar numa relação aparentemente mais igualitária (não só na questão da força física, mas por não serem mto bem definidos os papeis tradicionais machistas, como o de provedor, por exemplo)
já quanto aos personagens masculinos, é difícil ter alguma empatia pq os relatos são feitos na defensiva, como se eles estivessem cobertos de razão. cheios de frases como "ela mereceu", "ela provocou" e coisas do tipo. talvez fosse mais impactante se os relatos tivessem sido intercalados trecho a trecho com o lado agredido (enquanto eu ouvia esse tipo de frase eu lembrava do personagem da leticia colin dizendo do prazer sádico do parceiro em não querer q ela tivesse prazer nem mesmo assistindo tv)
oq eu n esperava é conseguiu me fazer refletir sobre mulheres q humilham os homens e tb tentam agredir fisicamente (levando a pior) por estarem insatisfeitas na relação, como o relato da personagem da lilia cabral (e tb do claudio jaborandy, salvo engano) mostra. ficou bem claro pra mim q a falta de diálogo está intimamente ligada à violência (oq só me faz ter certeza de q isso nunca vai acontecer comigo). fico pensando na quantidade de pessoas q tem relacionamentos limitados ao prazer físico e a afinidades superficiais, mas q de fato n conversam sobre coisas importantes e n sabem lidar com as limitações um do outro.
achei legal mostrarem isso pq eu to acostumada com a visão novelística de mulheres frágeis, fracas, dependentes, totalmente 'inocentes' e agressores psicopatas. e agora eu sei q há pessoas absolutamente normais q passam por isso por incapacidade de se expressarem e incompreensão do outro como igual. triste...
só implico mesmo com a tentativa de justificação dos agressores, pq NADA q a vítima possa falar justifica partir pra força bruta, é totalmente desproporcional. acho q o filme poderia ter deixado um pouquinho mais clara a crítica a esses trechos, mostrando q o modo mais fácil de se livrar daquele sentimento incômodo é saindo do relacionamento. permanecer com uma mulher q te faz infeliz por puro sentimento de posse e resolver bater para faze-la parar é doentio. mulheres q ficam com agressores por medo de ficarem sozinhas tb, mas pelo menos têm a justificativa de q foram educadas pra pensar dessa maneira patética, de q a maior meta de vida delas era casar e ter filhos.
as partes da mariana lima e do du moscovis são tocantes por abordarem a questão da violência contra crianças (e na frente delas) e em como isso vai afetar a vida adulta dessas vítimas do passado, perpetuando as relações de agressão.
concordo com o pessoal q disse q as cenas de transição, que poderiam ser bonitas, se tornaram cansativas e quebraram um pouco o ritmo do filme.
Acusados
3.9 202 Assista Agoraa música do bar é uma coisa q me aterroriza toda vez q eu ouço. vi uma vez pra nunca mais, a cena de gang rape é inesquecível.
eu não acho q foi uma falha do filme nos fazer oniscientes dos fatos, não era mesmo para haver dúvidas sobre a materialidade e autoria do crime. é pq o cinema (a ficção como um todo, a começar pela bíblia) explora sempre o argumento de "falsa acusação de estupro" (geralmente trazido à tona para desacreditar alguma personagem vilã), como se não fosse um fenômeno raríssimo, se comparado aos casos reais de violência sexual. uma vez q o filme se propõe a combater esse crime ele não poderia jamais fazer uso desse 'trope'
Um Dia
3.9 3,5K Assista Agoradecepção, fui enganada por uma sinopse interessante. a primeira meia hora é legal, mas depois o filme se arrasta. não é ruim, mas não passa de um genérico de doce novemZzZzZ melhoradinho. cafoninha, triste... fãs do nicolas sparks irão gostar.
Titio Noel
2.6 55 Assista Agoratem umas passagens divertidas, mas outras são tão infantis q fica meio chato pros adultos. mas não é dos piores, não
Questão de Imagem
3.5 18bem interessante, mais ágil do que eu esperava, trata sutilmente de questões universais, como o egoísmo e a aceitação. um monte de pessoas por quem é difícil sentir simpatia, de início, por serem todas tão multifacetadas e imperfeitas. assisti com uma expectativa diferente, queria me identificar mais com os personagens, mas mesmo assim gostei bastante (e agora q eu vi q é da diretora de "o gosto dos outros", acho q faz lembrar o estilo dele mesmo)
Herencia
3.7 10que engraçado, a sinopse dá a entender que se trata de um relacionamento amoroso ("apesar da idade") mas é um belo filme sobre amizade, busca pela identidade e recomeços. gostei bastante :)
Kramer vs. Kramer
4.1 546 Assista Agoraesse filme não tem nada de clichê.
clichê seria uma visão maniqueísta tão comum em filmes de disputa de guarda. alias, a primeira vez q eu vi, confesso q torci mais para o pai mesmo, mas quando a personagem da meryl decide expor as motivações dela, ela me ganhou. um filme muito bonito que trata da importância da paternidade presente e da independência da mulher sufocada pelo patriarcado.
Pagemaster, o Mestre da Fantasia
3.7 234eu tinha a vhs lilás do globo ;____; era meu favorito daquela coleção (junto com o meu querido "now&then"). sonhava em entrar nos livros e era (era?) cagona q nem o menino. adoro esses personagens merlinescos/dumbledorescos e fui uma criança frustrada por n ter uma biblioteca assim na minha vida
O Presente de Natal Perfeito
2.6 7eu atóron um filme natalino, mas esse aqui é mointo infantil :~
mas as meninas são umas fofas, deu vontade de ter 13 anos de novo :(
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista Agoraé uma declaração de amor a paris e vale a pena pelo charme da cidade. o woody sempre escolhe uma trilha sonora bonita de jazz, que aqui casou como uma luva. há aquelas falas afiadas e humor característicos de allen (principalmente ao criticar o americano-médio, incorporado pela família da inez, e o pseudo intelectual soberbo, na figura do oponente, paul). mas, nesse ponto, ainda prefiro obras anteriores, como "whatever works" (cujo sentimento eu achei bem diferente deste filme aqui). "midnight" me remeteu mais a "dirigindo no escuro", "trapaceiros" (no que tange ao paul e à inez) e "a rosa purpura do cairo" (imaginem a cecília entrando na tela, em vez de ter seu heroi saindo dela?).
quanto à ode aos intelectuais do passado, eu achei meio fraco. ele praticamente só cita nomes e faz fofoquinhas. achei sinceramente q ele fosse usar as ideias de alguns desses autores na história, mas não consegui ver isso (se houver, alguém me aponte, por favor).
eu não sei se é uma questão de direitos autorais, mas esperava q exibissem um pouco da arte do filme, ao invés das pessoas dos artistas (ironicamente, a capa do filme é inspirada no quadro de um artista q não aparece, nem é citado). é interessante saber q stein, matisse, picasso e hemingway eram amigos, mas esperava ver, pelo menos de leve, como essa relação afetou a obra de alguns deles. parece q o woody quis citar todos os artistas da época q ele admira, mas não tenta explicar o porquê.
além do mais, ao fazer isso (e ainda colocar umas falas em francês, q não foram legendadas em inglês, talvez para impressionar quem não conhece um pouquinho da língua), o woody e seu protagonista acabam cometendo um erro apontado no personagem paul: uma exibição de conhecimento com a intenção de impressionar quem não o detém e envaidecer os entendidos.
não que as viagens ao passado não sejam interessantes ou não causem curiosidade, mas não creio q realmente encante a todos da mesma forma q o gil.
a percepção que ele chega ao final (de que não era uma época melhor pq, só pra começar, as pessoas morriam e sentiam mais dor) não me causou impacto - como imagino q fosse a proposta, de marcar a mudança de pensamento - pq eu só ficava pensando em como aquela vida de jantares e sarais era restrita à elite. acho graça qd o sogro do gil o chama de esquerdinha pq em momento algum ele pensa em quão restrita era aquela vida hedonista.
tb não gostei muito de não haver um contraponto à mulher do gil. a adriana é uma musa, não exatamente um ser pensante. a que mais se aproxima disso seria a personagem da carla bruni cujo desenvolvimento é interrompido (ela não tem um final, preferiram introduzir uma loira lá só para fazer par romântico com o protagonista). eu me incomodo com filmes cujos personagens femininos não tem uma historia, a personalidade mais marcada, algo q atraia o 'mocinho' além da beleza
o curioso é que eu acabei de assistir com um sorriso aberto, mas quanto mais eu pensava, mais ia me incomodando em pequenas coisinhas. acabei dando nota 7 pq gosto muito do diretor/roteirista, dos 20 e poucos filmes que conheço (q são só metade da filmografia), considero a maioria excelente e gosto até dos mais fraquinhos (muito melhores q muito lixo produzido o tempo todo). mas tá longe de ser tão bom quanto falaram...
O Casamento de Louise
3.0 21tem passagens divertidas, poderia ser melhor, o final é forçadíssimo (não pelo gringo preferir a empregada, essa é a graça do filme, mas pela forma como a personagem da silvia buarque reage) e o audio tava uma merda (mesmo no volume máximo, as falas parecem abafadas). vale a pena pelas alfinetadas aqui e ali, mas ainda prefiro o "Domésticas", do mesmo ano (
O Sorriso de Mona Lisa
3.8 694 Assista Agoraeu adoro esse filme!
não aguento comparações com sociedade dos poetas mortos e cia pq ele é totalmente diferente. ele trata rapidamente da relação entre professores e alunos, sim, mas esse está longe de ser o tema do filme.
ele também fala de arte e questiona conceitos pre-moldados sobre o assunto, mas esse tópico (muito interessante, é verdade) é usado apenas para introduzir a verdadeira reflexão: o papel da mulher na sociedade.
há cenas muito interessantes q vão além de mostrar "credo, as mulheres eram escravas do lar" pq várias das coisas analisadas aqui ainda existem na sociedade. daí tanta gente "não gostar" do final, por exemplo: pq ainda não é aceitável que
uma mulher de 30 anos queira viver a própria vida sem dar satisfações, que ela não pense em casar enquanto não encontrar alguém que realmente a respeite como igual, que ela não seja a única a ceder num relacionamento, que ela continue a explorar seus sonhos e sexualidade após essa idade (isso até é aceito, hoje, entre mulheres jovens, q não chegaram à "idade de casar").
o filme pode não ser o mais completo do mundo, ele aborda um setor específico da sociedade (pessoas brancas e ricas, que portanto não deveriam sofrer/infligir nenhuma outra forma de opressão, mas o fazem contra as mulheres) talvez justamente com o propósito de mostrar como o machismo é invisível e assimilado.
hoje pode parecer ridículo alguém ser criado para amar serviços domésticos (pqp aquela cena da máquina de lavar) e ter uma vida em segundo plano (embora ainda exista essa possibilidade de ESCOLHA, como a joan mostra), mas é fácil perceber que para muitos homens essa seria uma boa alternativa, não fosse o ônus financeiro, vide aquele lugar-comum de que toda mulher é interesseira/gastadeira. e, infelizmente, muitas mulheres ainda reproduzem esses valores q afetam a elas mesmas (como mostra o filme. a betty era tão radical com convicções alheias q os argumentos frágeis se perderam no primeiro tropeço da vida e ela se vê perdida e agarrada na única coisa q havia aprendido por conta própria)
o filme fantasia um pouco, faz com que todas tenham finais felizes, e mantem um ar de leveza como se todos os problemas tivessem sido resolvidos ali. por mim, continuaria mostrando a vida delas, a dificuldade no mercado de trabalho, as disparidades salariais (oi, século XXI) e tantas outros problemas q ainda estão aí.
VIPs
3.3 1,0Kachei a história bem interessante, tinha tudo pra ser muito bom, mas o filme é fraco, parece q deixa vários buracos mesmo...
Timer: Contagem Regressiva Para o Amor
3.2 181 Assista Agoraacho q o filme não desenvolveu muito bem a fantasia sobre o relógio. mas gostei, achei mais ou menos coerente.
1) se o cara estivesse interessado pela steph, sabendo q o timer dela já estava programado pra dali a 15 anos, ele não teria colocado. ele teria investido num relacionamento incerto com ela (15 anos é bastante tempo, afinal de contas). 2) se a oona quisesse ficar mesmo com o garoto, ela teria ficado. ela percebe q ele não é o cara certo pra ela antes mesmo do troço apitar. ele era extremamente imaturo, não daria certo. portanto, me parece lógico q 3) uma vez estabelecido q os 2 casais n tem como dar certo, pela própria vontade deles, tanto a oona quando o soul mate dela tenham resolvido aceitar essa sugestão do destino.
não acho q essa tenha sido a maior polêmica (com quem a oona ia ficar). acho q o filme levanta questões mais interessantes: relacionamentos sem longo prazo valem a pena, apenas por estar com alguém? é melhor ficar sem ninguém pra manter outras possibilidades melhores em aberto? é certo passar um tempo com alguém enquanto espera algo melhor aparecer? ou fazer isso impede q vc acredite e realmente se esforce pra fazer aquele caso dar certo?
esquecendo toda a história do reloginho, dá pra classificar as duas irmãs em perfis de mulheres opostos: a que sai com um monte de pessoas que não querem compromisso e de vez em quando lamenta por não viver um amor e a que não acha q vale a pena sair com quase ninguém por querer encontrar alguém mais compatível, depositando esperanças demais em cada relacionamento.
acho q n há só esses 2 tipos de mulher, o filme podia ter sido mais rico em possibilidades, ele acaba trazendo uma conclusão muito romântica/idealizada sobre olhinhos q brilham e afinidades ocultas q se revelam. mas não deixa de ser interessante, de alguma forma.
Larry Crowne: O Amor Está de Volta
3.0 714 Assista Agorafraquinho, hein. julia está apagada, tom está péssimo, a história não chega a lugar algum. tem umas coisas tão absurdas q chega a irritar um pouco, mas tb tem algo de bom q te faz ficar curiosa sobre onde vai dar isso e não me deixa classifica-lo como "ruinzão". mas poderia passar sem assistir, não recomendo.
Uma Manhã Gloriosa
3.4 733 Assista Agoranão é uma comédia romântica, é uma comédia sobre trabalho. o fato de não ser escrachada e apelativa não faz dela menos engraçada (no geral, é um filme bem leve, mas tem seus momentos de levar às gargalhadas)
é a história de uma mulher apaixonada pela própria profissão, que agarra com todas as forças a oportunidade meia-boca que aparece. quisera eu amar oq faço tanto quanto ela pq assim eu acredito q é possível ser genuinamente feliz através de realização profissional.
acho q oq eu mais gostei do filme foi justamente não colocarem a personagem num embate entre a vida pessoal e profissional (coisa q ocorre em todas as comédias românticas, nas quais a mocinha relegar a carreira pq o mocinho precisa demais da atenção dela).
a becky aqui pisa na bola, negligencia o namorado, mas corre atrás do prejuízo, pede desculpas e conta com a compreensão dele. e o cara respeita o modo de vida dela, a admira e apoia, sem que isso vire uma pedra no relacionamento.
outra coisa bacana foi o fato da personagem principal não ser aquela a passar pela transformação. a becky muda de ideia, faz escolhas, se joga, mas não espera ser salva :)
diane keaton está bem divertida como a apresentadora veterana do programa matinal (tipo aqueles da rede tv), topando qualquer coisa para recuperar a audiência. os diálogos dela com a protagonista me lembraram o filme "little black book" (com a holly hunter, de "os bastidores da notícia", q sempre vai servir de parâmetro dentro do gênero).
se a trama tivesse entrado pela discussão ética do meio televisivo talvez fosse mais sério, com toques de drama, seria mais real. nesse ponto, o filme pode ser considerado bobinho, sem vilanices, todos estão ali com o mesmo objetivo, ninguém quer passar a perna em ninguém, o único babaca que assedia e não respeita os outros é logo demitido, enfim, as coisas funcionam simplesmente como deveriam ser no mundo real :/
harrison é um grande jornalista desacreditado, com fama de alcoólatra e encrenqueiro, vivendo de orgulho ferido. com 2 anos de contrato a cumprir, ele se vê obrigado a colaborar com a única pessoa q ainda investe nele, por admira-lo. resistente durante a maior parte do filme, ele acaba quebrando gelo ao ver q é a grande chance de reconstruir o programa e ele mesmo.
interessante ele levantar a reflexão sobre a qualidade do q é exibido: eles só mostram oq o público quer ou o público já degradado se acostuma com oq é oferecido?
a cena em q ele percebe q é preciso dosar leveza e seriedade, infelizmente, é bastante obvia, meio piegas, feita pra emocionar, fazendo o final ser mais fraquinho q o resto do filme (q é todo mais sutil, contado de um jeito "limpo", como disseram ali embaixo, sem afetação.
Feminices
3.5 11gosto do jeito do filme, é gostosinho de acompanhar, as atrizes são divertidas, acho q por serem de teatro e tal. oq me irrita mesmo é a história. devia se chamar "confissões de mulheres de 40 brancas magras casadas de classe média alta moradoras da zona sul do rio" pq é uma realidade muito restrita. então alguns 'problemas' mostrados acabam sendo pura frescura de gente mimada, ao passo q outros problemas mais sérios são abordados de um jeito muito superficial, com uma análise rasa, machista, elitista. mas o filme não é ruim, sabe? é o pessoal do multishow amanhã. o lado bom de abstrair da questão social e racial é permitir que a história trate apenas dos desdobramentos dentro de relacionamentos convencionais (que não são muitos, de acordo com o próprio "personagem do diretor", ao definir as características possíveis das personagens da peça dentro do filme).
Uma Paixão em Florença
3.0 9apesar de ter 2 atrizes q eu gosto muito (e acho q o elenco funciona bem), a historia é mei batida, sabe? n consigo torcer por personagem burro e a partir de determinado momento vc sabe q
vai dar tudo errado (pq filme sobre ocultação de cadáver, há vários por aí, sempre dá errado).
Diamante de Sangue
4.0 968 Assista Agorafilmes sobre a africa subsariana sempre me chocam. esse aqui é bem legal
(apesar do final pouco crível).
Tal Pai, Tal Filho
2.8 19 Assista Agoraeu confundo a história deste com esse aqui
Babysitters de Luxo
2.5 145homens de 40/50 anos que se envolvem com garotas de 17... e os ingênuos, tadinhos, são eles. é sério isso? várias filhinhas de papai doidas pra se prostituir, sem questionamentos?
esse diretor/roteirista assistiu pornô demais pq é uma fantasia sexual masculina, ponto. alguém aqui embaixo comparou com a bruna surfistinha, mas lá, pelo menos, o filme tenta mostrar as razões e sentimentos da prostituta.
pq né? não é sexo pelo sexo, não é namoro, não é casinho, não é nem um ato de rebeldia. se pelo menos mostrasse q elas curtem ser admiradas, q elas sentem desejo pelos caras, q se divertem por ser transgressor ou algo assim... mas não.
são homens casados q se ressentem pelo fato de suas esposas terem envelhecido e terem vida própria. então resolvem buscar garotas q estejam disponíveis na hora q eles querem, da forma como eles querem. e ainda tem a vantagem de poder usufruir a prostituta com a ajuda (não-ciente) da mulher.
olha as falas dos caras:
"tire uma foto sua pq vc está no seu melhor estado. olhe pra ela todo dia e nunca mude"
"um dia elas vão perceber o qt isso é especial. somos a melhor coisa que vai acontecer a elas"
oi? seja pra pagar a faculdade, seja apenas pra comprar roupas de marca, aquela situação não é exatamente um sonho de consumo para adolescentes de classe média em geral. n sabemos oq elas pensam, oq elas querem. são retratadas de modo tão frio q nem parecem ser o pólo vulnerável da relação.
além de ninfetas ambiciosas, oq mais elas são? n tem sentimentos, dores, vontades? sério mesmo q o ápice na vida de uma garota é comprar um casaco e um celular? até o garoto coadjuvante lá demonstra interesse pela protagonista, q recusa por estar confusa em relação ao cara casado. mas pq esse interesse n é explorado? q tipo de conclusão o filme quer chegar?
vc pega "beleza americana", um filme q fala da hipocrisia dos suburbios de classe media. olha como é diferente a forma como as personalidades do trio de adolescentes são retratadas e compara com esse filme. pois é...
lá pelas tantas eles resolver droga-las. depois um deles até diz "foi mal aí pelas pastilhas" mas só pq dá merda. uma delas tem uma reação ruim e o cara aproveita pra dar uma estupradinha. ela está passando mal e o cara decide q é uma boa hora para trepar. ela chora e pede pra parar, ele trata como se fosse charme e continua, mandando q ela n vomite. depois de um tempo a cara de moribunda corta o barato e ele desiste, com cara de contrariadinho =(
e a coisa toda é mostrada como se ela estivesse histérica à toa! quando ela diz q quer sair do esquema e tem uma crise no colégio, acaba sendo ameaçada... pelas próprias amigas! o autor coloca uma ceninha de ameaça pra amenizar a cena do estupro anterior, q n é nem mencionada!
agora vamos pensar: quem tinha algo a perder ali? a ruiva baixinha, q é a primeira a entrar no negócio voluntariamente, diz para a outra, logo no começo, q, por serem menores, o máximo q podia acontecer era irem pro psicologo. oras, se a lógica do esquema é justamente o fato de elas terem o poder de trazer a verdade à tona, não faz sentido umas temerem às outras.
por isso mesmo, é muito bizarro q a primeira menina tenha algum poder coercitivo sobre as outras. oras, cafetões exploram prostitutas pq são violentos, matam, estupram e drogam. oq a protagonista poderia fazer contras as outras?
ah, claro... contar com a ajuda do cliente estuprador! HAHAHAHA o cara simplesmente vai ajuda-la a cobrar da outra garota, pq ele tem bom coração S2 e ainda salva a vida da mocinha ameaçada
aí temos aquele final patético, pq n faz diferença alguma se o pai da fulana era um dos clientes. isso era mais do q esperado, ¿verdad? a proposta do filme é q esse fato tivesse um peso "ó, vc acha excitante pq n é sua filha". uma situação machista onde a filha é vista como propriedade violada do pai. q n combina nada com a cena "cafetina do mal" q estava rolando segundos antes.
acho q tudo isso soa ainda mais forçado qd comparado a uma cena "carinhosa" (tentativa disso) entre pai e filhO, pra mostrar q o primeiro carinha era um bom pai, q respeita a pureza das crianças ¬¬
esse sujeito, alias, depois de ter tomado a iniciativa de dar dinheiro pra garota calar a boca no primeiro momento, resolve se dizer apaixonado por ela. e como ele demonstra esse amor todo? tentando agarra-la de forma agressiva enquanto berra: "quanto vc quer pra eu te conquistar por inteiro. estou cansada desse dinheiro entre nós"
uhauhauhuah inacreditável. ele n tem um gesto de atenção e respeito pela menina e se faz de incompreendido. o cara dá em cima da babá, oq eu já n acho nada certo, já q ela n tem a mesma maturidade e malícia q ele, um velho casado e tal. mas ok, a menina é livre pra explorar a própria sexualidade.
mas aí ele define o rumo da história. trata a garota como puta, pra n correr o risco de ela confundir as coisas e se interessar por ele (oq ela parece sentir, antes desse momento). aí qd ela incorpora o papel desejado, ele n se conforma q ela faça sexo só pelo dinheiro, q ela n esteja apaixonada por ele, q ela transe com outros clientes. é uma dorzinha no ego.
Horas de Verão
3.7 35breve retrato de uma família, que fala de lembranças e expectativas. leve, bonito, mas um pouco vazio